Diga lá, atento leitor: por que o ser humano precisa tanto de rituais?
Qualquer jogo de futebol, vôlei, basquete ou bola de gude, envolve um monte de rituais que vão desde a entrada no campo até o final: saudação à torcida, hinos, entrevistas repetitivas, etc, etc.
Qualquer reunião daqueles lá - os que fingem que trabalham para o “povo” - envolve a mesma ou maior quantidade de rapapés e tudo mais.
Em todo e qualquer agrupamento humano parece haver uma série de códigos e comportamentos obrigatórios cujos devem, sempre, ser realizados.
Seja em reunião de condomínio, de família ou de trabalho, seja em pretensamente agradáveis e inocentes encontros para tomar chopp e jogar conversa fora, é preciso um extremo cuidado. Principalmente nesse último item porque aí é que mora um dos supra-sumos da hipocrisia: ninguém "joga conversa fora". Tudo o que você disser deve ser, sempre, cuidadosamente pensado e repensado.
É preciso paciência e atenção porque se você infringir as regras será cruelmente tratado e devidamente afastado do convívio.
Então, vamos continuar saudando as pessoas com as mesmas palavras, vamos continuar conversando e, principalmente, concordando sobre os mesmos temas, vamos continuar agindo como miquinhos amestrados e seremos eternamente felizes e integrados.
A exceção que confirma a regra é quando pessoas amigas, envolvidas no tal do convívio social, estão cagando e andando pra essas bobagens.
Mas isso é raro. Muito raro.
quinta-feira, 31 de março de 2011
quarta-feira, 30 de março de 2011
SANTA BOQUINHA, BATMAN!
Partidos políticos são (ou deveriam ser) a representação de ideias e preferências de parcelas da sociedade. São (ou deveriam ser) decorrência de movimentos de lideranças e grupos sociais. Ou seja, deveriam nascer de baixo para cima.
Partidos artificiais têm sua trajetória mais ou menos traçada: o PRN do Collor, o PSP do Jânio, só pra ficar nos mais característicos, são exemplos claros de agremiações que serviram somente a projetos e interesses pessoais.
Agora vem mais um – o PSD cujo, na definição do fundador, não será nem de direita, nem de esquerda e nem de centro. Ora bolas, se é assim, devia ter ficado com a sigla original: PDB – Partido Da Boquinha.
Em tempo.
Seguindo o costume de incensar os que se vão, a mídia já canonizou o Zé de Alencar que, entre outras façanhas, se elegeu senador em 1998 gastando mais do dobro do que gastou Itamar pra se eleger governador. Que era do PMDB, depois PL e depois PRB. E que deixou uma suposta filha sem resposta. Ou pior: declarando que a suposta mãe da criatura era uma puta.
Brasil-sil-sil!
Partidos artificiais têm sua trajetória mais ou menos traçada: o PRN do Collor, o PSP do Jânio, só pra ficar nos mais característicos, são exemplos claros de agremiações que serviram somente a projetos e interesses pessoais.
Agora vem mais um – o PSD cujo, na definição do fundador, não será nem de direita, nem de esquerda e nem de centro. Ora bolas, se é assim, devia ter ficado com a sigla original: PDB – Partido Da Boquinha.
Em tempo.
Seguindo o costume de incensar os que se vão, a mídia já canonizou o Zé de Alencar que, entre outras façanhas, se elegeu senador em 1998 gastando mais do dobro do que gastou Itamar pra se eleger governador. Que era do PMDB, depois PL e depois PRB. E que deixou uma suposta filha sem resposta. Ou pior: declarando que a suposta mãe da criatura era uma puta.
Brasil-sil-sil!
terça-feira, 29 de março de 2011
FRASE
Nada como uma (deliciosa) viagenzinha de fim de semana. Bom também é chegar e constatar que você não tem telefone, televisão e internet. Melhor ainda é aguardar apenas 28 horas para ter seu problema solucionado.
Mas, quem não tem reclamação das Nets e Skys da vida?
(Cartas para a redação.)
Lógico que três dias fora do ar se traduzem numa quantidade assustadora de e-mails. De todos, valeu Elaine!
"Com uma mulher na presidência, o Brasil pode melhorar ou piorar. Estacionar é que não vai conseguir!"
Mas, quem não tem reclamação das Nets e Skys da vida?
(Cartas para a redação.)
Lógico que três dias fora do ar se traduzem numa quantidade assustadora de e-mails. De todos, valeu Elaine!
"Com uma mulher na presidência, o Brasil pode melhorar ou piorar. Estacionar é que não vai conseguir!"
sexta-feira, 25 de março de 2011
MAS PRECISA DE LEI?
O STF adiou (ou derrubou?) a Lei da Ficha Limpa por causa do artigo 16 da Constituição que reza: A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até 1 (um) ano da data de sua vigência.
Assim, notórios meliantes, muito votados, assumirão normalmente seus cargos.
Sobre isso, brilhante como sempre, o Sandro Vaia hoje no Noblat:
“Existe na nossa narrativa política e no imaginário do eleitor brasileiro, a indefinível e confortável figura do 'eles'- aqueles seres melífluos, estranhos, misteriosos e sem identificação em quem podemos jogar as responsabilidades que nós mesmos não temos coragem de assumir. Se o Congresso é um lixo, não é culpa de quem o elegeu, mas é culpa 'deles' - o ente misterioso que conspira contra nosso edifício ético e moral.”
E ainda vem o Itamar propondo a desobrigação do voto. É isso aí, topetudo! Nós somos um exemplo de país culto e democrático.
Sem a obrigação do voto, vamos todos para a praia e deixamos pra “eles” a chatura de votar nessa corja.
Depois, quando dá merda, a gente reclama e passa e repassa e-mails indignadíssimos mas, perder a prainha, nem pensar...
Assim, notórios meliantes, muito votados, assumirão normalmente seus cargos.
Sobre isso, brilhante como sempre, o Sandro Vaia hoje no Noblat:
“Existe na nossa narrativa política e no imaginário do eleitor brasileiro, a indefinível e confortável figura do 'eles'- aqueles seres melífluos, estranhos, misteriosos e sem identificação em quem podemos jogar as responsabilidades que nós mesmos não temos coragem de assumir. Se o Congresso é um lixo, não é culpa de quem o elegeu, mas é culpa 'deles' - o ente misterioso que conspira contra nosso edifício ético e moral.”
