sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

BLOOD, SWEAT & TEARS



(Essa música é uma homenagem a 83 meses de alegrias.)

Blood, Sweat & Tears foi uma banda formada em Nova Iorque em 1967 por Al Kooper, Jim Fielder, Fred Lipsiues, Randy Brecker, Jerry Weiss, Dick Halligan, Steve Katz e Bobby Colomby.
A banda fundiu o jazz com o rock ou pop em algo híbrido que veio a ficar conhecido como "jazz-rock". O som do grupo era uma mistura de variados estilos do rock, pop e R&B/soul music como "big band" ou "jazz combo".

Após assinar contrato com a Columbia Records, lançaram um dos álbuns mais aclamados pela crítica dos anos 60, Child Is Father to the Man. Sem nenhum single de orientação pop, as vendas do álbum foram lentas. Conflitos de personalidade começaram na banda. Colomby e Katz queriam que Kooper assumisse o órgão exclusivamente e desse lugar a um vocalista. Kooper deixou o grupo para se transformar em um produtor da Columbia. Randy Brecker e Jerry Weiss também saíram, se juntando a "Horace Silver's Band".

David Clayton-Thomas foi convidado para ser o vocalista principal do reconstruído Blood, Sweat & Tears. Chuck Winfield, Lew Soloff and Jerry Hyman entraram logo depois fazendo com que a banda possuísse, naquele momento, um total de 9 membros.

Segue um depoimento do Clayton-Thomas sobre sua vida que dá o que pensar:

Youth prison almost destroyed me. It must change
DAVID CLAYTON-THOMAS

Contributed to The Globe and Mail
Published Wednesday, Jan. 23 2013, 6:00 AM EST
Last updated Wednesday, Jan. 23 2013, 1:17 PM EST
I’m not an expert in the criminal justice system. Just a product of it. The story of Ashley Smith, the teenager who strangled herself in her prison cell as guards watched, has prompted me to speak out. But for fortune, that could have been me.
At 15, I ran away from a brutally abusive father. Homeless, freezing, I broke into office buildings for a place to sleep. It was a relief to be arrested. At least it meant a roof over my head and three meals a day. I did not know it also meant a free education in a predatory, upside-down society where the strong rule, the weak are victimized and the inmate code is all that matters.
The guards lock the doors and enforce the rules, but the inmates run the joint. Break the rules and you get a few days in the “hole.” Break the code and you can get killed. Fighting is a survival tool, but it’s assault in the eyes of the law, punishable with more time. If a kid is driven to attempt suicide or self-harm, well, that’s also punishable. That’s how Ashley Smith, originally charged as a juvenile with a minor crime, ended up serving time as an adult.
I was just one of thousands of lost, homeless kids – kids you see on the street every day. I was not beyond redemption; they just treated me as if I was. The lessons of prison guarantee failure after release. In no time I was back, recycled for four more years in hellholes like the Burwash Industrial Farm, a notorious labour camp south of Sudbury that has since been closed.
Are we treating troubled kids any differently today? Clearly, the vicious cycle of recidivism is alive and well. A staggering 90 per cent of young offenders sent to prison reoffend within two years, according to a recent Manitoba government report. And meanwhile, despite evidence that it is ineffective policy, the federal government is getting “tough” on crime, imposing mandatory sentencing and building more prisons to house more criminals, even as the crime rate continues to fall. More and more prisoners show up with mental illnesses. They don’t get better in jail. They get worse.
Every one of these men and women was once a kid we didn’t care about. These aren’t “other people’s” kids. These are your kids, your neighbour’s kids. A full 6 per cent of Canadian children aged 12-17 were accused of a crime in 2010, according to Public Safety Canada statistics. Most were not charged or imprisoned. But new changes to the Criminal Code will ensure that ever more of them are crushed in the gears of the criminal justice system.
Music saved me. It was a crazy fluke that I ever discovered my talent. At the age of 21, two convictions under my belt, I walked out of Millbrook prison with 20 bucks in my pocket, a mail-order guitar and the dream of becoming a blues singer.
I survived a system that fails us all. Not Ashley Smith. When she strangled herself in her segregation cell, the only people who could have saved her watched and did nothing. Call it crying for help, attention-seeking behaviour, whatever you want. She did not deserve to die. Canada’s Correctional Investigator has repeatedly called for an end to solitary confinement. Nobody listens.
Now, as a coroner’s inquest reconstructs her last moments, all of Canada is watching. Will we fail her once again? Will we do nothing once again? The cold gears of our justice system are tearing apart others like her at this very moment. Why do we remain unmoved?
She wasn’t someone else’s kid. There but for fortune, she could have been yours. Could have been mine.
Could have been me.

domingo, 15 de dezembro de 2013

EM 15/12/1963...


