sábado, 6 de dezembro de 2014

ESCURIDÃO, FUMAÇA, DESAPEGO

Como já devo ter dito várias vezes, da janela do meu cubiculum vejo o mar.
Assim sendo fico sempre caçando desculpas pra chegar na janela e ver a altura da maré, a cor, o horizonte, como estão se comportando as ondas, enfim, com qual jeitão está se apresentando essa entidade difícil de se explicar.

Então, cada cigarrinho é degustado na janela.
Depois de checar todos os itens marítimos constato que, além do marzão tenho também a paisagem humana - passeando no calçadão. É desanimador mas, por mais que se esforcem, não conseguem atrapalhar o conjunto.

Findo o adorável vício fecho a cortina, olho para dentro e três palavras invadem minha cabeça: "escuridão, fumaça, desapego".

Escuridão e fumaça, tudo bem. Mas, "desapego"? A troco de quê?
Eu, hein? (Última cerveja da tarde).

(Aviso a um possível desavisado leitor: caso você resolva me enviar pps's ou links de autoajuda ou algo no gênero, será sumariamente deletado e pior: sofrerá com as sete pragas do Egito.)

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