terça-feira, 21 de outubro de 2014

FALTA POUCO...


... Pra acabar esse festival de babaquices inacreditáveis que estão chamando de campanha eleitoral. Não bastassem as bobagens e promessas - que nunca serão cumpridas - comuns a todos os candidatos em todas as eleições, agora temos a suprema imbecilidade de pessoas se digladiando nas ruas, nos botecos, nas redes sociais (que de "sociais" só estão levando a alcunha) etc, por candidaturas cujas, todos sabemos, não vão mudar nada nesse país grande e bobo.

Entupindo ainda mais a minha paciência, aqui na Paraíba tem segundo turno para governador. Ou seja, babaquices ao quadrado.
E a coisa anda tão braba que não se pode contrariar ninguém sob pena de ser, no mínimo, execrado em praça pública.

Resta aguardar a próxima segunda-feira torcendo para que o povo vá cuidar de outra coisa.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

-31+83 = FUI!


Troquei de DDD, troquei de visual (Adeus montanhas, Alô Marzão!)
e me mandei pra João Pessoa.
Ôxe!

Vida nova e segue o baile...

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

CRÔNICA RUBRO NEGRA

 
Recebi essa saborosa narrativa perpetrada por meu irmão carioca e compartilho com a Nação.

Breve liturgia de um inesperado descompasso cruzeirense - ou:
O NOSSO MENGÃO É PHODDA!

Fernando Lobato

Considerações preliminares/anteriores:Imagina o sábado - antes do jogo do Mengão - almoço na Fiora com a conta sinalizando 18 chopes (só meus).
Num devaneio bebum declaro aos incautos estupefatos: -"Amanhã,  FLAMENGO 3X0".

Domingão: Êta joguim safado, porém com as mais delirantes jogadas de gol.
O Dedé, coitado (de coito) é Flamengo desde garotinho:
A) Ano passado, entregou a Copa do Brasil pra gente (Gol do Carlos Eduardo - aquele autista).
B) Disse no intervalo que ia virar o jogo.
C) Levou um chocolate do nosso pequeno Rafinha. (Golzim de encobridinha, se alembra?)
D) E, finalmente fez um dos gols mais bonitos (plasticamente) que eu vi no Maraca (na coruja e pro Mengão).
E) 2º gol: o hermano bate a carteira do Negão, tira limpo, sem falta, do goleiro, o ângulo vai fechando, estreitando, diminuindo, impossibilitando, o Negão chegando, o gringo duro de cintura, o ângulo... CARÁI!  GOL, PORRA!!
F) 3° gol: bolinha centrada, o nosso baianinho ajeita o corpo e bate de chapa.

Êxtase total. Haja coração!
Passa a régua, pede a saideira e a conta! MENGÃO 3X0.
É bão dimais, sô!


segunda-feira, 13 de outubro de 2014

NA "MODA ELEITORAL"...


domingo, 12 de outubro de 2014

UMA CAIXINHA SEM SURPRESAS

 
Por imposição da minha caçula cometi a insanidade de deixar de ver Flamengo X Cruzeiro na televisão para ir ao Independência ver, ao vivo, uma pelada entre Atlético e São Paulo.

Os dois times cheios de desfalques, joguinho ruim de dar sono que só foi compensado pelas excelentes companhias. Além da minha adorável chantagista emocional, o namorado e mais um casal - todos gente boa de conversa - fizeram com que a tortura apresentada em campo fosse compensada pelo muito agradável convívio.

O bom de ver futebol no campo é ficar livre da escravatura das imagens televisivas. A gente sente muito mais o clima do jogo, vê os jogadores conversando, reclamando, etc e é muito legal.
Por exemplo, teve uma cena que não entendi até agora. Um jogador cai machucado e enquanto entram médicos, carrinho, etc, vejo o Muricy conversando longamente com o Maicon. Ambos falam, gesticulam, apontam para o campo, parecem estar combinando estratégias complexas e, dois minutos depois sai o Maicon para entrar sei lá quem!