E ainda vem o Itamar propondo a desobrigação do voto. É isso aí, topetudo! Nós somos um exemplo de país culto e democrático.
Sem a obrigação do voto, vamos todos para a praia e deixamos pra “eles” a chatura de votar nessa corja.
Depois, quando dá merda, a gente reclama e passa e repassa e-mails indignadíssimos mas, perder a prainha, nem pensar...
quinta-feira, 24 de março de 2011
DESCOBRI A FONTE!
Sabe de onde os carnavalescos tiram as tão originais idéias?
É de lá mesmo, da matriz.
Duvida?
Então assiste a essa cena da entrada de Cleópatra em Roma.
O filme é de 1963 e tá tudo aí: mulheres peladas sambando, efeitos especiais, alas coreografadas, alegorias, adereços, carros alegóricos, mais mulheres peladas sambando e tudo o mais que se tem direito nesse desfile que tem, inclusive, a chegada triunfal na hollywoodiana praça romana da apoteose. E, no último take, a cativante piscadinha da Liz Taylor para o Rex Harrison.
Daí, talvez, a recorrente obsessão deles, os carnavalescos, pelo Egito.
Em tempo: Claro que essa fabulosa descoberta se deveu ao passamento da Elizabeth Taylor. Muito linda mas, como atriz, nunca achei esse futebol todo não.
É de lá mesmo, da matriz.
Duvida?
Então assiste a essa cena da entrada de Cleópatra em Roma.
O filme é de 1963 e tá tudo aí: mulheres peladas sambando, efeitos especiais, alas coreografadas, alegorias, adereços, carros alegóricos, mais mulheres peladas sambando e tudo o mais que se tem direito nesse desfile que tem, inclusive, a chegada triunfal na hollywoodiana praça romana da apoteose. E, no último take, a cativante piscadinha da Liz Taylor para o Rex Harrison.
Daí, talvez, a recorrente obsessão deles, os carnavalescos, pelo Egito.
Em tempo: Claro que essa fabulosa descoberta se deveu ao passamento da Elizabeth Taylor. Muito linda mas, como atriz, nunca achei esse futebol todo não.
quarta-feira, 23 de março de 2011
PEIDAR PODE.
Isso aqui está ficando tal e qual um "law & order" caboclo mas, nossa admirável justiça comprova que mais uma vez o Brasil dá exemplo ao mundo civilizado.
Então, como podemos ver a seguir, está formada a jurisprudência: o peido, sendo não deliberado, está liberado.
Poder Judiciário Federal Justiça do Trabalho
Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região
ACÓRDÃO Nº: 20071112060 Nº de Pauta:385
PROCESSO TRT/SP Nº: 01290200524202009
RECURSO ORDINÁRIO - 02 VT de Cotia
RECORRENTE: Coorpu's Com Serv de Produtos Para Estet
RECORRIDO: Marcia da Silva Conceição
EMENTA
PENA DISCIPLINAR. FLATULÊNCIA NO LOCAL DE TRABALHO.
Por princípio, a Justiça não deve ocupar-se de miuçalhas (de minimis non curat pretor). Na vida contratual, todavia, pequenas faltas podem acumular-se como precedentes curriculares negativos, pavimentando o caminho para a justa causa, como ocorreu in casu.
Daí porque, a atenção dispensada à inusitada advertência que precedeu a dispensa da reclamante.
Impossível validar a aplicação de punição por flatulência no local de trabalho, vez que se trata de reação orgânica natural à ingestão de alimentos e ar, os quais, combinados com outros elementos presentes no corpo humano, resultam em gases que se acumulam no tubo digestivo, que o organismo necessita expelir, via oral ou anal.
Abusiva a presunção patronal de que tal ocorrência configura conduta social a ser reprimida, por atentatória à disciplina contratual e aos bons costumes. Agride a razoabilidade a pretensão de submeter o organismo humano ao jus variandi, punindo indiscretas manifestações da flora intestinal sobre as quais empregado e empregador não têm pleno domínio. Estrepitosos ou sutis, os flatos nem sempre são indulgentes com as nossas pobres convenções sociais.
Disparos históricos têm esfumaçado as mais ilustres biografias. Verdade ou engenho literário, em "O Xangô de Baker Street" Jô Soares relata comprometedora ventosidade de D. Pedro II, prontamente assumida por Rodrigo Modesto Tavares, que por seu heroísmo veio a ser regalado pelo monarca com o pomposo título de Visconde de Ibituaçu (vento grande em tupi-guarani).
Apesar de as regras de boas maneiras e elevado convívio social pedirem um maior controle desses fogos interiores, sua propulsão só pode ser debitada aos responsáveis quando deliberadamente provocada.
A imposição dolosa, aos circunstantes, dos ardores da flora intestinal, pode configurar, no limite, incontinência de conduta, passível de punição pelo empregador. Já a eliminação involutária, conquanto possa gerar constrangimentos e, até mesmo, piadas e brincadeiras, não há de ter reflexo para a vida contratual.
Desse modo, não se tem como presumir má-fé por parte da empregada, quanto ao ocorrido, restando insubsistente, por injusta e abusiva, a advertência pespegada, e bem assim, a justa causa que lhe sobreveio.
ACORDAM os Juízes da 4ª TURMA do Tribunal Regional do Trabalho da Segunda Região em: por unanimidade de votos, rejeitar as preliminares de nulidade por suspeição de testemunha e por cerceamento de defesa, arguidas pela reclamada; no mérito, por igual votação, dar provimento parcial ao apelo da mesma, para expungir da condenação o pagamento de 11 dias de saldo de salário, por já devidamente quitado, expungir da condenação o pagamento de diferenças salariais decorrentes do acréscimo de 30% pelo desvio de função e suas integrações em horas extras, férias mais 1/3, 13º salários, aviso prévio e FGTS com 40%, tudo na forma da fundamentação que integra e complementa este dispositivo.
São Paulo, 11 de Dezembro de 2007.
