domingo, 31 de julho de 2016

CONFLITOS DOMINICAIS

Os amáveis leitores certamente já passaram por situações complicadas.

Nessas horas, procuram a(o) companheira(o), os amigos, familiares etc, para conversas ao pé do ouvido, não é? E certamente saem confortados após essas conversas.

Não é o caso do locutor que vos fala.
Eu "encapsulo", como sempre disse um distante amigo, e fico lutando comigo mesmo.

E quando isso acontece num domingo ventoso, chuvoso e invernoso
é que a coisa fica feia. Porque, de cara, a caminhada na praia
- que sempre proporciona ideias novas e equilíbrio emocional
(como não ficar numa boa caminhando na orla mais bonita do planeta?) - já não vai funcionar.

Consequentemente, a varanda também não ajuda em nada.
Ao contrário. A visão do mar cinza, o céu cinza, a areia cinza, assim como cinzas as poucas pessoas que passam, só fazem piorar o ânimo.

Aí, vem aquela adorável angústia aliada à certeza que nada mais tem sentido em combate direto com o otimismo "pollyanico".
A briga é ruim.

Me rendo e converso com a sábia-que-me-acompanha.
Cuja, confirmando seu título, emite um singelo parecer:
-A situação está complicada, então é claro que você não pode estar numa boa com você mesmo. Reza.
-"Reza"?! Arrã... Foi-se o tempo em que eu acreditava em interferências divinas...
-Bobo! Para de pensar e reza mesmo sem acreditar. Afinal, rezar você sabe muito bem. Você foi coroinha de Dom Lucas, não é? Então, reza! Porque assim você esvazia a cabeça e para de brigar com você mesmo.

(E não é que ela estava certa?!)

sábado, 30 de julho de 2016

NÃO TEM PRA ONDE CORRER

De um lado o Trump, a caricatura do Bolsonaro lá deles, com o slogan dos que sonham em se mudar pra maiãmi, mas que pode se tornar perigoso:
"Make America Great Again".

Porque inclui propostas tais como:
"Nós vamos construir um alto muro e o México vai pagar por isso".
(Quem garante que vai ser só o México?)

E também:
"A proibição de armas e munição são um fracasso total. O governo não deve proibir a posse de armas para os bons e honestos cidadãos".
(Ou seja - em apertada síntese - como gostam os advogados, os 'homens de bens' devem ter o direito de mandar bala no vizinho que pensa diferente e vida que segue.)

Além de:
"Donald Trump promete revogar, em seu primeiro dia de mandato, o Obamacare - a lei pela qual todo americano deve ter plano de saúde.
(Ou seja, chega dessas coisas esquisitas de terceiro mundo.)

E tem mais:
"Donald Trump quer ampliar o poder militar dos EUA, afirmando que o país sob seu governo se tornaria tão poderoso e ameaçador que não sofreria ameaças de absolutamente ninguém. O candidato defende a adoção de táticas de tortura e diz que poderia aprovar técnicas ainda mais duras do que o “waterboarding”, um tipo de afogamento proibido atualmente. Ele diz ainda que os EUA precisam ser “imprevisíveis” e se diz aberto ao uso de armas nucleares, inclusive como reação a ataques terroristas como os ocorridos em Bruxelas no início de 2016."

Deu, né?

Do outro lado, a Clintonzinha enfrenta pesquisas que afirmam:
"67% dos americanos dizem desconfiar dela, muito por causa de acusações de favorecimento de aliados políticos ao longo da carreira."
(Soa familiar, não?)

E tem a seu favor: "Os hispânicos, tão perseguidos por Trump, representam 57 milhões dos 321 milhões de americanos."

O sociólogo Erving Goffman fez uma analogia com o teatro:
"É preciso ver o palco e o que está atrás. No palco estão os idiotas. Mas os que estão atrás do palco (backstage, os bastidores) não são idiotas. São competentes e poderosos.”

