terça-feira, 31 de janeiro de 2012

HMMM...

- Colgate ou Oral-B?
- Café ou Nescau?
- Camisa azul ou branca?
- Comum ou aditivada?
- Av. Brasil ou Getúlio Vargas?
- Japonês ou self-service?
- Ligo ou não ligo?
- Faço ou não faço?
- Fecho ou não fecho?
- Pizzaria ou churrascaria?
- Calabresa ou margherita?
- Itaipava ou Original?
- Law and Order ou CSI?
- Tomar mais uma, vem cá meu bem ou dormir?

Os dias são repletos de decisões que podem mudar, radicalmente, a minha vida. Mas, graças a Deus, eu não penso. Só reajo.
Se não, com certeza ia ser o dia inteiro que nem o monje do comercial: - Hmmm... Vou ter que consultar o Divino...

sábado, 28 de janeiro de 2012

IPIRANGA - AULA DE PROPAGANDA

Seguem cinco VT’s (excelentes como sempre) da Ipiranga.
Estão fora o da Galinha d’Angola que está no ar, o “Pôspiranga” que saiu há pouco tempo e muitos mais.
Parabéns à Talent e ao cliente.

Obs.1: Não conheço ninguém; nem da Talent (cuja, segundo informações colhidas, é formada por um pessoal competente porém bem sebozinho) nem da Ipiranga.
Obs.2: Isso tudo, sem contar as campanhas da Talent para a Topper Rugby, Tigre, Sony Ericsson e outras.

Beijinho

Maria Gasolina

Batatinha

Tutuquinho

Cartomante

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

LARGA D'EU, PENTELHO!

Segue excelente texto sobre a execração que nós, fumantes, estamos sendo vítimas.

Capitalismo tabagista: de Hitler a Drauzio

por Gerson Faria em 20 de novembro de 2011 Opinião - Cultura

Propaganda anti-tabagista nazista: ‘Tabaco-Capital’ chegando para roubar a saúde do povo, a capacidade de trabalho, metas político-demográficas e a riqueza do povo.

É incrível a semelhança da política anti-tabagista contemporânea e da linguagem de seus propositores com o seus equivalentes no regime nacional-socialista.

Drauzio Varella começa assim seu artigo na Folha de S.Paulo de título escolar, grave e final: “O cigarro”
“O cigarro é o mais abjeto dos crimes já cometidos pelo capitalismo internacional. Você acha que exagero, leitor?”


Sim, tenho quase certeza. Segundo os estudos históricos de Antony Sutton, o financiamento pelo capitalismo internacional da Revolução Bolchevique bem como da ascenção de Hitler ao poder colocam o cigarro em uma escala muito, muito modesta (se real) na escala dos males causados pelo capitalismo transnacional. Aos interessados sugiro que leiam o artigo de Henrique Dmyterko, “Antony Sutton: Um homem que pagou o preço da verdade”, no qual o historiador demonstra o apoio financeiro de Wall Street às maiores e mais sangrentas revoluções conhecidas na história da humanidade.

E Drauzio, continuando no espírito “ocuppy”, nos apresenta mais um falseamento da história:
“Compare-o com outros grandes delitos capitalistas; a escravidão, por exemplo: quantos viveram como escravos? E quantas crianças, mulheres e homens foram escravizados pela dependência de nicotina desde que essa praga se espalhou pelo mundo, a partir do início do século 20? O primeiro crime foi perpetrado contra algumas centenas de milhares de pessoas; o segundo contra mais de 1 bilhão.”

Bem, ao que se saiba, no Egito de 8.000 A.C. não vigorava o regime capitalista (muito menos internacional) e a escravidão já era uma dura realidade. E o Gulag do regime comunista soviético que Drauzio se esquece?

Estima-se em torno de 14 milhões o número de pessoas que por ele passaram (e em torno de um milhão pereceram no Gulag) entre 1929 e 1953, isso considerando-se apenas um aspecto de um país, esquecendo-se todas as outras experiências totalitárias do século XX, de países tão capitalistas quanto o Egito de 8.000 A.C.

Mas Drauzio, talvez aproveitando-se da genérica onda anti-capitalista recente dos EUA, emenda a esta a onda anti-tabagista. Quer nos levar a crer, assim como fez a propaganda política nazista, que o capitalismo é o culpado pela escravidão do ser humano pelo vício do cigarro.

