sábado, 25 de abril de 2015

QUEM ME DERA AGORA EU TIVESSE A VIOLA PRA CANTAR!


Zapeando noite adentro, tropeço na parte final de um documentário no Arte 1: "Uma noite em 1967".

3o. Festival da MPB na Record, Roberto Carlos, Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil e Edu Lobo chegam no 'photochard' com Maria Carnaval e Cinzas, Alegria Alegria, Roda Viva, Domingo no Parque e Ponteio, respectivamente.
Tirando Maria Carnaval e Cinzas (realmente uma bobagem), todas as outras se tornaram clássicos da música brasileira.

Segundo Edu Lobo, foi como uma corrida de cavalos. As pessoas apostavam nas músicas, torciam, xingavam e o clima era de grande final mesmo.

E, segundo um cidadão cujo não vi o nome, esse festival teve uma ironia muito interessante: Sérgio Ricardo, debaixo de uma vaia histórica, quebra o violão e joga na plateia.
Para, em seguida, assistir Edu Lobo ganhar o festival cantando esse fortíssimo refrão de Capinam.

Numa boa, sem nenhum saudosismo e, sim, com total isenção, alguém ainda acredita na possibilidade da MPB voltar a ter só 10% dessa qualidade?

Cartas para a redação.

2 comentários:

  1. Sem chance! A música popular brasileira acabou, e há muito tempo, simplesmente porque aqueles poucos talentosos envelheceram e não houve mínima substituição. A preferida do público naquele Festival foi "Alegria, Alegria", a qual Caetano teve que bisar duas vezes. Quanto ao Sérgio Ricardo, foi um verdadeiro absurdo o que fizeram com ele, com aqueles cinco minutos de vaias ensurdecedoras que não o deixaram cantar a sua bobeirinha. Ao quebrar o seu violão, esbravejar e lançá-lo contra o público, suas palavras definiram muito bem a qualidade dos que ali estavam; "Povo subdesenvolvido, animais!" Revoltei-me com a satisfação manifestada por Blota Júnior ao anunciar a eliminação daquela música jamais cantada do Festival.
    Vitor Lemos

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    Respostas
    1. É mesmo...! Blota Júnior!
      Já dei baixa nele. (Ou ele ainda anda por aí?)

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