quarta-feira, 30 de setembro de 2009

RIO 2016 – MILTON NEVES

Não sou grande fã do cidadão, mas essa é ótima. (Pô! Cumé quieu não pensei nisso?)

O JORNALISMO NA SEXTA-FEIRA DEPOIS DA ESCOLHA DA SEDE DOS JOGOS OLÍMPICOS DE 2016!!!
Milton Neves - 30/09/2009 - 11:55

O Rio ganhou! UFAnismo!
• Tava na cara, o Rio é lindo.
• Paulo Coelho é o novo Shakespeare.
• Pelé é mesmo eterno, sempre será Rei.
• Lula é o cara, no mundo.
• Eu sabia, esse Obama é fogo de palha mesmo, um cavalo paraguaio.
• O Aerolula fez o Air Force One virar teco-teco.
• Até o horroroso cabeludo do Wellington Salgado ajudou.
• O Rio provou que sua beleza supera suas deficiências.
• Mamãe África preferiu Pelé do que o seu filho mais novo, Obama.
• Parabéns Lula, Orlando, Nuzman, Paes e Sérgio Cabral.
• Os R$ 100 milhões investidos na candidatura do Rio valeram cada centavo.
• Com a Copa-2014 e a Olimpíada-2016, o Rio e o Brasil irão para o Primeiro Mundo.

O Rio perdeu! Urubuzismo!
• Chicago é o nome mais feio do mundo.
• Paulo Coelho só atrapalhou, virou Paulo Rato, esse escritorzinho fajuto!
• Finalmente se apaga a estrela do Rei que já era.
• Lula é um Zelaya com grife.
• Você acha que o Obama ia pintar na Dinamarca para pagar mico?
• Está provado, queniano não perde corrida nunca mesmo.
• O que o senador Wellington Salgado foi fazer lá? Pensou que era concurso para se escolher uma nova Rapunzel?
• Quem é o Rio para pensar que pode derrotar cidades tão mais poderosas?
• Obama é o Barcelona e faz de Pelé uma Ponte Preta.
• Só um imbecil mesmo para pensar que o Rio poderia derrotar três cidades-potência do mundo.
• E conseguiram jogar no esgoto mais de R$ 100 milhões do dinheiro público nessa aventura estúpida.
• Ainda bem que perdemos, senão o prejuízo seria muito maior com tanta ladroeira.

JACARÉ RUIM DE MIRA

Crocodilo ataca turista americano em Cancún
29/09 - 21:49 , atualizada às 21:58 29/09 - EFE

CANCÚN - Um turista americano de 20 anos foi atacado na madrugada desta terça por um crocodilo no balneário mexicano de Cancun, quando tentava urinar na margem do lago Nicupté. O relatório da Secretaria de Segurança Publica municipal indicou que Andreu Dales, originário do Texas, foi ferido em pernas, braços e pescoço pelo crocodilo. Porém, médicos disseram que os ferimentos não apresentam risco à vida do americano.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

CRÔNICAS TAILANDESAS - 10


AINDA TAILÂNDIA

Paulo Emilio de Medeiros

Me deu vontade, nesta crônica, de fazer uma misturada.
E assim refletirei um aspecto da vida em Bangkok.
Pois a capital tailandesa é cidade onde convivem templos dourados e estátuas do Buda com moderníssimos arranha-céus de arquitetura arrojada. Muitas ruas estreitas sem passeio e largas avenidas com canteiros de flores. Moderníssimos shopping centers e quarteirões inteiros de pequenos prédios com lojas simples no andar térreo e apartamentos também simples em cima. Numa mesma rua, encontram-se lado a lado mansões, casinhas muito simples e prédios de apartamentos.

Esta última característica faz de Bangkok uma cidade mais humana que algumas metrópoles brasileiras. Como a cidade no Brasil onde cresci, onde havia, na mesma rua de um quarteirão, várias casas de classe média, umas duas casas mais pobres e uma casa moderna, com piscina, do rico da rua. Isso mistura as classes sociais e cria um elemento de solidariedade.

Na Tailândia, aliás, a caridade é um hábito importante. O ato de fazer caridade não apenas permite ganhar mérito para vidas futuras, como também possibilita ao doador dar uma demonstração de seu status social (alguém que pode doar, e doa) — além de exprimir genuína compaixão pelo próximo. Tenho um amigo tailandês que não gosta muito de celebrar o próprio aniversário; prefere, como já fez algumas vezes, ir nesse dia a um orfanato e dar comida e brinquedos para as crianças.

O povo tailandês pode ser extremamente gentil (aqui é a "terra dos sorrisos", conforme comentei em crônica anterior). Mas os tailandeses são seres humanos: têm também seus dias de aborrecimentos ou preocupações, e há quem seja normalmente azedo, como em qualquer país. No trânsito, encontra-se desde o motorista que acelera quando você dá seta para indicar mudança de faixa, bloqueando assim a sua tentativa, como almas gentis que deixam você, vindo de uma rua secundária, no meio de um engarrafamento às 6 da tarde, entrar com seu carro na avenida. As duas coisas acontecem com freqüência. Uma curiosidade sobre o trânsito: nas ruas secundárias de Bangkok, apesar de todas as regras formais, a preferência, na prática, é do motorista que ocupa o espaço primeiro. Isso torna divertido dirigir... Mas é preciso cuidado.

Há aqui algo que eu não via desde quando era menino, no Brasil: sombrinhas usadas pelas mulheres como proteção contra o sol, As pessoas não querem ficar queimadas de sol. Nas praias, os turistas ocidentais e os tailandeses quase não se cruzam. Os turistas chegam na areia lá pras 11 da manhã e ficam até 3 ou 4 da tarde. Os tailandeses vão cedo, antes das 10, e voltam a partir das 5 da tarde.
Um pulo ao Laos, país vizinho: lá, vi homens usando sombrinha ao meio-dia, sem nem um pingo de chuva no ar. O sol era tão forte que eu mesmo teria querido uma sombrinha. E os monges de sombrinha? Para belas imagens, sugiro uma pesquisa na internet com as palavras "Luang Prabang" (antiga capital real do Laos), "monks" e "umbrella". O Laos, aliás, é uma pérola.

Voltando à Tailândia, encerro hoje com mais uma manifestação da flexibilidade tailandesa: se alguém não me paga um empréstimo que fiz a ele, mai pen rai (não tem importância); vai ver que, em uma vida passada, eu não paguei um empréstimo a ele.
Ter uma perspectiva de várias vidas muda o modo de ser...

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

MEUS RESPEITOS


Essa inglesinha bonitinha, quando ainda garotinha, inspirou a musiquinha.
E tem a petulância de morrer aos 46 Anos!?!
Vamos ficando velhos...
Morre mulher que inspirou música dos Beatles
Agência Estado


Lucy Vodden, a mulher que inspirou a música dos Beatles "Lucy in the Sky with Diamonds", morreu em Londres aos 46 anos, após uma longa batalha contra o lúpus, informou hoje o hospital St. Thomas.