Outra coisa engraçada, pra mim, foi observar a torcida.
A última vez que fui a um estádio (ainda se chamava estádio, agora é arena – argh!), deve ter sido muito no século passado ainda no Maracanã original.
Pois bem: nada mudou na torcida. O xingatório, as insanidades, o berreiro, as incoerências, as superstições continuam exatamente as mesmas. A impressão é que, ali dentro, o tempo parou.

Resumo da ópera, o Atlético ganhou, todos saíram felizes e, como sempre, o foguetório está rolando até agora. Resta lutar contra o sono para ver o VT da vitória do Flamengo que, apesar do profexô, vai dando alegria à nação.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

PARA A ESQUERDA, PARA A DIREITA, PARA TODOS


 
Eu proporia que se substituíssem
todos os capítulos da Constituição por:
Artigo Único - Todo brasileiro fica obrigado
a ter vergonha na cara.
Capistrano de Abreu - Historiador
* 1853 1927
 
(Valeu, Morici.)

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

QUE TIMAÇO!

 
Os deputados federais mais votados formam esse escrete:

Danrlei de Deus Goleiro (RS),
Sarney Filho (MA), Russomano, Tiririca e Feliciano (SP).
Bolsonaro, Clarissa Garotinho e Eduardo Cunha (RJ).
Heraclito (PI), Newton Cardoso Jr (MG) e Artur Bisneto (AM).

Com essa escalação não tem pra ninguém!
A república já está salva.

domingo, 5 de outubro de 2014

LEIS NÃO ESCRITAS QUE REALMENTE VALEM

Dentre as várias que conhecemos, a de Murphy (“Se algo pode dar errado dará errado”) e a de Gérson (“Gosto de levar vantagem em tudo, certo?) - criada pela Caio Domingues para o cigarro Vila Rica em 1976 - são as mais famosas.

O Gérson - um dos maiores craques que o Brasil já teve - entrou de gaiato nessa roubada pobremente defendida por José Monserrat Filho: "Houve um erro de interpretação, o pessoal começou a entender como ser malandro. No segundo anúncio dizíamos: ‘levar vantagem não é passar ninguém para trás, é chegar na frente’”.

Ora bolas, o segundo anúncio é igual a desmentido em jornais e revistas. O mal já está feito e ninguém presta atenção. Ainda mais depois desse aval à malandragem e ao famigerado jeitinho brasileiro que tanto orgulho provoca em tanta gente que posa de esclarecida e, sempre que pode, exercita com rara maestria.

Mas, por que essa conversa? Porque hoje fui votar e, por alguma conspiração cósmica, a minha seção é a mais lotada sempre.
Lá estou na fila quando chega uma avó acompanhada da filha e empurrando o neto - bebê numa cadeirinha que mais parecia uma nave espacial. A moderna vovó se adianta, fura a fila, vota, sai e entrega o carrinho para a filha furar a fila também.
Um cidadão, talvez menos acostumado a essas práticas tão constantes, gritou lá de trás: “Ôu! Dá pra alugar a criança?”

Gargalhadas, a avó e a mãe do instrumento da malandragem fazem cara feia, empinam os respectivos narizes e ignoram.

É só mais um retrato da falta de educação brasileira escorada no nosso maldito jeitinho. Que, como podemos comprovar, vem de longe e não parece estar perdendo terreno.

sábado, 4 de outubro de 2014

E LÁ SE VAI O RIO...

Junto com o Hugo Carvana que se mandou hoje.
Ou seja, o Rio de Janeiro que eu conheci e vivi, vai acabando.
Como tudo nessa vida besta.

Depois de “Vai trabalhar vagabundo” e “Bar Esperança”, ele não precisava fazer mais nada. Mas, fez. Bem ou mal, fez muito e, principalmente, representou com total galhardia o espírito carioca que vai, devagar e com triste firmeza, perdendo sua identidade.

Segundo a Wikipedia:
“O ator também foi um diretor subestimado no cinema nacional devido ao uso abundante de tomadas externas e em locais públicos (trens, ônibus, praças, ruas etc) de seus filmes, mostrando o trabalhador, o pobre na sua condição mais crua, muitas vezes até atuando diretamente com o público, que aparece como é, sem a necessidade de figurantes, o que nos deixa ter uma ótima noção dos costumes do Rio de Janeiro da década de 1970.

