domingo, 31 de julho de 2011

sexta-feira, 29 de julho de 2011

O MICRO DO MACRO

O cidadão sai de férias, mas a cabeça não.
Bom pra nós.
Texto e fotos do nosso prezado Fernando Coelho. (Tomara que na próxima ele resolva ir pra Xangai, Ibiza, por aí...)


Uma experiência seminal de sociedade

Fernando Coelho – Julho de 2011

Daqui do meu ensolarado ócio de férias, vislumbro a luz singular do nordeste potiguar, que apimenta o panorama ao meu redor com doses cromáticas especiais, atribuindo tonalidades ao mar, ao céu e a terra, em uma jovial disputa para mostrar qual mais se esmera. A noite é límpida, estrelada. Parece que não há atmosfera. Sinto que se eu pular alto, vou correr o risco de cair no espaço e vagar para sempre.

Estou na pequena aldeia de pescadores situada na praia de Maracajaú, no município de Maxaranguape, no estado do Rio Grande do Norte. É um micro local, com micro clima, micro civilização, micro economia e micro política.
O único aspecto que não é micro é a boa e velha natureza humana.
A pequena aldeia ainda hoje tem um forte vínculo com seu DNA ancestral de pescadores. As jangadas, embarcações que Amyr Klink reputa como perfeitas, decoram toda a faixa de praia. Quando não no mar, estão estacionadas abrigadas por coqueiros, que abundam por toda parte. É uma cena romântica, idílica, descrita, reescrita e celebrada pelas melhores penas desta região, que já nos deu Jorge Amado, Graciliano Ramos, Gilberto Freyre, Ariano Suassuna e tantos outros, encadernados ou pendurados em cordel.

Hoje, neste primeiro decênio do século XXI, a pequena aldeia já está impactada e transformada pelo apelo turístico global. “Tradewinds”, os ventos alísios, que historicamente assopraram a brasa desta modesta economia, propelindo as jangadas ao mar e aos peixes, hoje ajuda a impulsionar os jatos que trazem turistas estrangeiros, sobretudo europeus, atraídos pela promessa de sol que se apresenta no final do acesso aéreo rápido que liga a península ibérica ao aeroporto de Natal.

Nada disso, entretanto, parece afetar a parte micro desta delicada aldeia. Aqui tudo que temos de bom e de não tão bom, está representado em micro doses. O colorido espectro humano oferece pelo menos um exemplar de cada um dos estereótipos que temos na grande sociedade. Na faixa visível de luz desse espectro conseguimos ver o empreendedor, a comerciante, o farmacêutico, o policial, a professora, o bêbado, o dono da LanHouse, a esposa do dono da padaria, o corretor de jangadas, a proprietária do restaurante (tem o PF, a Pizzaria e o chique) e a indefectível presença do poder público populista, manifestado pela existência de um posto de saúde (equipado com uma ambulância Fiorino) que exibe o canhestro moto da atual administração: “Nossa praia é o trabalho”.
Vemos também os arrivistas da nova onda. São operadores de mergulho, pousadas mais requintadas, pequenos hotéis e bugueiros. Estes desfrutam de uma reputação sombria, por ser considerada uma polêmica raça de mercadores de duvidosos passeios, realizados com buggy em dunas, cujos efeitos ambientais provocam grande controvérsia.

Na faixa de infra-vermelho e difícil de ver do espectro, ficamos sabendo das faces mais sinistras deste pequeno agrupamento. É verdade que nesta micro dose o mal tende mais para a inocência de pequenos desvios do que para a violência moderna dos grandes centros. Chamou-me a atenção o crime de abuso da fé perpetrado por um padre anterior ao atual. A guisa de levantar fundos para a reforma da graciosa igrejinha setecentista da aldeia, o referido padre amealhou a fortuna local de R$ 13.000,00 (treze mil reais), com a qual escafedeu-se a nunca mais dar vistas. A doce igrejinha de presépio permanece implorando reformas. A população, escaldada, comprometida mais com Deus do que com a Igreja, voltou a buscar poupar esses fundos, porém, desta feita, sem permitir acesso do atual padre ao duramente obtido pecúlio.