Lucy morreu após sofrer durante anos com o lúpus, uma doença inflamatória crônica na qual o sistema imunológico ataca os tecidos do corpo, segundo funcionários do hospital.
Lucy entrou para as músicas dos Beatles quando o filho pequeno de John Lennon, Julian, chegou da escola em casa com um desenho e disse que se tratava de "Lucy in the Sky with Diamonds" (Lucy num céu com diamantes). John Lennon tomou o título do filho como inspiração para a famosa música, associada por muitos com o uso do LSD (ácido lisérgico).

sábado, 26 de setembro de 2009

DIM TERIM BEBIM

Nossa praia é o boteco.
É aqui que relaxamos, encontramos os amigos e estabelecemos uma agradável convivência com a natureza (humana). É daqui que apreciamos a paisagem e procuramos adivinhar femininos detalhes que não são escancaradamente exibidos, mas sutilmente sugeridos. É aqui que exercemos nosso divino direito de falar bobagem, repetir piadas velhas, contar histórias, solucionar os problemas do planeta, rir muito, reclamar da vida, celebrar a vida, fofocar, elogiar, maldizer, relembrar, beber, beber e beber. E beber.

Um bom boteco é como uma boa praia com a vantagem de não depender das condições meteorológicas. Todo belorizontino que se preze tem uma lista de botecos que deverão ser honrados com sua presença de tempos em tempos. Quando nada, para verificar se ainda merecem figurar na lista.
É importante ter em mente que: boteco é um estabelecimento onde se bebe na companhia dos amigos e, por vezes, degusta-se alguma coisa salgada.
O boteco pode ser em pé, fechado, aberto, na calçada, num sobrado, numa garagem, numa varanda, enfim, são inúmeras possibilidades. Todas dependentes da temperatura da cerveja e da qualidade dos garçons e freqüentadores.

Como as praias, os botecos também têm fases e modas. Os que viram points são, na maioria das vezes, locais muito agradáveis que se tornam insuportáveis com a freqüência de seres execráveis que impossibilitam qualquer convivência civilizada. Como é possível ser feliz num local onde pós-yuppies manifestam enorme alegria fumando fálicos charutos e vestindo grifes em pleno sábado de manhã? E, é claro, eles estão lá para aparecer: falam alto desde cedo (falar alto no botequim só é de bom tom após a primeira dúzia de cervejas) e os assuntos são absolutamente impróprios. Mentiras profissionais e pessoais, todas emitidas sem o menor pudor, entremeadas por gargalhadas que mais parecem uivos angustiados de animais em cativeiro.

Os donos desses estabelecimentos costumam ficar muito felizes quando são citados nas (argh!) colunas sociais. Passado algum tempo começam a perceber que as coisas não são assim tão floridas. As chateações são várias, as reclamações são sem sentido, as solicitações são impensáveis (“Tem caipirinha de doce de leite com angustura?”), os penduras se acumulam e o pior: pendura de socialite não é pendura. É cano na certa. Eles se acham “formadores de opinião” e por isso estão acima desses detalhes bobos como pagar contas. Na verdade a única opinião que eles formam é que o boteco deve ser abandonado pelas pessoas de bem. Quando o dono descobre, já pode ser tarde. Começa então uma árdua batalha para reconquistar aqueles que são a verdadeira alma dos botecos e não temporárias aves de rapina. Batalha esta que nem sempre é vitoriosa e pode terminar com a venda do estabelecimento para alguém com mais conhecimento de causa.

Os autênticos freqüentadores de botecos são identificados por suas atitudes e conversas. Conforme a época do ano, a chegada dos membros da mesa pode ser saudada com um simples -“E aí, tudo bem?” ou por um caloroso abraço seguido por expressões de extremo carinho como -“Por onde você anda seu filha-da-puta? Saudades da tua mãe!” e por aí afora. A segunda situação é mais comum no final do ano, antes do carnaval, após a conquista de um campeonato importante e afins.

As boas e tradicionais conversas de botequim sempre percorrem um caminho mais ou menos trilhado. Começam bobinhas, contando casos da semana que passou, desfiando problemas ou alegrias do trabalho, da vida, etc, passam pelas piadas, podendo então, conforme a variação do teor alcoólico, enveredar para as grandes soluções humanitárias, para a alegria pura e simples ou para a baixaria total onde os mais escabrosos eventos sexuais são apreciados com a naturalidade de quem comenta a cor de uma gravata.

Normalmente, o melhor está reservado para o estado pré-falimentar. É aquele estado onde certamente as coisas ditas serão convenientemente esquecidas ou, na melhor das hipóteses, se guardarão numa névoa mental muito densa. Mas, algumas vezes, é possível recuperar pérolas de coerência e sabedoria tais como:
-Detesto amendoim. Por que toda mesa sempre tem que ter essa porcaria desse potinho de amendoim?
-Pela mesma razão que toda fazenda tem chiqueiro. É uma cagada geral, só dá trabalho, não dá lucro, mas tem porque tem que ter.
-Hmmm... E por que temos que por o encosto na vertical quando o avião vai aterrissar?
-Essa é mole. É pra não perder tempo no solo. Assim as arrumadeiras não precisam ficar colocando todos os encostos retinhos de novo. E como a grande maioria dos passageiros se borra de medo de avião, aceitam tudo. Se o comandante disser que todos devem enfiar o dedo no cu... Já pensou nas implicações sociais?
-Mas na decolagem também tem que ficar tudo retinho!
-É cascata, rapaz! Só pra justificar. Tô te falando, não existe razão lógica pra botar o encosto retinho! Fechar a mesinha ainda vai, o avião pode dar um tranco, a mesinha tá na linha da sua barriga, sei lá. Mas o encosto...
-Sabe que você pode ter razão?
-Claro que tenho. Vamos almoçar?
-Tá-Lô-Co!!! Almoço atrapáia o tontinho... Pede outra.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Uma Triste Verdade às Sextas

O TEMPO É IMPLACÁVEL
(Mais pra uns que pra outros. Mas é!)



David Soul e Paul Michael Glasser
(Starsky e Hutch)
Barbara Eden (Jeannie)

Larry Hagman (Major Nelson e J.R. Ewing)

Brigitte Bardot (Brigitte Bardot)

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

POLÊMICA

"Deixem os pandas morrerem"
defende especialista britânico em vida selvagem.
-Eles são grandes, fofos e simbolizam a luta pela preservação do meio ambiente (os pandas são o símbolo da ONG WWF), mas a verdade é que esta não é uma espécie forte - afirma.
- Nós gastamos milhões na sua conservação, quando deveríamos simplesmente desistir e deixá-los ir com um pouco de dignidade.

Criativos que somos, já estamos na campanha “Deixem os parlamentares morrerem”. Eles são grandes, fofos e simbolizam a republiqueta de bananas que nunca deixamos de ser. Mas a verdade é que são uma espécie fraca. Nós gastamos milhões em sua conservação quando deveríamos simplesmente desistir e deixá-los ir com a dignidade que sempre tiveram: nenhuma.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

FALTA DE ASSUNTO É UM PROBLEMA!

Deu no G1:
André Puccinelli (MS) disse que ministro era 'veado e fumador de maconha'. Governador, que está em Brasília, disse mais uma vez estar arrependido.

Veja bem: Como se trata de um ministro, a notícia diz que o Puccinelli chamou o Minc de veado. Se fosse o Zé das Couves, seria viado mesmo. E ainda reclamam da Caras...

Minc diz que governador deve cuidar de ‘homossexualismo que existe dentro dele’.

