sexta-feira, 30 de outubro de 2009

CONCEITO EM PROPAGANDA

Leonardo Lage
Alguém viu o tal de "conceito" por aí?
Por onde andam as Brahmas nº 1? As Brastemps da vida? Os nossos japoneses mais criativos? E as mil e uma utilidades?

Aos 46 anos me considero um sujeito jovem, mas vivo com um sentimento de saudosismo em relação ao que vejo atualmente na propaganda. Observo anúncios e comerciais com imagens lindas, direções de arte espetaculares, recursos de Photoshop, filtros os mais diversos e sem falar dos tratamentos de imagens dignos das grandes estrelas de Hollywood. Me encanto pela beleza das peças, mas não encontro contéudo, não vejo um conceito que norteie a linha de comunicação. Penso com meu botões: "Que lindo anúncio, mas porque esse produto ou serviço é melhor ou me atenderia melhor do que um outro?" Falta um conceito que posicione a marca, falta um conceito que agregue a essa marca uma percepção diferenciada, confiabilidade e desejo.

Se a propaganda é a alma do negócio, o conceito é a alma da propaganda. A partir dele as agências podem estabelecer uma linha de comunicação consistente, contínua e com conteúdo. Se os anúncios e comerciais terão uma linha criativa de humor, emocional, com mulher de bunda de fora ou lindas criancinhas é uma questão de qual dessas linhas se encaixa melhor e claro, da oportunidade a frente.

Minha sensação é de que tudo é muito solto, bambo. Cria-se para o hoje, para o agora. São peças de beleza plástica, com títulos e textos engraçadinhos ou polêmicos, mas sem o menor compromisso de se buscar um objetivo de comunicação a médio e longo prazo. Sem um conceito que irá construir uma marca forte, desejada e com credibilidade.
Não é à toa que se tirarmos a assinatura do anunciante ao final do seu comercial, este mesmo comercial poderá ser veiculado por qualquer um dos seus concorrentes.
Será que ando cego? Será a idade? Ou apenas saudosismo? Se alguém vir o tal de conceito por aí, avise ao mercado publicitário: estamos precisando muito dele.

Baba-Lenda às Sextas


Antigamente, ao fazer mirabolantes planejamentos de campanha publicitária, brincávamos dizendo que “o papel aceita tudo”. Hoje, via internet, parece que a mente das pessoas é que anda aceitando tudo...

IGREJA DE SATANÁS INICIA DIVULGAÇÃO

Leia e REPASSE AO MAIOR NÚMERO DE CRISTÃOS QUE VOCÊ CONHECE!!!

O Dono da Companhia Procter & Gamble apareceu no programa de Phil Donahue, de grande tele-audiência nos Estados Unidos. Nesse programa anunciou que, dado à abertura de hoje em nossa sociedade, havia decidido sair do esconderijo e reconhecer publicamente a sua associação com a igreja de satanás. Ele admitiu que uma grande parte dos lucros da venda dos produtos de sua empresa se destina à ajuda e manutenção de sua igreja satânica. Quando o entrevistador, Phil Donahue, lhe perguntou se não temia que ao admitir na TV nacional a sua associação com satanás, poderia prejudicar os lucros da empresa, ele respondeu: 'NÃO HÁ CRISTÃOS SUFICIENTES NOS ESTADOS UNIDOS OU NO MUNDO QUE POSSAM ME PREJUDICAR MUITO MENOS CAUSAR UM MÍNIMO DANO'.
Demonstremos a esse altivo senhor e ao mundo, que há, sim, cristãos suficientes e que podemos colaborar para acabar com sua companhia que serve a satanás.
Não usemos nenhum produto da Procter & Gamble e avisemos a todos os cristão.
Eis a lista de alguns produtos:
Sabão em pó 'Ariel'
Batatas fritas 'Pringles'
Fraldas descartáveis 'Pampers'
Produtos para lavagem de roupa a seco 'Dryel P & G'
Produtos para cabelo: 'Shampoo Pantene', 'Pertplus'
Medicamentos 'VICK'

Se não tiver certeza se o produto que está usando é desta companhia, procure o nome da companhia ou o símbolo que passou a identificá-la a partir de abril de 1999, que é o número 666, conhecido como o número da besta; antes era uma lua nova.
Demonstremos ao dono da Procter & Gamble que há cristãos mais do que presentes para causar prejuízo a sua empresa; até mais, para fechá-la.
Lembre-se que cada vez que você adquirir um desses produtos, está dando contribuição à igreja de satanás.

Faça cópias deste, e distribua para todos, em todo mundo, para Honra e Glória daquele que está acima de todos os nomes: 'JESUS CRISTO'.
Deus o abençoe e lhe proteja!
Divulguem o máximo que puder!

A mensagem denunciando suposta vinculação entre a empresa Procter & Gamble e uma igreja satânica não resiste a uma análise, mesmo superficial, do seu conteúdo. Apesar disso, essa história resiste há mais de vinte anos, muito antes de surgir a Internet como o meio ideal para a sua propagação.Trata-se de um caso concreto em que uma lenda, uma mentira criada por espírito desajustado trouxe prejuízos para uma empresa.

Deixando à parte a questão religiosa ou de crenças, verificam-se alguns aspectos que logo asseguram a lata de lixo como o lugar ideal para essa mensagem.
Primeiramente, ao mencionar O Dono da Companhia se atribui a propriedade da empresa a uma única pessoa. A Procter & Gamble é uma empresa de capital aberto com ações na NYSE - New York Stock Exchange sob o código PG. Portanto, ela não tem um dono: não pertence a uma única pessoa, mas a milhares de acionistas.
De acordo com Ship-offools.com, nenhum acionista individual detém mais de 0,5 % das ações da P&G, de modo que é impossível uma só pessoa influenciar a destinação dos lucros ou investimentos da empresa. Na página intitulada Ownership vê-se como se distribuem as ações da empresa.

Em nenhum momento o texto cita o nome do "dono" ou do presidente da empresa, mas cita o nome do suposto ou suposta entrevistadora. Em segundo lugar, a Procter & Gamble é uma empresa de grande porte - uma das 20 maiores corporações dos EUA (Fortune, 2009) - e o seu principal executivo não chegou ao topo nem por acaso nem por ser pouco inteligente. Não dá pra acreditar que o presidente de uma grande corporação vá a programa de TV falar uma asneira dessas: que ele, ou a empresa que ele dirige, tem pacto com o satanás.