Nos seus filmes iniciais, ele expunha o cotidiano do carioca, abria espaço para uma crítica mais concreta, principalmente em seu segundo filme Se Segura, Malandro!, que foi rodado no governo Geisel. Tal filme se tornou possível devido ao momento político vivido em 1978, quando a produção foi lançada -um ano antes da anistia.”

Segundo o próprio:
“O humor, hoje, é moda. E se amanhã sair de moda, eu vou continuar fazendo humor. É uma devoção. Só consigo me olhar sob esse viés da alegria, da brincadeira, da ironia. Estou preso a essa bolha da alegria, e de dentro dela não pretendo sair.”

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

O VOTO “NÃO”

Com essa tragicomédia de péssimo gosto que chamam (num paroxismo de hipocrisia) de “festa da democracia”,
o que resta é a certeza de que vamos - todos - votar no menos ruim.

Li, não me lembro mais onde, uma proposta singela: deveríamos ter a opção de votar “Não”.

Considerando que votos nulos e brancos, pela esperta legislação, só servem para engordar o vencedor, se pudéssemos votar “Não”, cada voto seria descontado do total dos candidatos. Caso nenhum candidato alcançasse um percentual mínimo de votos, eles seriam trocados e nova eleição ocorreria.

O que, considerando o panorama da política brasileira, nos empurraria para uns dez anos de eleições consecutivas.
E, certamente, teríamos somente uma renovação da bandalheira uma vez que a classe política sofre de mau caratismo endêmico.
Mas, ainda que utópica, poderia ser uma oportunidade do eleitor demonstrar suas reais convicções.

Uma grande frase que define o lamaçal em que estamos atolados, ouvi outro dia de um senhor de 75 anos: “Vou votar no Aécio. Prefiro o PSDB porque eles tem know-how para roubar, sabem esconder direitinho e a gente fica menos indignado.”

Essa é a apavorante realidade que vivemos.

terça-feira, 30 de setembro de 2014

GRAN PRÊMIO DA IMBECILIDADE TELEVISIVA


É impossível achar um vencedor no geral e muito menos na expressiva categoria “séries”. Os finalistas somam-se às muitas dezenas. A disputa é acirradíssima mas, o tal do Castle desponta como grande favorito ao GPIT.

Ontem, madrugada de poucas opções (um documentário sobre o Count Basie no Arte 1 que não poderia ser ouvido na altura conveniente e outro, no Curta! sobre Oscar Niemeyer cujo já vi duas vezes), assisti um inacreditável capítulo desse Castle onde o herói canastrão e sua heroína retardada transformam uma delegacia em cenário dos anos 70 para fazer um cidadão desmemoriado se lembrar de um crime.

Chega? Que nada!

No final das contas, o denunciante lembra que era namorado de um chefão da máfia que, por causa dele, desiste de pedir uma mulher em casamento e é assassinado a mando da desprezada.
Cuja não sabia da razão da desistência do executado!
(Um prato cheio para os ‘Levy Fidelix’ da vida.)

É tudo tão impressionante que não dá nem sono. Dá é raiva porque quando você pensa que não pode acontecer nada mais babaca, eles se superam.

Uma última zapeada me anuncia o 785º capítulo da 82ª temporada de Friends. Fui dormir e sonhei que estava numa lancha atrapalhando o casamento do George Clooney em Veneza.
Tá feia a coisa pro meu lado.

domingo, 28 de setembro de 2014

CENAS NORDESTINAS


E lá se foi o locutor que vos fala para três dias de trabalho no nordeste.
Recebido da forma inacreditável que só quem vai lá sabe como é (diretamente proporcional ao calor e à brisa suave e constante)
e, após ficar livre de obrigações outras, sou premiado com uma última tarde à toa ciceroneado por um amigo de longa data que, esperto que é, já habita a região há quase uma década.