Não percam o próximo capítulo:
"Pupu diz que colete de Mimi é um hórrór!"

GRANDES FRASES...


... normalmente nada mais são do que ovos de Colombo.
Ou seja, deixam sempre aquela sensação de “Pô! Cumé-quieu nunca pensei nisso?”

Essa é uma delas:

"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim." Chico Xavier

(Valeu, Piló.)

terça-feira, 22 de setembro de 2009

CRÔNICAS TAILANDESAS - 9

ENVELOPES

Paulo Emilio de Medeiros

Depois de ter falado sobre morte na última crônica, fiquei pensando se não começa a se aproximar o momento de deixar morrer estas crônicas tailandesas.
Pra que, numa próxima "encarnação" literária, outra coisa possa surgir.

Mas, por enquanto, conforme prometido, tenho que contar sobre envelopes. Não resisto a dizer que são elemento essencial da cultura tailandesa. Começando pelos funerais, assunto da semana passada: ao comparecer a um velório, você leva um envelope com dinheiro, que entrega a um membro da família. Dar comida durante muitos dias a um mundaréu de gente que vai até o velório custa caro! Assim, os amigos e convidados expressam sua solidariedade contribuindo para o pagamento das despesas.

Há casos em que, por ter a morte ocorrido em circunstâncias que chocaram os amigos e a comunidade, a família do falecido chega a ter "lucro" com o velório - isto é, somadas, de um lado, as despesas, e de outro, o conteúdo dos envelopes, sobra um tanto de dinheiro.

Os envelopes também são usados nos casamentos. Em vez de presente, espera-se da maioria dos convidados um envelope com dinheiro. Presentes só dão - às vezes - os irmãos, pais, tios e avós dos noivos, e um ou outro amigo muito chegado. O resto... envelope! Já pensou? Nada de preocupações dos noivos com listas de presentes, ou correrias dos convidados pra comprar e mandar entregar presente. Um envelopinho, e pronto.

Mas não é tão simples assim. A quantia que um convidado coloca no envelope tem a ver não apenas com sua maior ou menor proximidade dos noivos, como também com seu status. A sociedade tailandesa é altamente hierarquizada e as relações sociais se desenvolvem como uma dança delicada e complexa, cada passo a levar em conta múltiplos elementos. Na Tailândia não há ninguém de status exatamente igual a outro. Existe sempre uma diferença de salário, idade, nível de instrução, profissão, etc., que distingue entre o status de uma pessoa e o de outra.

No caso dos envelopes, quem tem mais status deve dar mais. Assim, se você é um amigo do noivo, recém-saído da faculdade, precisa colocar muito menos no envelope do que o chefe do noivo na empresa onde ele trabalha. É comum os colegas de trabalho da noiva ou do noivo se juntarem e fazerem um envelope coletivo. Mas o chefe não pode aderir, de jeito nenhum. Seria uma demonstração impensável de pão-durismo e falta de traquejo social.

Nos velórios, você escreve seu nome a lápis no envelope, para que a família possa depois identificar quem deu quanto. Nos casamentos, você aproveita o envelope em que veio o convite, onde já há o seu nome; retira o convite e coloca o dinheiro. Em toda família, há sempre uma pessoa mais cuidadosa que se preocupa em anotar a quantia ofertada por cada convidado.

Quando chegar a vez de um casamento ou funeral na família de uma dessas pessoas que contribuíram, o valor das contribuições delas recebidas será levado em consideração.
- A família do Suthep deu “x” no casamento da Patcharee, então agora não podemos dar menos...

Mais envelopes são necessários no Ano Novo chinês (que é celebrado na Tailândia em acréscimo ao Ano Novo ocidental e ao Ano Novo tailandês - este sim, a grande festa local). Desta vez são pequenos envelopes vermelhos, sempre com dinheiro dentro, dados geralmente pelos tios aos sobrinhos ainda crianças ou adolescentes; ou entregues ao porteiro e à faxineira do seu prédio. Em ambos estes casos, está por trás o princípio de que quem tem mais, reparte com quem tem menos.

Esse mesmo princípio - e a importância do status - se aplicam à ida de um grupo a um bar ou restaurante. Se há alguém no grupo de status marcadamente maior que o do restante da patota, esse paga a conta toda. Sozinho.

Quem acha que no Brasil há muitas obrigações sociais, ainda não esteve na Tailândia.
Se bem que o Brasil é páreo muito duro...

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

ÁGUAS DE SETEMBRO (?!)

Quatro da tarde, temporal. Quatro e quinze, adeus luz.

Olho a chuva na janela tentando adivinhar místicos sinais de atividade saneadora humana ou divina.
Conversas no celular - única alternativa de contato com o mundo - e, findas as opções, livro à luz de vela: Devastação - escrito em 1943 por Rene Barjavel (fantástica lembrança do indefectível Tchê).
É uma história passada em 2052 quando, por motivos misteriosos a energia elétrica desaparece do planeta.
E mais não conto porque nesse ponto parei.

Sete e meia da noite, uma explosão de luzes.
De volta à civilização (?).

domingo, 20 de setembro de 2009

NOVOS ARCANJOS

Tá legal: é velha mas é ótima e hoje é domingo...

Todo mundo já percebeu que nome de arcanjo termina sempre em "el": Daniel, Gabriel, Rafael, Miguel...

Como todos os estudiosos sérios, teólogos e rabinos sabem (inclusive a Mônica Buonfiglio, que descobriu um jeito maneiro de viver folgadamente às custas deles) as categorias de arcanjos e seus respectivos nomes foram criados sem maior fundamento.

Veja a seguir as novas descobertas nos estudos de arcanjologia científica e descubra o seu anjinho...

Mot'el - anjo protetor dos amantes.
Sarapat'el - protetor do Engov e anti-ácidos em geral.
Abravan'el - protetor de quem topa tudo por dinheiro, principalmente os jogadores de Tele-Sena. Só aparece aos domingos.
Alugu'el - anjo mau, impede a pessoa de conseguir sua casa própria.
Embrat'el - anjo protetor do monopólio das comunicações.
Chan'el - anjo protetor dos costureiros e estilistas.
Pin'el - anjo travesso, faz as pessoas baterem com o sorvete na testa e babarem na gravata.
Papaino'el - anjo protetor do comércio, só aparece no fim de ano.
Ton'el - protetor dos alcoólatras anônimos e bêbados em geral.
Bed'el - anjo dedo-duro, protege as escolas dos alunos arruaceiros.
Quart'el - protege as fronteiras e as mamatas dos militares.
Past'el - protetor da colônia chinesa.
G'el - protetor dos cabelos ruins e rebeldes.
Bord'el - protetor do sexo livre.
Bab'el - protetor da escola de idiomas.
Manu'el - protetor das piadas preconceituosas.
Pap'el - protetor dos intestinos soltos.

sábado, 19 de setembro de 2009

AINDA OUVINDO A TV...

Já ouviram o ofegante áudio do cartão Visa?
"Mais (puf) - Torcedores (puf, puf) - Vão (puf, puf, puf) - com Visa (ufff!)"