Não tenho nada a favor da Hillary e tudo contra o Trump.
Mas, seja qual for o resultado da eleição lá deles, nós tupiniquins, como sempre, vamos continuar fingindo que somos uma nação 'temerariamente' independente.
Ou não?

sexta-feira, 29 de julho de 2016

NÓS...

... Desde muito cedo desenvolvemos as idiossincrasias que serão exacerbadas no ocaso de nossas vidas.
Para o bem e para o mal.

E, claro, sem termos a menor ideia do que estamos aprontando para nós mesmos.

O locutor que vos fala cultiva adoráveis e odiosas manias cujas foram sendo aprimoradas com o correr do tempo.

Por exemplo, minha escrivaninha. Lembro, como se fosse hoje, das ameaças com as sete pragas do Egito que eram dirigidas a quem quer que se aproximasse da dita cuja.
Bem entendido, a tal da escrivaninha era uma "zona total" na visão das pessoas ditas normais. Porque pra mim era um primor de organização. Se alguém mexesse em qualquer coisa, seria execrada e, pior, eu teria que "formatar o computador".

(Hoje em dia, a minha "escrivaninha" cresceu em progressão geométrica. Mas, isso 'não vem ao caso'.)

Passando para uma esfera mais, digamos, genérica, tenho, desde que me entendo por gente, o complicado hábito de prestar atenção nas pessoas que me cercam.

Hábito este que me esforço para manter até hoje; estejam elas próximas ou não. Seja por telefone (manja 'telefone'?) ou pelo que for desde que possamos ter um contato real, no mínimo ouvindo ou, melhor, olhando um para o outro. (O corpo fala!)
Apesar de serem cada vez mais raras as conversas - e convivências - "olho no olho" (agora é "olho no zapzap, insta, snap, fêici", etc), continuo, sempre que possível, observando o jeitão, o que falam, como falam, a maneira como as pessoas reagem quando estão numa boa ou não e, principalmente, como elas agem em relação ao próximo. Próximo este que tanto pode ser um amigo quanto o porteiro do prédio.

Aí, vou catalogando e colecionando decepções e alegrias.
As decepções, tento, bravamente, bloquear da mente.
As alegrias, tento, bravamente, mantê-las no top ten dos meus pensamentos.
E a chatura é que as duas ficam, constantemente, brigando pelo podium.

Como sou um cara de sorte, as alegrias ainda estão vencendo.
(No "photochart", mas estão.)

quinta-feira, 28 de julho de 2016

QUANDO EU ERA MININO PIQUENO...

... Lá no Leme fui, com meus pais, ver um show do João Bosco no Leminho - nome carinhoso de um clube cujo, se não me engano, ostentava o pomposo título de
Leme Tênis Club ou coisa que o valha.

Palquinho, plateia em mesas distribuídas conforme as posições sociais, garçons pra lá e pra cá, a maioria dos presentes mais ocupados em conversar e se mostrar do que prestar atenção no cidadão cantante.

Lá pelas tantas ele para de cantar e resolve contar uma história que começou mais ou menos assim:
-"Uma vez, no interior de Minas, num clubinho como esse, eu estava cantando e... blghrfrghhsss!"

Constrangimento, mal estar, olhares desencontrados.

Ele, nem aí, seguiu tocando suas músicas, colheu seu cachê, seus parcos aplausos e foi embora.

Diz a lenda que tentaram, sem sucesso, pegá-lo de porrada lá fora.

Mas, apesar de ainda hoje achar ele meio chato, não há como negar: é um puta de um músico que, além do mais, foi agraciado com a benção de ser parceiro do Aldir Blanc.

domingo, 24 de julho de 2016

MAIS AUTOPROMOÇÃO!


É o seguinte: de 2014 pra cá, publiquei 8 (oito) livros no site Clube de Autores cujo, vocês já estão cansados de saber, tem um link aí à direita - o "Haja Livros".

Já ia publicar o nono (O Que Vejo De Olhos Fechados)  quando constatei que nesse período vendi, via esse site, a incrível soma de 15 unidades - todas no formato "e-book".

Então, larguei de banda e prefiro apostar no bom gosto dos milhares e milhares de leitores desse blog que certamente ficarão inebriados com essa espetacular oferta:

Como ninguém mais quer saber de papel, compre esses aí da foto - ou qualquer dos outros - por apenas R$15,00 cada.
No formato 'pdf' (em alta ou em baixa resolução) ou 'epub' - o que preferir.

E... Oferta Imperdível! Uau!!

Na compra simultânea de dois exemplares quaisquer (tem mais sete para sua escolha), você terá um fabuloso desconto de R$5,00 - saindo os dois por apenas R$25,00.

Como fazer para obter esse raro prazer?

Mande um e-mail para - hajamuitosaco@gmail.com - informando quantos e quais  exemplares você deseja e será informado dos dados da conta a depositar. Confirmando o depósito você receberá imediatamente, em seu e-mail (que torço para que vocês ainda acessem), os valiosos exemplares representativos do top da cultura nacional.

quinta-feira, 21 de julho de 2016

PENSAMENTOS ALEATÓRIOS

O bombardeio de informações a que somos submetidos (por nossa livre e espontânea vontade - é bom que se diga) dá margem a considerações que podem seguir uma das máximas do Ziraldo no Pasquim:
"Só doi quando eu rio."

• A gente aqui aturando os Bolsonaros da vida enquanto os EUA - e o mundo - correm o risco de encarar o Trump.

• A gente aqui se espantando com a profusão de igrejas com denominações inacreditáveis aliciando milhares de fiéis e nem notando as Herbalife's, Amway's, Avon's, Natura's e incontáveis outras "igrejas do marketing de rede" que aliciam outros milhares de fiéis com promessas, convenhamos, do mesmo naipe.

• A gente aqui se horrorizando com o terrorismo internacional e deixando de valorizar a formidável atuação da inteligência e agilidade da polícia tupiniquim que, numa única manhã, desbaratou uma perigosíssima célula de dez (10!) componentes do EI que, de norte a sul do país, já estava programando treinamento de artes marciais e encomendando armas via internet num site paraguaio para um ataque fulminante à Rio 2016!

(Essa da programação das artes marciais é um perigo horroroso: considerando que a Rio 2016 começa daqui a 15 dias eles devem ter uma tecnologia avançadíssima de treinamento. Ainda bem que foram capturados a tempo!)

• A gente aqui penalizado pelo fato do Cunha ter que deixar a "residência oficial" e se mudar para um simples "apartamento funcional", com auxílio-moradia é claro, enquanto a prefeitura de Sobral-CE gasta 24 mil reais na compra de dez (10) sanduicheiras para o lanchinho de seus probos parlamentares.

Chega, né?

quarta-feira, 20 de julho de 2016

MOMENTO AUTOPROMOÇÃO


Saiu um livreto novo do locutor que vos fala.
Se quiser ver detalhes é só clicar no selo vermelho "Haja Livros" - aí embaixo à direita.
E, pra não fugir à regra... Espalha pra ver se cola!
Grato.

terça-feira, 19 de julho de 2016

A PROPAGANDA PRECISA DE SORTE?

Se não me falha o google, já lá se vão onze anos que a Talent atende a Ipiranga e já lá se vão mais de quatro anos da criação do bordão e dos excelentes vídeos da campanha "Pergunta lá no Posto Ipiranga".

Cujos foram magistralmente criados para reforçar o conceito de que o "Posto Ipiranga" seria muito mais do que um posto de gasolina, mas um lugar repleto de conveniências para o consumidor.

O "gordim", atrelado ao bordão, caiu no gosto do povo e se transformou no "garoto da Bombril" (Carlos Moreno, lembra dele?) dos tempos atuais.

Pois bem. O "gordim" é Antonio Duarte de Almeida Júnior, mais conhecido como "Batata", químico industrial e ator (!?) que já havia trabalhado em campanhas da Kibon e Casas Bahia mas, aposto que ninguém se lembra.

E aí vem a pergunta-título cuja resposta é um grande SIM!

Pela simples razão de já ter visto inúmeras ideias geniais serem desprezadas tanto pelos clientes (a última delas na semana passada né, Cacaio?) quanto, pior, pelos diretores de criação das agências.

E, em contrapartida, já ter sido testemunha - outras inúmeras vezes - da mesma situação no sentido inverso: ideias ruins incensadas e fracassadas.

No caso, acho que a sorte - por mais que laudas e laudas de textos caprichados e autojustificativos tentarem me convencer que não - ajudou a agência, o cliente e o "Batata".
São as famosas conjunções de hora certa, lugar certo e ambiente certo. Conjunções estas que, na minha opinião, só acontecem quando combinam competência e... Sorte!
(Como dizia Nelson Rodrigues: "Sem sorte Jesus teria morrido de sarampo.")

Concluindo, meus votos de vida longa à Talent (ainda é só Talent ou já virou multinacional?), ao Posto Ipiranga e ao "Batata"!

segunda-feira, 18 de julho de 2016

O BURACO É MAIS EMBAIXO


Tenho certeza que para profunda decepção da maioria dos meus (cada vez mais raros) amigos, sou proprietário de um exemplar - autografado - do livro 'O Quarto Poder" do Paulo Henrique Amorim. (Se é que se pode chamar uma apressada rubrica de autógrafo...)

Consequentemente, sou leitor de seu blog 'Conversa Afiada'. Concordo, discordo, mas gosto do jeitão dele.

E hoje ele postou uma entrevista com Márcio Moretto sobre o ensaio "Uma sociedade polarizada", de autoria de Pablo Ortellado, Esther Solano e Márcio Moretto, publicado no livro "Por que gritamos golpe - Para entender o impeachment e a crise política no Brasil" - da editora Boitempo.


Já começa assim:

"Uma das consequências mais dramáticas do processo de impeachment que o Brasil está passando é a binarização social em dois supostos bandos confrontados, não de adversários e, sim, de inimigos. A academia deve ajudar a sair dessa dialética do inimigo, autoritária, que simplifica os fatos, reproduz estigmas falsos, ataca desqualificando e insultando, não confrontando ideias. Nesse sentido, apresentamos nossa última pesquisa para explicar que a polarização 'coxinhas/petralhas' não corresponde exatamente à situação real na qual se encontra a sociedade brasileira, que é muito mais complexa e não responde às simplificações."

Me bastou a última fala do cidadão.

MÁRCIO MORETTO: Tipicamente, o que se observa nesses momentos de crise é que existem duas possibilidades, duas saídas mais comuns. De um lado, você pode buscar mais democracia e pedir mais participação popular. E, de outro lado, você pode pedir soluções mais autoritárias. E não está muito claro qual é a saída que a gente está aventando agora. O que está bem claro é que a gente está num momento de crise intensa, com uma polarização intensa, e essa crise atinge tanto os partidos políticos quanto a imprensa.
Márcio Moretto Ribeiro, é doutor em Ciências da Computação pelo Instituto de Matemática e Estatística da USP, professor de sistemas da informação da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP e membro do Grupo de Políticas Públicas em Acesso à Informação.

Então, vamos lá.

1. Pra mim, essa tal de polarização vai até a página dois. Uma coisa é sair com a galera pra gritar na rua ou ficar em casa batendo panela, etc. Outra coisa é entender bem sobre o que está se protestando.

2. Pra mim, a tal da participação popular só funciona por instigação da mídia ou por instigação de 'organizações' sejam lá quais forem seus objetivos.

3. Pra mim, buscar a tal da democracia no povão... Pi-ri-go! Na hora do vamos ver ninguém pensa nem no vizinho da vida inteira. Ou não?