Roda pra lá e pra cá, acabamos numa marina no Rio Paraíba que acolhe veleiros inacreditáveis de todas as partes do planeta.
O cidadão conhece todo mundo, damos um passeio pelo local e encontramos um “capitão” bom de conversa - como a grande maioria da população residente.
Nordestino típico, conhecedor de todas as manhas marítimas, desanda a contar histórias todas ótimas e, para mim, absolutamente inéditas.

Numa dessas, ele conta que sempre que chegam veleiros, os capitães se reúnem para conversar, trocar experiências etc.
E, entre casos vários, cita a pergunta que todos eles se fazem e que dá, muito, o que pensar:
-“Quantas cores tem o mar?”

Segundo o capitão, essa pergunta é recorrente entre todos os que, como ele, cruzam esses mares que dominam dois terços desse nosso planetinha. E ninguém tem a resposta.
Daí em diante já não prestei atenção em detalhes como “monocasco”, “velame” e tantas outras expressões cujas me soam próximas a equações de física e fiquei viajando nessa perguntinha “arretada”.

Nos despedimos, entramos no carro para seguir em busca de uma cerveja gelada e comento com meu amigo sobre a perguntinha que não me sai da cabeça.
A resposta vem com a sabedoria de quem já assimilou o lugar onde vive:
-“Não importa o número. Importa continuar procurando e conhecendo.”

O voo de volta foi longo...

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

CENAS CARIOCAS

 
Domingão chuvoso, fazendo hora para o almoço, madame entra numa loja chique da Avenida Atlântica para ver as novidades.
Fico na porta olhando o marzão. Por pouco tempo porque logo se aproxima, na faixa fechada aos domingos para os cariocas praticarem esportes saudáveis, uma empolgadíssima passeata com uns trinta participantes gritando slogans no naipe “A chuva está na rua e a luta continua”.
Mais original é difícil.

A uns dez metros à minha direita, também se escondendo da chuva, dois caras no estilo casaco-de-moleton-bermudão-tênis conversam enquanto pitam baseados de quase um palmo. Um guardinha se aproxima, dá uma olhada e, civilizadamente, faz que não vê.

À frente, debaixo das árvores, um mendigo discute acaloradamente com suas sacolas cheias e, depois de ponderar consigo mesmo e com suas sacolas, se acalma e segue debaixo da chuva. (Fotos)

Madame decide que nada lhe agradou e vamos ao almoço familiar.
Depois de um lauto regabofe japonês (ou rega-bofe como prefere o Houaiss) seguimos fazendo hora para embarcar de volta.

O Fla-Flu está passando na televisão e, discriminado por meus maus hábitos, tenho que assistir apoiado na janela para poder fumar em paz. Ao apagar o primeiro cigarro, olho para o prédio em frente onde, dois andares abaixo, um cidadão de aparentes 16, 18 ou 20 anos de idade está sentado na frente de um monitor, com fones de ouvido, pilotando aqueles aparelhinhos que deixam os polegares próximos aos de nossos ancestrais.

Acaba o jogo, (1 a 1, menos mal), conversas muitas e aceleradas pela chegada da hora de irmos para o aeroporto. Um último cigarrinho, uma última checada, e o cidadão continua lá firme com seus fones de ouvido e os polegares a mil por hora.

Embarcamos de volta, viagem tranquila, chegamos em casa e, por um costume que não entendo bem, ligamos para dizer que chegamos.
Aí, vem a surpresa: minha filha informa que quando foi fechar a janela (dela), o demente dos polegares estava quebrando o vidro da janela (dele) com uma cabeçada, jogando os fones para o alto e... Vida que segue.

Esse mundo anda muito esquisito, né não?

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

“AYE” OR “NAY”?


A Escócia vota hoje se quer ou não sua independência do Reino Unido.
Pelas últimas notícias, está pau a pau.

O que me fez lembrar desse gênio doidão escocês - David Byrne - que foi para os EUA com sete anos e não sei qual a posição dele em relação à questão.