... Eu vivia minha primeira de incontáveis grandes emoções com o Flamengo. Meu pai, eu e mais 194.601 pessoas estávamos no Maracanã. Nós, nas cadeiras numeradas atrás do gol do Marcial quando ele defendeu uma bola levantada na área e o juiz apitou o fim do
Fla 0X0 Flu que deu o campeonato de 1963 ao Flamengo.

Cujo não ganhava o carioca desde 1955 quando eu tinha 3 anos de idade e ainda não entendia muito bem o que estava acontecendo.
(Aliás, ando pensando - sem tropeçar, por enquanto - que até hoje não entendo bem o que está acontecendo...)

Mas, o melhor desta cinquentenária comemoração foi ter, na semana passada, sentado num agradabilíssimo boteco na companhia do
Dr. Marcial de Melo Castro e escutado histórias que não cabem aqui.
Nem no espaço e muito menos na emoção.

Meus respeitos a esse cidadão que, para tristeza de muitos, largou
o futebol aos 26 anos. Não sem antes ter entrado para a história.
E que história!

domingo, 8 de dezembro de 2013

SORTEIO? QUE SORTEIO?

Os aficionados por futebol que suportaram o loongo sorteio das chaves da Copa do Mundo podem ter ficado bastante confusos.
Uma (grande) parte não conseguiu entender direito o que estava acontecendo quando os redondos e siliconados peitos da Fernanda Lima enchiam a tela.
Outra (pequena) parte não entendeu a quantidade de potes: vai pra lá, vai pra cá, mistura bolinha, leva bolinha, cai bolinha etc.

De resto, pra variar, um roteiro de dar vergonha com direito a perguntas cretinas tais como:

- Ronaldo, é mais difícil fazer 15 gols numa Copa ou organizar a Copa?
(Como se o gurdim estivesse organizando alguma coisa a mais do que seus lucros.)

- Pelé, você acha que o Brasil vai disputar a final da Copa?

As respostas, é claro, foram todas de uma obviedade irritantemente previsível, além de muuitas outras idiotices como a aparição do execrável mascote Fuleco dançando com a Marta (que pagou o micão de explicar o significado desse nome miserável) e o Bebeto, outro "esforçadíssimo" organizador dessa festa esquisita cuja já perdemos a conta de quanto vai custar.

Enfim, no grupo A, Brasil, Croácia, México e Camarões.

No grupo D, mais complicado, Uruguai, Itália, Inglaterra e Costa Rica.
Em que teremos Inglaterra e Itália derretendo na “jungle” amazônica - ainda que o jogo esteja marcado para as 19h.
Bem pior vai ser a situação de Alemanha e Portugal, no grupo G, que vão jogar em Salvador às 13h!

Insolações à vista.
(O que, em não se confirmando, pode vir a ser uma oportunidade de mídia para os gatorades da vida.)

domingo, 1 de dezembro de 2013

FÉRIAS a R$ 8,00!

O blog sai de férias.
Voltamos em janeiro ou a qualquer momento em edição extraordinária.

Para que vocês não sofram com a síndrome de abstinência, deleitem-se com o novo lançamento do Haja Productions: o espetacular, instigante, ilustrado e baratíssimo e-book da foto com 38 (trinta e oito) crônicas selecionadas.

Funciona assim: você manda um e-mail utilizando o "Contato" aí do lado, (debaixo dos seguidores) e eu te respondo com os dados da conta para depósito da fabulosa quantia de R$ 8,00 (oito reais).

Depois você manda outro e-mail com o comprovante de depósito e recebe imediatamente o espetacular, instigante, ilustrado e baratíssimo e-book em pdf.

Boas Festas, divirtam-se, comportem-se, etc.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

MEEENGOOO!!!


VUBT


terça-feira, 26 de novembro de 2013

GRANDE SACADA!

Deu no Correio da Manhã de Portugal:

SE DESLIGAR O TELEMÓVEL,
SÓ PAGA METADE DA CONTA
Um restaurante em Israel está oferecendo 50% de desconto aos clientes que desligarem o telemóvel durante a refeição.

A iniciativa é do proprietário, Jawdat Ibrahim, para quem os telemóveis são os principais responsáveis pelo fim do convívio entre familiares e amigos. 

Para Jawdat, de 49 anos, os smartphones vieram destruir a experiência de jantar ou almoçar fora. 
O objetivo do israelita é recuperar a cultura de se estar à mesa, fora de casa, fazendo com que as pessoas voltem a aproveitar a companhia umas das outras e apreciem ao máximo a comida que lhes é servida.

Para isso, faz uma proposta simples e inovadora: quem desligar o aparelho só paga metade da conta. Não basta ativar o silencioso, é obrigatório desligá-lo. As regras são simples: é proibido espreitar as redes sociais, enviar mensagens ou fazer chamadas de trabalho.

Podia dar certo, podia virar moda, podia desmentir a profecia de Einstein:
“Eu temo o dia em que a tecnologia ultrapasse nossa interação humana, e o mundo terá uma geração de idiotas.”

domingo, 24 de novembro de 2013

HAMILTON, JOE FRANK & REYNOLDS

Formavam um trio de “soft rock” - conhecido por aqui como “mela-cueca”  - de Los Angeles.
Comprovando a importância da vírgula, sempre achei que era um quarteto. Mas, Joe Frank é um sujeito só.

Os caras fizeram sucesso na década de 70 com a chatíssima e melosa “Falling in Love”.
Gravaram quatro álbuns, trocaram os integrantes de montão e o Dan Hamilton foi pro saco em 1994.

Fica o registro.

sábado, 23 de novembro de 2013

NÚMEROS ALARMANTES

Frequentemente tenho que escutar sermões sobre o quanto sou antissocial, sobre o quanto é importante (argh) interagir com as pessoas e blkrghfsssghst.

O problema é que, para essas coisas, é preciso ter muita paciência. E quando Deus distribuiu esse dom divino, eu já devia estar correndo para o recreio e perdi minha cota.

Se não, vejamos: dia desses fui gentilmente obrigado a abrilhantar, com minha modesta presença, uma dessas famigeradas reuniões sociais.

Aí, um cidadão começa a discorrer sobre a insegurança que reina nas grandes cidades, sobre a criminalidade, sobre estupros, assaltos, etc. Todos concordam que a situação está complicada. O cidadão se empolga, passa a defender o extermínio puro e simples de todos os malfeitores e termina, é claro, declarando sua grande saudade da ditadura, dos militares, "porque naquela época não tinha nada disso"
e todos os clichês que estamos cansados de ouvir.

Levantei, fui buscar uma cerveja, tentei me encaixar numa outra roda, mas não fui feliz. Voltei ao comício e, impressionante, pareceu que a conversa tinha sido congelada durante minha ausência. Ou seja, as pessoas estavam repetindo e repetindo o que já havia sido dito.
E ainda nem haviam sido consumidas as quantidades de cerveja que justificam essas repetições.
E lá seguia o cidadão inflamado, vários concordando e eu fazendo cara de paisagem.

Então, comecei a ponderar comigo mesmo:

• Ora bolas, um cara, pra ter saudades dos militares, só pode ser de avançada faixa etária. Afinal, como ter saudades de uma coisa que você não viveu?

• Na década de 70 o Brasil tinha 90 milhões de habitantes e 5% (4.500.000) tinham mais de 60 anos; hoje já passamos de 200 milhões e 11% (22.000.000) tem mais de 60 anos. Ou seja, enquanto a população em geral cresceu 2,2 vezes, os idosos aumentaram em 4,9 vezes.

• Numa estimativa que espero ser pessimista, vamos considerar que metade dos idosos de hoje pensem como o cidadão saudoso de Médicis, Costas e Silvas, Geisels et caterva. Eles somariam então,
11 milhões de velhinhos loucos por fuzilamentos, tradição, família e propriedade.

Perigo, hein?