Vivendo, aprendendo e crescendo. Na extremidade ultra-violeta do espectro (que é a luz negra de boite) encontramos outros participantes do drama humano. Exibindo incomum tolerância, encontramos lá exemplares do mundo gay masculino, comparecendo com 3 cidadãos, além de um transexual e um casal homoafetivo feminino assumido. Formas mais tradicionais de afeto ilícito, como o adultério, a relação consensual com menores e, mais picante, com bichos, se fazem representar nos casos contados em mal disfarçadas fofocas e risos.
O ponto formal do pecado é o forró. As sextas e aos sábados o local bomba, a partir das 23hrs, até o raiar de um sonolento sol. Vale refletir sobre a inscrição a porta do local, que ambiguamente dispõe: “menores de 16, 17 somente com ID”. Durante a função, bonitinhos e bonitinhas de todas as idades levam suas doces alegrias para o salão a céu aberto, em um ritual de trocas e ofertas, onde novos amores se formam e velhos conflitos se reformam. Afinal, pela manhã, passada a ressaca, serão todos os mesmos. Sinto que na alma contente desses compatriotas, a solitária rua central de Maracajaú é a única estrada poética que não leva a Roma. Não precisa.

Sentado em um travesso de coqueiro, eu olho a maré mexendo com o remanso formado pelas águas protegidas da barreira de corais, e coloco-me a pensar sobre o macro. Parece, para mim, tudo tão claro. São tão ordenados e esquemáticos os paralelos entre esta aldeia e nossa república, que em uma simples temporada de férias aqui eu seria capaz de escrever todas as respostas para o nosso progresso. Porém, para um encouraçado veterano da matriz, que já perdeu sua inocência há muitas luas atrás, emerge a constatação de que a soma do todo é maior do que a soma das partes. Para o bem ou para o mal. Com todas as marés que encherão e vazarão, aos meus pés, nesta praia, vejo o destino à frente como um trabalho de formiguinha, a ser feito crescente após minguante, aldeia após vila, alma por alma, geração a geração, para que um dia possamos garantir que a reforma da igreja ocorra com o menor sacrifício, o melhor resultado, nenhum desperdício e, sobretudo, sem prejuízos morais.

Para aqueles que se interessam pela doce sensação da inocência no micro, deixo as seguintes recomendações de filmes: “Local Hero” e “Saving Grace”, distribuídos nas locadoras como “Momento Inesquecivel” e “O Barato de Grace”.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

FLAMENGO 10 X 8 SANTOS


Deveria ter sido o placar desse jogo para não se esquecer.
Deivid (é assim mesmo!) e Thiago Neves perderam gols inacreditáveis.
Os de lá, outro tanto.
Um jogo de poucas e decisivas faltas onde o Ronaldinho mostrou que joga quando quer. Ou precisa.
E, pra mim, o melhor foi ver os dois times jogando algo que já faz, ainda que de longe, lembrar o Barcelona. Se a moda pegar é certo que teremos um final de campeonato da melhor qualidade.

obs.: Caso algum fanático tenha interesse, salvei o lance-a-lance do jogo. Está em word, tem que ler de baixo pra cima, é um saco, mas é histórico, manja? Quem quiser é só pedir que eu mando.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

