domingo, 1 de junho de 2014

CONAR: DE QUATRO PARA A BABAQUICE PC

Interessante situação temos hoje na propaganda de sites de comércio eletrônico: o Mercado Livre, que começou em 1999 na Argentina e logo depois no Brasil, é um dos sites mais acessados do país. Em 2010 chegou a OLX (Online Exchange) e em 2011 o Bom Negócio (parte da Schibsted Media Group, um grupo de mídia Norueguês).

O Mercado Livre teve uma boa série na mídia com destaque para o “Beijo”.



Aí a OLX atacou de “Desapega, Desapega”.



E o Bom Negócio arrebentou com a série ancorada no slogan “A cada 1 minuto 4 coisas vendem”, estrelada por Narcisa, Supla, Compadre Washington, Maradona etc.



A OLX tenta reagir com marcianos cantando funk, rainhas esquisitas e outras bobagens e o Mercado Livre não se manifesta - talvez por ainda não se sentir ameaçado.

Confirmando a babaquice politicamente correta que nos assola, o Conar considerou "desrespeitosa" para as mulheres a propaganda do Bom Negócio em que Compadre Washington fala o já famoso bordão "Sabe de nada, inocente" e determinou que seja alterado um trecho do comercial.

A expressão considerada ofensiva é "ordinária", dita pelo cantor no meio da propaganda. No filme, Washington desaparece antes de terminar de falar a palavra. O Conar entendeu, porém, que o termo fica "perfeitamente compreensível" para o público.
Segundo o Conar, chegaram ao conselho mais de 50 reclamações (Cinquenta!!!) de consumidores contra a propaganda, feitas por homens e mulheres.

Segue o baile e sigo torcendo para o Bom Negócio.

6 comentários:

  1. O maior problema do Bom Negócio, Tiago, é o slogan, um crime contra nosso pobre idioma. "A cada um minuto quatro coisaa vendem" . O que, cara pálida? Vendem o que?Vender é verbo transitivo direto e pede objeto. Nesse caso, o verbo vai para o modo particípio. E o termo "um minuto"? Se é minuto, no singular, o pronome indefinido é dispensável. A frase correta é "A cada minuto, quatro coisas são vendidas". Soa bem melhor, não é mesmo? O Conar seria mais útil se punisse esses crimes contra o tão mal tratado português.

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    1. Ô Cláudia, você não captou a intenção: atingir a galera que escreve "naum", "ti amuu" e, ao ver essa campanha, deduz que "com o Cumpade Uóshtu as coisa vende!".
      Quanto ao Conar, acho que seria mais útil se não existisse.

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  2. Comigo, são dois torcendo pelo "Bom Negócio". Seriam três com Mauricio Moreira. Obras primas de propaganda!
    Vitor Lemos

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    1. É uma onda - auto-sacanagem com bom humor - que sempre dá certo. Aproxima a celebridade do comum das pessoas, gera simpatia, etc.
      Maurício Moreira: boa lembrança!

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  3. Não me conformo, Tiago! Acho os comerciais divertidos, mas, no fechamento, na hora do slogan capenga, mudo de canal. E que morra o Conar!

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