Justo
quando uma simpática nadadora brasileira ganhava uma medalha numa prova que não
me lembro qual, acaba a luz.
Preocupações
imediatas: a cerveja não vai gelar, a comida não vai esquentar, a bateria não vai durar, o ar condicionado não vai esfriar, a música não vai tocar e a televisão
não vai me chatear.
Resta
pensar e/ou olhar pela janela.
Pra
minha sorte (?) a luz só acabou no
meu prédio.
Assim, posso contemplar a paisagem humana e o mar que...
Passa, saborosamente, a língua na areia... Que bem debochada,
cínica que é... Permite, deleitada, esses
abusos do mar.
(Perdão, leitores. É
que, por uma conjunção cósmica de Júpiter com Saturno, a "Folia no
Matagal" do Dusek estava tocando no exato momento em que eu batucava estas
mal traçadas.)
Constatação: pensar sem pressa é muito bom. É que, com a ausência da instantaneidade do computador, celular etc, descubro que meu cotidiano está irremediavelmente contaminado pelo imediatismo de nosso tempo.
Várias outras considerações profundas sobre o ocorrido me ocorreram, mas a luz voltou.
Preocupações
imediatas: carregar os aparelhos, ligar a música, aumentar a potência da
geladeira, regular o ar condicionado, ligar o computador e ver a empolgante
cerimônia de premiação de uma prova de natação cuja não sei qual é.
Constatação:
estou me sentindo um idiota e pretendo lutar bravamente para reverter essa
situação, com a força da torcida, dos meus familiares, do professô e de toda a
comissão técnica que vem dando todo apoio.
Interessante, até a CBN troca sempre falta de energia por falta de luz.
ResponderExcluirÉ porque nessas horas é mais difícil ir ao 'âmago da questão', caro anônimo.
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