quarta-feira, 31 de agosto de 2016

OTIMISTA?


Se essa reedição de golpe servir pra alguma coisa, que seja para a esquerda - toda ela - se organizar, se orientar e, principalmente, para se unir em torno de objetivos mais altos do que tentar jogar o jogo sujo no qual ela é, sempre foi e sempre vai ser, "fióte".


Tanto é "fióte" que Cunha, seus incontáveis deputados de bolso, seu boneco Temer, mais Aécio, Renan, Serra, Jucá, Collor, Perrella, Gilmar et caterva, junto com as rêdigrôbo e folhas da vida, estão aí, livres, leves e soltos, clamando por um Brasil limpo, livre da corrupção que, nunca na história desse país, existiu antes do PT.

terça-feira, 30 de agosto de 2016

UMA MOÇA TÃO BONITA...


Devia estar fazendo coisas mais interessantes do que participar desse circo de horrores. Mas, trata-se da secretária ou assessora ou seja lá o que for, do Lewandowski.

Pra mim ela está garantindo, no mínimo, uma redução de purgatório.

sábado, 27 de agosto de 2016

GRANDES PERDAS DA HUMANIDADE


Calça Lee branca
                  Crush
                           Poker valendo cigarro
                           Saratoga, Luiz XV e Continental
Tala larga, aro 13 e pneu cinturato Pirelli
Motorádio
                   Camisas de crepom da Ophicina BH
                   e de seda da Figurinha RJ
      Sapatos da Motex RJ - com salto carrapeta
Bentiáutas, licença pra dois

Essas, me vieram de imediato.
Otimista inveterado que sou, aguardo colaborações.

Em tempo, olha só a minha surpresa quando fui googlar "Motorádio":
Motorádio foi uma empresa paulista fundada em 1942 pelo imigrante japonês Hiroshi Urushima em São Paulo, no ano de 1963 cuja principal atividade, em seu início, foi a fabricação de autorrádios. Foi o primeiro fabricante brasileiro destes aparelhos.
Na década de 1960, o melhor jogador de uma partida de futebol era premiado por um Motorádio pela TV Tupi.
De 1970 a 1978 manteve com a poderosa Sony uma associação (Sony-Motorádio), por meio da qual a empresa brasileira fabricava radiogravadores, aparelhos de som e televisores vendidos pela Sony.
No início da década de 1990, foi constituída a empresa Audiomótor que utiliza a marca Motobras, sendo que os sócios da empresa Audiomótor foram antigos funcionários da Motoradio. A fábrica está atualmente situada na cidade de Brasópolis, MG e conta com escritório também em São Paulo.

Obs.: não entendi bem "uma empresa paulista fundada em 1942 pelo imigrante japonês Hiroshi Urushima em São Paulo, no ano de 1963 cuja principal atividade, em seu início, foi a fabricação de autorrádios.", enfim,...

NÚMEROS FILOSÓFICOS


Altamira é um município brasileiro localizado no estado do Pará, na Região Norte do país, com uma área de aproximadamente 160 mil km² e cerca de 108 mil habitantes segundo o IBGE/2015.

Santa Catarina é uma das 27 unidades federativas do Brasil,
com uma área de aproximadamente 96 mil km² e quase
7 milhões habitantes segundo o IBGE/2015.

Em área, Santa Catarina tem 60% de Altamira.
Em população, Altamira tem 13% de Santa Catarina.

O mar ocupa 70% da área do planeta.
São 1,5 bilhões de km2 numa profundidade média de 3,8 km.

Nos outros 30% do planeta esprememo-nos, na superfície, mais de 7 bilhões de seres. Na minha opinião é por isso que somos chatos pra cacete. Falta espaço.

Opinião esta que é prontamente desmentida em qualquer meia hora de viagem nas estradas tupiniquins - pródigas em deslumbrantes paisagens isentas de gente.

Ao mesmo tempo, na Holanda você viaja duas horas de trem sem ver um mísero metro quadrado desocupado.
A Holanda tem 40% da área de Santa Catarina e tem perto de 17 milhões de habitantes - mais que o dobro de Santa Catarina.

Então, volto à opinião anterior. É muita gente muito perto.
E fica chato pra cacete.

Concluindo: os números me comprovam que o ser humano não tem a menor chance de evoluir enquanto não tentar conviver com o próximo portando um olhar menos egoísta.