RICARDO ARTUR COSTA E TRIGUEIROS
PRESIDENTE E RELATOR
(Valeu, Morici.)
Então, como podemos ver a seguir, está formada a jurisprudência: o peido, sendo não deliberado, está liberado.
Poder Judiciário Federal Justiça do Trabalho
Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região
ACÓRDÃO Nº: 20071112060 Nº de Pauta:385
PROCESSO TRT/SP Nº: 01290200524202009
RECURSO ORDINÁRIO - 02 VT de Cotia
RECORRENTE: Coorpu's Com Serv de Produtos Para Estet
RECORRIDO: Marcia da Silva Conceição
EMENTA
PENA DISCIPLINAR. FLATULÊNCIA NO LOCAL DE TRABALHO.
Por princípio, a Justiça não deve ocupar-se de miuçalhas (de minimis non curat pretor). Na vida contratual, todavia, pequenas faltas podem acumular-se como precedentes curriculares negativos, pavimentando o caminho para a justa causa, como ocorreu in casu.
Daí porque, a atenção dispensada à inusitada advertência que precedeu a dispensa da reclamante.
Impossível validar a aplicação de punição por flatulência no local de trabalho, vez que se trata de reação orgânica natural à ingestão de alimentos e ar, os quais, combinados com outros elementos presentes no corpo humano, resultam em gases que se acumulam no tubo digestivo, que o organismo necessita expelir, via oral ou anal.
Abusiva a presunção patronal de que tal ocorrência configura conduta social a ser reprimida, por atentatória à disciplina contratual e aos bons costumes. Agride a razoabilidade a pretensão de submeter o organismo humano ao jus variandi, punindo indiscretas manifestações da flora intestinal sobre as quais empregado e empregador não têm pleno domínio. Estrepitosos ou sutis, os flatos nem sempre são indulgentes com as nossas pobres convenções sociais.
Disparos históricos têm esfumaçado as mais ilustres biografias. Verdade ou engenho literário, em "O Xangô de Baker Street" Jô Soares relata comprometedora ventosidade de D. Pedro II, prontamente assumida por Rodrigo Modesto Tavares, que por seu heroísmo veio a ser regalado pelo monarca com o pomposo título de Visconde de Ibituaçu (vento grande em tupi-guarani).
Apesar de as regras de boas maneiras e elevado convívio social pedirem um maior controle desses fogos interiores, sua propulsão só pode ser debitada aos responsáveis quando deliberadamente provocada.
A imposição dolosa, aos circunstantes, dos ardores da flora intestinal, pode configurar, no limite, incontinência de conduta, passível de punição pelo empregador. Já a eliminação involutária, conquanto possa gerar constrangimentos e, até mesmo, piadas e brincadeiras, não há de ter reflexo para a vida contratual.
Desse modo, não se tem como presumir má-fé por parte da empregada, quanto ao ocorrido, restando insubsistente, por injusta e abusiva, a advertência pespegada, e bem assim, a justa causa que lhe sobreveio.
ACORDAM os Juízes da 4ª TURMA do Tribunal Regional do Trabalho da Segunda Região em: por unanimidade de votos, rejeitar as preliminares de nulidade por suspeição de testemunha e por cerceamento de defesa, arguidas pela reclamada; no mérito, por igual votação, dar provimento parcial ao apelo da mesma, para expungir da condenação o pagamento de 11 dias de saldo de salário, por já devidamente quitado, expungir da condenação o pagamento de diferenças salariais decorrentes do acréscimo de 30% pelo desvio de função e suas integrações em horas extras, férias mais 1/3, 13º salários, aviso prévio e FGTS com 40%, tudo na forma da fundamentação que integra e complementa este dispositivo.
São Paulo, 11 de Dezembro de 2007.
RICARDO ARTUR COSTA E TRIGUEIROS
PRESIDENTE E RELATOR
(Valeu, Morici.)
terça-feira, 22 de março de 2011
HABEAS PINHO
1955, Campina Grande - Paraíba.
Um grupo de boêmios fazia serenata numa madrugada do mês de junho, quando chegou a polícia e apreendeu o violão. O grupo recorreu aos serviços do advogado Ronaldo Cunha Lima, recentemente saído da Faculdade e que também apreciava uma boa seresta.
Ele peticionou em Juízo para que fosse liberado o violão. O pedido ficou conhecido como "Habeas Pinho".
Mais tarde, Ronaldo Cunha Lima foi eleito Deputado Estadual, Prefeito de Campina Grande, Senador da República, Governador do Estado - quando deu três tiros em Tarcísio Burity por "desavenças políticas". Burity não morreu no incidente e, até agora, ficou tudo por isso mesmo.
Segue a petição:
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da 2ª Vara desta Comarca:
O instrumento do crime que se arrola
Neste processo de contravenção
Não é faca, revólver nem pistola,
É simplesmente, doutor, um violão.
Um violão, doutor, que na verdade,
Não matou nem feriu um cidadão,
Feriu, sim, a sensibilidade
De quem o ouviu vibrar na solidão.
O violão é sempre uma ternura,
Instrumento de amor e de saudade,
Ao crime ele nunca se mistura,
Inexiste entre eles afinidade.
O violão é próprio dos cantores,
Dos menestréis de alma enternecida
Que cantam as mágoas e que povoam a vida
Sufocando suas próprias dores.
O violão é música e é canção,
É sentimento de vida e alegria,
É pureza e néctar que extasia,
É adorno espiritual do coração.
Seu viver, como o nosso, é transitório,
Porém seu destino se perpetua,
Ele nasceu para cantar na rua
E não para ser arquivo de Cartório.
Mande soltá-lo pelo Amor da noite,
Que se sente vazia em suas horas,
Para que volte a sentir o terno açoite
De suas cordas leves e sonoras.
Libere o violão, Dr. Juiz,
Em nome da Justiça e do Direito,
É crime, porventura, o infeliz
cantar as mágoas que lhe enchem o peito?
Será crime, e, afinal, será pecado,
Será delito de tão vis horrores,
perambular na rua um desgraçado
derramando ali as suas dores?