Pra terminar, segue um trecho primoroso do Sandro Vaia:
“Uma prova de que a democracia brasileira ainda é jovem e imberbe e que o país precisa tanto de heróis quanto de vilões porque ainda não aprendeu que não é com picos de adrenalina que se constrói um País mais justo, mais equânime e mais democrático. A Nação só poderá orgulhar-se de estar madura para a democracia quando não precisar mais da sirene do batmóvel para anunciar que alguém está correndo atrás do Coringa.”

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

OS WHITE BLOCS




Como ando em plena preguiça,
é tempo de "CntrlC / CntrlV".

Segue excelente artigo da Ruth de Aquino.



Eles não estão organizados num movimento. É cada um por si, e o diabo por todos. Não têm ideologia política nem religião específica.
Não usam máscaras. Ou melhor, suas máscaras são invisíveis – por isso, mais perigosas. Se existe algo em comum entre os White Blocs no Brasil, é a quase certeza da impunidade ou da punição suave.

Eles ocupam uma posição de poder e autoridade. Esses vândalos de terno, farda ou roupa de grife têm objetivos semelhantes: roubar e desviar dinheiro nosso e, em alguns casos, matar inocentes e arquivos ambulantes. Sua ação insidiosa, dentro dos governos e das instituições, ameaça a democracia e destrói valores. Provoca a descrença geral e é munição incendiária para jovens extremistas – que também sabotam a democracia.

Os White Blocs (WB) não são maioria no Brasil e não podem ser encarados como representantes do caráter nacional. Os WB tampouco pertencem a um partido político apenas. A corrupção é transversal. Ou suprapartidária. É assim também com os Black Blocs. Eles não são partidários nem representam a maioria dos jovens, dos universitários, da nova classe média, da periferia ou da favela. 

O Brasil pacífico e honesto detesta os Black Blocs, como comprovam as pesquisas. Odiamos quebra-quebra, por princípio e fim. O Brasil honesto e trabalhador também detesta os White Blocs. E não precisa de pesquisa para detectar o sentimento diante dos escândalos bilionários que empobrecem o país e deseducam o povo. É indignação, igual àquela que nos invade quando vemos ônibus incendiados e postos de saúde e universidades depredados. Os White Blocs são vândalos de nossa alma. Promovem o quebra-quebra da esperança num país melhor.

Se condenamos os Black Blocs, radicais pela violência que deturpa os protestos legítimos, o que fazer com os White Blocs, em gabinetes pelo Brasil afora e jamais encontrados em passeatas? A primeira sugestão é que a sociedade entenda como os WB são semelhantes entre si – em método e objetivo. A segunda é expurgar e punir esses baderneiros morais para desencorajar desvios e abusos. A terceira – deveria ser a primeira em importância – é educar direito, em quantidade e qualidade, as novas gerações.

Eis alguns exemplos recentes de White Blocs:

1. Os fiscais suspeitos de fraudes nas prefeituras de São Paulo. De Kassab e Haddad. Um descalabro. O meio bilhão de reais pode estar subestimado, porque a cada dia surgem mais personagens na máfia do ISS. A lama subirá mais, porque os braços direito e esquerdo já caíram. Se um assessor de confiança na maior cidade do país recebe uma mesada de R$ 20 mil, como dizer aos filhos o que é certo e errado?

2. As empresas que pagaram propina aos fiscais das prefeituras de São Paulo para ganhar contratos. Não seriam elas corruptoras? Por que, de repente, parecem apenas vítimas da ganância dos fiscais?

3. O Congresso, que continua contrário à cassação automática de condenados pelo Supremo Tribunal Federal. Ignora a instância máxima da Justiça no país e a Lei da Ficha Limpa, incitando à desordem e à anarquia.

4. A Câmara e o Senado também agridem nossa inteligência, ao empurrar com a barriga a aprovação do voto aberto. Tirem as máscaras, assumam suas posições! Acabem com o voto secreto no Legislativo!

5. Os mensaleiros de qualquer partido e qualquer cargo. Eles transformam o que deveria ser uma atividade respeitável num reles balcão de dinheiro e venda de favores.

6. Os governadores que multiplicam seu patrimônio privado, com relações impróprias e negócios escusos. Rio de Janeiro e São Paulo ficaram na mira implacável dos eleitores em 2013. A última denúncia é sobre o cartel dos trens em São Paulo, cujas empresas são acusadas de pagar propina.