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

PERFEITO!





(Valeu, Bira.)

terça-feira, 23 de agosto de 2016

NÃO TENHO MAIS IDADE PRA ISSO

Encaro essa frase com
sentimentos opostos:

Tristeza -

• Quando vejo a galerinha, mar adentro, flutuando deliciosamente nos kite-surf's.

• Quando vejo a galerinha indo pra estrada em viagens rumo a um destino vagamente conhecido e seja lá o que Deus quiser.

• Quando vejo a galerinha se acabando de dançar noite adentro. (Hoje, se tocar Let's Twist Again e eu resolver me arriscar nessa empreitada, meus joelhos vão gritar mais que o Chubby Checker.)

Alegria -

• Quando vejo a galerinha esforçada bufando ao fazer exercícios sem pé nem cabeça, ou melhor com o pé e a cabeça descontrolada do 'personal trainer'. (Dessa, ainda bem, sempre escapei.)

• Quando escuto essa frase vinda de contemporâneos - em relação a assuntos diversos - e eu, quietinho, me divirto pensando:
-"Oba! Eu ainda tenho...!"

• Quando constato que a idade me permite navegar, com a maior tranquilidade, no sentimento CASPOPCagando e Andando Solenemente Para a Opinião Pública. 

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

ACORDANDO CEDO



domingo, 21 de agosto de 2016

ARTE NO SEU JEITO

ELEIÇÕES 2016


Não tem erro.

Se você vem caminhando na praia e ao longe aparece a silhueta de uma mulher vindo em sua direção, 99% delas parecem ser bonitas, gostosas, etc.

À meia distância mais da metade já se revela trubufu.

O restante ainda vai merecer uma análise mais cuidadosa mas, segundo os complexos cálculos do DataHaja, somente 1% confirma a impressão longínqua.

O que isso tem a ver com as eleições?

Tudo. De longe os candidatos são formidáveis.
Mas, nesses casos, nem é preciso andar muito para constatar a realidade.
Vide Marta Suplício dançando com as criancinhas, João Dólar comendo pastel de cara feia e mais incontáveis exemplos que nos são ofertados todo dia.

E eles vão se eleger, e eles vão continuar a podridão reinante, e eles vão desaparecer até o próximo engodo político.

sábado, 20 de agosto de 2016

DEU FOI SAUDADE

A seleção da CBF ganhou o ouro!
Oh! Que emoção incontrolável!

A única coisa que me cativou foi o gol de falta do Neymar.
Me fez lembrar dos incontáveis gols do Zico que vi no Maracanã (o original).

Acho legal, ouro até que enfim, etc, mas não consigo deixar de pensar que isso pode ser mais uma perigosa maquiagem da podre realidade do nosso futebol.
Pra variar, torço pra estar errado.

E, pra variar, tive que aturar outras incontáveis pérolas dos famigerados comentaristas. A campeã foi: "...o meio campo não consegue visibilizar as jogadas de ataque".

E outra coisa: all in que, pra variar, na grande mídia, Neymar is God!
O Weverton cujo, fazendo muito mais do que sua obrigação, pegou o pênalti que deu o ouro, será devidamente eclipsado.

E segue o baile... 

ELA É HORRÍVER...

Embalou incontáveis tardes/noites na década de 70 e tropecei nela ainda agora.

Diga lá, venerando leitor: o Jeff Christie, autor da pérola, não parece aquele "carinha gente boa que a gente conhece ali do outro quarteirão e eu esqueci o nome"?

(Lembra quando tinha quarteirão?)


quinta-feira, 18 de agosto de 2016

MOMENTO YAHOO


Você gostaria de poder interferir nesse desenho -
mudando as cores ou o formato, por exemplo?

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

O CAOS! A MALDIÇÃO!


Confesso que não estou ligadão nessas olimpíadas.

Apesar de ser no Rio, etc, a coisa é sempre a mesma: os 'famosos quem' da vida vão lá, ganham algumas medalhas, contam as mesmas histórias de sacrifícios, superação, apoio da família, muito choro e desaparecem por mais quatro anos.

De qualquer maneira, ontem tropecei em Brasil X China no vôlei feminino.
Na ESPN, o locutor - que não sei quem é - foi melhor que o jogo.