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Uma Baba-Lenda às Sextas

O PERIGO HORROROSO DAS CANETAS BIC!
Elas são sondas espaciais que nos espionam. O alerta é do Serviço Secreto União dos Povos – diretamente subordinado ao Comando Energético de Ypsilondom.
Essas canetas, presentes em quase todos os lugares da casa ou do escritório, são, na verdade, sondas espaciais camufladas enviadas à Terra por aliens do mal.
A Nasa está envolvida nessa trama. Os aliens vão invadir a Terra e contam com a colaboração da Agência Espacial Americana nessa empreitada. Além, é claro, do Baracobama que, como todos sabem, tem parte com o cão.
Segue a importantíssima mensagem. Na íntegra.

SEI QUE É GRANDE, MAS É DE EXTREMA IMPORTÂNCIA. LEIA E REPASSE, POIS NOSSAS VIDAS DEPENDEM DESSA NOVA E APAVORANTE DESCOBERTA.
Acredito que sempre que pensamos em "caneta", temos uma imagem projetada em nossa mente, a qual diz respeito às famosas canetas BIC. Esta marca de canetas, que investe pouquíssimo em propaganda, fixou uma imagem muito forte diante a tantas outras marcas e modelos.
Você já se perguntou como isso aconteceu? Certamente responderá que, por esta ser uma caneta barata, simples e de fácil acesso, tornou-se "convencional" o seu uso no dia-a-dia, desde a escola até a empresa onde trabalha. Pois bem, a resposta não é assim tão simples!
Documentos secretos encontrados no final do ano de 2001 indicam um envolvimento direto da NASA com a BIC. Também foram encontrados documentos oficiais da NASA, onde estavam registrados estudos sobre uma possível invasão de sondas extraterrestres no Planeta Terra. Acredite ou não, estamos sendo vigiados a anos sem percepção alguma. De fato conclui-se que as canetas BIC são sem sombra de dúvida sondas extraterrestres que nos inspecionam diariamente, desde nossa infância até hoje, em casa, na escola, na universidade, nos hospitais, no trabalho, em tudo.Certamente você está exposto a uma caneta BIC neste exato momento; olhe ao seu lado, dificilmente num raio de 15 metros não haverá uma sonda.
Agora pense comigo:
Ao nascer você é registrado com uma caneta, ao entrar para a escola/universidade também, tudo o que você escreve, desde estudos até cartas de amor é escrito com uma caneta, ou seja, estes seres que nos observam sabe de absolutamente TUDO sobre TODOS.
O verdadeiro significado da marca BIC é: Big Inspekto Center (ou Centro de Grandes Inspeções). No logotipo da BIC notamos um alien tentando esconder atrás dele seu maior segredo: uma caneta que pode contar toda a história de todos os tempos (simbolizado pelo traço preto atrás do alien).
Vejamos agora algumas dicas que nos levam a propor esta idéia:
-As canetas BIC são facilmente encontradas para serem vendidas,porém depois que você já a possui, ela sempre aparece em diferentes locais e você nunca se questiona se realmente havia deixado onde encontrou.
-Mesmo que você compre apenas uma caneta BIC, certamente encontrará várias no local onde a deixar. Elas se multiplicam rapidamente, sem ser perceptível a nós dotados de uma visão banal para a visão alienígena.
-Após poucos meses, a caneta que você havia comprado, simplesmente desaparece. Isso é facilmente decifrável se pensarmos da seguinte maneira: tudo necessita de energia para sobreviver (o homem, o carro, as plantas, sua TV), e ao acabar esta energia, ela precisa ser reposta.
Assim, as sondas BIC tem um período de vida curto, visto que quando se encontram gastas, elas simplesmente se desintegram para uma possível recarga.
A mensagem que quero deixar é que você tenha muito cuidado ao se deparar com estas canetas-sondas, principalmente com as sondas mais avançadas, vulgarmente chamadas de BIC 4 Cores, BIC 2 CORES ou mesmo a tão temida e perigosa BIC VERDE! Esta última jamais deve ser colocada (presa) em cima da orelha, pois além de enviar dados e informações sobre você para os alienígenas consegue influenciar de maneira drástica sua forma de pensar, tornando-o um escravo a serviço alienígena.
Torno a repetir: CUIDADO COM A MANIPULAÇÃO ALIEM!
Já estamos todos envolvidos nisso. Tentar qualquer forma de fuga ou apatia não é aconselhável. Saiba lidar com elas! Desta forma acredito que não mais estaremos expostos a uma ideologia aliem, e poderemos defender o que realmente pertence a nós: o Planeta Terra!
Serviço Secreto União dos Povos.


(Das duas, uma: ou o cidadão que inventou isso é um completo retardado ou é um grande sacana. Prefiro apostar na segunda opção.)

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

OUVINDO A TV

Você já passou pela agonia de ouvir a televisão?
Explico: às vezes, aguardando algum programa, filme ou jogo, ligo a TV e fico mais ouvindo do que vendo.

Aí é que mora o perigo!
Sem ver a imagem, experimenta ouvir um comercial do Banco do Brasil, da Vale, da Eletrobrás ou qualquer um do governo.
Aposto que você vai oscilar entre ânsias de vômito ou, melhor, querer saber o custo de manutenção de um lança-chamas.

ESPORTE É SAÚDE... MENTAL?

Ando esportivo, ultimamente. (Por “esportivo” não entendam qualquer coisa que envolva esforço físico e, muito menos, futebol. Porque futebol não é esporte: é religião.)

Mas, o US OPEN, alguns torneios de poker e o Rubinho (que até eleva em zero-vírgula-zero-um-por-cento o meu interesse pela Fórmula Um), estão fazendo com que eu frequente mais assiduamente os canais SPORTV e ESPN. E, como sempre, fica a comprovação de como é chata a vida do tão incensado “fã do esporte”.

À parte o constante clamor mendicante por e-mails que provocam infindáveis leituras de mensagens sempre, sempre e sempre elogiosas (críticas só são citadas se forem encerradas com “Mas eu adoro vocês!” ou afins), o nível dos auto-proclamados analistas esportivos dá - pra variar - vontade de chutar o eletrodoméstico.

Desde os primórdios da televisão os tais dos analistas interpretam tipos. Mas, antes, era mais simples: tínhamos os fanáticos e os isentos entre-aspas. (Porque todo mundo sabia por quem eles torciam.)

Agora, outro século, a situação é mais complexa:

“-Ok, então está combinado: você faz o Mal-Humorado, você faz o Inteligentinho-Isento, você faz o Crítico-dos-Coleguinhas-da-Mídia, você faz o Especialista-Geral, você faz o Velho-Jornalista-Experiente, você faz o Revoltado-de-Plantão, você faz o Estatístico-Demente e eu faço o Bem-Humorado-Engraçadinho-Puxa-Saco.”
“-E, atenção, fundamental! Todos-Nós, a cada oportunidade, vamos citar o nosso site e implorar por mais e mais e-mails cujos, quando mostrarmos só os percentuais
(e nunca os números absolutos), vão servir para tentar justificar a nossa micro-audiência.”

Em resumo, mais uma constatação que justifica o blog.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

CRÔNICAS TAILANDESAS – 8


FUNERAIS TAILANDESES

Paulo Emilio de Medeiros

Já que na última crônica falei do mundo interior das pessoas, vou continuar na mesma sintonia, engatar uma marcha e chegar ao tema da morte. Que tem tudo a ver com a vida interior, pois o exterior, esse é desfeito com a morte.