4. Pra mim, a tal da imprensa, escrita, falada ou televisada, já foi pro saco há muito tempo.
Diga lá, arguto leitor: você ainda confia na frase símbolo - "Deu no Jornal!" - da credibilidade da imprensa escrita?
Você ainda acredita nas CBN's ou Jovem Pan's da vida?
Você ainda acredita nas rêdigrobo da vida?
E, pior: você se dá ao trabalho de checar as formidáveis denúncias que pululam nas tais das 'redes sociais' ou segue a confortável cartilha do "Gostei, Compartilhei e Foda-se"?

(Que sinuquinha, hein?)

domingo, 17 de julho de 2016

VAI SER UMA FESTA!

All in que seremos inundados por
piadinhas prontas sobre as atuações do recém-contratado atacante do São Paulo: Milton CARAGLIO.


Considerando que 'puta' e 'porrada' já estão incorporados até na dita grande mídia, um 'caraglinho' a mais não vai fazer muita diferença, né não? 

sábado, 16 de julho de 2016

PASSEI BATIDO...

... pelo Dia Mundial do Rock.
Imperdoável.

Mas hoje, via minha caçula recém fervorosa adepta, tive acesso a esse vídeo primoroso da 'Sister' Rosetta Tharpe, com essa peruca improvável, essa guitarra impressionante e sobre qual nunca tinha ouvido falar.

Então, fica a homenagem ainda que tardia.

Segundo a Wikipedia, Rosetta Tharpe (20/3/1915 – 9/10/1973) foi uma cantora, compositora e guitarrista de música gospel, teve grande popularidade na década de 1930 e 40, com uma mistura única de letras gospel e acompanhamento de início do rock and roll. Pioneira da música no século XX, Rosetta foi única ao misturar o gospel com o ritmo do rock ainda incipiente dos anos 30.


sexta-feira, 15 de julho de 2016

IH, QUE SACO, TEXTÃO! E SOBRE POLÍTICA! ARGH!


Do Presidente da República, Vice-Presidente, passando pelo Senado (81 membros), pela Câmara (513 membros), pelo Judiciário (11 membros) e mais incontáveis membros distribuídos pelos incontáveis tribunais disso e daquilo, passando pelos Governos e Deputados Estaduais, passando pelos Prefeitos dos 5.570 municípios brasileiros com seus vereadores, sem contar os "cargos de confiança" e sabe-se lá o que mais.

Temos, entre salários, planos de saúde, cartões corporativos, auxílio moradia, verba de gabinete, passagens aéreas e cotas parlamentares (what porra is that?), além de auxílios variados de acordo com a falcatrua municipal, estadual ou federal, uma soma que eu não consigo imaginar mas, doce ilusão, adoraria saber o total.

Só pra ter uma vaga ideia, segundo o HajaData, o salário de cada um dos 31 vereadores de São Luís, vibrante capital de uma das capitanias de Sarney, é de cerca de R$10.000,00 fora tudo o mais.

E são mais de 60.000 vereadores tupiniquins.
E bota "tudo o mais" aí...

Quanto aos deputados estaduais, temos a seguinte fórmula: “Segundo o artigo 27 da constituição, o número de Deputados à Assembleia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze.”

Um deputado estadual do Amazonas tem salário superior a R$20.000,00 fora tudo o mais.
E bota mais um tanto de "tudo o mais" aí...

Você gosta de fazer conta, matemático leitor?
Eu também gosto, mas estou com preguiça.

Só pra simplificar, são 513 deputados federais cujos dão direito a, no mínimo, 1.539 estaduais sem contar os acréscimos mencionados no 'artigo 27 da constituição'.
Ou seja, bota mais um tantão de "tudo o mais" aí.

Fica o desafio ao atento leitor: multiplica isso tudo aí e me prova que esse horrível "rombo" das contas públicas não poderia ser resolvido com um mínimo de consciência e honestidade dessa corja que nós continuamos a eleger.

