quarta-feira, 6 de abril de 2016

ONDE ESTÁ O NÓ?


Que a tal da cultura está em estado deplorável nos conturbados tempos em que vivemos, não é novidade.
Pensando bem, esses 'conturbados tempos' já se arrastam muito além do que seria civilizado. Mas, isso é coisa de velho.

O "Verdades Ocultas" (http://verdadesoccultas.blogspot.com.br/), certamente um 'blog sujo', publica um texto sobre a Lei Rouanet que dá o que pensar:

"Desde 23 de dezembro de  1991, a produção cultural no Brasil ganhou um apoio fixo. É a Lei Federal de Incentivo à Cultura (Nº 8.313), conhecida como Lei Rouanet, por causa do então ministro da Cultura Sérgio Paulo Rouanet.

... Os agentes incentivadores que apoiarem o projeto poderão ter o total do valor desembolsado deduzido do imposto devido (artigo 18), dentro dos percentuais permitidos pela legislação tributária.
Empresas, até 4% do imposto devido;
Pessoas físicas, até 6% do imposto devido.

... A lei, segundo os críticos, ao invés de investir diretamente em cultura, começou a deixar que as próprias empresas decidissem qual forma de cultura merecia ser patrocinada."

As empresas decidem??
Pra mim o nó está aí.
É aí que a tal da cultura flutua ao sabor das ondas de ocasião.

Porque, a meu ver, ambos - governo e empresas - não podem decidir, com imparcialidade, quais manifestações culturais são mais valiosas que as outras.

Solução democrática: o 'crowdfunding'!
Será?
Para as pessoas físicas o desconto permanece em 6%.
Para as jurídicas, cai dos 4 para 1%.
'All in' que, em quase 15 minutos, tanto o governo quanto as empresas consigam burlar a regra, inventando variantes 'democráticas' ou 'artimanhas contábeis'  e fica tudo como dantes no quartel de Abrantes.

(Tá ruim de acreditar em alguma coisa, né não?)

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