quinta-feira, 20 de junho de 2013

DESCOBERTAS

A profissão obrigou, pai e mãe viajaram
na quinta para trabalhar até domingo.
Tuniquinha ficou com os avós.

Cheia de atividades, perguntando pelos pais, mas sem maiores dramas. A mãe em cólicas, o pai disfarçando legal, os dois trabalhando à vera tanto pelo trabalho em si quanto para embutir a sensação de largar a cria durante as intermináveis 96 horas.

Telefonemas, nhém-nhém-nhém e Tuniquinha, numa boa,
conversando com os pais apressadamente pois estava sempre ocupada monopolizando os avós. Cujos, estavam felicíssimos com a escravatura. (Os avós, em geral, só curtem esses períodos porque sabem que os pais vão voltar...)

Retorno, família esperando no aeroporto, abraços, beijos, apertões, Tuniquinha feliz da vida mas, para profundo desgosto materno, sem maiores efusões.

Dia seguinte, de volta à rotina, está a mãe preparando o café quando Tuniquinha vem e gruda. O abraço não terminava mais.
-“Ô filhinha, quê que você tem?”
-“Eu só quero te olhar, mamãe.”

A mãe, como toda mãe que se preza, explodindo em fortes emoções constata que aquela criaturinha acabou de descobrir o que é saudade.

5 comentários:

  1. Não vou chorar, não vou chorar, não vou chorar, não vou chorar!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Me fez lembrar um spot da Porto Real Seguros.
      "Senta e chora, senta e chora..."
      Já escutou?
      Bjs.

      Excluir
  2. Eu chorei e ainda tenho que segurar a onda e pensar em coisas mundanas para não chorar de novo!!!

    ResponderExcluir
  3. Oh, Céus!
    Esse chora/não chora de vocês tem a ver com "nervo", ou o quê?
    Bjs.

    ResponderExcluir