segunda-feira, 9 de maio de 2016

RELATIVIDADES DA VARANDA


Viajando à velocidade da luz, levaríamos 5 horas e meia pra chegar a Plutão (rebaixado pelos "istas" de plantão, de nono planeta do sistema solar à categoria de planeta anão).

Menos tempo do que costumamos levar espremidos numa lata de sardinha voadora entre Belo Horizonte e João Pessoa (com direito a desagradabilíssimas estadias de algumas entediantes horas em Viracopos ou Guarulhos ou Galeão ou outras paragens intrigantes dependendo do desconto conseguido).

Oh! Que polêmica transcendental! (Dirá o apressado leitor.)

Mas, pensa bem: olhando para o céu estrelado só consigo concordar com a conclusão definitiva do Mario Sergio Cortela: -"Nós somos o vice-treco do subtroço."

Por outro lado, essa é a vidinha que nos foi concedida.
Então, foda-se o universo, foda-se o sistema solar, foda-se tudo.
Eu tenho mais é que me dar bem! A qualquer custo.

Ou, como dizia um antológico comercial da Brahma (acho),
-"Não... Não... Não! Três Dedos!" (de colarinho no chopp)

O primeiro dedo é que, por mais que os "istas" se esforcem, buscamos, desde que nos entendemos por humanos, uma conclusão sobre o universo. Sem sucesso.

O segundo dedo é que somos, sim, em simples relação ao planetinha em que vivemos, o "vice-treco do subtroço". (Imagina em relação ao universo!)

O terceiro dedo é que, considerando os anteriores, qual você considera a forma mais digna de viver?
Exercer o foda-se geral ou, mesmo perdendo um valioso (?) tempo em suas contemplações celulares, dar uma paradinha, olhar para o próximo e, mesmo que você ache que ele não precise ou não "mereça", tentar ajudar no que te for possível?

O ingênuo locutor que vos fala fica com a segunda opção.

3 comentários:

  1. Infelizmente a insanidade geral, principalmente por aqueles que querem muita grana de imediato, está liquidando, bem rapidamente, com esta maravilhosa e única possibilidade de vida.

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  2. Grande Tiago, não custa nada tentar ajudar o próximo, mesmo o anônimo, aquele que, simplesmente, cruza o seu caminho, mas, confesso, também pratico ajuda alguma àquele que, previamente, não julgo merecer. Prendo-me ao sentido de companheirismo e justiça, mas escapa-me o teórico sentimento cristão.
    Vitor Lemos

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    1. Vitor, me expressei mal. Com o "não mereça" eu queria dizer daqueles que considero não serem necessitados tanto no sentido material quanto no espiritual, digamos assim.
      Até porque, o "sentimento cristão" na acepção religiosa está - ainda - um tanto distante de mim.
      É difícil mas, vou me esforçando...

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