quinta-feira, 27 de março de 2014

FALTA DO QUE FAZER?

 
O líder, chefe, rei, seja lá o que for da Coreia do Norte deveria ter mais o que fazer – ainda mais com uma gracinha dessas ao lado.
Na verdade, isso não é nada surpreendente numa ditadura feroz.
Embora hoje muita gente faça questão de "esquecer", já tivemos ocorrências paralelas por aqui.
Mas, pra mim, o melhor da notícia são os verbos no futuro do pretérito:

A Radio Free Asia noticiou na terça-feira, 25, que universitários do sexo masculino da Coreia do Norte estão obrigados desde o início do mês a adotar o mesmo corte de cabelo do ditador do país, Kim Jong-un. Alunas teriam que imitar o corte da mulher do líder, Ri Sol-ju.

A medida, que começou a ser aplicada em Pyongyang, agora já estaria em vigor em todo o país. “O corte de cabelo do nosso líder é muito especial. Mas ele não fica bem em todas as pessoas, já que as pessoas tem rostos e cabeças de formatos diferentes”, teria dito uma fonte da Radio Free Ásia.

Os cortes de cabelos seriam controlados na Coreia de Norte há algum tempo – existiriam 10 cortes disponíveis para os homens e 18 para as mulheres.

ATUALIZAÇÃO
Não foi à toa o texto cheio de "seriam", "teria dito", "existiriam", etc.
Mas...

Do UOL, em São Paulo   27/03/2014 18h44
Essa pode ser mais uma daquelas histórias esquisitas sobre o país que acabam se revelando falsas, embora seja conhecido que existe sim uma "política de moda" por parte do governo.

Choe Cheong-ha, que deixou o país em 2004, confirma que uma organização de jovens dirigida pelo governo checa com frequência se as pessoas estão vestidas "adequadamente", o que quer dizer: usar broches na lapela da camisa com as imagens dos antigos líderes Kim-Il Sung e Kim Jong II; no caso de vestidos e saias, o comprimento deve ficar abaixo dos joelhos, entre outras regras. São proibidas calças jeans e roupas com palavras em inglês.

Em 2005, o governo 'declarou guerra' contra homens de cabelos compridos, chamando-os de antissocialistas bobos e anti-higiênicos, obrigando-os a adotar o "estilo socialista" --com máximo de 5 centímetros para o comprimento. Anúncios na TV estatal chegaram a identificar os violadores da campanha que alertava os "cegos seguidores do estilo de vida burguês", expondo seus nomes e endereços à zombaria do país inteiro.
Para convencer, a campanha declarava que cabelos compridos atrapalhavam a atividade cerebral ao afastar o oxigênio dos nervos da cabeça --só não explicava por que as mulheres eram autorizadas a usar cabelos longos...
 

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