Mas, sei que ele é muito bom em tudo que faz. Desde Talking Heads, passando por trilhas sonoras premiadas com Oscar, Grammy’s vários, fotografias, livros e, provando sua versatilidade, cai no baião.


terça-feira, 16 de setembro de 2014

04:20

Esse vai-e-vem infindo, essas mudanças repentinas de humor, de tons, de sons, de cheiros, de cores, de temperaturas, de imagens, de formatos.

Esse largo sorriso que se estende e se recolhe com a mesma doçura, essas maneiras diversas de se apresentar: ora suave, ora raivosa, ora sedutora, ora traiçoeira, ora poética, ora patética.

Essa eterna capacidade de dar e tomar com a mesma naturalidade e desígnios somente compreensíveis com o passar do tempo.

Essa sensação de grandeza e miudeza transmitida, ao mesmo tempo, sem nenhuma relação aparente, sem nenhum sentido, nenhuma lógica, mas que se expressa com imensa clareza.

Essa presença constante que, por vezes, leva ao descuido da observação, mas que, pela permanência insistente em todos os cinco sentidos, logo desfaz a nefasta indiferença provocada pelo costume.

Esses sentidos - que podem até estar oprimidos pela ausência física mas, definitivamente, fazem com que sua presença esteja sempre instalada na minha mais profunda intimidade.

Estou falando do mar.
Mas, como poderia também estar falando da mulher amada, acho que, tranquilamente, a troca de gênero de o mar para a mar seria benvinda.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

OPORTUNIDADE DE MÍDIA...

... É isso aí!



KRIG-HA, BANDOLO!

"O Mangani é a língua usada pela espécie de grandes macacos entre os quais Tarzan se criou e dos quais veio a ser o líder, nas novelas de Edgard Rice Burroughs - a partir de Tarzan dos Macacos (Tarzan of the Apes), de 1912."

Significa “Cuidado, aí vem o inimigo!”.

E foi também o título do primeiro disco solo do Raul Seixas que, como podemos ver no vídeo abaixo, continua mais vivo do que nunca.


quarta-feira, 10 de setembro de 2014

IMPORTANTÍSSIMO MOMENTÍSSIMO

 
Com milhares de processos em atraso - incluindo um que já dura 15 anos e gerou “perplexidade” (!!!) no Marco Aurélio (aquele que gosta de falar “tribunáhl federáhl”) - o STF, cujos integrantes já se encontram à beira da estafa por ter que trabalhar uns 10 dias por mês durante uns nove meses por ano, teve uma folguinha hoje para as supremas solenidades de posse de mais um excelentíssimo, ilustríssimo e ministríssimo presidente da suprema corte.

Menos mal que, dessa vez o hino foi executado pela banda dos fuzileiros navais. Bem melhor que o vexame de Daniela Mercury em 2012. (veja aqui: http://hajamuuitosaco.blogspot.com/search?q=ayres+britto#ixzz3CwHotcyN)

Mais uma “festa da democracia” com pompa, circunstância e muuuito blá-blá-blá. E, também como sempre, um monte de figuras sentadas na plateia que deveriam estar no recinto, mas sentadas no banco dos réus.

Toda a cerimônia - que poderia até ser emocionante caso seus integrantes fossem merecedores - pra variar, passa a deprimente impressão de ser muito caramelo pra muito pouco sorvete.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

VALE O ESCRITO?

 
Se seguissem a ética do jogo do bicho talvez nossos valorosos candidatos conseguissem valorizar a Política (com “P” maiúsculo) em vez de fazê-la chafurdar mais e mais nessa lama criada e alimentada por eles mesmos.

Tudo bem que Saúde, Segurança etc, etc, têm seu peso mas, acho que a Educação é o tema mais importante no Brasil de hoje.
Assim, fui atrás dos “programas de governo” (rsrs) dos principais candidatos (rsrsrs) dessa “festa da democracia” (rsrsrsrs) no que se referem a este item.

Para quem não consegue ir além dos 140 caracteres, já vou logo adiantando: blá-blá-blá...
E, não importa o resultado, all in que vai continuar tudo na mesma.