E, por favor, façam a conta descontando a corrupção.
Que, como sabemos, nunca aconteceu antes desse horrível período bolivariano e comunista que, ainda bem, foi estancado pelos probos Cunhas et caterva.

quinta-feira, 14 de julho de 2016

DIVAGAÇÕES PATERNAS

Minhas crias moram longe e, de minha parte, não sou muito chegado a conversinhas sociais regulares 'Oi, tá tudo bem com você?' no estilo 'só pra constar'.

Bem criadas que foram, elas também não dão muita bola pra essas convenções babaquinhas.

Mas, entretanto, todavia, contudo, às vezes acontece de bater uma saudade danada de, pelo menos, ouvir a voz delas.

E aí, um dilema existencial me é apresentado: se as vozes estiverem desanimadas, desmotivadas, vou me preocupar (99% das vezes sem o menor motivo); por outro lado, se estiverem animadinhas, vou ficar no maior astral.

E lá estou eu debruçado num torneio de poker, fazendo força pra me concentrar, analisando percentuais, posições, reações dos adversários e, claro, ouvindo música.
Pouco antes do intervalo do torneio toca 'My Girl' que é o hino da caçula. Começa o intervalo, vou dar uma checada no fêici e dou de cara com um post primoroso da primogênita.

"Sinaaal!!!"

Foda-se o torneio, ligo pras duas e está tudo bem. Cada uma com seus cadas quais correndo nos conformes dentro de suas realidades. E seguimos juntos nesse jeitinho que pode parecer esquisito para você - romântico leitor(a) - mas que pra nós funciona bem.

Em tempo: ainda consegui terminar o torneio num honroso 154o. lugar, percebendo a incrível soma de 2.174 dinheiros fictícios e vida que segue...

terça-feira, 12 de julho de 2016

APROVEITANDO ESSA TIRINHA...


... Do André Dahmer, vamos lá:

Pois é. Essa perda e "recuperação" da inocência é uma triste realidade. Cuja poderia ser evitada tanto pelos que acreditam no governo - seja lá qual for - quanto pelos políticos propriamente ditos.

Me impressiona a falta de caráter, de respeito ao próximo, dos mínimos conceitos éticos que assolam as pessoas - seja lá que posições ocupem - em nome da hipócrita filosofia do "Tenho que me dar bem a qualquer custo". (Uma variante da arcaica 'Lei de Gérson' - cracaço, gente boa, cujo, tadinho, sífu nessa faturadinha.)

Do alto da minha veiêra divido a responsabilidade por essa pérfida epidemia entre alguns fatores:

A começar pela ausência de ensinamento caseiro. Até prova em contrário (e já devem haver muitas), os filhos se espelham nos pais. Então, deveria ser dever deles, pais, mães, o que for, pelo menos tentar transmitir às crias os conceitos básicos do respeito ao próximo, da honestidade, da civilização.

Concordo que nos dias de hoje, repleto de corcundinhas eternamente debruçados nos celulares, assimilando e disseminando ideias absurdas, essa é uma tarefa e tanto. Cuja poderia ser menos complicada caso os pais também não estivessem corcundinhas...

Tenho inúmeras lembranças de professores, das mais variadas matérias, que me mostraram novos caminhos. Cujos foram discutidos, na hora do jantar, com meus pais. O que, concordando ou discordando, muito me ajudou na minha formação.

Algum 'djóvem' ainda janta com os pais? E, quando essa improvável situação acontece, eles conversam, trocam ideias ou só fotografam os pratos para 'compartilhar' e vida (?) que segue?

Resumo da ópera: falta educação.
No sentido mais amplo, mais geral, mais humano que possamos imaginar.

segunda-feira, 11 de julho de 2016

HILDEGARD ANGEL - UM AGRADÁVEL PARADOXO

Resumo curto e injusto: filha da estilista Zuzu Angel - assassinada pela ditadura, irmã de Stuart Angel - assassinado pela ditadura, fez teatro, cinema, televisão e desembarcou no jornalismo se tornando colunista social 'top'.