A cada ponto adversário, "O Caos! A Maldição!"; a cada cortada das adversárias, "A Facínora!"; a cada cortada brasileira,
"A Doutrinação!"; a cada boa jogada de uma adversária, "Lambisguóóóia!"; a cada bloqueio das brasileiras, "Aqui Não, Nenem!" e por aí seguia.

Me diverti mais com ele do que com o jogo, fui dormir com o Brasil ganhando e acordei com China virando o jogo.

E hoje tem futebol contra a perigosíssima Honduras.
Arrã...

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

HAJA LIVRO!


E mais um saiu do forno.
Se você quiser em papel, clica no selo "Haja Livros" aí à direita.
Se você quiser em e-book ou pdf, manda um e-mail para hajamuitosaco@gmail.com.
Se você não quiser nada, pelo menos "espalha pra ver se cola".
Desde já agradeço a boa vontade.

domingo, 14 de agosto de 2016

INVERTENDO A BOBAGEM


Acho essas datas comerciais o supra sumo da babaquice.

Entretanto, como é difícil escapar da bobagem institucionalizada pela mídia, prefiro inverter a coisa.

Parabéns a vocês, minhas adoráveis Maria Paula e Mariana, por terem me dado a oportunidade e o orgulho de ter vocês como filhas!

sábado, 13 de agosto de 2016

A ZELITE


Segue extrato de um ótimo artigo de Robson Sávio Reis Souza
Doutor em Ciências Sociais e Professor da PUC Minas:

"... as elites, queiramos ou não, são fundamentais para induzir o desenvolvimento social, político, econômico e cultural de qualquer sociedade.

O Brasil, apesar de historicamente dirigido por elites muito conservadoras – cujos grupos majoritários dessas elites têm fortes tendências antidemocráticas -, já teve expoentes que, em situações de crise intensa, conseguiram articular grandes concertações em torno de ideias e ideais capazes de produzirem significativos avanços sociais, econômicos, culturais, políticos…

Já tivemos na elite política referências como Ulisses Guimarães, Franco Montoro e Tancredo Neves. Hoje, os líderes bajulados pelas elites são Temer, Cunha, Aécio, Renan, Serra, Bolsonaro, Caiado…

Na cultura, orgulhávamos de personalidades como Guimarães Rosa, Antonio Cândido e Chiquinha Gonzaga. Hoje, as elites batem palma para Reinaldo Azevedo e Alexandre Frota.

Tínhamos elites intelectuais do porte de Paulo Freire, Sérgio Buarque, Euclides da Cunha e Darcy Ribeiro. Hoje, as elites intelectuais cultuadas são Olavo de Carvalho e Lobão.

Já convivemos com economistas do porte de Roberto Campos e Celso Furtado. Hoje, segmentos mais visíveis das elites seguem as dicas econômicas de Rodrigo Constantino e Miriam Leitão.

E já tivemos empresários que defendiam uma indústria nacional forte e geradora de riqueza e renda para o Brasil e os brasileiros. Agora, os homens de negócio dessa terra resolveram criar a filosofia empresarial do pato amarelo.

O espaço da liderança religiosa que era ocupado por figuras da estatura de Paulo Evaristo Arns, Helder Câmara e Luciano Mendes de Almeida é protagonizado, agora, por vultos como Malafaia, Cunha, Malta, Macedo e Feliciano..."

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

A SAGA DA CNH

Em 2008 minha carteira de motorista venceu e deixei pra lá.

Em 2012 achei que já estava abusando da sorte e fui renovar no Detran de Belo Horizonte. Levei uma semana entre idas e vindas, filas intermináveis, taxas diversas, exames em clínica 'conveniada', foto em fotógrafo 'conveniado' e tudo mais que os zelosos leitores já estão cansados de saber.

Pois bem, o tempo passa, o tempo voa e mês que vem vence a bendita carteira de novo. Só que agora estou em João Pessoa...

Saio cedo e vou a um posto do Detran pertinho de casa.
Sou informado que, como minha carteira é de outro estado, tenho que ir ao Detran Central para fazer a transferência e a renovação.

Mole pra nós. São só 12 km passando por paisagens da melhor qualidade.
Lá chegando, tudo lotado, difícil de arrumar vaga pra estacionar. Acho uma e pergunto onde é a renovação de carteira. Bloco C.

