Penso que as mulheres
devem, é claro, ter os mesmos parâmetros sociais, profissionais, constitucionais,
etc e tal, dos homens em todas as situações.
A perpetuação da espécie, logicamente, não é exclusividade feminina.
Mas, o cinismo de definir o papel da mulher como "criatura a ser
cuidada, protegida, amparada" numa pessimamente disfarçada atitude patriarcal
e escravagista que vem de nossos ancestrais, é uma das muitas coisas a serem
expurgadas de nosso cotidiano.
Arrã... Mas como fazer
isso virar realidade?
Passeatas, gritaria,
abaixo assinados internetianos (que
dificilmente chegam a algum resultado real), artigos inflamados, etc, tá legal:
são
importantes para manter a chama acesa.
Entretanto acho que,
paralelamente, se os casais (não
importando o estado civil) cultivassem, antes de tudo - a amizade -, as
coisas poderiam caminhar mais rapidamente.
Claro que é uma tarefa
de extrema dificuldade.
Imaginemos duas
situações paralelas entre dois casais:
1. Os dois amigos
estão na borracharia para trocar as rodas de seus carros. Enquanto a função se
desenrola, a conversa flui entre eles sobre a vida em geral, a crise, os
motores dos carros, etc. O borracheiro dá pitaco nos assuntos e tudo segue num
clima ameno e divertido. Terminada a tarefa, conversam mais um pouco e vão
embora se sentindo bem. Tanto os amigos quanto o borracheiro.
2. Ao mesmo tempo suas
esposas, namoradas, ficantes, (escolhaí)
estão numa loja para comprar sapatos. Enquanto a função se desenrola, a
conversa flui entre elas sobre a vida em geral, a crise, sabe-se lá mais o quê,
etc, etc, etc, a vendedora dá pitaco em todos os assuntos e tudo segue num
clima ameno e divertido. Terminada a tarefa, conversam mais um pouco e vão
embora se sentindo bem. Tanto as amigas quanto a vendedora.
Pois bem. Misturemos
as situações.
Um casal na
borracharia e o outro casal na loja de sapatos.
Duvido que Hum (01)
dos milhares e milhares de leitores deste blog vá discordar: All In que vai dar merda. Ou algo
próximo.
Aí é que entra a
Amizade!
Cuja, na minha utopia,
pode ser resumida em cada um(a) respeitar o(a) outro(a) e "Voar além do mar, Além do som, Além da luz... Sentir o céu se transformar num
lindo blue" nas imortais palavras do Walter Franco - meu doidão favorito.
Gostei muito, Tiago.
ResponderExcluirLegal a sua percepção, a ideia, a escrita.
Valeu, Paulo Êmilio...
ExcluirOK, Tíago!
ExcluirUm Viva pras diferenças !
ResponderExcluirJá estive sentado numa mesa com muitos casais (com estes, uma vez e nunca mais), quando a mulher ridicularizava e expunha o companheiro, buscando em cada "vicio" dele a situação para uma piada, e ele, impotente, se contorcendo com um sorriso amarelo. Sempre me perguntei quais seriam as forças estranhas que, ainda, os mantinham ligados a elas, principalmente, considerando o brilhantismo cultural de alguns. A acomodação alcança até os mais inesperados. Estou casado há trinta e três anos com a mesma mulher, e nunca surgiu entre nós um palavrão, uma ofensa que destrói, e ela sempre decanta para os nossos amigos comuns os meus feitos que a agradam. As críticas ela as faz de modo privado, e não poderia ser diferente. Procuramos entender e aceitar os gostos pessoais. Promovo os meus campeonatos de truco (ajudo na necessária limpeza posterior), não abro mão das minhas peladinhas com cerveja, mas retribuo passeando com ela pelas vitrines de shoppings (Arg!). Para se viver a dois há que se buscar a arte da adequação, mas, não só isso! A mulher carece de dengos, e necessita se sentir namorada. Sentindo-se assim, o retorno é fantástico! Já aprendi!
ResponderExcluirVitor Lemos
Meus sinceros respeitos aos 33 anos bem vividos do casal.
ExcluirQue, a meu ver, corroboram a teoria: a amizade ajuda muito.
Abraços e parabéns à Dona Diva!