É o apelo que aqui lhe dirigimos,
Na certeza do seu acolhimento,
Juntando esta petição aos autos nós pedimos
e pedimos também deferimento.
Ronaldo Cunha Lima, advogado.
O juiz Arthur Moura, sem perder o ponto, deu a sentença no mesmo tom: Para que eu não carregue remorso no coração, Determino que seja entregue ao seu dono, Desde logo, O malfadado violão!
(Essa eu recebi de tanta gente diferente que nem tem como dar crédito de agradecimento.)
Um grupo de boêmios fazia serenata numa madrugada do mês de junho, quando chegou a polícia e apreendeu o violão. O grupo recorreu aos serviços do advogado Ronaldo Cunha Lima, recentemente saído da Faculdade e que também apreciava uma boa seresta.
Ele peticionou em Juízo para que fosse liberado o violão. O pedido ficou conhecido como "Habeas Pinho".
Mais tarde, Ronaldo Cunha Lima foi eleito Deputado Estadual, Prefeito de Campina Grande, Senador da República, Governador do Estado - quando deu três tiros em Tarcísio Burity por "desavenças políticas". Burity não morreu no incidente e, até agora, ficou tudo por isso mesmo.
Segue a petição:
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da 2ª Vara desta Comarca:
O instrumento do crime que se arrola
Neste processo de contravenção
Não é faca, revólver nem pistola,
É simplesmente, doutor, um violão.
Um violão, doutor, que na verdade,
Não matou nem feriu um cidadão,
Feriu, sim, a sensibilidade
De quem o ouviu vibrar na solidão.
O violão é sempre uma ternura,
Instrumento de amor e de saudade,
Ao crime ele nunca se mistura,
Inexiste entre eles afinidade.
O violão é próprio dos cantores,
Dos menestréis de alma enternecida
Que cantam as mágoas e que povoam a vida
Sufocando suas próprias dores.
O violão é música e é canção,
É sentimento de vida e alegria,
É pureza e néctar que extasia,
É adorno espiritual do coração.
Seu viver, como o nosso, é transitório,
Porém seu destino se perpetua,
Ele nasceu para cantar na rua
E não para ser arquivo de Cartório.
Mande soltá-lo pelo Amor da noite,
Que se sente vazia em suas horas,
Para que volte a sentir o terno açoite
De suas cordas leves e sonoras.
Libere o violão, Dr. Juiz,
Em nome da Justiça e do Direito,
É crime, porventura, o infeliz
cantar as mágoas que lhe enchem o peito?
Será crime, e, afinal, será pecado,
Será delito de tão vis horrores,
perambular na rua um desgraçado
derramando ali as suas dores?
É o apelo que aqui lhe dirigimos,
Na certeza do seu acolhimento,
Juntando esta petição aos autos nós pedimos
e pedimos também deferimento.
Ronaldo Cunha Lima, advogado.
O juiz Arthur Moura, sem perder o ponto, deu a sentença no mesmo tom: Para que eu não carregue remorso no coração, Determino que seja entregue ao seu dono, Desde logo, O malfadado violão!
(Essa eu recebi de tanta gente diferente que nem tem como dar crédito de agradecimento.)
domingo, 20 de março de 2011
DIFERENÇAS
DILMA, DE VESTIDO E SAPATOS VERMELHOS, RECEBE OBAMA.
-Mas que vestidinho chinfrim...
-E os sapatos?
-Esse xalezinho, sei não...
-Tá gorda, né?
Mulheres.
Lutam bravamente para conquistar seu espaço profissional. Lutam contra preconceitos arraigados, lutam contra tudo e contra todos. Quando conseguem o que lhes é de direito continuam a lutar contra tudo e todos.
Homens.
Lutam bravamente para conquistar seu espaço profissional. Quando conseguem o que lhes é de direito, comemoram e seguem a vida.
A Dilma chegou à presidência com aproximadamente 56 milhões de votos. Desse total, também aproximadamente, 32 milhões de votos femininos. Num eleitorado de 135 milhões, as mulheres representam cerca de 68 milhões de votos.
Pois bem. Dilma, hoje, enfrenta não só a oposição política (entre aspas porque o que vemos é, como sempre, uma brincadeira de mau gosto), como também a crítica aguda e permanente de TODAS as mulheres brasileiras quanto ao seu vestido, seu sapato, seu cabelo, sua maquiagem, etc, etc, etc.
É dura a vida...
-Mas que vestidinho chinfrim...
-E os sapatos?
-Esse xalezinho, sei não...
-Tá gorda, né?
Mulheres.
Lutam bravamente para conquistar seu espaço profissional. Lutam contra preconceitos arraigados, lutam contra tudo e contra todos. Quando conseguem o que lhes é de direito continuam a lutar contra tudo e todos.
Homens.
Lutam bravamente para conquistar seu espaço profissional. Quando conseguem o que lhes é de direito, comemoram e seguem a vida.
A Dilma chegou à presidência com aproximadamente 56 milhões de votos. Desse total, também aproximadamente, 32 milhões de votos femininos. Num eleitorado de 135 milhões, as mulheres representam cerca de 68 milhões de votos.
Pois bem. Dilma, hoje, enfrenta não só a oposição política (entre aspas porque o que vemos é, como sempre, uma brincadeira de mau gosto), como também a crítica aguda e permanente de TODAS as mulheres brasileiras quanto ao seu vestido, seu sapato, seu cabelo, sua maquiagem, etc, etc, etc.
É dura a vida...
sexta-feira, 18 de março de 2011
SOLUÇÃO
Do Flávio Gomes, comentarista da ESPN:
-“Quando eu for presidente do mundo
vou proibir os jogadores de futebol de fazer coraçãozinho com as mãos depois do gol.
Caso insistam, serão abatidos a tiros.”
Seguindo a brilhante idéia podemos enfileirar os comoventes “momentos de fé”, beijinhos nas camisas e/ou nas tatuagens e os nojentos dedões na boca.
quinta-feira, 17 de março de 2011
TRÊS PASSINHOS
Ver o Barcelona, a Inter de Milão ou a seleção espanhola jogando futebol é, hoje, um enorme prazer. Mas, ontem, tínhamos agradáveis obrigações a cumprir: Fortaleza X FLAMENGO pela Taça Brasil.
Aí dá uma angústia...
E lá vai teoria: ver o futebol de Barcelona et caterva e ver o Flamengo e todos os outros times brasileiros é constatar que (Heresia!) estamos muito atrasados.
Pra mim o problema pode se resumir nos três passinhos.
É que os jogadores brasileiros recebem a bola e dão, no mínimo, três passinhos enquanto tentam pensar no que vão fazer.
Quando não, fazem lançamentos (chutões) cujos, em 99,9% das vezes, são errados.
Os outros, aqueles lá, antes de receber a bola já têm diversas opções na cabeça e tocam com mais rapidez e eficiência.
Com a imparcialidade que é modesta marca da minha personalidade, devo declarar que até agora, no cenário tupiniquim, só vi duas exceções: Ronaldinho e Thiago Neves.
Ronaldinho, todos imaginamos o que pode fazer. Ou não. Porque o cidadão sabe tudo de bola. (O SporTV anda mostrando duas matadas dele que são uma poesia visual.)
Quanto ao Thiago Neves, é um ótimo jogador, tem mostrado vontade, categoria, etc, etc, mas, pra mim, não parece um jogador do Flamengo. Não sei explicar se é veiêra ou preconceito, escolhe aí o que quiser. Mas que ele não tem “jeitão” de jogador do Flamengo, não tem, não. (Zanata e Tita, no início, também não tinham “jeitão”, mas hoje não costuma haver mais tempo pra essas mudanças.)
O Ronaldinho tem “jeitão”.
• Que fique muito claro o meu direito inalienável de mudar - radicalmente - de idéia daqui a 15 minutos.
• Impagável:
No meio do segundo tempo o narrador anuncia substituição no Fortaleza. Sai Léo Andrade para entrar Tatu.
E manda: -“Agora o Lédio vai analisar a entrada do Tatu...”
• Pra variar: Fortaleza 0 X 3 FLAMENGO
Aí dá uma angústia...
E lá vai teoria: ver o futebol de Barcelona et caterva e ver o Flamengo e todos os outros times brasileiros é constatar que (Heresia!) estamos muito atrasados.
Pra mim o problema pode se resumir nos três passinhos.
É que os jogadores brasileiros recebem a bola e dão, no mínimo, três passinhos enquanto tentam pensar no que vão fazer.
Quando não, fazem lançamentos (chutões) cujos, em 99,9% das vezes, são errados.
Os outros, aqueles lá, antes de receber a bola já têm diversas opções na cabeça e tocam com mais rapidez e eficiência.
Com a imparcialidade que é modesta marca da minha personalidade, devo declarar que até agora, no cenário tupiniquim, só vi duas exceções: Ronaldinho e Thiago Neves.
Ronaldinho, todos imaginamos o que pode fazer. Ou não. Porque o cidadão sabe tudo de bola. (O SporTV anda mostrando duas matadas dele que são uma poesia visual.)
Quanto ao Thiago Neves, é um ótimo jogador, tem mostrado vontade, categoria, etc, etc, mas, pra mim, não parece um jogador do Flamengo. Não sei explicar se é veiêra ou preconceito, escolhe aí o que quiser. Mas que ele não tem “jeitão” de jogador do Flamengo, não tem, não. (Zanata e Tita, no início, também não tinham “jeitão”, mas hoje não costuma haver mais tempo pra essas mudanças.)
O Ronaldinho tem “jeitão”.
• Que fique muito claro o meu direito inalienável de mudar - radicalmente - de idéia daqui a 15 minutos.
• Impagável:
No meio do segundo tempo o narrador anuncia substituição no Fortaleza. Sai Léo Andrade para entrar Tatu.
E manda: -“Agora o Lédio vai analisar a entrada do Tatu...”
• Pra variar: Fortaleza 0 X 3 FLAMENGO
quarta-feira, 16 de março de 2011
PIADA NOVA?
Será que existe piada nova ou todas já foram feitas? Concordo que a pergunta é, de certo modo, imbecil, mas vocês se lembram da última vez que escutaram uma piada nova?
O Chico Anysio teria dito que só existem 48 situações de humor; todo o resto é adaptação. Enquanto o José Simão afirma, carregado de razão, que o Brasil é o país da piada pronta. E o Jô, usando um truque velho, afirma: “Faça piada velha para público novo e piada nova para público velho.” Muito bonitinho, muito inteligentinho, mas não diz nada.
Se prestarmos atenção nas piadas que rolam quando um time de grande torcida dá algum vexame ou quando um novo mandatário assume o poder, vamos confirmar que são sempre as mesmas.
Só os personagens são trocados.
E por aí afora.
De qualquer maneira, pra não passar em branco, vocês conhecem essa?
Dois caipiras se encontram.
- Você soube que o Belarmino morreu?
- Não! Morreu de quê?
- Catarata!
- Catarata? Mas, que eu saiba, catarata não mata!
- É que empurraram ele...
terça-feira, 15 de março de 2011
AMERICAN PINDAÍBA
Do Paulo Moreira Leite na Época:
É hora de ajudar Harvard?
Leio nos jornais que a Universidade de Harvard, uma das mais conceituadas do planeta, irá enviar uma missão para o Brasil. A isca é oferecer bolsas para estudantes e professores. O anzol é conseguir recursos brasileiros para ajudar a financiar a Universidade, às voltas com históricas dificuldades financeiras.
... Num país como o Brasil, onde as universidades vivem de chapéu na mão, essa notícia não precisa ser tratada em tom de escândalo, mas parece uma piada.
... Harvard é uma instituição privada, que cobra mensalidades caríssimas da maioria de seus estudantes. Possui um sistema de financiamento junto a elite americana que foi retratado de modo realista no filme Rede Social, que exibe o acesso de dois jovens milionários à cúpula da escola em função do patrocínio assegurado por seus pais.
... Mas a idéia de que os brasileiros devem ajudar a financiar a boa educação americana é uma aberração cultural.
É. Na pindaíba vale tudo!
Mas, acho que os caras de Harvard estão fazendo como o “exímio” atirador que primeiro acerta uma folha em branco e depois desenha o alvo...
