...
estar dormindo, eu podia estar comendo um cheeseburguer, tomando uma coca-cola,
eu podia estar fumando um delicioso cigarrinho, mas não.
Estou andando,
honestamente, em direção a lugar nenhum e suando feito um cavalo de corrida.
Me
ajude a continuar nessa paranóia: doe uma cerveja - qualquer uma que não seja
artesanal porque de frescurites já me bastam as que vejo nessas madrugadas saudáveis.
O
que você leu acima é um esboço do que poderia ser um panfleto (flyer, volante, escolhe aí) para
distribuição entre as boas almas que frequentam o calçadão e a praia de manhã.
Como a chance de eu frequentar a academia do luciano huck é a mesma de ser flagrado na igreja do edir macedo, restam essas caminhadas matinais para tentar amenizar meus maus
hábitos. Assim sendo, se a maré está baixa, boto uma sunga e vou à luta.
Se
está alta, acrescento tênis, meia e vou pro calçadão.
Aí,
fico vendo a galera: a impressão é que essas criaturas passam a noite anterior
se preparando adequadamente para tão importante procedimento.
O tênis, o calção,
a camiseta, o protetor solar, o celular - com fones de ouvido, os óculos, o
boné, a pose, tudo parece ser estudado nos mínimos detalhes.
Isso
quando eles estão só andando ou correndo.
Se forem patinadores ou bicicleteiros,
multiplicam-se as frescurites por dois. Se forem mulheres, por três. Se forem
mulheres com cachorrinhos, por quatro.
É
um desfile interminável de gente que parece estar vivendo seu
momento-comercial-de-TV e ostentam uma incompreensível felicidade estampada na
face.
Parafraseando
Obelix, são loucos esses humanos.
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