O estudo “The anti-tobacco campaign of the Nazis: a little known aspect of public health in Germany, 1933–45” (A campanha anti-tabaco dos nazistas: um aspecto pouco conhecido da saúde pública na Alemanha, 1933-45) traz informações que, embora desconhecidas do grande público, não são nem de longe chocantes, comparando-se com os horrores cometidos pelo nazismo a que estamos acostumados a ver em documentários e livros. Ao contrário, tais iniciativas de saúde pública já são fatos correntes nos dias de hoje.

Alguns aspectos das políticas nazistas de saúde pública anti-tabagistas que podem ser lidas no estudo acima são:
• Sessenta das maiores cidades alemãs baniram o fumo em bondes em 1941.
• Hitler pessoalmente foi o responsável pela proibição de fumo em trens e ônibus em toda Alemanha em 1944, pois era preocupado com a exposição de condutoras mulheres à fumaça do cigarro.
• Políticas nazistas foram aclamadas como marcos do “começo do fim” do cigarro na Alemanha.

O difícil é aceitar a semelhança entre políticas de saúde pública dos nazistas e dos ferrenhos anti-tabagistas contemporâneos.

Que moral guiava os mesmos fazedores de política ao genocídio de uns e à preocupação excessiva com a saúde de outros? É no meu entender uma moral invertida nos dois casos. Tanto a que leva ao genocídio quanto à que leva à preocupação policial com determinados aspectos da saúde.

O fumante de cigarro é hoje talvez o único indivíduo que pode sofrer discriminação gratuita sem nenhum dispositivo legal que o ampare. É o inimigo público designado e rotulado pelo Estado. Sua situação existencial é vexatória: é ao mesmo tempo tratado como psicologicamente doente e inimigo. Doente pois flerta com a morte de forma gratuita e prazerosa, diriam. Inimigo pois propaga a “fumaça da morte” e, pior, gasta o dinheiro do sistema público de saúde (mesmo que não o utilize...). A saúde pública é assim tornada saúde politizada.

Vão dizer que estou afirmando que o Estado, com suas mil e uma proibições “em nome da saúde do seu povo” tem inspiração nazista? Não, não estou afirmando isso. A perda da liberdade de escolha pode assumir diversos nomes, sob as mais nobres justificativas.

Escrevi em outro artigo:
“Tomemos como exemplo o argumento do 'direito de escolha' que é claramente universal. O exercício da cidadania numa sociedade livre pressupõe esse direito. Para os casos em que há clara agenda política envolvida, utiliza-se tal argumento, como na legalização do uso de drogas, aborto sob demanda, exigências relativas a direitos  homossexuais etc. Porém, nos recentes casos de banimento do cigarro, dos salgadinhos e refrigerantes nas escolas, o argumento universal da escolha individual dificilmente é utilizado, seja pelo público alvo, futuras vítimas da política, seja por seus representantes. Nesses casos, a universalidade do direito de escolha é jogada na lata de lixo em nome do terrorismo argumentativo da saúde pública.” (‘Saúde pública’, novo nome da política)

Se trocarmos o objeto de Drauzio e, no lugar do “cigarro” colocarmos “automóvel”, caberia a mesma argumentação. Os capitalistas, as mortes causadas aos outros, a poluição etc. Não há escolha.

Drauzio tem o direito de defender sua agenda política, seja o fim dos cigarros, do capitalismo internacional, a descriminação da maconha etc. E para isso mostra não abrir mão de mistificar, simplificar e generalizar.
Vícios que acomentem todo apaixonado reformador social e revolucionários de todas as espécies, rótulos e épocas.

(Valeu, Morici.)

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

HORA DANÇANTE - 10

Bee Gees – Massachusetts

Billy Paul – Your Song

Seals and Croft – Summer Breeze

Lulu – To Sir With Love

Jimi Hendrix – Sgt Pepper’s Lonely Hearts Club Band

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

DEUS É UM BOM SUJEITO...

Pára de ficar rezando e batendo o peito! O que eu quero que faças é que saias pelo mundo e desfrutes de tua vida.
Eu quero que gozes, cantes, te divirtas e que desfrutes de tudo o que Eu fiz para ti.