É hora de ajudar Harvard?
Leio nos jornais que a Universidade de Harvard, uma das mais conceituadas do planeta, irá enviar uma missão para o Brasil. A isca é oferecer bolsas para estudantes e professores. O anzol é conseguir recursos brasileiros para ajudar a financiar a Universidade, às voltas com históricas dificuldades financeiras.
... Num país como o Brasil, onde as universidades vivem de chapéu na mão, essa notícia não precisa ser tratada em tom de escândalo, mas parece uma piada.
... Harvard é uma instituição privada, que cobra mensalidades caríssimas da maioria de seus estudantes. Possui um sistema de financiamento junto a elite americana que foi retratado de modo realista no filme Rede Social, que exibe o acesso de dois jovens milionários à cúpula da escola em função do patrocínio assegurado por seus pais.
... Mas a idéia de que os brasileiros devem ajudar a financiar a boa educação americana é uma aberração cultural.
É. Na pindaíba vale tudo!
Mas, acho que os caras de Harvard estão fazendo como o “exímio” atirador que primeiro acerta uma folha em branco e depois desenha o alvo...
domingo, 13 de março de 2011
CLUBINHO
Sei lá por que, mas o ser humano é chegado a associações desde a mais tenra idade. Aí, são os times, as turmas e os indefectíveis clubinhos. É clubinho de todo jeito e pra todos os fins.
O interessante é notar como a maioria segue, vida afora, levando a brincadeira muito a sério.
O cidadão, que na infância era um dinâmico participante do clubinho de soltar pipas na praia, vira executivo e rapidamente já está engajado num clubinho de negócios. O outro, que fundou um clubinho de futebol de botão, vira publicitário e já vai se arrumando num “clube de criação” da vida.
Os exemplos são infindáveis. Mas o melhor, mesmo, é observar como essas pessoas disfarçam bem. Vestem a capa da “seriedade” e até nos convencem que acreditam serem seres destinados a realizar algum propósito fundamental para a história da humanidade.
Duvida?
Então, com um pouquinho de “distanciamento histórico”, assista a um programa de esportes na televisão.
Ou a uma reportagem sobre qualquer “féxon-uík” da vida.
Ou leia, em qualquer jornal, qualquer análise sobre o momento político nacional.
Ou (essa é cruel) digite “comando estelar” no Google e fique por dentro de tudo o que andam fazendo os arcturianos, os sirianos e o que o comandante Ypsilondon pensa sobre isso tudo.
E muito mais.
Na verdade, não tenho nada contra os clubinhos.
Só não tenho paciência pra neguinho que se leva muito a sério...
quinta-feira, 10 de março de 2011
IBN* EXPLODE NO CARNAVAL
Musa do camarote da Devassa, Sandy não vai ao desfile das campeãs
Geisy Arruda pode substituir Sandy em comercial de cerveja
Apresentadores da Band passeiam por Recife no Carnaval
Ana Hickmann se irrita com brincadeiras a respeito de seu tombo durante o desfile
Fantasiada de Mulher Maravilha, Sabrina Sato pede um táxi no Leblon
No Rio, Hebe pede e recebe selinho do ator Jude Law
Pamela Anderson é confundida com Monique Evans no Carnaval do RJ
Gisele Bündchen e Tom Brady foram jantar no Gero, em Ipanema
* Índice de Babaquice Nacional
Geisy Arruda pode substituir Sandy em comercial de cerveja
Apresentadores da Band passeiam por Recife no Carnaval
Ana Hickmann se irrita com brincadeiras a respeito de seu tombo durante o desfile
Fantasiada de Mulher Maravilha, Sabrina Sato pede um táxi no Leblon
No Rio, Hebe pede e recebe selinho do ator Jude Law
Pamela Anderson é confundida com Monique Evans no Carnaval do RJ
Gisele Bündchen e Tom Brady foram jantar no Gero, em Ipanema
* Índice de Babaquice Nacional
terça-feira, 8 de março de 2011
“HAJA EGITO!...”
... Disse o Helio de La Peña, com toda propriedade.
Vão gostar de Egito assim no Oriente Médio! Toda escola tem carros, alas e o escambau pintados, decorados e fantasiados com temas egípcios.
Não importa se o enredo é a “Parábola dos Divinos Semeadores”, “Mitos e Histórias Entrelaçados pelos Fios de Cabelo” (gentilmente patrocinado pela Pantene) ou “A Imperatriz adverte: sambar faz bem à saúde” (com essas pérolas de coerência: “Oh! Mãe Africa, Do teu ventre nascia o poder de curar! Despertam as antigas civilizações, A cura pela fé nas orações! Mistérios da vida, o homem a desvendar... A mão da ciência ensina:
O mundo não pode parar!”).
E tome Egito.
E tome Luis Roberto e Glenda Kozlowski lendo press-kits até a exaustão e com entonação, que é pra dar vibração nessa grande emoção, sem deixar que a paixão atrapalhe a narração. (Acho que, no ano que vem, eu também vou fazer samba enredo...)
Pra mim, de bom mesmo, ficaram: a Unidos da Tijuca com outro show impressionante - além de um samba quase como deviam ser os sambas enredo e Lucinha e Rogerinho, porta-bandeira e mestre-sala da Portela que arrebentaram la bouche du balon.
Vão gostar de Egito assim no Oriente Médio! Toda escola tem carros, alas e o escambau pintados, decorados e fantasiados com temas egípcios.
Não importa se o enredo é a “Parábola dos Divinos Semeadores”, “Mitos e Histórias Entrelaçados pelos Fios de Cabelo” (gentilmente patrocinado pela Pantene) ou “A Imperatriz adverte: sambar faz bem à saúde” (com essas pérolas de coerência: “Oh! Mãe Africa, Do teu ventre nascia o poder de curar! Despertam as antigas civilizações, A cura pela fé nas orações! Mistérios da vida, o homem a desvendar... A mão da ciência ensina:
O mundo não pode parar!”).
E tome Egito.
E tome Luis Roberto e Glenda Kozlowski lendo press-kits até a exaustão e com entonação, que é pra dar vibração nessa grande emoção, sem deixar que a paixão atrapalhe a narração. (Acho que, no ano que vem, eu também vou fazer samba enredo...)