7. Deputados, senadores e ex que ganham supersalários, em desrespeito ao Tribunal de Contas da União (TCU). O campeão é o White Bloc imortal José Sarney, com R$ 61.700 mensais. O teto constitucional é de R$ 28.059,29. O Congresso se recusa a liberar as folhas salariais. Viola a Lei de Acesso à Informação. Incita, portanto, à desobediência civil.

8. Os desmatadores da Amazônia, que nos envergonham.

9. O pastor Marcos Pereira, condenado a 15 anos de prisão por estupro no Rio. Quem se vale da autoridade espiritual para cometer crimes é White Bloc ao cubo.

10. Os PMs que desonram sua farda. Entre eles, os que torturaram até a morte o pedreiro Amarildo, na UPP da Rocinha, no Rio. E o que matou com um tiro no peito Douglas Rodrigues, de 17 anos, num bar em São Paulo. Ele foi solto e disse que o tiro foi “acidental”, uma “infelicidade”.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

LIBERTADORES 2014

Com esse 1X1 contra o Atlético-PR,
acho que o caneco Copa do Brasil está encaminhado.

Tanto pelos golaços quanto pelas grandes emoções proporcionadas por Luiz Antônio e Carlos Eduardo - que levam a galera a paroxismos de prazer quando conseguem acertar 01 (um) passe, o jogo foi bom.

Elias apagadinho, Amaral surpreendendo e Felipe tranquilizando a torcida.

Sem maiores zebras, vamos abrilhantar a Libertadores 2014.

Obs.: é execrável o costume dos jogadores brasileiros de,
a qualquer esbarrãozinho, caírem no gramado em pré-coma
e levantarem segundos depois.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

RESTA AGUARDAR

Com relação ao post anterior, segue artigo de hoje do Janio de Freitas:

Quando março chegar

Janio de Freitas

Na conturbada sessão do Supremo Tribunal Federal de quarta passada, quando decididas as prisões do mensalão sem esperar pelo fim dos recursos de defesa, um dos vários incidentes surgiu e repicou insistentemente sem sequer indício de algo que o explicasse. A ocorrência das prisões no 15 de novembro não só o explicou, como explicou muito mais. E com mais importância.

Já a antecipação das prisões entrava em discussão. Ricardo Lewandowski ponderou que, tendo o procurador-geral da República entrado com novo documento no processo, do qual o ministro recebera cópia e notara o despacho "Junte-se" assinado por Joaquim Barbosa, cabia à defesa pronunciar-se a respeito. Marco Aurélio Mello endossou de pronto a ponderação, pronunciamento de uma parte chama o da outra. O documento propunha as prisões imediatas.

Joaquim Barbosa desfechou, com raiva, um ataque súbito ao procurador-geral Rodrigo Janot, sentado à sua direita, por lhe mandar o documento na véspera, o qual nem ao menos lera antes de despachar. Do seu teor só tomava conhecimento ali, naquela hora.
Não precisaria dizer, aqui, que Marco Aurélio Mello se esbaldou em gozações ao presidente do tribunal que confessava assinar e despachar documentos sem os ler. Barbosa repetiu, e repetiu mais, o ataque à atitude de Janot, no entanto adotada com perfeita formalidade e no seu direito funcional.

Também não precisaria dizer que Joaquim Barbosa atropelou a ponderação sobre um direito de defesa e um dever de juízo, e aparentemente foi acompanhado pela maioria (com a intensidade da balbúrdia, o presidente não conseguiu formular o sentido e a forma da decisão do tribunal; adiou-a, e não a expôs na sessão seguinte).

Mas toda a crítica raivosa, que o procurador-geral Rodrigo Janot ouviu como um soldado ao tenentinho que experimenta o seu recente poder de humilhar, ficou explicada no feriado. Já em meio à exaltação com Marco Aurélio e Janot, aliás, Joaquim Barbosa dissera que já tinha preparada a medida quando o procurador-geral a pedira. Mas, na sessão, isso não pareceu importante porque nada levava a prever-se a intenção de Joaquim Barbosa de determinar as prisões para 15 de novembro.

Claro, com seu pedido, o procurador-geral pôs-se na iminência de se apropriar das prisões e dos efeitos promocionais decorrentes de providenciá-las. Mesmo não sendo esse o propósito de Rodrigo Janot, foi até manchete de primeira página com o que pedia. A intenção marqueteira pulou-lhe na garganta.