Uma das versões que circulam nos EUA diz que a suposta entrevista teria sido realizada com o President of Procter & gamble (sic). Aqui no Brasil, o tradutor/adaptador entendeu que o presidente é o dono da empresa e isso não é verdade. Ele é 'apenas' o empregado de maior graduação no organograma da empresa e presta contas aos acionistas.
A imprecisão ao mencionar que a grande parte nos lucros seria destinada à tal igreja indica desinformação do denunciante. Se ele sabe das coisas, por que não informar valores ou percentuais precisos? "Grande parte" significa quanto? Mais de cinquenta por cento dos lucros? Nenhum dos milhares de acionistas jamais desconfiou de tamanho desvio? Ou todos concordariam com ele?
Essa história surgiu nos EUA, mas em que canal de TV ou cidade teria sido feita tão devastadora declaração? Em que data? Nenhuma informação consistente. Nenhuma informação confiável sobre a cidade ou canal de TV. Será que a imprensa, sempre ávida por declarações surpreendentes, não deu nenhuma importância a uma notícia de tamanho significado?
Phil Donahue, o apresentador de TV que teria entrevistado o "dono" da P&G, já declarou, diversas vezes, que jamais entrevistou nenhum executivo dessa empresa.
A versão que circulou em 1999 nos EUA diz que o presidente da Procter & Gamble teria se apresentado não no programa de Phil Donahue, mas no Sally Jesse Raphael show que foi ao ar no dia 01 de março de 1998, um domingo. Ocorre que esse programa é transmitido de segunda a sexta-feira. A produção do programa, obviamente, nega a entrevista.
Mais uma mentira.

Mais uma versão: a entrevista teria sido realizada no programa de Merv Griffin no dia 16 de janeiro (sem indicação de ano). Outra data: 01 de março de 1994 no programa de Phil Donahue. Outras versões mencionam o programa 60 Minutes e o programa de Oprah Winfrey.
Todos eles negaram a realização da entrevista e ninguém viu a entrevista.
O fato é que nenhum presidente da Procter & Gamble jamais esteve em nenhum programa de TV para falar sobre esse assunto. Se fosse verdade, pelo menos um video teipe, do tipo VHS (gravado em casa) ou do tipo profissional, gravado na emissora, existiria mostrando a entrevista. Por que não apareceu nenhuma fita? Porque ela não existe. A entrevista não se realizou.
A página Trademarks & Facts contém declarações negando que tenha havido entrevistas nos programas Sally Show, Jenny Jones e Phil Donahue.
Até agora, apresentaram-se, de um lado, alegações e mentiras. Do outro, fatos irrefutáveis e não passíveis de negação: não houve entrevista de funcionário da Procter Gamble na TV. Não há registros de supostas entrevistas sobre o tema.

E como essa lenda começou?
Tudo começou com uma "interpretação" do logotipo da empresa, criado em 1851. A idéia original era apresentar um rosto e treze estrelas representando as treze colônias que formaram os EUA. Essa marca, posta nos caixotes de vela e sabão, facilitava a identificação dos seus produtos. (V. evolução do logotipo em PROCTER & GAMBLE: STOP THE LIES!)
Em 1970, um espírito 'ilustrado' achou de interpretar o logotipo se baseando num joguinho de crianças: unir pontos para formar uma figura. A união das estrelas daria o número 666, o número da besta, do demônio, de satã.
Quem quiser se dar ao trabalho de unir as estrelas pode até conseguir desenhar alguns números como o oito e dois zeros: 800. O que isto significa? Palpite de uma centena pro jogo do bicho? Pode ser.

Iniciada na década de 70, a lenda tomou novos rumos na década de 90. Em 1995, advogados da Procter & Gamble entraram com ação contra a empresa Amway (aquela do 'marketing multinível') pedindo 595 milhões de dólares de indenização.
A Amway é uma das concorrentes da P&G e foi acusada de realizar "... competição antiética ao fomentar a divulgação, em alguns círculos religiosos, de que a marca da Procter & Gamble contém símbolos satânicos tais como o número 666 e os chifres do demônio." (V. P&G alleges Amway spread Satan rumors .)
Para comprovar a participação da Amway na campanha difamatória foi apresentada uma fita em que vendedores da Amway mencionavam a suposta vinculação.
Em 1991, dois distribuidores da Amway do estado de Kansas foram condenados a pagar 75 mil dólares por haver divulgado que a Procter & Gamble havia firmado pacto com o demônio.

A família DeVos, proprietária da Amway/Alticor, é mantenedora da Richard and Helen DeVos Foundation, entidade sempre associada à divulgação do ideário cristão-fundamentalista e conservador. O artigo The Big Four começa dizendo que a Fundação DeVos é grande defensora das causas religiosas fundamentalistas de direita. E continua: em 1994, a fundação destinou 8 milhões de dólares para igrejas conservadoras, causas políticas conservadoras, grupos anti-aborto e grupos que consideram a Bíblia como uma referência para o governo.
Mas isso é briga de branco, até porque a P&C também faz generosas doações para o Partido Republicano.

A Procter & Gamble foi criada em 1837 por William Procter e James Gamble e dedicava-se, inicialmente, à fabricação de sabão e de velas. Hoje, ela é uma multinacional com mais de 100 mil empregados e faturamento anual da ordem de 50 bilhões de dólares.
Conclusões:
* Não havendo comprovação da entrevista nem das declarações a recomendação cristã é não passar adiante esse tipo de mensagem, pois ela contraria o Oitavo Mandamento: "Não levantarás falso testemunho", "Não Mentirás";
* A recomendação do bom senso: não dar crédito a esse tipo de mensagem que pede para passar adiante uma bobagem sem pé nem cabeça;
* Quem divulga ou passa adiante uma história estapafúrdia como essa corre o sério risco de perder a credibilidade. A mensagem não possui fundamento factual, não possui fundamento lógico e, do ponto de vista religioso, é uma atitude condenável.

Ao pesquisar no Google o termo "satan church" o resultado é frustrante. Existe o domínio churchofsatan.com (atenção para o .COM de empresa comercial). Na lojinha do site, pode-se comprar camisetas, livros vídeos e outros produtos da grife.
O domínio churchofsatan.org remete para fcos.us onde também se encontra uma lojinha da grife. Quem visitar essas páginas vai se surpreender com a baixa qualidade de apresentação e os mais irônicos logo vão perguntar: o que essa gente andou fazendo com a dinheirama enviada pela P&G?

Fonte: http://www.quatrocantos.com/LENDAS/

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

MAS AINDA NÃO ACABOU, NÃO...


Fla X Barueri

1º. Tempo:
Que falta faz o Pet!
A única jogada é Ronaldo Angelin dar chutão pra frente.
Maldonado, ótimo na defesa e zero na armação.
Ô agonia...
Gol do Barueri. A tragédia é total.
Bruno, entrevistado no intervalo, falando bobagem como sempre.

2º. Tempo:
Quanto o Flamengo tem do Juan? Qualquer que seja o percentual acho que vale a venda.
Dênis Marques, Erik Flores... Saudade de Dida, Liminha...
Detesto admitir, mas o Bruno evitou a goleada.

DISQUE BORNAY


Essa, achei nos alfarrábios.
Acho que a revista (M...) nem existe mais.
Mas é ótima:

Clóvis Bornay foi um dos nomes mais famosos do carnaval. Museólogo e carnavalesco, Clóvis era considerado um verdadeiro gênio na arte de criar fantasias, a ponto de ser declarado hors-concours nos desfiles de que participava, já que quase sempre vencia o concurso quando subia na passarela com seus trajes exuberantes. Ele morreu em 2005, aos 89 anos, e causou comoção. Seu rosto e sua voz eram conhecidos por milhares de pessoas, mas poucos o conheceram melhor que Ed, em quem Clóvis nunca pôs os olhos. Foi apenas por telefone que os dois conversaram durante 16 anos. Os bate-papos, que rolavam a qualquer hora do dia, mesmo de madrugada, começavam com Clóvis sempre sendo amável, mas terminavam aos palavrões, com Ed sendo xingado. Por quê? Ah, sim. Faltou dizer que essas ligações eram trotes. Sim, Ed passou 16 anos mandando trotes para Clóvis Bornay.