A forma de lidar com a morte diz muito sobre as pessoas. É claro que se você tem como pano de fundo uma perspectiva de inúmeras vidas - fruto da reencarnação - encarará a morte de modo diferente de quem acha que tudo acabou só com uma mortezinha.

Para a grande maioria, budista, dos tailandeses, é indiscutível que a reencarnação existe.
Conseqüência ou não disso, o fato é que os funerais tailandeses são bem diferentes dos nossos. Pra começo de conversa, o velório dura vários dias. Freqüentemente uma semana; mas em casos de morte violenta, apenas três dias. Quando se trata de gente muito importante, o velório pode durar várias semanas, ou até meses, como foi o caso, em 2008, da princesa Galyani, irmã do rei, que morreu em 2 de janeiro e foi cremada em 15 de novembro. Nesses casos, a longa duração permite a todos irem prestar as últimas homenagens ao falecido.

É claro que o defunto é mais ou menos embalsamado. No local do velório, o caixão fica fechado; junto dele, flores e uma foto grande do falecido. Nas cidades menores do interior, membros da família têm que ficar o dia inteiro no velório - e providenciar comida para ser servida a quem aparecer, seja na hora do almoço, na hora do jantar ou ainda mais tarde à noite! Minha mãe, quando contei isso a ela, comentou:
- Filho, esse costume é muito sábio. Depois de ficar uma semana tendo que fazer sala no velório, a família deve é querer ficar livre do defunto o mais rápido possível. A essas alturas, já terão até esquecido da tristeza...

Em Bangkok, cidade grande, a coisa é um pouco simplificada. O caixão fica numa espécie de capela, em um templo budista, e a família só tem que comparecer no final da tarde, todos os dias. Tive a oportunidade, uma vez, de ir ao velório da mãe de uma colega de trabalho, em companhia de outros colegas. Nossa ida foi precedida de consultas e arranjos. No dia escolhido, lá fomos nós para o templo budista. Ao chegar, copiando os colegas tailandeses - embora me fosse dito que não era necessário, por eu ser estrangeiro - sentei-me no chão, depois de tirar os sapatos, e inclinei a cabeça até o solo, com as mãos postas, primeiro em frente a uma imagem do Buda e, em seguida, diante de um retrato da senhora falecida. Fomos então convidados a sentar-nos.

O preto, cor indispensável nos funerais na Tailândia, se fazia presente nos ternos, nas gravatas e nos vestidos das mulheres. O que não impedia que várias destas usassem pérolas. Às 19 horas, quatro monges entraram e, tomando assento em um estrado de madeira, começaram a entoar preces. Olhei ao meu redor e coloquei as mãos postas, como faziam os tailandeses. E não olhei mais para os lados, embora quisesse observar os monges; estando sentado bem na frente, todo mundo veria minha falta de compostura... O canto dos monges, embora a princípio meio dissonante para ocidentais, fluía atraente para os ouvidos. Após uns quinze ou vinte minutos, houve um intervalo, quando foi servida uma caixinha com um salgadinho, um docinho e uma garrafinha de suco de frutas, saboreados em conversas com as pessoas próximas.

A segunda parte das preces foi mais breve. Ao final, fui convidado, junto com outras três pessoas, a fazer uma oferenda aos monges. Sentados no chão em frente a eles, oferecemos, cada um, um corte de tecido para um hábito e uma cesta pequena com outras coisas. “Acabou; podemos ir agora”, me indicou, de modo simpático, o senhor tailandês a meu lado. Mais uma reverência no chão em frente a Buda e outra junto à foto da senhora falecida, uma fotografia de grupo (tirada por um membro da família e depois gentilmente enviada a nós) e saímos. Tudo durou apenas uma hora. Notável a ausência de choros ou conversas tristes.

O mesmo ritual terá ocorrido durante sete dias, sempre às 19 horas. No restante do tempo, o corpo ficou na capela, desacompanhado. E finalmente houve a cremação, no mesmo templo.

Falta contar dos envelopes... Mas isso fica para a próxima. Aguardem!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

ONDE SERÁ QUE ELES VÃO PARAR?

Não sou conhecedor de tênis e nem fã ardoroso. Entretanto, jogo é jogo: dá gosto ver uma partida - até de búlica (manja búlica?) - entre grandes jogadores.

Lembro do Borg que colocava um lenço do outro lado da quadra e treinava como louco para acertar onde, como e quando queria; do Sampras e seu fantástico “running forehand” (apesar da foto ser backhand) e o Federer por tudo junto além de uma elegância que deveria ser ensinada nas escolas.
O cidadão está no topo do mundo, da exposição na mídia e, perdendo ou ganhando, mantém uma classe de dar inveja ao Nilton Santos. (manja Nilton Santos?) http://www.niltonsantos.com.br/page/index.asp

Federer é u’a máquina. Como todos eram em suas épocas. Só que, hoje, as “máquinas”, físicas e mentais, vão ficando cada vez mais impressionantes. Vide Usain Bolt, Michael Phelps, Cesar Cielo, Kobe Bryant, Isinbayeva, etc.

Obs.: O Federer acabou de perder o US OPEN para o Del Potro (ou seria Del Zebra?). Mas não muda em nada o escrito acima.

sábado, 12 de setembro de 2009

RESPOSTAS DA CHATURINHA CINEMATOGRÁFICA - 2

... Alguns anos depois, um dos atores de Disque M para Matar, escocês de nascimento, atuou com outro ator escocês num filme que também se tornou clássico.

> Qual o título do outro filme?
O Satânico Dr. No
> Quem são esses atores escoceses?
Anthony Dawson (C.J. Swann em Disque M para Matar e Professor Dent em Dr. No) e
Sir Thomas Sean Connery (“My name is Bond, James Bond”)
(Quer saber quem, pra variar, acertou? Vai lá nos comentários do CHATURINHA CINEMATOGRÁFICA - 2)

O FIM ESTÁ PRÓXIMO!

Há mais de vinte anos, quase todo sábado, dez-pras-duas da tarde, o cidadão se prepara, cerveja no congelador, se aboleta, pega um bom livro pra acompanhar os bons momentos que se avizinham e... Nada!?!?
O Alvorada Beatles Club, simplesmente, não começa!
E tome de “Coloombina, seja minha menina, só miiinhaaa”, “Abram alas pro amooor” e outras pérolas do nosso cancioneiro popular.
É muita sacanagem!
Podiam, pelo menos, mandar um torpedo avisando... (Tá na moda.)

ATUALIZAÇÃO:
Até três e meia ouvi, ainda, umas duas ou três vezes, “Daqui há pouco, Beatles Club!”.
Quando estava quase desistindo, vinte-pras-quatro, finalmente começou.
Com Twist and Shout.
Pode ser que compense...