A ida dos presos de São Paulo, Belo Horizonte e Goiânia, cidades de suas residências, para cadeias injustificáveis em Brasília foi, mais do que sem sentido, por isso mesmo sem amparo legal. Mas proporcionou um espetáculo de marketing político extraordinário pelo alcance, social e geográfico, e pela concentração precisa sobre o beneficiário. Se apenas para colher palmas em lugares públicos ou para mais que isto, saberemos quando março encerrar o prazo especial de inscrições partidárias-eleitorais. Mas a convicção de que não será preciso esperar até lá, com as indicações dadas pelo espetáculo fabricado para o 15 de novembro, já supera as prisões como assunto na política.

sábado, 16 de novembro de 2013

E O RESTO?

Presos com ampla cobertura global, lá se foram todos - menos o Pizzolato que espertamente se pirulitou - se encontrar em Brasília.

Fico imaginando o encontro e a conversa entre eles nesse avião e na cadeia...

Muito legal a sacada de emitir as ordens de prisão no dia 15 de novembro. Entretanto, se depois desse show o Barbosão sair candidato a alguma coisa, é ruim dele levar meu voto.
Acho que aí vai ficar muito descarada a armação eleitoreira.

Perguntas retóricas:
E o resto?
E Maluf, Celso Pitta, Daniel Dantas, Eduardo Azeredo, Kassab, Serra, Alckmin, mais incontáveis outros de outras tantas e maiores falcatruas?
Vão ser julgados?
Quando?
Com que cobertura da mídia?

CONVITE PARA 2020


Uma amiga que lida com planejamento estratégico se vê diante de uma chaturinha normal da profissão: "avaliar se o negócio do cliente (epa!) é viável para o nosso futuro próximo ou se será preciso repensar o direcionamento atual e recriar o negócio de acordo com a expectativa de futuro."

Estratégica que é, ela convida amigos e familiares para uma agradável tertúlia, regada a vinho, cerveja e comidinhas, onde todos iremos contribuir, com nossas porções nostradamus, para tão edificante tarefa.

Minha primeira dúvida reside no fato de - do jeito que o tempo está andando - 2020 já ser quase depois de amanhã.
Por outro lado, fico pensando que se essa conversa acontecesse em 1883 e alguém afirmasse que “Daqui a seis anos seremos uma república!” essa pessoa seria levada a sério?

Mas, vamos lá.
Acho que em 2020 teremos o grafeno como grande novidade tecnológica incorporada ao nosso dia a dia. Afinal, trata-se de
um material tão ou mais revolucionário do que o plástico, extremamente forte, leve, flexível, ótimo condutor de eletricidade e quase totalmente transparente.

Torço também para que, com a corja política degringolando de vez,
em 2020 os (argh) jovens estejam num patamar mais digno do que os confortáveis quinze minutos de indignação do rebanho feicibuquiano, usando mais a cabeça do que os polegares e tentando entender melhor o que acontece ao seu redor em vez de ficarem publicando fotos de pratos de comida e dizendo “ti amuuu” para tudo e todos.

Ou, o que me parece mais provável, a geração “nem, nem” (nem estudo, nem trabalho) estará em franca expansão. Expansão esta gerada pela cultura atual que privilegia a grana em detrimento de valores caretas como educação, princípios, substância etc, e faz com que os pais entupam os filhos de áifones, áipédis e tantos outros "áis" que eles queiram, desde que não encham o saco.

Fica então aqui registrada minha singela contribuição, uma vez que não poderei estar presente em tão futurístico evento.
É que a reunião vai acontecer no dia do primeiro jogo do Flamengo pelas finais da Copa do Brasil.
E aí, não tem “reflequissão profunda” que me acometa...

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

CURIOSIDADES RUBRO NEGRAS - 20


Em 17 de novembro de 1895,
Nestor de Barros, José Agostinho Pereira da Cunha, Mário Spíndola, Napoleão Coelho de Oliveira, Francisco Lucci Collás, Felisberto Laport, José Maria Leitão da Cunha, Carlos Sardinha, Eduardo Sardinha, Maurício Rodrigues Pereira, Desidério Guimarães, George Leuzinger, Emídio José Barbosa, José Félix, Domingos Marques de Azevedo, Augusto Lopes da Silveira, João de Almeida Lustosa e José Augusto Chaléo,
fundaram o Grupo de Regatas do Flamengo e oficializaram a data de 15 de novembro para coincidir com a Proclamação da República.