Hoje ela mantém o site http://www.hildegardangel.com.br/


Cujo visito regularmente e é, pra mim, um adorável paradoxo.

Ao mesmo tempo em que leio opiniões e textos primorosos - históricos e atuais - sobre o Brasil, sou brindado com metros e metros de telas sobre animadas tertúlias promovidas por vetustas socialites representantes de uma classe social que não existe mais.

E sempre ilustradas com requintes de crueldade tais como as detalhadas fotos de 'biombos chineses', 'porcelanas Vieux Paris' e muitas outras importâncias no gênero.
Além, é claro, das incontáveis imagens das elegantérrimas madames.

Na minha humilde opinião, essa "classe social que não existe mais"
se deve a uma simples razão: foi-se o tempo em que a classe AAA apresentava um mínimo de cultura coerente com sua posição social.
Porque, convenhamos, o que vemos e lemos hoje sobre as atitudes e eventos da atual autoproclamada classe AAA, daria vergonha a Ibrahim Sued. (Manja Ibrahim Sued, vetusto leitor?)

Assim sendo, meus respeitos a essa controversa jornalista que consegue, mais do que manter viva essa chama, registrar para a história a existência de uma classe que, pelo menos aparentemente, mantém coerência entre as posses materiais e culturais.

domingo, 10 de julho de 2016

PREOCUPAR-ME-IA CASO EU ME IMPORTASSE...

As poucas pesquisas divulgadas pela mídia apontam, em seus melhores resultados, algo em torno de 13% de aprovação do interino e 75% de regular, ruim ou péssimo. E segue caindo.

Mas, o impávido mesoclítico não liga a mínima para essas coisas menores. Tanto que em recente entrevista voltou a afirmar que suas "medidas impopulares" virão depois da consumação do golpe.

Ou seja, temos um interino CASPOP - Cagando e Andando Solenemente Para a Opinião Pública.

(A propósito, li uma ótima ontem: "Esse negócio de fuso horário é complicado mesmo. No Brasil, por exemplo, temos regiões que ainda vivem em 1964...")

sábado, 9 de julho de 2016

ALTOS AGITOS DA VEIÊRA


Normalmente meus sábados - quando solitários - são regados a trabalho até meio-dia, praia, cerveja, varanda, contemplação, incontáveis pensamentos incongruentes, y otras cositas más.

Ao entardecer, após desfrutar as maravilhas oferecidas pelo poente,
se não houver jogo do Flamengo ou algum outro que valha a pena, costumo debruçar no poker enquanto ouço música.

Aí é que the pig twists it's tail.

Tenho centenas de músicas representativas da minha vida que fornecem prazer e inspiração.

Mas, depois que me 'anordestinei', passei a pesquisar a produção regional. Como a surpresa foi adorável, dividi minhas músicas entre as 'genéricas' e as nordestinas.
E, como as nordestinas ainda estão em menor número, fico economizando, intercalando a audiência (que nem quando estou lendo um bom livro) para prolongar o prazer quando 'pinta um clima', entende?

E descobri que essa prática é prejudicial ao jogo.
É que a danada da música nordestina é tão envolvente que eu desconcentro e desando a fazer bobagem no poker.

Conclusão óbvia: dane-se o poker. Perco um torneio, começo outro e sigo feliz batucando o forró mais gostoso do planeta e, ainda, tentando entender e decorar as letras incríveis.


Obs.: a imagem ilustrativa é de 2013 quando fiz meu primeiro e único - até agora - royal de ouros, ganhando a fabulosa soma de 500 dinheiros fictícios.

sexta-feira, 8 de julho de 2016

APATIA

s.f. Insensibilidade; condição de quem não se comove, não demonstra sentimentos, interesses: tratou o assunto com apatia.
P.ext. Falta de motivação, de vigor físico, de entusiasmo.
Psicopatologia. Estado definido pelo desânimo ou pela ausência de energia.