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Uma Lenda às Sextas

O que tem de lenda pipocando na internet é uma grandeza. Desde os vírus que deletam toda a sua vida pregressa passando por inacreditáveis e perigosíssimas fórmulas como monóxido de dihidrogênio (popularmente conhecido como água), o que mais impressiona é a disposição das pessoas passarem adiante sem ter o mínimo trabalho de... pensar!
E as desculpas (quando você ousa reclamar) costumam ser no gênero -“Ah, nunca se sabe... É melhor prevenir, né?”.
Sei, sei. Tá certo.
Então, segue uma das mais recentes:

Gripe H1N1: conversa em chat cita Unimed e é boato alarmista

Duas pessoas, que se apresentam com os apelidos de Deco® e Lilis, conversam através do MSN e Deco® transmite a Lilis notícias assustadoras sobre a gripe H1N1, a gripe suína ou influenza A.
Quem são essas pessoas e, principalmente, quem é Deco®?
Ninguém sabe, mas muita gente ficou preocupada com o teor alarmista da conversa.
Não há dúvida de que o diálogo jamais ocorreu, pois as informações sobre o suposto surto da gripe em Curitiba - PR são falsas. Alguma pessoa irresponsável montou o texto e o espalhou pela Internet. Um dos trechos da conversa diz que "uns médicos da Unimed [...] falaram que a situação é desesperadora".

Em sua página, a UNIMED apresenta a seguinte Nota de Esclarecimento:
Assessoria de Comunicação Unimed Curitiba esclarece os boatos sobre a gripe suína
07 Agosto 2009 - A Unimed Curitiba esclarece ao público em geral, que a respeito do e-mail que vem circulando na internet fazendo referências as situações envolvendo a gripe H1N1(gripe suína), que supostamente teriam sido extraídas de uma conversa havida com um colaborador da Unimed Curitiba, trata-se de documento apócrifo que traz fatos que não correspondem à verdade e que lamentavelmente acaba por alarmar a população de modo absolutamente irresponsável.
A Unimed Curitiba rechaça as informações apresentadas na aludida correspondência eletrônica, bem como, e principalmente, repudia a conduta adotada pelo autor desconhecido e expressa a sua confiança no atuar das autoridades de saúde no combate à gripe.

(Fonte: http://www.quatrocantos.com/LENDAS/)

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

CHATURINHA CINEMATOGRÁFICA - 2

"Dial M for Murder" (1954) é um clássico de Alfred Hitchcock - com Grace Kelly e Ray Milland - onde o cidadão arma o assassinato da esposa para ficar com a herança.
Cary Grant era cotado para o papel principal mas os chefões da Warner decidiram que o público não aceitaria Grant no papel de um homem que planeja matar a mulher. Bom pro Ray Milland que deitou e rolou no papel.

Hitchcock, propositalmente coloca Grace Kelly vestindo roupas em cores claras no início do filme e vai escurecendo os tons conforme a situação se complica no decorrer da trama.
E, como sempre, o diretor faz suas aparições fantasmagóricas: desta vez no canto de uma foto que enfeita a parede da sala. (Difícil de ver. Eu não vi...) Onde, aliás, se passa 99% do filme - originariamente uma peça teatral de Frederick Knott.

Então, vamos lá: alguns anos depois, um dos atores de "Disque M para Matar", escocês de nascimento, atuou com outro ator escocês num filme que também se tornou clássico.

> Qual o título do outro filme?
> Quem são esses atores escoceses?

terça-feira, 8 de setembro de 2009

CADÊ O BUZINAÇO, O PANELAÇO...?

Ontem, sete-de-setembro cinco da tarde estava eu, de panela e colher, pronto para participar de um grande movimento político-internético-patriótico anunciado há alguns meses.
Deu cinco e quinze, cinco e vinte e nada. Não fosse minha natural timidez, teria pago o imenso gorila de ficar sozinho batendo panela na janela e sendo motivo de eternas gozações de toda a vizinhança.

Hoje dei uma geral nos principais noticiosos onde só vi “Feriado teve 50 mortes nas estradas paulistas”, “Tubarão pode ter feito mais uma vítima em Pernambuco” e por aí.
Nada sobre o tão divulgado - via internet - buzinaço, panelaço, indignação, revolta, diretas-já (ops) e cruzada pela moralização das 17h do dia 7 de setembro.

O que me remete ao nosso prezado Adelécio Freitas de quem publiquei um texto primoroso em 27/7 e vocês podem conferir direto por aqui: BMB's UNIDOS SEMPRE SERÃO VENCIDOS!

E também me faz pensar que esse tão propalado poder de multiplicação da internet só funciona mesmo para fotos e vídeos de sacanagem, correntes, alertas vermelhos sobre o perigo dos pratos contaminados nos restaurantes self-service, ajuda pra raquelzinha do Zimbábue, Microsoft distribuindo cheques e mais e muitas profundas indignações, “vamos, todos juntos, fazer esse e-mail chegar até o...” raio-que-o-parta!

Mas ação mesmo que é bom?
-Ah, dá muito trabalho...
-Sabe o que foi? É que hoje deu praia, aí já viu, né?
-Pô, cara! Até lembrei, mas é que estava no meio do jogo...

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

CRÔNICAS TAILANDESAS - 7

O MUNDO INTERIOR

Paulo Emilio Medeiros


Nesta série de crônicas, já abordei sorrisos, cores ("O Reino das Cores") e movimentos (o balanço do pé de passageiras de moto-táxis em Bangkok, o ondular de cabelos sedosos dignos de figurarem em anúncios de xampu e o tec-tec de pinças de caranguejos).

É hora de focalizar um pouco mais as qualidades interiores dos tailandeses. Não que eu seja uma autoridade sobre o assunto. O estrangeiro aqui volta e meia tem a sensação de que não entende os códigos que explicam a realidade local. E fica meio perdido... Mas uma das propostas destas "Crônicas" é transmitir as sensações que tem um estrangeiro vivendo na Tailândia, mesmo sem ser uma autoridade na cultura local.

O budismo tem muito a ver com a vida interior - e exterior - dos tailandeses. A começar pelo caminho do meio. O tailandês tende a evitar os extremos e buscar o caminho do meio.

Isso se aplica, por exemplo, a evitar os excessos de emoção. Os tailandeses em geral, se comparados com os brasileiros, externam menos suas emoções. O estrangeiro inicialmente fica intrigado (sobretudo se for latino...), e conclui que ser menos emocional é impossível; portanto, os tailandeses devem estar apenas escondendo suas emoções - ou seja, varrendo-as para debaixo do tapete.

É claro que há emoções que são sentidas e não muito exprimidas pelos tailandeses, em função das sanções culturais. Mas eles genuinamente aprendem desde crianças, com ensinamentos e pelo exemplo, a ter um comportamento que exclui grandes arroubos emocionais.

Aí chega o estrangeiro - e aqui não precisa ser um latino, pode ser um europeu muito acostumado a determinada ordem de coisas - e fica exaltado em público por causa de um assunto qualquer. É visto como desequilibrado, mal-educado e... um estrangeiro.

Mas um dia esse estrangeiro, depois de aqui viver algum tempo, começa simplesmente a gostar desse comportamento tailandês. Ou - quem sabe - começa a fazer meditação e descobre como as emoções são, em sua maior parte, simplesmente reações. Em conseqüência, vem o autoquestionamento: - Quero passar a vida reagindo?

A partir daí, ele(a), assim como os tailandeses, talvez seja capaz de, ao ficar preso em um engarrafamento numa rua inundada, em vez de se irritar, descer do carro e sair, os pés no meio da água, para comprar alguma coisa de comer num carrinho logo ali na calçada. E ainda rir da confusão.

