Como já devo ter dito
várias vezes, da janela do meu cubiculum vejo o mar.
Assim sendo fico
sempre caçando desculpas pra chegar na janela e ver a altura da maré, a cor, o
horizonte, como estão se comportando as ondas, enfim, com qual jeitão está se
apresentando essa entidade difícil de se explicar.
Então, cada cigarrinho
é degustado na janela.
Depois de checar todos
os itens marítimos constato que, além do marzão tenho também a paisagem humana
- passeando no calçadão. É desanimador mas, por
mais que se esforcem, não conseguem atrapalhar o conjunto.
Findo o adorável vício fecho a cortina, olho para dentro e três palavras invadem minha cabeça: "escuridão,
fumaça, desapego".
Escuridão e fumaça,
tudo bem. Mas, "desapego"? A troco de quê?
Eu, hein? (Última
cerveja - da tarde).
(Aviso
a um possível desavisado leitor: caso você resolva me enviar pps's ou links de
autoajuda ou algo no gênero, será sumariamente deletado e pior: sofrerá com as
sete pragas do Egito.)
Nenhum comentário:
Postar um comentário