118 anos de Mengão Queridão Emoção de Montão, nas palavras de Luiz Penido
o impagável locutor da Rádio Globo do Rio.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

É HOJE, PÔ!

Importante data é comemorada hoje:
O Dia do Mau Humor.

Importante porque, junto com a preguiça,
o mau humor é grande responsável pelos avanços da humanidade. Se não, vejamos: sem a preguiça e o mau humor a humanidade não teria evoluído. Não teríamos automóveis, aviões, controle remoto, ar condicionado e eskibonzinho, por exemplo.

Cumprindo a minha parte nas justas comemorações, seguem frases pinçadas do excelente livro “Mau Humor” do Ruy Castro.

Então, emputeçamo-nos todos. Mas, com alegria:

“Brasil? Fraude explica.” (Carlito Maia)

“Em Brasília, quem não é da panelinha é da marmita.” (Max Nunes)

“Não conte pra mamãe que eu entrei na política. Ela ainda pensa que eu toco piano naquele puteiro.” (Anônimo)

 “Se me virem dançando com mulher feia, é porque a campanha já começou.” (Juscelino Kubitschek)

 “As pessoas não param de confundir com notícias o que leem nos jornais.” (A. J. Liebling)

“Um homem que detesta crianças e cachorros não pode ser mau de todo.” (W. C. Fields)

“Orlando [Flórida] e Aparecida do Norte [SP] têm uma coisa em comum: a gente só vai lá pra pagar promessa.” (Paula Planck)

“Pode ser um pecado pensar mal dos outros. Mas raramente será um engano.” (H. L. Mencken)

“O mundo pode ser um palco. Mas o elenco é péssimo.” (Oscar Wilde)

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

QUAL VOCÊ ESCOLHE?


Como informação isenta não é - nem nunca foi - o forte da grande mídia, eu não escolho nenhum dos dois.
É só mais uma das incontáveis sacanagens que eles sempre aprontam.

Só pra registro: as manchetes se referem à falcatrua, recentemente descoberta, que envolve uma pilha de fiscais de São Paulo.
Cujos estariam agindo desde o governo José Serra, passando por Kassab.
E a Folha, sem nenhuma vergonha, dá a entender que é o atual prefeito quem sabia de tudo. Ou seja, quem passa na frente da banca e vê a manchete, sai cheio das "certezas".
Certezas erradas. Ou não?

sábado, 9 de novembro de 2013

COMMANDER CODY

É o nome dessa banda de estilo “country, rock'n'roll, western swing, rockabilly e jump blues”. (Vai ter estilo assim lá em Michigan!)

Destaques:
• Os caras são - todos - mais velhos que eu;
• Os caras têm - todos - mais cabelo que eu;
• Os caras tocam muito;
• Consigo entender pouquíssimo do que o “Commander” canta
(ou recita) mas, o clima e a ideia central me parecem ótimos.

Segue a "Hot Rod Linconl" no Blues Festival 2010.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

CURIOSIDADES RUBRO NEGRAS - 19

O judô rubro negro foi criado em 1954, mas só na década de 1980 ganhou projeção nacional, com ídolos que fizeram a história do esporte no Flamengo.

O responsável pela introdução do judô no clube foi o presidente Gilberto Cardoso.

Entre atletas que se destacaram no judô rubro-negro estão Frederico Flexa e Henrique Guimarães.

Aurélio Miguel, do Flamengo, foi medalha de ouro nas Olimpíadas de Seul, em 1988 e Henrique Guimarães foi medalha de bronze nas Olimpíadas de Atlanta, em 1996.

Entre os anos de 2003 e 2007, o judô rubro-negro foi muito bem representado e obteve excelentes resultados, como no Torneio de Boras, realizado na Suécia, e um Tricampeonato Panamericano.

Agora em outubro, os judocas Ruan Silva (+100kg) e Gabriel Mendes (73kg) conquistaram excelentes resultados no Mundial sub-21, que foi disputado na Eslovênia, dos dias 23 a 26 de outubro. Cada um deles ganhou uma medalha de bronze e ambos se classificaram para a seletiva, a ser disputada em dezembro, que dará vagas ao grupo fixo da Seleção Brasileira Adulta.