ESSA É ANTIGA MAS, INFELIZMENTE, SEMPRE ATUAL

Dicas rápidas para você aprender a não foder com os outros motoristas que sabem dirigir no trânsito caótico brasileiro.
1. No semáforo, deixe a porra da primeira marcha engatada e quando o sinal abrir arranque. Não espere que o motorista de trás tenha que te lembrar.
2. Quando um outro motorista ligar a seta avisando que precisa entrar na pista que você está, deixe de ser filho da puta e deixe o cara passar. Certamente vai acontecer com você um dia e tu vai ficar puto(a) e histérico(a) se o outro não deixar você entrar.
3. Se você não sabe fazer baliza, tenha humildade e procure uma vaga mais fácil ao invés de ficar fodendo a vida de quem está com pressa. Ah! Se você não gosta da merda do seu carro, problema é seu. Isso não quer dizer que os outros motoristas acham legal que fiquem dando totó nos seus carros para estacionar.
4. Largue de ser cavalo e aprenda que se da placa do radar diz 60km/h, é 60 de verdade e não 20 km/h disfarçado, seu bosta.
5. A vida anda muito corrida, por isso, se você gosta de passear pelas vias a 30km/h, faça isso as 5h da manhã.
6. E por falar em passear, tem os donos de rua que não saem da pista da esquerda e teimam andar a 20km/h numa pista de 80km/h. Se você ver alguém no seu retrovisor querendo passar, pode ser um mala filho de uma puta ou uma emergência. Como você não é a mãe Diná, não vão te cair as pernas se deixar o apressadinho passar.
7. Que tal dar sinal de que vai entrar em alguma rua se você percebe que tem algum motorista esperando sua importante escolha?
8. Se o seu namorado vai te deixar na frente do shopping, deixem as preliminares para um local apropriado. Certamente não vai ser a última vez que você vai vê-lo, portanto, dê tchau e suma do carro, caralho!
9. Essa é pra você, filho da puta frustrado sexualmente que adora botar o rabo numa moto barulhenta: por que você não bota a orelha no escapamento aberto e acelera? Todo mundo sabe que o barulho da sua moto é proporcional ao seu trato com as mulheres, mané. Isso serve também para os idiotas que andam com aquela bosta de som alto, disparando alarmes por onde passam, e o pior é que esses filhos da puta não tem gosto para musica, só se ouve aquele batidão do inferno e esses bostas são tão burros que depois de um certo tempo vão ficar todos surdos, bando de babacas.
10. Nossa!!! Um acidente!!! Será que machucou alguém conhecido???
Qual é, nunca viu uma porra de uma lanterna quebrada? Então anda logo que você não precisa ficar olhando com cara de otário pra ver a desgraça dos outros ou qualquer coisinha que acontece no trânsito e andando como se estivesse num cortejo fúnebre.
11. Outra coisa que irrita são aqueles filhos da puta que geralmente desfilam com uma piranha do lado e param o carro na vaga de idoso ou de deficiente. Isso porque tem duas pernas funcionando, mas merecia uma surra pra realmente precisar estacionar ali. Então, mesmo na pressa, deixa de ser mané e vai procurar tua vaga! Otário do carái.
12. Especial para nossos amigos da polícia militar e do detran: se é horário de movimento intenso, que tal escolher um local apropriado para parar a merda do carro e não fazer todo mundo andar a 40 km/h prá ver a viatura nova com a porra das luzes ligadas se não tem nada acontecendo? Que tal cuidar de quem anda pelo acostamento ou tá com aquele kombão fumacento todo amarrado de arame fazendo lotação e atrapalhando todo mundo, ao invés de ficar revirando o carro dos outros pra achar uma merda de lâmpada queimada e dizer: Arrãaaaa! Como é que a gente vai fazer agora? Arrãaa é a...
Isto não é uma corrente.
Se você não passar, seu braço não vai cair, sua mãe não vai morrer, mas quando fizerem uma cagada na frente do seu carro... Lembre que você não colaborou.


(Valeu, Cláudia.)

terça-feira, 26 de julho de 2011

QUOSQUE TANDEM ABUTERE, ANÔNIMOS, PATIENTIA NOSTRA?

Na definição de Edney “Interney” Souza, “A internet é uma rede de pessoas mediada por computadores, ou uma rede de computadores operada por pessoas, depende da versão do usuário.”

Boa, essa. Mas, pra mim, a internet é instrumento de trabalho. E, como todo trabalho requer intervalo, diversão, etc, esse blog é o meu recreio. E, como em todo recreio, tem sempre um ou mais pentelhos querendo estragar o jogo, melar a conversa, atrapalhar a brincadeira, etc.
Para isso a internet é o paraíso dos anônimos. (Eu, mostrar pra todo mundo que sou um zebu mental? De jeito nenhum! Mas, como anônimo posso tudo. Inclusive me transformar no que quiser, colocando pra fora todas as minhas frustrações, preconceitos e idiossincrasias várias.)

Claro, tudo tem dois lados.
Seguem duas posições interessantes.

O Observatório da Imprensa publicou hoje:
Em defesa do anonimato na internet
Por Melissa Bell e Elizabeth Flock em 27/06/2011 na edição 648
... “O anonimato permitiu que os blogueiros do Oriente Médio contassem ao restante do mundo aquilo que está ocorrendo em seus países durante a primavera árabe. O anonimato confere a todos na rede uma liberdade de expressão, uma criatividade e uma amplitude de debate que poderia não existir se houvesse a necessidade de apresentar um nome real.”