Encontro o bloco, pergunto de novo e sou encaminhado a uma sala cuja recepcionista me informa que a primeira coisa a fazer é xerocar a antiga.
A xerox fica ao lado e sou atendido por uma senhora gorda agitada e muito bem humorada. Ela me explica que também é necessário comprovante de residência.
Mífu, digo eu.
Ela nem se abala: -"Vá ali, procure Nanda e diga que Cida pediu que ela lhe faça a declaração de residência."

Vou lá, acho a Nanda, falo da Cida, a Nanda olha sobre meus ombros, me viro e lá está a Cida acenando.

Feita a declaração, a papelada vai "lá pra dentro pra passar na primeira tela" – seja lá o que isso signifique.
Passada a tela, é preciso pagar a taxa. Logo ali no Pag-Fácil.
Chego ao local e dou de cara com um cartaz: "Pagamentos só em dinheiro".
Mífu de novo.

Cida me aconselha a ir a um shopping pertinho.
Pego o carro e vou ao shopping pertinho à caça de um caixa eletrônico. Ainda faltam cinco minutos para o shopping abrir, tempo para um cigarrinho.
O shopping abre, uma fila de seguranças e recepcionistas aplaudem os felizes consumidores, disfarço a vergonha alheia e pergunto a um deles sobre o paradeiro da bendita máquina. Logo ali.
Saco a quantia, volto ao Detran, pago a taxa no Pag-Fácil (?!) e entrego a papelada que vai "lá pra dentro pra passar na segunda tela". Nem me atrevo a perguntar o significado dessas telas e fico só na torcida para que o sistema continue sistemando.

Mais um tempo, me chamam, me entregam a papelada e me informam que devo ir pegar uma senha para cadastro.

Encontro o lugar, pego a senha (P275), e rapidinho sou chamado ao guichê.
O cidadão confere a papelada e me pergunta se sou doador de órgãos. Respondo que não e comento:
-"Até que seria uma boa. Como é que faz pra ser doador de órgãos?"
-"Não tenho a menor ideia. Só estou lhe perguntando porque tenho que perguntar.", responde o cidadão rindo de orelha a orelha.

Tudo certo, retorno à primeira sala não sem antes tropeçar na Cida.
-"Pagou? Tá tudo certinho? Corra de volta lá em Nanda!"

Ela checa a papelada e...
-"Agora vá ali, pegue a senha da fotografia."

Pego a senha, sou chamado e, depois de conferir toda a papelada, o cidadão diz preu me aprumar e me fotografa.
Não contente, tira todas as minhas impressões digitais que são conferidas eletronicamente. Depois me estica uma pranchetinha para eu dar meu autógrafo.

-"Agora vá ali para o exame médico."
Uma doutora agitada e prestativa me empurra um formulário para ser preenchido. No estilo daqueles de visto para os EUA, manja?
Usa drogas ilícitas?
> Consome álcool descontroladamente?
E por aí vai. Só faltou aquela pérola:
Planeja algum tipo de atentado terrorista?
Tira a minha pressão - sou informado que ela está ótima - e me encaminha ao exame de vista.

Outra doutora, esta mais burocrática, me pergunta:
-"Já foi operado?"
-"Já."
-"De quê?"
-"Fimose."

Ela fecha a cara e me põe pra ler aquelas letrinhas que fazem lembrar a piada do polonês quando o doutor pergunta se ele está vendo as letras e ele responde: "Claro! Esse cara é meu amigo!"

A doutora carimba, assina, etc e me manda de volta à Nanda.
Ela dá uma olhada rápida, destaca um protocolo e diz:
-"Pegue na 2ª. feira. Mas, pode ser que amanhã à tarde já esteja aqui."

Vou saindo, passo pela Cida.
Agarro as bochechas dela e sapeco-lhe um beijo na testa.
-"Ô amado! Deu tudo certinho? Que bom! Vá com Deus!"

Transcorridas exatas duas horas e dezessete minutos, vou embora com tudo resolvido. Ao passar pela descida do Cabo Branco, ainda manhã de sol, o mar arrepiantemente lindo, continuo rindo dos que não conseguem disfarçar um certo desdém quando digo que estou morando em João Pessoa.

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

IN MEMORIAN

Todos nós colecionamos amigos pela vida afora.

