domingo, 19 de abril de 2015

O ÂNHO.


Sábado, praia, cerveja, almoço, música, poker e um flanelinha fanho. (Em Politicamentum Correctum: "Parking-Orientêitor portador de ligeira deficiência vocálica".)

É que em frente ao meu cubiculum existe um shopping inusitado que, literalmente, se derrama sobre o mar, com uma varanda enorme que fica cheia de domingo a domingo.

Então, a calçada embaixo da minha janela é dominada pelo flanelinha que para o trânsito, indica as vagas (A-í, a-trão!), comanda as saídas (Ê-NHA!, Ê-nha!, ênha... ên...) e recolhe seus caraminguás.

É engraçado e já está incorporado ao meu cenário auditivo junto com o barulho das ondas e o ronco das motos.

Só que, nesta tarde apareceu um concorrente querendo dividir o espaço. Aí, danou-se:
-Ão í me-í ão! A-í é eu í mândo!
-Úida us eus i eu úido us meus. (O outro também era ânho!)
-Ê ão abe om em á mê-êndo!
-Ái á lá!

E por aí seguiram, começaram a me atrapalhar, fechei a janela e liguei o ar. Durei bastante no jogo e quando acabou fui checar a rua. O ânho original saiu vitorioso. Estava sozinho de novo, correndo pra á e pra cá e tudo voltou ao normal.

Ê-nha...

2 comentários:

  1. Kkkkkkkkkkkkk...... Estou chorando de rir, imaginando a cena dos dois fanhos discutindo. Dois flanelinhas fanhos debaixo da sua janela? Vai ter sorte assim lá na casa do carvalho.

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    1. Já tentei relacionar com o jogo do bicho, mas não imaginei nada.
      Aceito colaborações.

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