A idéia do caminho do meio está de tal forma entranhada no modo de ser local que um amigo tailandês assim me explicou sua forma de fazer compras:
- Se tenho condições financeiras, evito escolher os produtos mais baratos. Mas também evito os mais caros, mesmo que estejam a meu alcance. Busco o caminho do meio.

O que se vê na Tailândia é uma tradição espiritual muito forte, confrontada diariamente pela maciça exposição ao materialismo e ao consumismo modernos. O tailandês resolve - ou administra - esse conflito como pode, o que freqüentemente resulta em incongruências. Mas a tolerância, importante característica local, aceita as incongruências e a vida vai em frente.
Mai pen rai (não tem importância).

Ó PÁTRIA AMADA...


...MAS TÃO MAL PESADA!!!

AFOGANDO O GANSO - MESMO!

Ganso é estrangulado no lago do Parque do Ibirapuera, em SP
SÃO PAULO - Ele foi morto pelo pintor Antônio Wesley Aquino Costa, de 28 anos, que estrangulou e afogou o animal no lago do parque. Foram precisos cinco seguranças para deter Antônio e levá-lo até a delegacia. O pintor foi liberado para responder ao processo por crime ambiental em liberdade. Antônio disse não sabe ao certo porque matou o ganso. Ele caminhava em ritmo acelerado ao lado do lago do Ibirapuera, por volta das 7h, quando encontrou o bicho.

A morte do ganso foi presenciada pela auxiliar administrativa Mariana Ferraz, de 37 anos. Ela voltava de uma festa e conta que foi ao parque tomar café da manhã.
- Os patos e gansos estavam todos ali em volta. Acho que tinham acabado de dar comida a eles. De repente, aparece o cara. Ele pegou o pescoço do ganso e rodou no ar. Depois, abaixou o bicho e torceu o pescoço dele com ódio - conta.

Mariana diz que ficou revoltada e chegou a gritar com o agressor.
- Foi a cena mais terrível que eu já vi na minha vida. Aquele bichinho no chão, sangrando e se debatendo. Foi muito triste. Teve uma hora que os outros animais se juntaram em volta do ganso que tinha morrido e ficaram gritando. Foi muito emocionante. Ficaram uns 30 bichos em volta. Ali vi que os animais também amam - afirma.

Oooohh!!! "Os animais também amam!" Quanta emoção!!!
(Pô, deixa o cara afogar o ganso em paz!)

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Uma Pieguice às Sextas

Assim como as babaquices, as pieguices não têm hora nem época para atacar.
Então, para o imenso deleite de todos vocês...
O Coelhinho da Páscoa!
(Atenção: depois desta edificante leitura, suas vidas mudarão para sempre.)

COELHINHO DA PÁSCOA,
O QUE TRAZES PRA MIM?

Eu trago em meus achados e perdidos a paz que anda nas calçadas sem fim, o amor desencontrado pela solidão, a esperança anunciando um rumo a seguir;
O sorriso puro da criança, o gesto caloroso do amigo sincero, a clareza dos sentimentos entre as pessoas;
A solidariedade presente em cada coração, o respeito pela vida reverenciado em cada ser, o carinho das mães pelos filhos;
As orações diárias de milhões de pessoas, o desejo de harmonia, compreensão e paz, o prazer para que o dia seguinte seja muito melhor;
O ovo de chocolate simbolizando a fartura, a compreensão entre os povos, as palavras de Fé em Deus.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

VEM PRA BH, VEM!

Na sua cidade tem rua estreita, de mão dupla com estacionamento dos dois lados? Não???
Então venha viver uma fascinante experiência zen em Belo Horizonte.

Fica melhor ainda quando u’a madame vem no sentido oposto, bem no meio da rua (é claro) e te olha com ferocidade assassina porque você não é um desenho animado e não espreme seu carro pra que ela possa passar com mais conforto...

TELETUBBIE

Por absoluta coincidência (ou azar) acabei de ver, no SporTV, o VT inspirador do primeiro post do Haja - há já exatos três meses.
É, definitivamente, uma bosta.

BRÍDISTON
Ôs-mêus-penêus-brídiston-aceleram-a-mais-de-trezênts-kilômetrs-pr-hora-nas-pistas-Ê-passêiam-comigo-no-fimdseman.
Ôs-mêus-penêus-brídiston...
PUTZ!
É insuportável. Adoraria ver a pesquisa (ou a manipulação dela) que mostra as fantásticas características comerciais do cidadão com olhar de peixe morto e pouco fôlego para um texto grande e ruim.
Quando eu tiver um carro vou por Pirelli.
Ou Goodyear, sei lá.
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quarta-feira, 2 de setembro de 2009

DELÍRIOS VENEZIANOS

O 66º. Festival de Veneza vai premiar Sylvester Stallone com o Glory to the Filmmaker.
Ele fica na companhia de Takeshi Kitano, Agnès Varda e Abbas Kiarostami. (Que devem estar querendo devolver a "honraria".)

Antes que vocês caiam de pau lembrem-se que, no mês passado, o Festival de Gramado deu prêmio parecido pra Xuxa.

O DIA QUE O TELEVISOR QUEBROU


Fernando Coelho

Bom amigo internético e telefônico, Fernando Coelho é paulista nascido nos EUA, publicitário, cineasta, físico, executivo de marketing, empresário e, quando sobrar tempo, promete dar o ar de sua graça aqui no Haja. Assim sendo, aproveitemos!

Laços emocionais.
Segunda metade dos anos 90. Eu era um estranho profissional. Formado em cinema, mas tinha estudado física. Na verdade, o que eu realmente fazia, era aplicar minha formação humanista na divertida atividade de convencer os outros a comprarem aquilo que vendíamos. Eu era um vendedor glorificado. Como gerente de operações de venda, com uma equipe de 35 pessoas, nós liderávamos o mercado, dia após dia, distribuindo líquidos adoçados e embalados, alguns alcoólicos, de maneira a impedir que a concorrência fizesse o mesmo.

Trabalhava na Coca-Cola. Grande escola. Pouco glamour, muito ardor. Nossos relacionamentos - e é isso que sempre importa - ocorriam entre a equipe de vendas e os comerciantes nossos (nem sempre) aliados. Os consumidores estavam um grau de separação mais longe. Redefinimos a maneira de vender bebidas no Brasil para sempre, em um semestre (esse “causo” conto outro dia).

Daí mudou tudo. Meu passe no tumultuado mercado executivo de São Paulo, zanzou de lá para cá, me levando a um destino manifesto: Televisão. De maneira surpreendente e rápida, me encontrei diretor comercial da NET, na sua operação de São Paulo. Dessa vez tudo era diferente. Não bastava mais ser um executivo profissional. Agora era necessário ser um explorador. Nas florestas tropicais? Nos fundos do oceano? Muito mais intenso do que isso. Íamos a uma incursão às entranhas da natureza humana. Televisão é exatamente o que o nome diz. Tele, igual a distância, e visão, igual a enxergar. Ver-à-distância. Pronto! É isso!