Alguns se tornam ex-amigos, outros se tornam amigos distantes (não no sentido físico, mas no sentido afetivo) e alguns poucos, não importando a distância ou a pouca convivência, se mantém ativos em nossos sentimentos e atenções. (Graças a Deus.)

Dentre esses poucos, várias vezes temos desavenças, discussões, etc, mas o sentimento segue inabalável.

E, agora há pouco, fiquei sabendo que um desses se mandou hoje.

Acho que acontece com todo mundo ao receber notícias desse naipe: imediatamente começou a passar pela minha cabeça um filme - estilo "documentário desencontrado do cinema novo" - com incontáveis situações que passamos juntos.

Para minha surpresa, constatei que em relação a esse amigo, nunca tivemos sequer um mimimi. Coisa rara que só aumenta a tristeza.

Pra mim, o esperançoso "Descanse em Paz", não se aplica ao cidadão - considerando que ele nunca precisou de descanso - uma vez que sempre viveu boiando num bom humor imensurável.

Então, prefiro acreditar que possamos nos encontrar em alguma dimensão inexplicável para podermos continuar a rir como sempre fizemos.

Enquanto isso, fica a saudade.
Abração, Marcelo "Bibico" Daibert!

terça-feira, 9 de agosto de 2016

A SOLUÇÃO



Quanto às propostas de Serra's, FHC's ("Dependência ao Norte!"), Cunha's, Temer's et caterva, o profeta Raul Seixas já tinha visto a saída em 1980!





DATA HISTÓÓÓRICA!

Em tempos olímpicos, as “datas históóóricas” se sucedem nas originalíssimas narrações dos locutores e comentaristas televisivos.

Mas, sem nada a ver com isso, tive hoje a oportunidade de ver e ouvir o maior espetáculo de cinismo dessa minha vidinha que já se prolonga mais do que devia:
o discurso de Aécim no senado defendendo o golpe e ressaltando que tudo de ruim que está acontecendo no país foi avisado por ele, o probo.

E, pra variar, o garoto do Leblon durou pouco na titularidade dessa data. 

Logo após, Cristovam Buarque tomou seu posto ao fazer um discurso autoelogiativo em que, parafraseando cínica e descaradamente Darcy Ribeiro, veio falar de seus vários “fracassos” porque, desde sempre, avisou e avisou e avisou sobre a crise que se avizinhava e, tadinho, não foi ouvido.

O vômito foi inevitável.

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

DÁ-LHE JÚLIA ROCHA!


Médica defende o direito de o paciente falar do “jeitinho” que sabe, e vira alvo de racismo e misoginia nas redes sociais


Essa é a manchete da reportagem que você pode ler aqui:



É, com certeza, um chute no estômago.
E, com mais certeza ainda, a triste constatação que ela está certíssima:

"Eu não ia dizer nada, mas tem uma criança preta crescendo aqui dentro de mim que não me deixa ficar calada.
•••
Meu coração chega a doer só de pensar que esse é o mundo que minha filha ou meu filho viverá." 

domingo, 7 de agosto de 2016

TERRA ARRASADA


Segue artigo do Ricardo Kotscho.
Tristemente real.

Publicado em 07/08/2016 às 09h31
Após novas delações, cenário será de terra arrasada



Foram R$ 10 milhões de caixa dois para o PMDB de Michel Temer, em 2014, segundo a Veja, e R$ 23 milhões para o PSDB de José Serra, em 2010, segundo a Folha.
Estas são, em  resumo, as grandes novidades das delações da Odebrecht publicadas pela imprensa neste final de semana de largada da Olimpíada do Rio, na reta final do processo de impeachment de Dilma Rousseff.
Dois anos e cinco meses após a deflagração da Operação Lava Jato, as investigações chegam ao PMDB e ao PSDB, os dois grandes partidos que, ao lado do PT, denunciado desde o início, se revezam no comando da política brasileira desde a redemocratização do País.
No mesmo lote de novas delações, a maior empreiteira nacional citará a presidente afastada Dilma Rousseff que, segundo o marqueteiro João Santana, não só sabia, como coordenava a arrecadação de caixa dois para as suas campanhas.
O ex-presidente Lula, também citado em outras delações, já enfrenta meia dúzia de processos em Brasília, São Paulo e Curitiba.
Pelo andar da carruagem, ao final desse processo não restará ninguém para contar a história e acusar os adversários por corrupção, e nenhum líder político de expressão sobreviverá para reformar e reconstruir o apodrecido sistema político-partidário brasileiro a partir de 2018.
O cenário é de terra arrasada.
Os grandes partidos e as grandes empreiteiras nacionais saem destruídos desta guerra sem vencedores, que arrasou a nossa economia e instalou uma crise política sem precedentes e sem data para acabar.
Os maiores derrotados somos todos nós, cidadãos-contribuintes, assaltados por esta promíscua aliança público-privada, que gerou aumento da inflação, queda do PIB e um crescente deficit fiscal.
Em tenebrosas transações, agora reveladas, roubaram até a nossa esperança, e nos deixaram sem perspectivas de dias melhores, até onde a nossa vista alcança.
Peço desculpas aos leitores, pois sei que não é agradável tratar destes assuntos em pleno primeiro domingo olímpico, mas é a nossa triste realidade.
Vida que segue.