Pára de ir a esses templos lúgubres, obscuros e frios que tu mesmo construíste e que acreditas ser a minha casa.
Minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nos lagos, nas praias. Aí é onde Eu vivo e aí expresso meu amor por ti.


Pára de me culpar da tua vida miserável
Eu nunca te disse que há algo mau em ti ou que eras um pecador, ou que tua sexualidade fosse algo mau.
O sexo é um presente que Eu te dei e com o qual podes expressar teu amor, teu êxtase, tua alegria. Assim, não me culpes por tudo o que te fizeram crer.


Pára de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver comigo.
Se não podes me ler num amanhecer, numa paisagem, no olhar de teus amigos, nos olhos de teu filhinho... Não me encontrarás em nenhum livro!
Confia em mim e deixa de me pedir.
Tu vais me dizer como fazer meu trabalho?


Pára de ter tanto medo de mim.
Eu não te julgo, nem te critico, nem me irrito, nem te incomodo, nem te castigo. Eu sou puro amor.


Pára de me pedir perdão. Não há nada a perdoar. Se Eu te fiz...
Eu te enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos, de necessidades, de incoerências, de livre-arbítrio.
Como posso te culpar se respondes a algo que eu pus em ti?
Como posso te castigar por seres como és, se Eu sou quem te fez? Crês que eu poderia criar um lugar para queimar a todos meus filhos que não se comportem bem, pelo resto da eternidade?
Que tipo de Deus pode fazer isso?
Esquece qualquer tipo de mandamento, qualquer tipo de lei; essas são artimanhas para te manipular, para te controlar, que só geram culpa em ti.


Respeita teu próximo e não faças o que não queiras para ti.
A única coisa que te peço é que prestes atenção a tua vida, que teu estado de alerta seja teu guia.
Esta vida não é uma prova, nem um degrau, nem um passo no caminho, nem um ensaio, nem um prelúdio para o paraíso.
Esta vida é o único que há aqui e agora, e o único que precisas.
Eu te fiz absolutamente livre. Não há prêmios nem castigos. Não há pecados nem virtudes. Ninguém leva um placar.
Ninguém leva um registro.
Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno.
Não te poderia dizer se há algo depois desta vida, mas posso te dar um conselho. Vive como se não o houvesse.
Como se esta fosse tua única oportunidade de aproveitar, de amar, de existir. Assim, se não há nada, terás aproveitado da oportunidade que te dei.
E se houver, tem certeza que Eu não vou te perguntar se foste comportado ou não. Eu vou te perguntar se tu gostaste, se te divertiste... Do que mais gostaste? O que aprendeste?


Pára de crer em mim - crer é supor, adivinhar, imaginar. Eu não quero que acredites em mim. Quero que me sintas em ti.
Quero que me sintas em ti quando beijas tua amada, quando agasalhas tua filhinha, quando acaricias teu cachorro, quando tomas banho no mar.


Pára de louvar-me! Que tipo de Deus ególatra tu acreditas que Eu seja? Me aborrece que me louvem Me cansa que agradeçam.
Tu te sentes grato? Demonstra-o cuidando de ti, de tua saúde, de tuas relações, do mundo.
Te sentes olhado, surpreendido?... Expressa tua alegria! Esse é o jeito de me louvar.


Pára de complicar as coisas e de repetir como papagaio o que te ensinaram sobre mim.
A única certeza é que tu estás aqui, que estás vivo, e que este mundo está cheio de maravilhas.
Para que precisas de mais milagres?
Para que tantas explicações?
Não me procures fora! Não me acharás. Procura-me dentro... Aí é que estou, batendo em ti.


Baruch Espinoza – 1632/1677 – Amsterdã.
Foi um dos grandes racionalistas do século XVII dentro da chamada Filosofia Moderna, juntamente com René Descartes e Gottfried Leibniz.


(Valeu, Bula.)

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

HORA DANÇANTE - 9

Dire Straits – Tunnel of Love


Eric Clapton – Layla


Supertramp – My Kind of Lady


Moody Blues – Lovely To See You


Emerson Lake and Palmer – Nutrocker

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

APRENDE A VOTAR, CAMBADA!

Todo início de ano é a mesma coisa: já perdi a conta dos janeiros e fevereiros com chuvas, enchentes, desabamentos, mortes etc, etc.

