Zapeando noite adentro,
tropeço na parte final de um documentário no Arte 1: "Uma noite em 1967".
3o.
Festival da MPB na Record, Roberto Carlos, Caetano Veloso, Chico Buarque,
Gilberto Gil e Edu Lobo chegam no 'photochard' com Maria Carnaval e Cinzas,
Alegria Alegria, Roda Viva, Domingo no Parque e Ponteio, respectivamente.
Tirando
Maria Carnaval e Cinzas (realmente uma
bobagem), todas as outras se tornaram clássicos da música brasileira.
Segundo
Edu Lobo, foi como uma corrida de cavalos. As pessoas apostavam nas músicas,
torciam, xingavam e o clima era de grande final mesmo.
E,
segundo um cidadão cujo não vi o nome, esse festival teve uma ironia muito interessante:
Sérgio Ricardo, debaixo de uma vaia histórica, quebra o violão e joga na
plateia.
Para,
em seguida, assistir Edu Lobo ganhar o festival cantando esse fortíssimo refrão
de Capinam.
Numa boa, sem
nenhum saudosismo e, sim, com total isenção, alguém ainda acredita na
possibilidade da MPB voltar a ter só 10% dessa qualidade?
Cartas
para a redação.
Sem chance! A música popular brasileira acabou, e há muito tempo, simplesmente porque aqueles poucos talentosos envelheceram e não houve mínima substituição. A preferida do público naquele Festival foi "Alegria, Alegria", a qual Caetano teve que bisar duas vezes. Quanto ao Sérgio Ricardo, foi um verdadeiro absurdo o que fizeram com ele, com aqueles cinco minutos de vaias ensurdecedoras que não o deixaram cantar a sua bobeirinha. Ao quebrar o seu violão, esbravejar e lançá-lo contra o público, suas palavras definiram muito bem a qualidade dos que ali estavam; "Povo subdesenvolvido, animais!" Revoltei-me com a satisfação manifestada por Blota Júnior ao anunciar a eliminação daquela música jamais cantada do Festival.
ResponderExcluirVitor Lemos
É mesmo...! Blota Júnior!
ExcluirJá dei baixa nele. (Ou ele ainda anda por aí?)