DILMA – EDUCAÇÃO
Fonte: https://www.pt.org.br/wp-content/uploads/2014/07/Prog-de-Governo-Dilma-2014-INTERNET1.pdf

Transformação da qualidade do ensino.
A proposta de investir fortemente na qualidade da Educação e, ao mesmo tempo, ampliar cada vez mais o acesso ao ensino, em todos os níveis – desde as necessárias creches até os cursos mais especializados–, manterá esse setor da vida pública como o responsável pelo êxito das metas de várias outras áreas da administração pública. Vai dar solidez à posição social dos brasileiros que subiram na escala social e estão hoje em posição melhor que a de origem.
Continuará a dar chances de ascensão àqueles que ainda permanecem pobres e vai garantir mão de obra na quantidade e qualidade necessárias para sustentar o crescimento do país. Cada vez mais, deverá ser ampliada a produção da Ciência, da Tecnologia e da Inovação necessárias para que o Brasil ingresse efetivamente numa sociedade do conhecimento.
Para essa grande transformação na realidade educacional do Brasil, o governo tomou a iniciativa de destinar os recursos originários da exploração do petróleo, no pré e no pós-sal, para as ações nessa área.

No novo governo de Dilma, estarão gradativamente disponíveis para a Educação 75% dos royalties do petróleo e 50% dos excedentes em óleo do pré-sal.
Somados ao orçamento da Educação, que teve considerável aumento em doze anos, os recursos provenientes da comercialização do petróleo oriundo do pré-sal vão tornar realidade o Plano Nacional de Educação (PNE), que o Governo Dilma aprovou sem vetos.
Vamos continuar ampliando o atendimento em creches para universalizar a educação infantil de 4 a 5 anos até 2016. Vamos continuar ampliando e qualificando a rede de educação em tempo integral, de forma que ela atinja até 20% da rede pública, até 2018. Vamos garantir, com o PRONATEC, a formação plena da juventude brasileira, com acesso ao conhecimento científico e tecnológico, por meio de um Pacto Nacional pela Melhoria de Qualidade do Ensino Médio, até 2016. Vamos conceder, no período 2015-2018, mais 100 mil bolsas do Ciência sem Fronteiras.
Vamos fazer uma mudança curricular e na gestão das escolas. Vamos enfrentar o desafio de valorizar o professor, com melhores salários e melhor formação.

MARINA – EDUCAÇÃO
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/08/1508327-confira-o-programa-de-governo-de-marina-silva-ponto-a-ponto.shtml - 29/08/2014  21h08 - Atualizado em 01/09/2014 às 13h46

A candidata defende acelerar o Plano Nacional de Educação, que prevê destinar 10% do PIB à educação, e ampliar os recursos destinados ao Fundeb (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica).
Outra meta é estabelecer o ensino integral para a educação básica.
Marina também propõe a universalização da educação infantil entre crianças de 4 e 5 anos. O projeto defende que todas as escolas tenham acesso a "internet veloz e estável" até 2018. E quer implementar a Rede Nacional de Inovação Educacional e a Prova Nacional para Docentes (de caráter optativo). A presidenciável também propõe que o Fundo Setorial do Petróleo volte a ser alocado no FNDCT (Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), como era até 2012. Também propõe medidas para ampliar o acesso ao Ensino Superior.

AÉCIO – EDUCAÇÃO
Fonte: http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/tucanos-correm-com-programa-de-governo-mas-nao-tem-data -
PSDB | 07/09/2014 08:42

Tucanos correm com programa de governo mas não têm data

 

domingo, 7 de setembro de 2014

NOSTALGIA

Segundo o Houaiss
as definições de nostalgia são:

substantivo feminino
1    melancolia profunda causada pelo afastamento da terra natal
2    Rubrica: psicologia.
distúrbios comportamentais e/ou sintomas somáticos provocados pelo afastamento do país natal, do seio da família e pelo anseio extremo de a eles retornar
3    Derivação: por extensão de sentido.
saudades de algo, de um estado, de uma forma de existência que se deixou de ter; desejo de voltar ao passado
Ex.: n. da vida adolescente
4    estado melancólico devido a aspirações, desejos nunca realizados
Ex.: n. de uma vida conjugal
5     estado de tristeza sem causa aparente

Acho que todas podem estar certas e todas podem estar erradas.
Pra mim, nostalgia nada mais é do que uma saudade boa, uma dessas “crises” que acometem os seres humanos de tempos em tempos.