Cedo aprendi com minha mãe que tudo tem dois lados.
E o mais importante: os dois lados, para serem válidos, devem ser embasados por argumentos sólidos, relativos ao assunto e jamais por tentativas de desmoralização pura e simples do interlocutor.

Então, vamos lá.
Tenho poucos amigos e vários conhecidos em JP.
Que se dividem em petralhas, tucanalhas, coxinhas (agora escondidinhos) e, até pouco tempo, raros desinteressados pela política tupiniquim.

Pois bem.
Nesses tempos pós-golpe tenho notado uma interessante mudança:
os desinteressados aumentaram em progressão geométrica!
Ninguém mais puxa papo sobre política.

E não estou falando só em relação à conversas olho-no-olho.
O FlaXFlu internetiano, segundo o infalível HajaData, também despencou.

Isso, pra mim, é sintoma de total apatia política.
A coisa chegou a tal ponto que as falcatruas noticiadas a cada 15 minutos, conforme as preferências partidárias de todas as mídias
(é bom que fique claro), já não estão comovendo ninguém.

E a pérfida conclusão é: Eles estão vencendo!
Eles - essa corja que é sustentada por nós - estão conseguindo via o excesso de Moros, Cunhas, Gilmares e tantos outros - de acordo com a preferência de cada um - fazer com que o povo volte a cagar e andar para a política.
Eles vão continuar a fazer com que o povo continue a votar ou anular ou se abster, não importa - por pura obrigação ou, como sempre, por promessas que nunca serão cumpridas.
E ainda tem o tal do "quociente eleitoral" que elege sabe-se lá quem.

E Eles seguirão se locupletando.
Ou não? Pra variar, torço para estar errado.
(Como diria o filósofo, "Na medida do possível só o tempo nos dirá.")

quinta-feira, 7 de julho de 2016

OS GUARDIÕES DA TOCHA!


Sensações conflitantes me assaltam com essa história do revezamento da tocha olímpica.

É legal, simbólica, tradição milenar, homenageia um monte de gente de norte a sul de diversos países, dá oportunidade a mais um monte de gente de aparecer como 'injustiçado(a)', gera imagens maravilhosas de inspirados fotógrafos e cinegrafistas, rende um dinheiro incalculável, etc, etc.

Em paralelo, gera também vibrantes, esclarecedoras e criativas reportagens sobre outro monte de falta de assunto.
Entre esses, destaque absoluto para Os Guardiões da Tocha.

Aí sinto muito mas, é o seguinte: acho uma tremenda babaquice.

Tome de "Conheça os guardiões que protegeram a chama olímpica no voo para o Brasil", "Os responsáveis pelo fogo olímpico: conheça os guardiões da tocha", "Proteção da tocha olímpica tem 70 guardas da Scotland Yard" e por aí vai.

Além do mais, "Guardiões da Tocha Olímpica"  me soa mais como filme concorrente de "Quarteto Fantástico", "Os Vingadores", "Surfista Prateado", etc, do que qualquer homenagem digna.
Então, acho que esses caras não mereciam ter que carregar essa alcunha babaquinha.

Eles me parecem mais um bando de gente boa aproveitando a oportunidade de um bico legal num lance muito doido!
Afinal, estão fazendo parte da organização de um evento mundial que leva muito a $ério (entre muita$ outra$) essa bobagem da 'Manutenção da Chama Acesa'.

(O que me deu vontade de divagar nas questões freudianas sobre o sexo em geral. Mas, não se preocupem: já passou.)

Pra você ver, incrédulo leitor, segundo a reportagem dos 'Protetores da Chama no voo para o Brasil', a Equipe de Segurança, comandada pelo Coordenador de Revezamento, com a primeira área executiva fechada para eles, passou todo o voo - 12 horas de Genebra a Brasília - olhando pro foguinho em revezamentos de sono.

Então, tá.