Ed é um redator publicitário que atende também pelo nome de Edberto Dutra. É pelo apelido que ele é mais conhecido e comentado. É, comentado mesmo. Existe até uma comunidade no Orkut com o nome "Eu conheço o Ed", na qual as pessoas debatem sobre as maluquices do sujeito. Ed diz que às vezes há um exagero sobre seus feitos. "É verdade que você rola pelo chão dos bancos, para acompanhar a fila até o caixa?", pergunta a reportagem da M... "Que nada!", diz o publicitário, dando uma efêmera sensação de que ele é normal. "As pessoas inventam muito", continua, reforçando a impressão de que ninguém realmente seria capaz de uma coisa dessas.
"O que acontece é que uma vez eu achei a fila do banco muito comprida e sentei no chão. Quando a fila andou, eu estava cansado e resolvi rolar no chão para ir adiante. Mas não é algo que faço sempre", explica Ed, provando que os boatos são verdadeiros, embora ele não se toque disso.

Para falar sobre seu longo histórico de trotes passados a Clóvis Bornay, Ed recebeu a reportagem da M... "Foi em 1980, quando eu tinha uns 16 anos. Eu e uns amigos vimos uma reportagem no jornal O Dia sobre um assassinato em um edifício na Rua Prado Júnior, em Copacabana. Lá tinha uma declaração do Clóvis Bornay, que era o síndico do prédio. Aí pegamos um catálogo telefônico, procuramos pelo endereço e achamos o telefone dele. Naquele dia ligamos pra ele nos fazendo passar pelo assassino, dizendo para ele tomar cuidado, pois estava dando com a língua nos dentes", relembra Ed, com um brilho nostálgico no olhar. "Aquela foi a primeira fase dos trotes, até 1987. Entre 1984 e 1985, eu ligava semanalmente com meus amigos. Íamos para um orelhão e ficávamos nos revezando nas ligações. Telefonávamos às quartas, à noite. A gente sempre ligava antes de ir para a boate e brincávamos com a voz dele e a língua presa", conta. "Uma vez liguei dizendo que era do Peru Molhado, conhecido jornal de Búzios. Diante do Peru Molhado ele não podia ficar de boca fechada", brinca Ed. Quando uma piadinha dessas no fim da conversa revelava que se tratava de um trote, Clóvis passava a vociferar e até partia para ofensas. Soltava coisas do naipe de "Vai roçar a bunda nas ostras do Leme!", uma sugestão que Ed jamais esquecerá (e provavelmente nunca experimentará, diante da bizarrice da situação).

A essa altura, o leitor deve estar se perguntando "Mas Clóvis Bornay não percebia logo de cara que era trote, diante da assiduidade das ligações?". Ed responde: "Tenho certeza que ele já sabia que era a gente. Mas sempre dava trela. Era um peroba clássico. Nós ligávamos direto, acho que ele gostava, pois era um cara solitário. Mas ele era uma figura meiga, bacana", lembra, deixando escapar uma palavra de carinho. Isso porque a intenção de Ed nunca foi ficar amiguinho de Clóvis. O publicitário é conhecido pelas agitações que cria. Mas sempre fora do trabalho, como narram os colegas que já trabalharam com ele em agências. "Não queria confusão, não me convidasse", é uma das frases de Ed lembradas por um dos colegas convidados a dar depoimentos sobre o sujeito. Vamos evitar que se identifiquem, pois talvez Ed não goste de ver algo aqui revelado. Um desses amigos faz questão de contar um dia específico: "Eu estava ao lado dele, esperando para atravessar a rua Voluntários da Pátria, em Botafogo. Havia uma pequena multidão de pedestres de cada lado. Assim que abriu o sinal, ele saiu correndo e berrando: 'Atacaaaaar!'. Depois, pelo caminho, foi recolhendo todos os panfletos distribuídos na rua.
Aí parou numa esquina e começou a distribuir os papéis. Mas quando um incauto se interessava em pegar, ele puxava o panfleto de volta. E no elevador do shopping lotado, em alto e bom som, começou a falar, do nada: 'Eu poderia estar roubando, eu poderia estar roubando, mas não. Estou aqui fazendo porra nenhuma!'”, relembra.

Ed não é de perder a piada, como conta outro colega. "Uma mulher apresentou a ele uma amiga. Ela falou 'Lembra dela, Ed? Do Hipódromo?', disse, referindo-se ao popular bar do Baixo Gávea.

Ele respondeu apenas 'De que páreo?'".
Outro caso que mostra a rapidez e a cara de pau de Ed é narrado por mais um amigo. "Ele e um colega estavam andando na rua, voltando do almoço na Praia de Botafogo. Parou um carro ao lado deles e o motorista perguntou: 'Amigão, Santos Dumont?', querendo saber onde era o aeroporto. Resposta do Ed, contrito: 'Morreu!'".

Diante de descrições como essa, dá para entender a bronca com que Ed ficou de alguns colegas quando veio a sua segunda fase de trotes. A primeira acabou quando seus amigos foram se mudando para outros lugares e deixaram de ser seus vizinhos. A nova etapa começou em 1993, quando Ed já era adulto, um profissional respeitado. Um dia, na agência em que trabalhava, ele contou para os colegas sobre esse antigo hobby. "Eles não acreditaram e na mesma hora falei o telefone do Clóvis. Eu já estava há dez anos sem ligar, mas lembrava do número, que não esqueço até hoje: 275-9962. Aí liguei e todos gostaram. Acabou que o pessoal lá adotou a prática, que se espalhou para outras agências depois", conta Ed. Mas a falta de maldade de alguns dos novos praticantes irritou Ed. "O pessoal da agência onde eu trabalhava acabou ficando amiguinho. As meninas ligavam pedindo conselho sobre fantasia de carnaval. Aí perdeu a razão. Minha intenção sempre foi a de fingir amizade para depois descabelar o velho", critica Ed. Seus colegas foram além nessa história de ficar bem com Clóvis Bornay. "Quando ele foi internado no hospital, o pessoal queria ir lá visitá-lo. Eu não quis. Depois de quase 20 anos zoando o cara, eu me sentiria mal. Talvez ele até tivesse fairplay. Às vezes me falavam que essa minha história com o Clóvis era digna de ir parar no programa do Jô Soares. Mas eu acho que se eu fosse lá contar os trotes, iam acabar armando de botar o Clóvis saindo dos bastidores para confraternizar comigo. Não queria isso", diz. Mas Ed uma vez deu uma leve confraternizada com o museólogo. "Uma vez liguei pra ele e me identifiquei, dizendo que eu sempre ligava com uns amigos. Relembrei uns trotes. Ele confirmou que sabia que era a gente que sempre telefonava", revela.

