Três louras gordas (ou "loIras" em paulistês) - com idades variando entre 35 e
135 anos - estão à esquerda.
As três falam no celular.
Duas cadeiras após, uma moreninha tremelicando o pé e...
Falando no celular.
Em seguida, um cidadão de média idade lendo uma revista (!).
Depois, duas figuras díspares: um carinha vestindo camisa de um time que não consegui identificar. Falando no celular.
As três falam no celular.
Duas cadeiras após, uma moreninha tremelicando o pé e...
Falando no celular.
Em seguida, um cidadão de média idade lendo uma revista (!).
Depois, duas figuras díspares: um carinha vestindo camisa de um time que não consegui identificar. Falando no celular.
Acompanhado por um cidadão de
óculos olhando para o nada.
Duas cadeiras à direita, outro cidadão - mais velho e também
de óculos, olhando para um nada infinitamente além do anterior.
Agarrado nele, um casal. Ela, com o celular na mão, observa
o celular do companheiro. Os dois envolvidos num profundo embate intelectual sobre
sabe-se lá o quê. Ou quem. (Aposto que era fêicibúqui.)
Finalizando, um executivo gritando babaquices como se estivesse sozinho no mundo e um garoto que, pelos esgares, só podia estar jogando um joguinho. Ambos no celular é claro. Ou vivo. (vivo não. Porque a vivo não cai. Despenca!)
Ou seja, nesse universo altamente representativo temos: 50%
falando no celular, 25% olhando para o celular, 17% olhando para o nada, 8%
lendo uma revista e 0% (zero por cento) conversando ao vivo.
Primeira dúvida: Com quem esse povo tem tanto assunto?
(Sim porque, a não ser que todos sejam grandes artistas, é de se supor que exista alguém do outro lado da linha.)
Segunda dúvida: Por que a moreninha balançava tanto o pé?
(Aguardo profundas análises dos psis de plantão.)
Terceira dúvida: Que revista estaria lendo o digno representante do ser humano com ainda alguma saúde mental?
(Rezo pra que não seja “Caras”, “Quem” ou afins...)
(Sim porque, a não ser que todos sejam grandes artistas, é de se supor que exista alguém do outro lado da linha.)
Segunda dúvida: Por que a moreninha balançava tanto o pé?
(Aguardo profundas análises dos psis de plantão.)
Terceira dúvida: Que revista estaria lendo o digno representante do ser humano com ainda alguma saúde mental?
(Rezo pra que não seja “Caras”, “Quem” ou afins...)
Kkkkk... muito bom o texto, Tiago. Também não consigo entender essas atitudes. Você está se tornando um antropologista de primeira linha. E o melhor, fica puto (como todo ser normal deveria ficar) com o apego doentio das criaturas aos celulares e afins.
ResponderExcluirPra você ver: hoje minha coleira eletrônica amanheceu surda e muda. Depois de exatos 82 minutos com a Vivo, fui informado que o meu problema "vai estar sendo encaminhado" para o setor de engenharia e, tudo correndo bem, amanhã eles me dão uma posição.
ExcluirÉ praga. Melhor não mexer com essas entidades...