Abertura do Pan de Toronto.
41 países competindo em 45 esportes com destaque para as incríveis emoções
proporcionadas por boliche, esgrima, levantamento de peso, nado sincronizado, raquetebol,
saltos ornamentais e mais algumas modalidades que atraem uma fabulosa audiência
composta por familiares, amigos chegados e, claro, outro tanto de especialistas
e analistas que brotam nesses eventos feito besouros depois da chuva.
E,
para meu desespero, serão 15 dias recheados de entrevistas com perguntas e
respostas ridículas, retardadas e decoradas.
Uma
profusão de "Você está empolgado
para participar desta competição?" seguida de "Áchuquiii... Áchuquiii... É muita emoção!".
Meu
sonho é ouvir, após uma das várias perguntas imbecis recorrentes, algo -
irônico - no gênero:
-"Você espera
fazer uma boa apresentação?"
- "Nãão... Vim só
porque tinha que vir. Acho que não tenho a menor chance mas, com sorte, posso comer
alguém, descolar um jabá, qualquer coisa..."
-"Você está
preparado?"
-"Nãão... Tô aqui
só de sacanagem. E numa ressaca danada depois do desfile de ontem..."
Mas, tudo
tem seu lado bom - ou quase: showzaço do Cirque du Soleil, maravilhoso como sempre. E,
como sempre, os narradores lendo e interpretando o 'press-kit' sobre o 'enredo'
me fizeram pensar na infinita capacidade da babaquice humana.
-"É a paisagem
canadense nos cultivando (sic) com suas expressões de amor. Isso inspira a que nós
possamos amar a quem nós desejamos."
-"São os caminhos
da exploração da terra e do sistema vascular humano!"
É
mole?
Será
que eu não posso me deliciar com as imagens e a música usando minha imaginação?
Certamente
não. Afinal, segundo o filósofo william bonner, eu sou um Homer Simpson e tenho
que ser guiado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário