quarta-feira, 3 de setembro de 2014

DEU NO PÚBLICO

Segue artigo publicado hoje no Público de Lisboa.
Definitivo.

3 de Setembro de 2014, 10:05
Por
 

O mercado do futebol
 
Acabou o chamado mercado de transferências e transumâncias no futebol planetário.
Chega Setembro e, por algum tempo, fala-se mais em jogos e não em empresários (verdadeiros e camuflados), agentes, “conselheiros” de jogadores, “abutres” disfarçados, fundos inquinados, manobras suspeitas, fintas ao “fair-play” da UEFA.
 
O mercado de transferências movimentou 2,3 mil milhões de euros, nas 5 ligas mais importantes da Europa: inglesa, espanhola, italiana, alemã e francesa!
Em Portugal, em tempo de crise, os chamados 3 grandes e o Braga ultrapassaram os 100 milhões em novos jogadores!
 
Acontece que este armistício mercantil dura apenas quatro meses.
Em Janeiro, lá vem outra janela escancarada de um excitante mercado.
Uma espécie de “mercado rectificativo” onde sempre há cláusulas a reverter, promessas a cumprir, monos a despachar, comissões a voar.
 
Abominável este espectáculo que os poderes máximos do “football association” (tão deslocada, hoje em dia, esta última palavra…) permitem, acalentam, sustentam e promovem. Tudo em nome da mercadoria, seja ela fungível ou fingível.
 
Mas não nos iludamos. Por detrás deste espectáculo grandioso para um reduzido número de bafejados pelo talento, sorte ou oportunidade, há o futebol dos pobres, de uma maioria que jamais é notícia.

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