sábado, 6 de agosto de 2016

DORMINDO BEM


Olimpíadas? Arrã...

Sabadão, fim de tarde, assistindo Flamengo X CAP, torcendo, rindo, xingando jogadores, juízes e os "analistas" de sempre, UUUHHH!!!, AAAHHH!!! e todas as outras reações comuns à tão importante evento.

Segue o jogo e, do nada, começo a imaginar se as pessoas próximas ou em outra dimensão, pudessem me ver tendo essas bizarras reações.
(Para evitar prováveis críticas, vou me dedicar aos que já se mandaram.)

• Pra começar, meu pai. Que me proporcionou, aos seis anos de idade, a maior emoção da minha vida ao me levar ao Maracanã, numa noite de quarta-feira. Chique que ele era, fomos para a tribuna de honra, subindo de elevador.
Ele me posicionou à sua frente, com a cara grudada na porta. Quando ela se abriu, luzes, bandeiras e o "ááááárrrrhhhh" da torcida. Travei total e ele me carregou por uns bons passos.
O Flamengo perdeu para o, na época, quase imbatível Botafogo de Garrincha, Didi et caterva, mas serviu para que eu aprendesse uma lição fundamental:
-Pai, quem é o Didi? (Era difícil ver o número dos jogadores no uniforme do Botafogo)
-Meu filho, não sendo vermelho e preto, o resto é inimigo!
(E eu não consegui identificar o Didi cujo não precisou fazer grandes coisas. Pra variar o Garrincha, sozinho, acabou com o jogo.)

Caso ele, hoje, estivesse vendo o jogo comigo estaria, certamente, tendo reações mais iradas do que as minhas.

• Depois, meu avô materno, fundador do glorioso América-MG, cujo era botafoguense, mas nunca se chateava com as conquistas rubro negras pela singela razão de que isso fazia o genro, de quem era fã (acredite se quiser), feliz.

Caso ele, hoje, estivesse vendo o jogo comigo estaria, certamente, me sacaneando a cada gol perdido.

• Depois, meu avô paterno que nunca conheci mas, com toda certeza, seria vascaíno dada sua ascendência da 'terrinha'.

Caso ele, hoje, estivesse vendo o jogo comigo estaria tendo reações que não consigo - e nem quero - imaginar.

Acaba o primeiro tempo, OXO.
Cerveja, cigarrinho, limpeza da mente.

Aos 15 do segundo tempo, golaço de letra do Mancuello.
Somos líderes!
A felicidade é completa e me faz voltar à realidade.
Num rasgo de empolgação ligo para um distante amigo de infância (rubro negro, é claro) para comentar o que, tenho certeza, ele também está vendo.
A conversa degenera, falamos sobre a vida em geral, acaba o jogo, "Somos Líderes!" (pelo menos até amanhã) e vida que segue.

Vou dormir bem. Tive pensamentos deliciosamente doidões, conversei com um grande amigo e o Flamengo está nas cabeças!

É OURO!

"Reginas Casés" e "Anitas" (bonitona, gostosona mas, peraí, né? Tinha gente muito mais gabaritada pra isso) à parte, a abertura da Rio16 foi de encher os olhos d'água e o coração de orgulho.

E, pra mim, o ponto mais alto foi a interpretação do hino brasileiro pelo Paulinho da Viola: uma das coisas mais maravilhosamente singelas e profundas que já assisti.