Pra mim, de bom mesmo, ficaram: a Unidos da Tijuca com outro show impressionante - além de um samba quase como deviam ser os sambas enredo e Lucinha e Rogerinho, porta-bandeira e mestre-sala da Portela que arrebentaram la bouche du balon.
sexta-feira, 4 de março de 2011
MAIONESE E KETCHUP
Pra mim, os Pet Shop Boys são que nem maionese e ketchup na geladeira: você não presta muita atenção, mas eles estão sempre lá.
Formada por Neil Francis Tennant (10/7/1954) e Christopher Sean Lowe (4/10/1959), é a dupla de maior sucesso na história do pop inglês, atingindo vendas superiores a 100 milhões de discos no mundo inteiro.
Formada por Neil Francis Tennant (10/7/1954) e Christopher Sean Lowe (4/10/1959), é a dupla de maior sucesso na história do pop inglês, atingindo vendas superiores a 100 milhões de discos no mundo inteiro.
quarta-feira, 2 de março de 2011
IMITAÇÕES
Foi aos 22 anos que Vincent Van Gogh (1853/1890) descobriu a obra de Jean François Millet (1814/1875). Apesar de não o ter conhecido pessoalmente, sua admiração por ele aumentaria cada vez mais ao longo do tempo.
"Millet é o guia e o conselheiro para os jovens pintores", disse ele numa de suas cartas a Theo van Doesburg.
Van Gogh não tinha escrúpulos ao reivindicar suas cópias de Millet, tal como Delacroix havia feito com as de Rubens, ou como Manet e Degas com as de Velázquez.
"Alguns copiam e outros não, eu comecei por acaso e sinto que sempre se aprende e se encontra consolo e companhia na obra do outro”, dizia
Van Gogh que se iniciou na pintura copiando primeiro Delacroix, Rembrandt e Doré. Mas foram todos substituídos definitivamente por Millet.
Pois bem. Toda essa história do Van Gogh é para falar das imitações em geral. Afinal, imitamos todos todo o tempo. É imitando que aprendemos a falar e a andar. E seguimos pela vida imitando, mal ou bem, as coisas que nos são apresentadas pelo ambiente em que vivemos.
Mas, tem sempre um mas: uma coisa é imitar acrescentando o nosso “toque” - vamos dizer assim. Outra coisa é imitar por preguiça ou safadeza mesmo. E nesse particular todos nós sabemos bem a diferença, né não?
De qualquer maneira, vem aí o carnaval e, sabe-se lá por que, vamos todos imitar a alegria incontida de sei lá quem...
"Millet é o guia e o conselheiro para os jovens pintores", disse ele numa de suas cartas a Theo van Doesburg.
Van Gogh não tinha escrúpulos ao reivindicar suas cópias de Millet, tal como Delacroix havia feito com as de Rubens, ou como Manet e Degas com as de Velázquez.
"Alguns copiam e outros não, eu comecei por acaso e sinto que sempre se aprende e se encontra consolo e companhia na obra do outro”, dizia
Van Gogh que se iniciou na pintura copiando primeiro Delacroix, Rembrandt e Doré. Mas foram todos substituídos definitivamente por Millet.
Pois bem. Toda essa história do Van Gogh é para falar das imitações em geral. Afinal, imitamos todos todo o tempo. É imitando que aprendemos a falar e a andar. E seguimos pela vida imitando, mal ou bem, as coisas que nos são apresentadas pelo ambiente em que vivemos.
Mas, tem sempre um mas: uma coisa é imitar acrescentando o nosso “toque” - vamos dizer assim. Outra coisa é imitar por preguiça ou safadeza mesmo. E nesse particular todos nós sabemos bem a diferença, né não?
De qualquer maneira, vem aí o carnaval e, sabe-se lá por que, vamos todos imitar a alegria incontida de sei lá quem...
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
OSCAR 2011 - UMA BOBAGEM BREGA
Tudo bem que o Discurso do Rei deve ser um ótimo filme (ainda não vi), que a Anne Hathaway brincou legal de Irma Vap (trocando de roupa a cada take)
e que, segundo informações colhidas, o Colin Firth merecia o prêmio desde o ano passado.
Mas aquele cenariozinho safado, Celine Dion cantando Smile e o encerramento com um bando desconexo de garotinhos e garotinhas (feios pra-ca-ce-te!) balançando cabeças e braços e cantando Over the Rainbow, foi de matar!
Pra piorar, assisti na Globo. Putz!
Alguma alma caridosa podia explicar ao José Wilker que ele não é o Jack Nicholson brasileiro e que ele nunca vai ser nada mais do que um ator razoável do terceiro mundo.
Talvez por isso, a chave de ouro foi o cidadão declarar com o ar mais blasé do planeta que o Oscar ficaria bem pra ele escorar uma porta de casa. Oh! Que moderno, que superior, que Jabor de pessoa!
e que, segundo informações colhidas, o Colin Firth merecia o prêmio desde o ano passado.
Mas aquele cenariozinho safado, Celine Dion cantando Smile e o encerramento com um bando desconexo de garotinhos e garotinhas (feios pra-ca-ce-te!) balançando cabeças e braços e cantando Over the Rainbow, foi de matar!
Pra piorar, assisti na Globo. Putz!
Alguma alma caridosa podia explicar ao José Wilker que ele não é o Jack Nicholson brasileiro e que ele nunca vai ser nada mais do que um ator razoável do terceiro mundo.
Talvez por isso, a chave de ouro foi o cidadão declarar com o ar mais blasé do planeta que o Oscar ficaria bem pra ele escorar uma porta de casa. Oh! Que moderno, que superior, que Jabor de pessoa!
domingo, 27 de fevereiro de 2011
PRA VARIAR...
FLAMENGO CAMPEÃO
DA TAÇA GUANABARA 2011
E, também pra variar, jogando mal com o profexô inventando coisas desconexas.
De qualquer maneira, gol(aço) do Ronaldinho.
Festa no Rio, no Brasil e no mundo...De qualquer maneira, gol(aço) do Ronaldinho.