Ao fim da entrevista, dá para perceber que Ed tem saudades de Clóvis. "Quando ele morreu, recebi uns dez telefonemas. Quando minha avó morreu, se me ligaram duas vezes foi muito.", contabiliza Ed. Quando a reportagem já está de saída, a caminho do elevador, surge a pergunta. "Ed, você já pensou que agora que está em outro mundo, o Clóvis Bornay pode aparecer para lhe passar também uns trotes?". Ed fica parado por uns segundos, com o olhar sério. "Poxa, não foi bom você falar isso. Nunca havia pensado nessa possibilidade. Agora fiquei preocupado", responde.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

PAPO CLASSE MÉDIA


CALO DE PISTACHE

- Taí! Quero ter calo de pistache. É chique: o calo na ponta do dedão atesta que eu como pistache pra caramba!

- Bobo! Calo de pistache é coisa de pobre. Rico tem quem abra o pistache ou já compra aberto, sei lá...

- Procede.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

E CHEGANDO...

Após clássico, Fla chega a dez jogos invicto, marca histórica no Brasileiro.

sábado, 24 de outubro de 2009

NÃO DESCE PRO PLAY

Olhando pela janela, incontáveis prédios. Desses, uns seis ou sete agulham o céu. Longe de experimentar qualquer angústia cínica ou politicamente correta, saúdo-os como parte dinâmica da minha paisagem.

Wait a minute, Mr. Postman: os prédios agora são “parte dinâmica da paisagem”? Respeita a nossa paciência...

É isso mesmo. Parte dinâmica, sim. Na minha paisagem sou brindado com uma fachada coberta por um monstruoso, colorido, mentiroso e pontual front-light que se acende religiosamente às dezoito horas, mais uns dois prédios comerciais e outros residenciais. Também tem um que me mostra os fundilhos. Visão que incita a comparação com as chatas das montanhas: são sempre a mesma coisa e, tais como os fundos dos prédios, só se alteram em caso de queimada. Sua única contribuição é variar a cor de acordo com a posição do sol. Os prédios, não. No horário comercial os comerciais alternam pessoas nas janelas ou passando por elas, esbanjando atividade. No horário residencial os residenciais brilham intermitentes, emitem sombras, apagam ou permanecem como eu - teimosamente acesos até amanhecer. Desprendem muito mais vida do que a imaginação das tão emocionantes e ameaçadas fauna e flora, lá nas gastas montanhas, consegue aparentar.

Mas é fazer muita questão de ser do contra!

De jeito nenhum. É simplesmente ser coerente com a minha escolha. Sou um ser urbano. Então, um pouco de amplitude me basta. Os prédios, desde que não me aprisionem, são parte da paisagem e, conseqüentemente, fundamentais para o equilíbrio. Se eu quisesse a pureza visual que vocês pregam, mudaria para uma ilha. (Claro que, em as coisas se ajeitando, mudo para uma cobertura na avenida Atlântica.) Mas, veja bem, mesmo assim o elemento urbano está sempre presente. O marzão, lindo e infinito, está lá. Mas cá, estão os carros assim como as bombas, assaltos, prostituição, gringos gays, não importa. Nós, urbanos, sabemos conviver com essas coisas. Ainda acho isso preferível a enfrentar animais peçonhentos e voadores, sem mencionar a barulheira habitual do tão propalado silêncio dos locais ermos. Já reparou que, toda vez que você tem o infortúnio de ser pilhado num local ermo, sempre tem uma alegrinha que vem com a mesma churumela? “Geeente, uma delícia esse silêncio, né?” E, durante vários segundos, ignorando olimpicamente a algazarra produzida pelos mais variados e traiçoeiros insetos, répteis e afins, todos ostentam expressões abobalhadas, olhando pra cima e emitindo, após os suspiros de praxe, considerações profundas como: “Pô, é mesmo...!”

Exagero. Vai dizer que você não se sente bem numa fazenda, ar puro, noite estrelada, cachaça de qualidade, amigos em torno, boa conversa, mulher amada aninhada, aquela sensação gostosa de aconchego, de calor humano, hein, hein?

Uma vez por ano, no máximo! Além do mais, esse seu paraisinho aí só existe na imaginação. A chance de tudo o que você falou se integrar com tanta harmonia é a mesma das suas aventuras sexuais: podem até acontecer, mas tenho certeza que não são assim tão freqüentes nem tão completamente satisfatórias quanto você tenta me fazer acreditar.
E, também, o argumento não procede. Estamos tratando da vida urbana. Acho o auge da incoerência o cidadão morar na cidade e ficar pichando tudo o que, a duras penas, ela procura oferecer. Assim como é muita bobeira ficar todo o tempo querendo fazer da cidade um primor de correção ecológica.
Ora bolas, não sabe brincar, não desce pro play.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Babaquice às Sextas


Mantendo o IBN* em alta, mais uma empolgante rodada de notícias imbecis desta semana.
Deleitem-se.

Ricky Martin posta foto com um dos filhos no Twitter.

Rico Mansur comemora aniversário no Rio.

George Clooney confessa que já sofreu por amor.

Luigi Cardoso e Lalá Rudge terminam o namoro.

Angelina Jolie pede para Jennifer Aniston deixar sua família em paz, diz revista.

Lázaro Ramos, Alexandre Nero e Nathália Dill se encontram no Leblon.

Antonio Fagundes e a namorada Alexandra Martins em clima de romance no shopping.

Carolina Dieckmann vai ao show de Preta Gil com curativo no rosto.

Eri Jonhson ganha selinho de Monique Evans em festa.

Famosos se encontram em festas após o GP Brasil de Fórmula 1.


*Índice de Babaquice Nacional

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

PREGUIÇA...



... Quando bate, só resta reproduzir alguma coisa boa.

E o André Dahmer é dos melhores - http://www.malvados.com.br/


quarta-feira, 21 de outubro de 2009

TÁ COM TEMPO?


Então escuta porque vale a pena:
Shocking Blue – Venus – 1969
http://www.youtube.com/watch?v=mxJtWlrsv_s

Shocking Blue – Venus – 2006
http://www.youtube.com/watch?v=WTb1LYaFV8I
(Mariska morreu de câncer, aos 59 anos, pouco depois desta apresentação.)

Mariska Veres (1947/2006) foi uma cantora holandesa conhecida pela sua participação como vocalista do grupo Shocking Blue. Tinha uma poderosa voz de contralto, distinta de outras com as quais é mais regularmente comparada, como, por exemplo, Grace Slick do Jefferson Airplane. Adorava gatos, não fumava, não bebia e nunca usou qualquer tipo de drogas. Quando entrou para o Shocking Blue, avisou expressamente aos membros da banda que estava excluída qualquer possibilidade de haver algum relacionamento romântico.

Por essa resumida biografia podemos concluir que ela devia ser uma chata de galocha. Mas é inegável que embalou, como poucas, nossas inesquecíveis "horas dançantes".
Que Deus a tenha em bom lugar.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

i-dAÍ?

Frases i-dAÍ são aquelas geniais que não levam a nada.
Exemplo: “Se você anda um passo à frente, você é um líder. Se você anda cinqüenta passos à frente, é um mártir.”
Genial, né não? Mas... i-dAÍ?
A maioria das “frases corporativas” navega por esses mares.

Outros exemplos:
“As únicas coisas que evoluem sozinhas em uma organização são a desordem, os conflitos e o baixo desempenho.”
“Aprendi que o responsável pela concretização de um objetivo é sempre uma pessoa obcecada por uma missão.”

Gênio puro! Mas...

Particularmente prefiro as frases diretas e conclusivas como: “Quem não tem competência não se estabelece.” Que sempre ouvi da minha avó quando eu aprontava alguma cagada e que, tranquilamente, poderia ter sido dita por Roger Federer a Rafael Nadal, por Nelson Piquet a Carlos Reuteman e muitos mais.

Você, amável leitor, tem outros exemplos de frases i-dAÍ?
(Cartas para a redação - quer dizer, comentários para o blog. Grato.)

domingo, 18 de outubro de 2009

ESTAMOS CHEGANDO...

RESPOSTA DA CHATURINHA CINEMATOGRÁFICA




Anthony Mann e Robert Krasker devem ter chicoteado um ao outro, pois no canto esquerdo da tela aparecem marcas de pneus...

A imagem está ruim, mas as marcas estão lá!
E eu vi, em Super Technirama 70, no Art Palácio Copacabana.


(Te peguei, Rudriguim!)

sábado, 17 de outubro de 2009

À DERIVA

Amigos são garantia de sobrevivência. Física e mental.
Não se afobe, caro leitor. Não está vindo por aí nenhum e-mail com anexo power-point cheio de musiquinhas, paisagens plastificadas e textos com a profundidade de um pires cujos, em 99% das vezes, apresentam propostas e conclusões nauseabundas.
Dica: delete-os a partir de uma rápida olhada no assunto e no anexo. Ou seja, sempre que você for brindado com um e-mail ostentando assuntos duvidosos do tipo “Pitadas de Vida”, “Aos Meus Amigos!”, “Tenha Sempre Um Bom Dia!” ou “Dentro de Você” (mais duvidoso ainda...!) e o anexo trouxer extensão “.pps”, mantenha a espinha ereta. Então, com a altivez dos verdadeiros donos do próprio nariz, delete, sem ler, a manifestação maligna.

Ao agir assim aproveite ao máximo essa deliciosa sensação que, dizem, só pode ser comparada ao bem-estar experimentado pelos ex-fumantes. (Como se isso, ex-fumante, fosse possível...)
Calma, saudáveis! Não é nada disso! Estou alinhado com vocês! Só acho que a afirmação “ex-fumante não é possível” se comprova por estatística - uma vez que todos, absolutamente todos, esses pobres seres são vítimas de salivantes sonhos recorrentes com as delícias provocadas por aquela coisa horrível, asquerosa, cancerosa, etc.
Vocês, saudáveis, são muito legais, éissaí, fumantes são sub-raça, Eca!

Voltando ao tema inicial, amigos são sim, e sem pieguice, garantia de sobrevivência.
Por alguma artimanha cósmica, nunca falham naquelas horas que - nem sempre sabemos, mas - estamos precisando. Havendo clima compatível eles ouvem, ponderam nossas besteiras, aconselham disfarçadamente, riem junto, sacaneiam, opinam e nos reposicionam perante as profundas angústias que, surpresa, estavam a nos afligir.

Claro que o integrado leitor, dada sua intensa vida social, não deve nem notar, em si, essas ocorrências. Mas a mim, ser humano com fortes tendências anti-sociais, ainda é concedida a graça de ser amparado por amigos que surgem nos momentos exatos. Conspiração astral, alinhamento planetário, era de aquário, não vou ocupar o meu - e muito menos o seu - precioso tempo com questões menores. O fato é que, na hora certa, os amigos estão conosco. Para quem acredita na entidade “anjo da guarda”, os amigos devem ser a sua (lá, deles) performance terrena.

Não sei se acontece com você, mas comigo é, no mínimo, engraçado. Todas as vezes que, conscientemente, procuro um amigo pra conversar algum assunto mais “assim como direi”, a sensação final é próxima da perda de tempo. Ou o cidadão não está no clima ou eu não me faço entender direito ou simplesmente o papo não engata. Em compensação, já perdi a conta das vezes em que, numa típica conversa descompromissada num boteco da vida, surgem grandes revelações. Parece brincadeira, mas se eu estiver portando um pinguinho de expectativa sobre qualquer assunto... Não funciona.
Coisa de doido.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Muuita Babaquice às Sextas

Contribuindo para que o nível do IBN (Índice de Babaquice Nacional) se mantenha no topo da montanha, segue uma salada de notícias fundamentais - todas desta última semana!

Paola Oliveira e Joaquim Lopes namoram durante passeio em shopping

Mirella Santos revela segredos de beleza e mostra corpão sarado em capa de revista

Paulinho Vilhena ganha carinho de Thaila Ayala em estréia de peça

Modelo da Ralph Lauren diz que foi demitida por estar gorda

Faustão dá bronca ao vivo em sua produção

George Clooney e Bill Murray dividem bebida durante sessão de fotos

Sidney Sampaio vai ao shopping com a namorada

Gerard Butler come um sanduíche ao lado de uma loira em bistrô em Nova York

Nívea Stelmann vai ao aniversário da filha de Conrado e Andréia Sorvetão

Joana Prado e Victor Belfort levam os filhos à praia

Ana Furtado passeia com a filha na garupa da bicicleta

Daniele Suzuki faz compras com a ajuda do namorado

Carla Bruni confessa que vai a psicanalista há anos

Famosos caem no samba na quadra do Salgueiro

Angélica leva os filhos para escolher brinquedos em loja do shopping

Meditação da Lua Nova - Pratique e inicie um ciclo de renovação em sua vida

E, como dizia Ibrahim, “Agora que vocês estão aí, bem informadinhas, ademã quieu vô infrenti...”

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Deu no Jornal: MAIORIA DOS SENADORES TENTARÁ REELEIÇÃO



Boa oportunidade pra comprovar se a internet tem mesmo o tão apregoado poder de mobilização social. Afinal, já circula há um bom tempo a campanha “Não reeleja ninguém!”.

Aguardemos as urnas, pois.

CHATURINHA CINEMATOGRÁFICA

El Cid, 1961, com Charlton Heston e Sophia Loren, não ganhou nenhum prêmio de destaque. Mas é considerado um dos grandes épicos do cinema americano.
Foi dirigido por Anthony Mann - que se consagrou com westerns e passou para os épicos como Spartacus (onde, após brigar com Kirk Douglas - ator principal e produtor do filme, foi substituído por Stanley Kubrik), El Cid e A Queda do Império Romano.

Em El Cid, Mann escolheu Robert Krasker para a direção de fotografia. Ganhador do Oscar de melhor fotografia por The Third Man em 1950, Krasker era um mestre na composição de imagens e detalhes.
Como nas cenas em que coloca Charlton Heston (El Cid) em close enquanto a multidão de extras ao fundo também permanece em foco fazendo com que a “grandeza” do personagem seja ressaltada. Além do cuidadoso tratamento de cores e sombras que exacerba as cenas de amor entre Charlton Heston e Sophia Loren (ajudando a esconder que, na vida real, os dois se odiavam).

A perguntinha pentelha é a seguinte:
Que fato inusitado acontece na sequência final de El Cid?

Resposta no domingo ou a qualquer momento com o nosso indefectível Rodrigo. (Será...?)

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

NÃO GOSTAR NÃO É DEFEITO

DVD vendido em shopping popular (quer dizer, camelódromo) vem com algumas curiosidades incríveis.
O disco é, descaradamente, comprado em papelaria ou algum outro fornecedor mais adequado.
O adesivo colado na capa é primoroso. Tem garantia de Cinco Dias! (a contar da data anotada no ato da compra) e tem os avisos:
“Não trocamos DVD arranhado ou com marca de dedos”
e o fantástico “Lembre-se: Não gostar não é defeito!”

Ou seja, já imaginou a cena?
- Ó, vim devolvê. Me dá meus quatro e cinqüenta.
- Sinto muito, o DVD está perfeito!
- Mais eu num gostei do “firme”... Vô querê um peindráivi.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

CRIANÇAS, URGH!

Em 1923, a cidade do Rio de Janeiro, então capital do Brasil, sediou o 3º Congresso Sul-Americano da Criança. No ano seguinte, aproveitando a recente realização do evento, o deputado federal Galdino do Valle Filho elaborou o projeto de lei que estabelecia essa nova data comemorativa. No dia 5 de novembro de 1924, o decreto nº 4867, instituiu 12 de outubro como data oficial para comemoração do Dia das Crianças.

Entretanto, a data não se tornou uma unanimidade imediata. Somente em 1955, a data começou a ser celebrada a partir de uma campanha de marketing elaborada por uma indústria de brinquedos chamada Estrela. Primeiramente, Eber Alfred Goldberg, diretor comercial da empresa, lançou a chamada “Semana do Bebê Robusto”. O sucesso da campanha logo atraiu a atenção de outros empresários ligados à indústria de brinquedos.

Com isso, lançaram uma campanha publicitária promovendo a “Semana da Criança” com o objetivo de alavancar as vendas. Os bons resultados fizeram com que esse mesmo grupo de empresários revitalizassem a comemoração do “12 de outubro” criado pelo deputado Galdino. Dessa forma, o Dia das Crianças passou a incorporar o calendário de datas comemorativas do país.

Seguem algumas frases inspiradoras para uma data tão gúti-gúti:

“Jovens, envelheçam!” (Nelson Rodrigues)

“O jovem tem todos os defeitos do adulto e mais um: o da imaturidade.” (Nelson Rodrigues)

“Qualquer menino parece, hoje, um experimentado e perverso anão de 47 anos.” (Nelson Rodrigues)

“Criança é igual peido: mal e mal, você agüenta os seus.”
(Anônimo Genial)

sábado, 10 de outubro de 2009

MAIS CEDO OU MAIS TARDE...

Só se deu conta da gravidade da situação quando, em pleno fim de tarde de uma normal terça-feira, debruçado na micro-varanda de seu apartamento, escutou seu próprio pensamento como se fosse num rádio: “Essas benditas ondas nunca vão quebrar...”
Estava contemplando, sem ver, as montanhas que cercam a cidade: enormes ondas verdes que se erguem mas não completam a ação. Daí, para uma sensação estranhamente nostálgica, foi mais rápido que adolescente na zona. Afinal, havia saído do Rio por opção. Já não agüentava o trânsito e tudo mais que envolve o adorável pesadelo carioca. Os amigos estranharam mas ele não se comoveu. “Não tá dando mais nem pra ir à praia. Então... Têve bom!”.

Mas, passados mais de vinte anos, em qualquer chance, ia à praia; nordestinas, capixabas, etc. E, naquela varanda, naquele momento, estava descobrindo que não era a mesma coisa. Criado no Leme assimilou, e agora revivia, pequenos e importantes detalhes ignorados pelos que de lá não são: mar forte, onda boa? Mais pro final, no Leme. Ondas firmes e mais constantes? Do posto 2 e meio ao 4. Daí em diante, “piscininha”...
Época de ressaca, o limo que aparece na laje de concreto é o escorregador perfeito para cair n’água... De peito!
Pranchinha de madeira: Mediterrânea ou Oceânica? A Mediterrânea é mais rápida. A Oceânica é mais estável. E por aí afora.

Para ver o Cristo, tinha que nadar pra depois da arrebentação. Mais frio na barriga do que na água. Tudo totalmente compensado, na volta, pela emoção, orgulho e a procura imediata de algum garoto mais novo para a inevitável provocação: “E aí? Já viu o Cristo?”.
Hoje, basta andar até a beira e olhar acima dos prédios. Ele continua lá. Só que sem aventura (ou com muito mais, depende do ponto de vista...).

No lugar do tchaca-tchaca-tchaca da matraca do vendedor de biscoitos, além do inconfundível ruído dos pés afundando na areia fina, escuta de uma Kombi velha cheia de caixas de som: “Suuuperrrmerrrcado Castorrrr!!! Rrrroendo os preços para vocêêê!!!”
E as ondas continuam sem quebrar. É... Tá complicado.

Quando a toalha vermelha aparece pendurada na janela é hora do almoço. Quem quer, vai. Depois que a toalha é retirada, babau. Quem foi, foi. Quem não foi nem adianta pedir. Códigos exercitados com a genial simplicidade da era pré-celular quando o chique era ir pra praia portando, no máximo, sandália havaiana, dinheirinho pro mate com limão preso no lado da sunga e olhe lá!

A forte maresia do fim do dia foi substituída pela Dama da Noite. Não dessas que vocês estão pensando e sim do perfume da árvore que leva esse nome. Até porque essas outras damas da noite são as mesmas em qualquer lugar - pensava tentando fugir do assunto. Mas não teve jeito. Estava remoendo antigos cheiros, visões e sensações que as buzinas, apitos ou apelos quaisquer não conseguiam afastar.

Olhando agora com mais atenção, conseguiu identificar o motivo maior de seus atlânticos devaneios: as montanhas. Elas ativam a imaginação, mas cerceiam o alcance. Funcionam como muralha. Enquanto o mar liberta.
Lembrou então das infindáveis horas que passava olhando o mar.
E das mais improváveis viagens mentais que aconteciam nesses momentos. Dava de tudo: desde “Podia pular uma baleia bem aqui na frente!”, passando por “Podia a Sandra Bréa aparecer nuazinha no por do sol...” e chegando a tsunâmica premonição “E se o mar recuasse até o farol e viesse uma onda gigantesca?”. Tudo isso e muito, muito mais, vinha fácil, fácil. Era só sentar na areia e ficar olhando, escutando e entranhando a grandeza inexplicável dessa constante inconstância.

