terça-feira, 18 de junho de 2013

COMO BESOUROS DEPOIS DA CHUVA

Os “especialistas” e os “cientistas políticos” (que profissão, hein?) brotam do chão a cada evento desse tipo.


Olha só que primoroso exemplo de como se dizer absolutamente nada com pompa e circunstância:

... O cientista político Paulo Kramer diz que os manifestantes saem às ruas por “diferentes motivos”.
Para o cientista político João Francisco Meira há um “somatório de insatisfações”.
Ambos concordam que os protestos têm como pano de fundo a situação econômica difícil, com o retorno da inflação.

Kramer avalia que a antecipação da corrida eleitoral deu sua contribuição. Meira acrescenta a existência de um elemento novo: a capacidade de mobilização e articulação de pequenos grupos gerada pelas redes sociais e novas formas de comunicação.
Ambos destacam que as autoridades precisam enfrentar, com urgência, o drama da mobilidade urbana no país.

É espetacular, né não?
Também vou "analisar". Olha só:
"Não podemos esquecer que" - "o desenvolvimento de formas distintas de atuação" - "assume importantes posições na definição" - "dos conceitos de participação geral".

Essas são frases tiradas da tabelinha do "Technical Embromation".
Não falha!

Agora, falando sério (se é que isso é possível), prefiro ficar com esse cidadão:

Manuel Castells é um dos mais destacados sociólogos do mundo, famoso por estudar sobre poder das redes e o impacto social da informação.
 
... “A mensagem só é eficaz se o destinatário estiver disposto a recebê-la e se for possível identificar o mensageiro e ele for de confiança.”
“Mas é claro que não basta um manifesto no Facebook para mobilizar milhares de pessoas. Isso depende do nível de descontentamento popular e da capacidade de mobilização de imagens e palavras. A internet é uma condição necessária, mas não suficiente para que existam movimentos sociais.”
 

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