E, no Meio Bit (http://meiobit.com/), Rodrigo Ghedin publicou em março:
Criador do 4chan defende o anonimato na Internet
O “problema” do anonimato não se restringe a blogs. Em redes sociais, ela anda lado a lado com outras questões espinhosas, como a privacidade. E falou em privacidade, não tem como não citar o Facebook. Há anos a maior rede social do mundo é notória por condenar, irrestritamente, o anonimato. Zuckerberg disse, certa vez, que manter várias identidades de si mesmo é “um exemplo de falta de integridade”.
Em posição diametralmente oposta se encontra o 4chan, um dos image boards mais bem sucedidos da Internet. Chris Poole, seu fundador, tem uma opinião diferente da de Mark. Disse ele, durante a SXSW 2011: “Nós colocamos o conteúdo acima do criador. (…) Anonimato é autenticidade. Ele permite que você compartilhe de uma forma totalmente sem filtros. Ele permite que você interaja de maneiras que você talvez não o fizesse se as pessoas soubessem que é você.”

Pense aí sobre isso, apressado leitor, o que quiser. Mas, eu, continuo publicando só o que eu quero, do jeito que eu quero, na hora que eu quero. O que é mais uma grande vantagem da internet...

domingo, 24 de julho de 2011

RRRESUMO DA SEMANA - 06

sábado, 23 de julho de 2011

HELLO GIRL!


E lá se foi, aos 27, Amy Whinehouse - aquela que eu achava que poderia ser a Billie Holiday do século 21 (cuja, pelo menos, chegou aos 44). Não por coincidências jazzísticas, bluesísticas ou biográficas mas, pelo jeitão. E cada uma à sua época, é claro.

Entra pro Hall of Fame das grandes incógnitas do mundo artístico:
até onde eles(as) poderiam ter ido?

sexta-feira, 22 de julho de 2011

O BACALHAU AZEDOU

Já dizia a Rogéria que “Bicha burra nasce morta”. Terrorista é quase a mesma coisa: costuma morrer na doidera. Mas, burros, definitivamente eles não são.

Essa agora na Noruega é outra prova. Depois da explosão em Oslo, um cidadão foi para a ilha de Utoya onde havia um acampamento de jovens, abriu fogo e mandou algumas dúzias desta para melhor.

Tragédias e horrores à parte, temos que reconhecer que é uma grande sacada. A galera não tinha onde se esconder e vários se atiraram no mar para fugir nadando. Perfeito seria se houvessem tubarões na área.

(O que faz lembrar uma ótima que li ontem: a diferença entre cação e tubarão é que quando você come é cação; quando ele te come é tubarão...)

quinta-feira, 21 de julho de 2011

FUTEBOL ONTEM E HOJE

Flamengo X Palmeiras, com os dois times jogando no mesmo esquema, na metade do primeiro tempo o prélio ("prélio" é ótimo, né não?) já estava cheirando a ôcho (OXO). E não deu outra.
Aí, enquanto sofro com o vaivém, é inevitável a viagem: no geral, o futebol faz paralelo com a vida que vivemos. Pra começar, o que antes era valorizado hoje é banalizado.

Assim como a vida, o futebol é injusto. São incontáveis os exemplos de times (o mais impressionante é o Brasil de 1982) que tinham tudo pra ganhar e foram derrotados por circunstâncias absurdas.
Outro exemplo de injustiça são os goleiros: o Marcos tem tanto (ou mais) mérito pela Copa de 2002 quanto Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho etc. Mas, é sempre relegado ao segundo ou terceiro plano. E segue com Taffarel e muitos outros.

Joel, Henrique, Dida e Babá - essa linha do Flamengo está cravada na minha mente. Hoje não sei escalar o time de passadeiras da lavanderia do meu prédio - quanto mais a linha de qualquer outro time.

Em áureas épocas da rádio Globo, Mário Vianna (com dois enes) vociferava “ERRROOOUUU!!!” sem o auxílio luxuoso do replay instantâneo. Hoje os famigerados analistas de arbitragem falam coisas escabrosas e voltam atrás, segundos após, com a maior desfaçatez.

O Kleber, do Palmeiras, tentou o gol após bola ao chão. Tumulto, jogadores do Flamengo na jugular do problemático, narradores caem matando contra a falta de fairplay do execrável e, segundos depois, a câmera mostra a imagem do cidadão às gargalhadas conversando com o seu também sorridente marcador.