E hoje, aqui, as viagens param logo ali.
Naquelas lindas ondas que nunca vão quebrar.
Resta sair da varanda, pegar uma cerveja bem gelada e prometer: “Na próxima vez que eu for ao Rio vou aproveitar mais!”

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

PRACA


E vem aí...


Natal: Anualmente, Todos os Anos!

Uma Lenda-quice às Sextas

Para cada pessoa que você mandar este e-mail a Microsoft vai pagar U$245,00.
Trata-se, na verdade, de transformação da velha, velhíssima, história dos celulares distribuídos pela Ericsson e pela Nokia.
Essa história surgiu em abril de 2000 e rapidamente se espalhou através de várias listas brasileiras. Muita gente passou a mensagem adiante na (vã) esperança de ganhar um desses aparelhos.
A mensagem falsamente atribuída à Ericsson e assinada por Anna Swelund é uma resposta à Nokia que estaria fazendo promoção semelhante. A lenda sobre os celulares gratuitos da Nokia teria surgido na Holanda e já percorreu todo o mundo.
Neste final de 2009, a história de ganhos fabulosos reenviando mensagens retorna com todo vigor. A maravilhosa notícia teria sido publicada pela revista Época.
Afinal de contas, a Microsoft e AOL vão pagar quanto e a quem? Ao destinatário ou ao remetente da mensagem?
É claro que ninguém vai receber coisa nenhuma, pois tudo não passa de mais uma das muitas pulhas virtuais que percorrem a Internet.
Uma das mensagens chegadas à nossa caixa continha mais de quinhentos endereços de e-mail (um verdadeiro presente de Natal para os spammers de plantão).
(Fonte: http://www.quatrocantos.com/)

Sent: Tuesday, October 06, 2009 1:54 PM
Subject: Urgenteeeeee! Saiu na épocaNão precisa clicar em nada, não é virus, apenas encaminhe. Ora porque não acreditar.
URGENTEEEEEEEEEEEEE!!! SAIU NA REVISTA ÉPOCA REPASSEM E LUCRE.Saiu na revista Época repassem e lucre , não é brincadeira
Muito estranho, mas recebi de várias pessoas confiáveis...
E mais, saiu na revista época!
Caros colegas!
Não estou acreditando, mas como recebi esse e-mail de uma pessoa de extrema confiança, repasso a vcs e vamos ver no que dá.
URGEEEEEENNTEEEEEE!!!!!!!
Microsoft e AOL são agora os maiores empresas de Internet.
E para ter certeza de que a internet Explorer é realmente o programa mais usado a Microsoft e a AOL iniciaram um E-Mail Beta netTest.
Se você enviar esse e-mail a amigos a Microsoft pode e vai por um período de 2 semanas rastrear esse e-mail.
Para cada pessoa que você mandar este e-mail a Microsoft vai pagar U$245,00.

Para cada pessoa a quem você enviar, que enviar este e-mail adiante a Microsoft paga a você $243,00.
E para cada terceira pessoa que receber este e-mail você recebe $241,00 da Microsoft.
Daqui a 2 semanas a Microsoft vai te contactar neste teu endereço e te enviar um cheque.
Eu também pensei que era besteira mas 2 semanas depois de receber esse e- mail, a pessoa que mandou-o para mim foi contactada pelo Microsoft dentro de alguns dias ele recebeu um cheque de R$24.800,00.
Você deve responder antes que o beta Teste termine.
Se alguém pode se dar a este luxo este alguém é o Bill Gates, o homem para estas coisas. Isto tudo é estratégia de Marketing dele.
Eu te desejo muito sucesso.
Apenas mande adiante, Não custa nada, apenas um pouco de tempo em selecionar aqueles que irão receber o repasse deste mail.
bom dia A todos! não custa nada tentar, sou a favor da distribuição de renda, por isso desejo-lhes uma excelente sorte e estudem, essa é nossa riqueza real e inestimável.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

DRIBLE NO GOOGLE

Algum de vocês já conseguiu dar um drible no Google?
Ou seja, já NÃO acharam alguma coisa?

Claro que não vale procurar o tio bisavô do cunhado do zelador. Cujo, se bobear, já está lá.
Sei não.
Acho muito “Aldous Huxley” pro meu gosto. Meedo.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

SINCRONIA

Dois homens estão em pontos opostos do planeta.

O primeiro está andando em uma corda entre dois edifícios.

O segundo está recebendo sexo oral de uma velha de 88 anos.
No mesmo instante os dois homens pensam exatamente a mesma coisa:
Não posso olhar pra baixo!
Não posso olhar pra baixo!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

CRÔNICAS TAILANDESAS - última (!?)


CRÔNICA NÃO TAILANDESA
Paulo Emilio de Medeiros


De minha janela vejo um terreno baldio. No meio de um monte de prédios e do asfalto, ele é superverde, em razão da quantidade de chuvas em Bangkok. É um espetáculo, esse verde tão forte.

Aí começo a viajar. Mas não no espaço: no tempo. Tempo em que a Europa era cheia de florestas. (Lembram-se das histórias de Robin Hood na floresta?) Muito antes de eles começarem a reclamar que cortamos nossas florestas, eles cortaram as deles. Pena.

Mas tudo muda. Não é à toa que um dos ensinamentos fundamentais do budismo é a impermanência das coisas. Cabe à gente não se apegar e se adaptar.

Todos aqueles reis e imperadores que tanto batalharam por poder, na antiguidade e na Idade Média, e suas versões mais modernas, viraram pó. Junto com seus reinos e impérios. Hitler, Napoleão, Alexandre, Júlio César são hoje menos importantes que o varredor de rua ali na esquina. Este, sim, é importante, porque está vivo e tem um destino a cumprir. Os outros? Sumiram.

Muita gente - inclusive eu - gosta de ver as ruínas desses impérios: as pirâmides, Machu Picchu, o Coliseu, a Grande Muralha da China, Angkor Vat. Mas não são mais do que pálidas imagens do que foram em seu tempo, quando faziam parte da vida de tantas pessoas - assim como, hoje, igrejas, teatros e estádios da cidade onde você vive fazem parte da sua vida.

Quando se focaliza o tempo, o tema pode ficar fascinante. Pense, por exemplo, no inconsciente coletivo, de que falava Jung. Será que ele existe mesmo, ou nós nos lembramos de coisas que aconteceram em passados distantes, e temos memórias comuns, porque estávamos lá?

Se reencarnação existe, o que volta a cada vez é... o que? Quem? Será esse o verdadeiro você - e não o pequeno você que normalmente recebe esse rótulo?

Alma, história, religião. Questões fundamentais.

Da minha janela, olho de novo para o terreno baldio. O sol já se pôs, e agora, em vez do intenso verde da vegetação, vejo os letreiros luminosos no alto dos prédios. Daqui a cem anos, quanto disto estará de pé? E será essa impermanência motivo para tristeza, ou haverá uma permanência por trás dela? Ah!...

Encerro aqui esta série de crônicas, com um muito obrigado aos que me acompanharam.

Valeu, Tiago!!

