Acho muito doida a
forma como todos nós, sem exceção, assimilamos as notícias. As mesmas notícias são vistas de maneiras totalmente assimétricas e, perigo, transmitidas ao próximo
desavisado tal e qual um telefone sem fio (lembra
dessa brincadeira?) sofrendo deturpações incríveis pelo caminho.
E ainda; a grande maioria
das pessoas que se entrega a essa prática não faz por mal. É que nós assimilamos e interpretamos da maneira que fomos criados, da forma que nosso conjunto social
reage, a partir da empatia - ou falta de - que sentimos pelo emissor da notícia,
seja qual for. Pela televisão, rádio, internet, jornal ou o vizinho, a carga
inconsciente de simpatia ou antipatia vai ter um peso danado no julgamento do
fato.
Claro que nessa equação participam também
a quantidade brutal de informações que nos são bombardeadas, a velocidade com
que precisamos reagir (vício novo criado e alimentado pela internet) e o grau do nosso interesse na coisa.
Assim, se eu escuto
que "Em Belo Horizonte um viaduto
está com a estrutura trincada", dependendo do meu grau de pressa e de interesse, além da ligação com fato recente, essa notícia pode ser registrada como "Caiu
mais um viaduto em BH."
Que foi o que escutei
ontem de um cidadão que comandava a complexa instalação de um papel de parede.
-Quêisso??
-Pois foi... Vi na
hora do almoço.
Fim do dia, chego ao
cubiculum e vou checar. A notícia era quase essa (o viaduto é em Contagem) e terminava
dizendo que o "caído" seria
liberado para o trânsito.
CQD.
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