“No início do segundo tempo, Pinheiro (do Fluminense) disputou uma bola com Quarentinha (do Botafogo) e caiu com distensão muscular. A bola sobrou limpa para Garrincha que tinha o caminho livre para o gol. O que fez Garrincha nesse momento sublime? Chutou a bola, de forma proposital, para a lateral, para que o zagueiro tricolor fosse atendido.
O jornalista Mário Filho, nas tribunas, se empolgou: "É o Gandhi do futebol!".
O lance já teria sido belo e eterno se parasse por aí. Porém, houve uma continuação épica que mudaria para sempre o destino do futebol mundial. O tricolor Altair, encarregado da cobrança do lateral, simplesmente deixou a bola quicar. Ele percebeu que aquela posse de bola pertencia ao Botafogo e não ao Fluminense. Assim, com esse gesto nobre, fez justiça com as próprias mãos.
Todos no estádio entenderam a mensagem e aplaudiram o lance. Dessa forma, Garrincha e Altair inventaram o fair-play.”
(http://jornalheiros.blogspot.com/2009/01/inveno-do-fair-play.html)

Hoje vivemos a era da malandragem no péssimo sentido. Como Chico Buarque já havia descoberto quando foi à Lapa e perdeu a viagem.

E muitos mais paralelos podem seguir por essa linha. Mas, chega né?

quarta-feira, 20 de julho de 2011

JOGOS MILITARES

Além desse mascote ridículo, os tais jogos militares apresentam modalidades estranhas como Pentatlo Aeronáutico, Pentatlo Naval e Orientação(!?).

E também pérolas como o comentário da sargento Joanna Maranhão, após a conquista da medalha de bronze na prova dos 200m individual medley: -“...Se eu pudesse voltar no tempo, teria respirado menos, não sei...”

Ou ainda o comentário da terceiro-sargento Fabíola Molina, medalhista de prata na prova de 50m borboleta: -“Estou super feliz. Foi meu melhor tempo e não é uma prova que eu treine muito”.

Li em algum lugar que esse é o terceiro maior evento esportivo do planeta – atrás apenas das Olimpíadas e da Copa do Mundo.
Arrã... Então tá.
Eles que se divirtam com suas competições esquisitas, com seus sargentos alistados por conveniência, com suas continências, incontinências e tudo mais.

terça-feira, 19 de julho de 2011

AS VOLTAS QUE O MUNDO DÁ

Esse circunspecto senhor da foto é Carlos Reutemann - Senador da República Argentina.
Que é notícia hoje no La Nacion: “Rosario - Después de varios meses de silencio, cuando faltan seis días para las elecciones en esta provincia y horas antes de la visita de la presidenta Cristina Kirchner, el senador Carlos Reutemann se metió inesperadamente ayer en la campaña. Y lo hizo para despegarse del gobierno nacional y del candidato a gobernador kirchnerista, Agustín Rossi.”

Segundo a desciclopedia (http://desciclopedia.org), “Carlos Alberto Reutemann é um ex-piloto zicado argentino da Fórmula 1. Conhecido também como "Lole" pelos torcedores homossexuais, venceu muitas corridas aqui no Brasil, nos circuitos de Jacarepaguá, Interlagos no Rio de Janeiro, no Acre e na Pista de Mario Kart no Brasil. Depois do final da carreira, virou político e governador da província de Santa Fé, na Argentina.”

Quem deve ter boas lembranças dele é o Emerson Fittipaldi que cansou de achocolatar o cidadão.

domingo, 17 de julho de 2011

RRRESUMO DA SEMANA - 05

sexta-feira, 15 de julho de 2011

VERGONHA ALHEIA

Agorinha na hora do almoço, mais uma (bleargh) entrevista coletiva da seleção brasileira que está disputando a Copa América. (Vocês sabiam que está rolando essa empolgante pugna?)

Hoje o escalado para ouvir as mesmas perguntas idiotas e responder com as mesmas bobagens de sempre foi o Maicon, lateral direito.

O primeiro a perguntar foi um tal de Wellington Campos da rádio Itatiaia daqui de BH (ô tristeza...). Só que, antes da pergunta, o cidadão se desmanchou em elogios e agradecimentos à CBF, à empresa sei lá qual que organiza as entrevistas e por aí foi. O Maicon, com uma cara de “quê queu tô fazendo nesse disco”, agradeceu o agradecimento.

E aí, virou zona. O twitter explodiu de neguinho caindo de pau no
baba-ovo, os carinhas da ESPN deitaram e rolaram lendo os comentários dos espectadores, tudo bem. Foi uma vergonha mesmo.