E daqui a 150 anos, ninguém se lembrará
Da tua primeira ruga, de nossas más escolhas [...]
Deste mundo que cresce, deste mundo que grita,
Do tempo que avança, da melancolia [...]
Então sorria. [...]
E daqui a 150 anos, ninguém mais pensará
No que amamos, no que perdemos [...]
Então sorria.

Et dans 150 ans, on s'en souviendra pás
De ta première ride, de nos mauvais choix [...]
De ce monde qui pousse, de ce monde qui crie,
Du temps qui avance, de la mélancolie [...]
Alors souris.
Et dans 150 ans, on n'y pensera même plus
A ce qu'on a aimé, à ce qu'on a perdu [...]
Alors souris.
E daqui a 150 anos (Et dans 150 ans) - Raphaël Haroche

sábado, 3 de outubro de 2009

LUSITANA ADMIRAÇÃO


Tenho enorme prazer na leitura do idioma português - de Portugal.
Acho muito mais envolvente do que o português brasileiro. Só por eles eliminarem o gerúndio cujo graças a traduções mal feitas se tornou pavoroso, já vale essa admiração. (Em tempo: os milhares e milhares de leitores deste blog já presenciaram aqui diversas manifestações lusitanas e podem testemunhar essa constatação.)

Será que eles também sofrem com o telemarketing e/ou secretárias que “vão estar transferindo a ligação”? Acho que não.

Então, olha só que primor de frase:
-“Quem tem tacto dá-se conta de quando molesta.”
Em tradução livre:
-“Quem tem desconfiômetro sabe a hora de sair fora.”
O original é muito mais elegante!

(Essa é outra frase do Miguelito, fantástico personagem do Quino, que, com a lusa-tradução, com certeza ficou melhor do que o original...)

VIA CRUCIS


01:30h > Sua mulher já foi dormir, acabou o filme, você desliga a televisão e esdâ dôdo endubîdo. A coriza é digna de história em quadrinhos, os espirros são comparáveis a gritos primais, mas dûdo bêm. Você tomou todos os remédios e vitaminas e isso é sinal que a coisa já deve estar indo embora.

02:05h > Seu dâriz é um chafariz. Não fosse a providencial toalhinha na guarda da cama, você estaria se afogando. O sono é intermitente mas você sabe que é assim mesmo. A noite será longa.

03:17h > Ventos polares invadem sua casa e, mais precisamente, sua cama. Como ela consegue dormir sem cobertor? Essa mulher deve ter algum problema. Aliás, problema tem você. Tiritando tanto que ela acorda com o sacolejo da cama, você consegue balbuciar:
-“Âcho gui dô gum fêbre!” A santa criatura levanta, providencia um anti-térmico, te cobre, faz carinhos maternais e dorme. Você também, se é que se pode chamar de dormir esse período entrecortado de pesadelos agoniantes e recorrentes.

04:02h > Você sua como um cavalo de corrida, tenta chutar os cobertores mas seu corpo dói tanto que você só consegue se balançar e gemer. A santinha acorda, põe a mão em sua testa e declara com experiência de tetra mãe: - “A febre já passou.”
Ótimo. Parece ter sido uma boa briga essa do seu corpo contra a infecção. Resta saber quem ganhou.

05:46h > Totalmente desperto, olhando para o teto, você confirma toda a inutilidade de sua vida. Nada vale a pena, por que estamos neste planeta, essa luta toda, pra que? Claro que essa doença é um castigo divino pela sua irresponsabilidade! Definitivamente, culpa católica e gripe, foram feitos um para o outro. Num último esforço para levantar a moral, você pensa: -“Bom, pelo menos não estou tossindo.” Funciona como um tiro de partida: borrrúm, borRRÚÚM, BORRRÚÚÚM!!! A santa acorda mais uma vez, pondera sobre as alegrias do matrimônio e te informa que estamos em falta de xarope. Seu dâriz jorra como um emissário submarino e ocorre uma estranha transformação em sua boca: onde havia uma língua, agora você porta uma pedra rugosa originária do mais árido deserto africano. A santa deixou um copo d’água na sua cabeceira, você alcança a umidade e, finalmente, dorme.

08:49h > Você acorda se sentindo menos mal, toma um café e, tentando ser animadinho, pergunta:
- “O que nós vamos fazer hoje?”
- “Nós vamos ficar quietinhos cuidando dessa gripe. Vou fazer uma canja, comprar um xarope e mais vitamina C que acabou.”
- “Mas hoje é sáb...”
- “Esquece...”
- “Simsinhora.”

08:50h > Uma olhada pela janela te fornece uma tênue compensação: está chovendo.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Uma Babaquice às Sextas

Claro que o "pps" vem cheio de imagens nesse estilo aí do lado e trilha sonora com pianinho tocando “Outra Vez” - sucesso de Isolda (manja Isolda?) gravado por Roberto Carlos (provavelmente em 78 rpm).

É LOUCURA...
Odiar todas as rosas porque uma te espetou...
Entregar todos os teus sonhos porque um deles não se realizou...
Perder a fé em todas as orações porque numa não foste atendido...
Desistir de todos os esforços porque um deles fracassou...
Condenar todas as amizades porque uma te traiu...
Descrer de todo amor porque um deles te foi infiel...
Jogar fora todas as chances de ser feliz porque uma tentativa não deu certo....
Espero que na tua caminhada não cometa estas loucuras.
Lembrando que sempre ...
Há uma outra Chance
Uma outra Amizade
Um outro Amor
Uma nova Força
É só ser perseverante e procurar ser mais feliz a cada dia
A glória não consiste em jamais cair, mas sim de erguer-se toda vez que for necessário!
Tenha Um Lindo Dia!

Como dizia o Miguelito para a Suzaninha (Quino/Mafalda):
“E pensar que neste exato momento, em algum lugar do mundo, tantas balas estão sendo disparadas sem acertar ninguém. Que desperdício!”

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

HOJE É DIA DO VENDEDOR


Mas, em tudo que fazemos, nas conversas, nos amores, no trabalho, não somos todos - de uma forma ou de outra - vendedores?

Desde Gilberto Gil: -“Há, porém, uma forma menos perceptível de revolução, que se engendra nos pequenos pontos de inflexão da vida cotidiana, na fenomenologia dos microfatos transformadores de cada dia. Talvez, neste sentido, de uma pequena contribuição permanente ao curso das mudanças, eu ainda possa me ver como um revolucionário em meio a tanta coisa revolucionária suspensa no ar”.

O pedreiro elogiando uma gostosa na rua:
-“Aê, cremosa... Vou te passar no pão e te comer todinha!!!”

E, claro, o Sarney: -“Eu acho que nem se deve estabelecer normas nesse sentido, porque, na realidade, é uma norma que não vai ter nenhuma condição de fiscalização.", afirmou o faraó do Maranhão sobre as possíveis normas de conduta eleitoral na internet.

O Sarney vende imagem de não-importa-o-que desde que sobre algum pra “famiglia”; o pedreiro vende ele mesmo (vai que a cremosa é tarada...) e a coruja de tranças se vende num “contexto dissolvente de uma velha ordem” o que, como sempre, significa nada.

Enfim, paalmas, parabééns, etc e taal para toodos nóós - feirantes nesse mercadinho da vida.