Televisão é a experiência pessoal voyeurística definitiva. Você “vê” o espetáculo da humanidade de graça. “De graça” não significa que é sem ônus financeiro. Significa sim, que é sem ônus de responsabilidade. Está tudo ali, disponível, na caixinha brilhando. E, como “tudo” está ali, cada um edita como quer. Cada um se enxerga em um corta-corta de conteúdos, se enlaçando à melhor conveniência de suas crenças e percepções. Ou, ainda, demonizando o que não lhe convêm. Fascinante.

Começamos a trilhar um caminho novo, que, através das diferenças entre TV aberta e assinada, revelava nosso formato interior. TV aberta era como na Coca-Cola. Coloca conteúdo nas afiliadas, como se coloca refrigerante no mercadinho. Quem avaliava se isso era bom ou ruim era o anunciante. As únicas linhas de retorno do telespectador para as emissoras se davam pelo frio indicador IBOPE e pelos poucos e selecionados grupos qualitativos de pesquisa. Já TV por assinatura é diferente. Na TV por assinatura o cidadão paga mensalmente pelo acesso, criando um relacionamento constante. Uma união civil estável. Relacionamento é sempre o que importa. De repente nós entramos na dinâmica pessoal e familiar de milhares de paulistanos que nos telefonavam no SAC. Por nada, por tudo, às vezes certos, às vezes errados.

E veio o verão. Chuvas. Deus criou as árvores e a tempestade. Os homens colocaram cabos suspensos entre as árvores, carregando eletricidade, telefonia e TV. A fêmea mãe-natureza, em fúria, derrubava essas árvores sobre os cabos dos homens, punindo de forma irretratável os pecaminosos paulistanos. Sem cabo, pagavam a pena de ficar sem TV! Logo a TV! De todos os eletrodomésticos, a TV tem a reputação de ser o aparelho mais confiável. Ligou, acende. Agora, com o advento do cabo, nós tínhamos inventado o televisor que quebrava na chuva! Agora, o cônjuge da união civil estável, havia se tornado o maior inimigo. Havia desligado o único aparelho que mediava o humano consigo mesmo, através da oferta artificial de imagens, como se fosse um buffet a quilo de identidades para consumo pessoal. A chuva interrompia essa relação e nos isolava. Estava revelada a natureza do laço. Éramos íntimos.

Como casamentos, tínhamos ciclos de paixão, amor, tolerância e ruptura. Essa trilha exploratória foi se embrenhando capilarmente no tecido da nossa tribo. Iniciou um processo de mútuo enxergar, que acaba por iluminar os universos emocionais de cada um de nós.
No fim, somos só tudo isso. Laços emocionais.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

MULHERES, CUIDADO COM O “EFEITO GORSKY”!


Diz a lenda que Neil Armstrong, depois de pipocar como um coelho lunático e antes de voltar à nave, deu uma paradinha, olhou para a câmera e, com um sorriso de lado no melhor estilo Burt Lancaster, fez um comentário enigmático: -“Good luck, Mr.Gorsky.”

A explicação seria que ainda criança, Neil estava jogando baseball (sou mais bentiáutas) com um amigo no pátio da sua casa. A bola voou longe e foi parar no jardim ao lado, perto de uma janela da casa vizinha - os vizinhos eram o Senhor Gorsky e a Senhora Gorsky - e quando Neil agachou para pegar a bola, escutou a Senhora Gorsky gritando para o Senhor Gorsky: -“Sexo anal? Você quer SEXO ANAL? Sabe quando você terá? No dia que o filho da vizinha caminhar na lua!”

Se ainda vivêssemos nessa época (ou será que ainda vivemos?), já pensou o que teríamos de “Gorskys” por aí, rindo até as orelhas, caso algum político fosse preso ou se o Fluminense escapasse do rebaixamento ou se o Lula acertasse um plural ou se o Rubinho Barrichello fosse campeão mundial e por aí afora...?

CRÔNICAS TAILANDESAS - 6






IMAGENS DO SIÃO




Paulo Emilio de Medeiros



Se há uma imagem que me ficará de Bangkok, como símbolo da graça e da maneira serena com que os tailandeses caminham pela vida, esta será certamente a de uma mocinha com a sandália balançando no pé, na garupa de uma motocicleta-táxi.
Todo dia vejo várias delas. Às vezes de manhã, quando vão para o trabalho, vestindo saia escura justa e blusa branca. Na cultura tailandesa, não há muito toque físico nas pessoas, em público. Então as passageiras das motos não se seguram no motoqueiro - a não ser que sejam sua namorada, esposa ou irmã.

Como geralmente estão de saia, sentam-se de lado, um pé apoiado em algum lugar da moto (não entendo nada de motocicleta) e o outro balançando no ar; com o sapato-sandália a balançar ainda mais, preso apenas nos dedos e quase encostando no chão. E lá vão elas, equilibrando-se nas curvas; bonitas, impassíveis, com uma mão se segurando na moto e com a outra carregando uma bolsa.
E quando as duas mãos estão ocupadas levando algo? Além da bolsa, talvez uma sombrinha, ou papéis. Não é problema para essas tailandesas hábeis: vão se equilibrando, calmas, aparentemente sem receio de cair. E eu, seguindo-as em meu carro, sou afastado de meus aborrecimentos por esse pequeno milagre de graciosa sobrevivência urbana.

Esta é uma imagem que neste momento me toca. Há outras, igualmente admiradas, que se tornaram um pouco mais óbvias, pois podem ser identificadas assim que um turista estrangeiro chega ao país. Mas, para quem me lê do Brasil, aqui vão.

Os sorrisos. A Tailândia é conhecida como a "terra dos sorrisos". E com muita razão. Aqui se sorri por tudo e para tudo, e isso torna nossa vida mais fácil. Não importa que o sorriso seja muitas vezes fruto do treinamento e do hábito desde criança, um modo de ser/fazer ligado à cultura do país: é muito melhor dar com um sorriso do que com uma cara amarrada. O sorriso pode significar uma infinidade de coisas: amizade, afeto, um cumprimento, uma despedida, obrigado, por favor, um pedido de desculpas.

Uma vez, na fila do caixa em uma padaria, eu carregava uma bandeja com dois pãezinhos de sal. Ao entregar a compra para a moça do caixa, aconteceu um desencontro e um dos pãezinhos foi ao chão. A funcionária foi imediatamente buscar outro. Virei-me para trás, acompanhando, mudo, o seu deslocamento, sem poder lhe dizer - pois não falo tailandês - que na prateleira não havia mais daquele pão. E aí dei de cara com o rapaz depois de mim na fila, que me olhava e tinha um largo sorriso - quase ria! - diante da situação Meu primeiro impulso foi fechar a cara. Mas me lembrei, em tempo, de algo que havia lido: em momentos como esse, o sorriso de quem está à sua volta é uma forma de se solidarizar com você, de amenizar a contrariedade e lhe dizer:
- Não leve a sério, não tem importância. (Mai pen rai, pra quem leu minha primeira crônica...) Vou sentir falta dos sorrisos, quando for embora do Sião.

Mais uma imagem: a de cabelos negros, longos, fortes, lisos e sedosos, por toda parte. Até hoje, quando entro em um elevador cheio de moças tailandesas com esses cabelos tão bonitos, tenho a impressão de que estou dentro de um anúncio de xampu.

O fascínio de um país chamado Tailândia...
Deixo essas imagens com vocês, e até a próxima.