terça-feira, 17 de junho de 2014

PORTUNHOL

 
A América do Sul tem uma população próxima de 400 milhões de habitantes – 200 milhões no Brasil e outros 200 milhões distribuídos pelos outros 12 países.

Quando contemplamos as características históricas dos países que formam a América do Sul, uma conclusão me parece óbvia: o Brasil é um enorme apêndice desta América. Todos os outros países falam a mesma língua com sutis diferenças, todos têm origens incas, etc.

Só aqui se fala português. E aí, entra uma interessante situação: como o Brasil é visto pelos outros países sul-americanos como um “tigre imperialista” simpático, o portunhol é aceito e praticado tanto lá quanto cá quando acontecem eventos como esse que estamos vivendo agora.

Segundo Kiko Nogueira em ótimo artigo no www.diariodocentrodomundo.com.br,

“O portunhol já foi visto de uma maneira tremendamente negativa no Brasil. Um jeito ignorante e truqueiro de se virar em espanhol.
O símbolo disso era a imagem de Collor berrando na televisão, apoplético: “Duela a quien duela!”.

Depois, o técnico Wanderley Luxemburgo, em sua rápida e fracassada passagem pelo Real Madrid, encarregou-se de jogar a pá de cal.

Mas o fato é o seguinte: o portunhol existe; não tem nada a ver com o Collor e o Luxa; é, sim, uma língua; e você pode orgulhar-se de se virar com ela.

De acordo com números oficiais, há 150 mil argentinos no Rio de Janeiro, fazendo as coisas que os argentinos fazem. Uma delas é não falar português. O portunhol nunca foi tão acionado.”

Então, como diz o Mílton Leite, “Siga La pelota!”

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