Mas o que eles - da ESPN - não leram, claro, foi esse comentário perfeito de um cara que assinou Luiz de Recife: “E quando vocês babam o ovo do bêbado ignorante do Trajano tá tudo beleza né?”

quinta-feira, 14 de julho de 2011

ONTEM FOI DIA DE ROCK?

Nas sábias e inspiradoras palavras do grande filósofo dinamarquês Soren Lemche, “O Rock ter ‘dia’ é o início do fim. Rock é todos os dias, sem pop, sem samba, sem funk, sem axé, sem chillout, sem dezenas de outros gêneros. Rock não é só musica; é atitude, é contra-cultura, contestação e questionamento social.”

Então... Segue o rock!



quarta-feira, 13 de julho de 2011

SAUDADE É DOR PUNGENTE

Chegando a São Paulo em meio a uma longa viagem de trabalho, aquele executivo entrou numa sofisticada casa de prazeres, deu R$ 5.000,00 para a gerente e pediu:
- Eu quero a mulher mais reclamona da casa e um frango assado bem gorduroso!

A gerente, surpresa, respondeu:
- Cavalheiro, por essa quantia, você pode ter uma loura linda e um prato finíssimo!

- Minha senhora, eu não estou com tesão. Estou com saudades de casa.

(Valeu, Karina.)

terça-feira, 12 de julho de 2011

INVERNO


Não sou grande fã de inverno. Mas, é inegável que a estação produz imagens impressionantes. Já há uns dez dias que espetáculos como esse aí da foto vêm sendo regularmente apresentados a partir das cinco e pouco da tarde.

Minha mãe, defensora ferrenha da praia do Leme, sempre diz que tem, “no quintal”, um show diário cujo muita gente paga muito dinheiro pra ver.

Não acredito que muita gente pague muito dinheiro pra ver o show que temos por aqui. Mas, já que temos (e como temos!), não custa uma babânciazinha no fim do dia. No mínimo, deixa a cerveja mais gostosa.

domingo, 10 de julho de 2011

RRRESUMO DA SEMANA - 04

sábado, 9 de julho de 2011

TURN, TURN, TURN

The Byrds foi formado em 1964 com David Crosby, Gene Clark, Michael Clarke, Chris Hillman e Roger McGuinn.

Estouraram com Mr. Tambourine Man (do Bob Dylan) e seguiram em frente. Turn, Turn, Turn é a música título do segundo álbum e foi composta por Pete Seeger que, além dessa felicíssima adaptação do Eclesiastes, também cometeu, entre outras, If I Had a Hammer. Aos 92 anos, ele ainda está por aí tocando banjo, bandolim, guitarra, piano e sabe-se lá o que mais.

(Complicado é reconhecer o David Crosby nesse vídeo de 1965. Mais complicado ainda são os cabelos cotonetes dos caras e as “byrdettes” dançando ao redor. O tempo é cruel. Melhor abstrair e curtir a música.)

quinta-feira, 7 de julho de 2011

NOITE PERFEITA

Flamengo 1 X 0 São Paulo

Vasco 1 X 2 Corinthians

Atlético MG 0 X 3 Ceará

Argentina 0 X 0 Colômbia


É mole ou quer mais?
A cidade está cada dia mais tranquila.
A nação também.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

DESLIGA A CHAVINHA, PÔ!

Tudo é fácil nesse mundo.
Só que: o que é fácil pra José é difícil pra João e assim sucessivamente.

Tem gente que joga futebol fácil do mesmo jeito que tem gente que acha moleza dividir o átomo, operar um fígado ou chegar na hora marcada.
E não precisa ir tão longe.
Pegue, atento leitor, algumas de suas muitas realizações (que pra você são banais) e comente com algum amigo. Certamente ele vai se impressionar. E vice-versa.

Exemplo prático: tenho um tio que antes de ser meu tio é meu amigo. Volta e meia ele comenta que fica impressionado de ver como eu consigo escrever tanta abobrinha nesse blog. Ora, pra mim é moleza, é diversão. Em contrapartida, se eu jogar dez partidas de sinuca contra ele vou perder as dez. E feio. Pra ele é moleza, é diversão...
E por aí vai.

Então, volto à fantástica conclusão do início.
E, mais importante, à solução de tudo: basta desligar a chavinha!

Minha teoria é que todos temos u’a mardita chavinha inibidora escondida em algum lugar do cérebro cuja, uma vez desligada, libera nossas potencialidades e permite que realizemos tudo o que achamos difícil.