E uma dessas “crises” me aconteceu ontem sem a menor explicação lógica: estava eu, concentradíssimo, sofrendo com Flamengo X Grêmio quando, do nada, me veio a lembrança de um colega de ginásio (manja ginásio?) cujo não vejo e nem tenho notícia a, seguramente, uns 50 (cinquenta) anos.

O Flamengo perdeu, fiquei mal humorado, jantei e fui ao agradável convívio com a sábia que me acompanha.

Mas, a imagem daquele colega foi se multiplicando em imagens da escola, de detalhes que, achava eu, já estavam definitivamente deletados, de sensações - agradáveis ou não - cujas definitivamente me assustaram pela clareza com que se apresentaram. Parecia que eu estava com aquelas pessoas até ontem.

Resumo da ópera: fui pro fêicibúqui na captura de quantos eu pudesse achar. Achei meia dúzia, mandei mensagens engraçadinhas e, não importa se vão me responder ou não, descobri que essa é a melhor maneira de me livrar dessa tal de nostalgia.

(Mentira. Tô doido pra eles responderem.)

JÁ RESSUSCITOU SEU MORTO HOJE?


sexta-feira, 5 de setembro de 2014

SEGREDOS NEM TÃO SECRETOS

O tal aplicativo “secret” que, claro, já tem contestações na valorosa e ágil justiça brasileira, pode ser uma garimpagem divertida.

Entre centenas de “segredos” idiotas, perversões e muita boiolice, aparecem alguns que dão o que rir e o que pensar.

Seguem alguns:

Quando alguém espirra perto de mim eu seguro a respiração o máximo que posso.

Tenho medo de caminhão de cimento. Caminhão pipa também, mas cimento é pior.

Gosto de andar de ônibus, sentar na janela e fingir que estou num clipe super deprê.

Às vezes olho pro céu e sinto que vou “cair pra cima”...

Me fodo tanto que um dia me engravido.

No banho eu jogo água no rosto na expectativa de fazer igual propaganda de sabonete, mas na realidade eu quase morro afogada.

Quando não tem ninguém por perto fico tentando mover objetos com a mente.

Se um dia der um bug nesse aplicativo e todo mundo descobrir quem falou o quê, eu perco namorado, amigos, família e emprego. Só não perco peso.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

DEU NO PÚBLICO

Segue artigo publicado hoje no Público de Lisboa.
Definitivo.

3 de Setembro de 2014, 10:05
Por
 

O mercado do futebol
 
Acabou o chamado mercado de transferências e transumâncias no futebol planetário.
Chega Setembro e, por algum tempo, fala-se mais em jogos e não em empresários (verdadeiros e camuflados), agentes, “conselheiros” de jogadores, “abutres” disfarçados, fundos inquinados, manobras suspeitas, fintas ao “fair-play” da UEFA.
 
O mercado de transferências movimentou 2,3 mil milhões de euros, nas 5 ligas mais importantes da Europa: inglesa, espanhola, italiana, alemã e francesa!
Em Portugal, em tempo de crise, os chamados 3 grandes e o Braga ultrapassaram os 100 milhões em novos jogadores!
 
Acontece que este armistício mercantil dura apenas quatro meses.
Em Janeiro, lá vem outra janela escancarada de um excitante mercado.
Uma espécie de “mercado rectificativo” onde sempre há cláusulas a reverter, promessas a cumprir, monos a despachar, comissões a voar.
 
Abominável este espectáculo que os poderes máximos do “football association” (tão deslocada, hoje em dia, esta última palavra…) permitem, acalentam, sustentam e promovem. Tudo em nome da mercadoria, seja ela fungível ou fingível.
 
Mas não nos iludamos. Por detrás deste espectáculo grandioso para um reduzido número de bafejados pelo talento, sorte ou oportunidade, há o futebol dos pobres, de uma maioria que jamais é notícia.