Quando entrou o "Brasil um sonho intenso, um raio vívido, de amor e de esperança" etc, e ele embalou suavemente a melodia num samba, "rupiei até os cabilim do cu".

ATUALIZAÇÃO - 9/8/2016

De sábado até hoje é a terceira vez que troco o vídeo.
Eles estão sendo removidos do youtube por "violação dos direitos autorais do COI" ou coisa que o valha.
Que agilidade, hein?
Que zelo, hein?
Parece o STF...



quinta-feira, 4 de agosto de 2016

MUITO ESTRANHO

Sob certo ponto de vista, ficar velho é muito legal.

A gente vai acumulando arquivos cujos, na maioria das vezes nem nos damos mais conta até que algo, lá das entranhas inexplicáveis desse nosso cérebro doidão, nos remete a sensações boas. (Claro, também acontece frequentemente com sensações ruins mas, 'isso não vem ao caso'.)

O bom é que tropecei hoje, via fêcibúqui, no Dalto.
(Assim de imediato, manja "Dalto"? Duvido...)

Segundo a Wikipedia, o cidadão Dalto Roberto Medeiros começou a carreira no início da década de 70, largou, formou-se em medicina e retornou em 74.
Em 82 lançou "Muito Estranho" - esse chicletão gostoso - que sempre me deu prazer em ouvir.
Depois, fez mais alguns sucessos, encaixou algumas músicas em novelas globais e sumiu em meados de 2000.

Torço para que ele hoje, aos 67 anos, seja um cara feliz e tranquilão como a imagem que ele me passa nesse vídeo.
(E tomara que seja um médico coerente com esta imagem.)


quarta-feira, 3 de agosto de 2016

NOSSA! QUE EMPOLGAÇÃO!


Fazendo hora pra ver Flamengo X Santos, ouço a televisão enquanto me dedico a obrigações profissionais que não têm hora pra acontecer.

Mas, isso é de somenos importância.
O importante é que EUA X Nova Zelândia - futebol feminino - estão jogando na abertura dessa olimpíada sem dono.

E toda hora escuto o narrador falando numa tal de "Cardenóide", "Calicóide", por aí. (Deve ser uma das fodinhas americanas.)

Tento manter a concentração mas, não consigo: Cardenóide, Calicóide, sabe o que é?
-"Cumpadre, fim de semana passado fui ao sertão e peguei uma calicóide que tá coçando até agora. Ô chatura!".
Ou:
-"Cumpadre, com esse vento e essa chuva, minhas cardenóides incharam. Tá ruim de descer comida. Ô chatura!"

Termino, a duras penas, a obrigação profissional e vou direto investigar a escalação do time americano.
O nome da cidadã é Carli Lloyd!
E, pelo que apurei, ela não é fodinha. É fodona!

Pela introdução, com certeza essa vai ser mais uma loonga olimpíada recheada de asneiras, emoções encomendadas, comentários óbvios, reportagens com parentes dos "atretas" chorando, uma infinidade de comerciais piegas, etc, etc.

terça-feira, 2 de agosto de 2016

COM UM ATRASO IMPERDOÁVEL...


... Caçando algo agradável para se ler, só hoje atinei para esse ótimo artigo publicado no excelente site da 'Terrinha':
http://umhomemzangado.com/ e, há muito tempo, arquivado.

Mas, segue valendo!

Estudo confirma:
Quem diz palavrões é mais honesto e de confiança

Fevereiro 28, 2015

Não é que fosse preciso um estudo, mas mesmo assim alguém foi pago para descobrir se as pessoas que dizem palavrões são ou não mais honestas e de confiança.

Evidentemente aconteceu na América. A coisa meteu 71 voluntários, com idades compreendidas entre os 18 e 45.

Os ditos meteram a mão num balde de gelo e isto permitiu, supostamente, perceber que quem dizia palavrões era mais honesto.

E é isto que se faz nos tais departamentos de investigação das faculdades. Para mim está tudo bêbado. Mas também não li o estudo, foi o que ouvi dizer.

Fica por esclarecer o que é ou não um palavrão. Monaita, por exemplo, para mim é horrível. E o mesmo com analogia a pombas e rolas para definir o órgão sexual feminino. Mas sobre isso falamos noutro dia.

EDITADO: Para pessoas do Brasil, um olá antes de mais. Depois, isto parece mal escrito sim, mas a culpa é da língua portuguesa.