Porque, de novo, tudo é fácil. Taí o resto da humanidade que não me deixa mentir. Os argumentos recorrentes no estilo “Ah, isso é muito pra mim”, “Não levo jeito pra isso não” e outros no gênero não se aplicam após o desligamento da dita cuja.

Agora, difícil mesmo é achar a tal da chavinha...

Obs.:
Considerando o teor do assunto em pauta, caso alguma alma pretensamente caridosa resolva me mandar powerpoints de auto-ajuda, devo informar que devolverei as sete pragas do Egito
para o(a) desavisado(a).

terça-feira, 5 de julho de 2011

RECEITA DE MAU HUMOR

O amável leitor está se sentindo bem, tranquilo, irritantemente feliz?
Precisando de uma chateaçãozinha pra equilibrar a vida?

"Seus pobrema se acabaram-se!"

Vá ao supermercado mais próximo, procure na gôndola “promoção de papel higiênico” e compre o mais barato.

Acorde no dia seguinte, sente-se no troninho e, para seu deleite irritatório, descubra que o papel não tem picote. Quando você rasga a parte que te cabe ela se esgarça toda e cumpre sua função primária que é te deixar puto da vida logo cedo.
Importante: a função secundária não se altera. (Aí também já seria sacanagem demais...)

domingo, 3 de julho de 2011

sexta-feira, 1 de julho de 2011

UM FILME PARA INSPIRAR LÍDERES

Nosso prezado Fernando Coelho saiu da toca. Bom pra nós!

Fernando Coelho

 “Invictus” é o título atribuído a um poema de William Ernest Henley, do século 19. É também o nome do filme produzido e dirigido por Clint Eastwood, baseado no livro do jornalista John Carlin “Playing the enemy: Nelson Mandela and the game that changed a nation”.

A narrativa cobre o fascinante episódio histórico da copa mundial de Rugby de 1995, ocorrida na África do Sul. Era uma época sensível, na qual uma nação com quase 4 gerações de racismo institucional - Apartheid - estava construindo uma difícil reconciliação, com a sorte histórica de ter, entre os seus, um líder do calibre moral de Nelson Mandela. John Carlin, que privou da amizade com Mandela, teve a competência de escrever um tomo bem equilibrado, ao mesmo tempo permeado de paixão. Usou com habilidade o fato de Mandela ter se inspirado no poema de Henley para manter sua cabeça e, principalmente, sua alma, intactas, no meio dos 27 anos de inenarrável suplício nas mãos daqueles insanos perversos, preso em Robben Island, quebrando pedras. Aquela cabeça e aquela alma, intactas, foram de imensa importância na salvação da nação.

O filme, fiel ao livro, elegantemente paraleliza a dupla ação parceira de liderança entre Mandela, chefe de estado, e François Pienaar, o capitão da seleção nacional de rugby. A vitória pretendida pelo tímido time sul-africano, contra um adversário ligas acima em experiência e talento, haveria de ser uma proeza. O time adversário contava com Jonah Lomu, reputadamente o “Pelé” do rugby. O poema “Invictus” trata da mobilização dos recursos da cabeça e da alma para obter superação frente a adversidades soberanas (o poeta Henley teve suas pernas amputadas muito cedo na vida).

Com habilidade, o filme se desenrola construindo diálogo por diálogo, cena por cena, exemplo por exemplo, um edifício de lideranças. Como se fosse um jogo de poker do bem, cada “player” nesse drama trazia para a mesa um cachê cada vez maior de confiança. Nessa metáfora, a sensação é mais ou menos assim: “Vou confiar em você mais 10 unidades, você paga ou passa?”. Daí o parceiro de mesa, com tensa ponderação, olha em volta de si, olha para trás aos que estão olhando para ele, volta-se para frente e confiante afirma “Pago seus dez e aumento dez.” E assim cada grande e pequeno participante desse momento histórico se inspira em seus líderes, porque estes se apresentam como pares e se motivam a montar um encadeamento novo de percepções e atitudes, positivamente reconstruindo os laços da nação.
Bela história.
Grande filme.

Aproveito para inspirar a todos com o poema de Henley:

Out of the night that covers me,
Black as the pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.

In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.

Beyond this place of wrath and tears
Looms but the Horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds and shall find me unafraid.

It matters not how strait the gate,
How charged with punishments the scroll,
I am the master of my fate:
I am the captain of my soul.