Quando cai tudo, o governo, compungido e preocupadíssimo, volta correndo das férias para anunciar medidas urgentes, fundamentais, verbas astronômicas que se e quando chegam aos destinos são devidamente roubadas, desviadas, etc. Aí, de março a novembro, tudo é esquecido e quem se fudeu, que se foda.

Mais rápido ainda são as campanhas conclamando o povo a ajudar. Nojentas todas elas. Locução consternada, ajude, envie, entregue, que nós vamos dar um jeito de sumir com tudo. Como sempre.

Ou seja, choveu, caiu, desmoronou, a culpa é dessa gentinha que insiste em morar onde não devia e o povo que se vire pra ajudar porque prevenção, organização e tudo o que se espera de um "governo" se resume em falatório e roubo. Puro e simples.
E o país mais tributado do planeta segue em frente.

Escutei hoje no Estúdio I da GloboNews a apresentadora perguntar:
-Se você tivesse que mudar de profissão, qual escolheria?
Resposta do Hubert (do Casseta): -Ah! Eu escolheria alguma relacionada ao crime, né? Político. Certamente eu seguiria a carreira política. É o caminho mais rentável que temos.

Muito engraçado se não fosse trágico.

Resta o que? Ficar indignado no fêicibúqui, nos eternos e bobos e-mails estilo “vamos fazer isso chegar à Brasília” e outras babaquices do gênero ou aprender a votar?

domingo, 8 de janeiro de 2012

POR QUÊ, RAPHAELLA?



Depois de algumas horas confinados numa moderna lata de sardinhas, aterrissamos em João Pessoa. Amavelmente recepcionados (acho muito chique ver meu nome na plaquinha), somos embarcados num micro-ônibus com ar condicionado, musiquinha ambiente e a indefectível e falante guia com um impagável sótaque nordéstino que nos brinda com diversas informações inúteis e a grande questão:

-Nossa bandeira tem a palavra Nego. Vejam bem, não é nÊgo. É nÉgo. Aí vocês perguntam: “Por quê, Raphaella?” E eu respondo: “Vocês só vão saber quando fizerem o nosso espetacular cititúr que sai amanhã às oito e dez da manhã!”

Dou uma olhadinha de esguelha para a madame e confirmo meus pensamentos. É ruim, hein? Pi-ri-go da gente, em plena folga, acordar a essa hora da madrugada pra fazer cititúr!

Nosso hotel é o último da lista e minha mala sumiu. (Ainda bem que foi a minha...)
-“Por quê, Raphaella?”
Ela mata a bola e entrega de primeira: -“Por quê, Adroaldo?” (Adroaldo é o atordoado motorista e arrumador de malas do buzunzim).
-“Deve de ter ficado no Tambaú Fléti. Aquele monte de gente desceu e a mulé falou que todas as que tinha fita vermelha era deles...”
Então, voltamos ao Tambaú Fléti. Telefonema para o quarto da grande família, filho envergonhado trazendo a mala, pedindo desculpas, tudo resolvido, chego são e salvo ao hotel, babando por cerveja e praia.

Inacreditável cidade é João Pessoa. Povo descansado, tranquilão mesmo, não se ouvem buzinas. Saí do hotel pra comprar cigarro e fui atravessar a rua; vinha um ônibus, o motorista piscou o farol e parou preu atravessar! Tô abestalhado até agora...

Praia civilizada, com espaço, sem sambinha, mar maravilhoso, areia branca, cerveja gelada e barata, chateação só a dos praticantes de frescobol - que se acham os donos do pedaço. Mas, não conseguem atrapalhar meu conceito de filial do paraíso.

-“‘Bora ficar pelado em Tambaba?”
Não mereci nem resposta.

Ponta do Seixas (só estive mais perto da África quando fui ao Egito) e depois praia do Jacaré pra ver o cabeludinho tocando o Bolero de Ravel. Tremenda roubada. Um monte gente atulhando os bares em volta, barcos e mais barcos lotados, o cara vem numa canoinha e finge que toca. Os bares botam o famigerado bolero em gravação. Só vale o visual do por do sol.

Incontáveis prédios em construção.
–“Por quê, Raphaella?”
–“A cidade está crescendo...”

Ora bolas! Depois dessa elucidante resposta concluo que o melhor a fazer é seguir o conselho da vendedora de salgadinhos na praia:
-“Dégústi!”.