Segue a vida.
sábado, 26 de fevereiro de 2011
É ASSIM MESMO?
Você resolve fazer uma reforma na sua casa, o orçamento é 100 e o prazo é um mês; você já sabe que vai custar, por baixo, uns 200 e demorar uns dois meses ou mais.
O médico marca uma consulta para você às 14h; você já sabe que vai ser (mal) atendido lá pelas 15h.
Seu vôo está marcado para as 10h; você já sabe que, com sorte, vai decolar lá pelas 11h.
Sua internet sumiu, sua TV à cabo travou, seu jornal não chegou; você já sabe que vai “estar sendo transferido” ad infinitum até que sua paciência esgote e/ou você quebre o telefone.
E por aí vai. Com todo mundo resignado e achando que isso faz parte das "mudernidades", etc, etc.
O que nos remete à história dos cinco macacos:
O que nos remete à história dos cinco macacos:

Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros o enchiam de pancada. Com mais algum tempo, nenhum macaco subia a escada, apesar da tentação das bananas.
Então os cientistas substituíram um dos macacos por um novo. A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela sendo retirado pelos outros, que o surraram. Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo não subia mais a escada.
Um segundo macaco veterano foi substituído e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro substituto participado, com entusiasmo, na surra ao novato.
Um terceiro foi trocado e o mesmo ocorreu.
Um quarto, e afinal o último dos veteranos, foi substituído.
Os cientistas, então, ficaram com um grupo de cinco macacos que mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam batendo naquele que tentasse pegar as bananas. Se fosse possível perguntar a algum deles porque eles batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria:
- "Não sei, mas as coisas sempre foram assim por aqui".
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
CONDECORAÇÃO
Este blog tem a subida honra de conferir o título de Dame HMS
à Lydia Leith por sua destacada atuação como inspiradora e
exemplo para todos aqueles que não têm mais paciência com a babaquice reinante na mídia em geral.
à Lydia Leith por sua destacada atuação como inspiradora e
exemplo para todos aqueles que não têm mais paciência com a babaquice reinante na mídia em geral.
Britânica cria saco de vômito para boda real
Na Grã-Bretanha, a artista gráfica Lydia Leith criou um souvenir inusitado para marcar o casamento do príncipe William com Kate Middleton: sacos de vômito.
Lydia começou a fabricar os sacos estilizados para atender aqueles que se sentirem enjoados com toda a euforia em torno do casamento de William, segundo na linha de sucessão do trono britânico.
Uma semana após o lançamento do produto na internet, os pedidos explodiram. As encomendas vieram de diferentes partes do mundo.
Os sacos de vômito são produzidos nas cores da bandeira da Grã-Bretanha: branco, azul e vermelho.
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
JÁ OUVI ISSO...
Joy Hodges, a cidadã cantante, sífu na hipócrita América pseudo-puritana ao gravar esta música em plena década de 40. É que a interpretação maliciosa acabou com sua possível carreira em Hollywood.
E, segundo informações colhidas, o Lamartine Babo (quem diria!) ouviu, gostou e copiou para o hino do Ameriquinha do Rio...
(Valeu, Jorge Cruz.)
E, segundo informações colhidas, o Lamartine Babo (quem diria!) ouviu, gostou e copiou para o hino do Ameriquinha do Rio...
(Valeu, Jorge Cruz.)
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
ALERTA GERAL!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
21/02/2011 09h18
107 baleias morrem numa praia da Nova Zelândia.
As baleias foram encontradas por turistas no domingo, próximo a Cavalier Creek, no extremo sul da Nova Zelândia.
22/02/2011 02h48
Terremoto na Nova Zelândia mata ao menos 65.
Um terremoto de magnitude 6,3 sacudiu a cidade de Christchurch às 12h51 da terça-feira (22) no horário local (20h51 desta segunda, 21, em Brasília), de acordo com o Serviço Geológico dos EUA (USGS, na sigla em inglês), que monitora tremores pelo mundo.
Pelo menos 20 tremores secundários foram registrados.
Segundo fontes ligadas ao Comando Intergaláctico, isso é resultado das irradiações geradas pelo planeta intruso Y64 cujo já está sendo controlado pelo Comandante Ishvuk - responsável pelo equilíbrio pluridimensional.
Entretanto, devemos considerar essa ocorrência como mais um alerta sobre o que nos espera no ano que vem. Como todos sabem e já foi exaustivamente avisado pelo Comando e pelas profecias Maias, vamos todos para o saco em dezembro de 2012.
Além do mais, em 2012 vamos ter 5 domingos, segundas e terças em janeiro e julho, 5 quintas, sextas e sábados em março, 5 terças, quartas e quintas em maio, 5 quartas, quintas e sextas em agosto e 5 segundas, terças e quartas em outubro. Se o mundo não fosse acabar, isso só se repetiria em 2837!
Arrependei-vos, infiéis!!!!!!!! Ainda há tempo!!!!!!!!!!
Arrependei-vos, infiéis!!!!!!!! Ainda há tempo!!!!!!!!!!
sábado, 19 de fevereiro de 2011
APOSTA
Adoro apostas.
Pois bem. Ainda sobre influências andinas, estávamos ontem, pra variar, em agradabilíssima tertúlia quando levantaram a bola: o codinome do charmoso sucessor da Michelle Bachelet é Sebastián Piñera ou Sebastián Piñeda?
Caos, ranger de dentes, opiniões desencontradas que, claro, geraram a aposta.
-Eu acho que é PiñeDa.
-Nã, nã, ni, nã não: é PiñeRa.
-Tá doido? É PiñeBa.
Em se tratando de uma casa civilizada, celulares, blackberries, internet e todas as “mudernidades” não estavam disponíveis. Então, restou a aposta a ser resolvida no dia seguinte, valendo um delicioso jantar com menu decidido a priori.
(Eu digo que é PiñeRa.)
Quem ganhou?
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
FIQUEI VESGO

Coisas do nordeste.
Começa o jogo e dá-lhe Murici. Tocando a bola, Gustavo cheio de moral dando dribles de categoria, Everlan dando chapéu no Ronaldinho Gaúcho (heresia),
os caras não querem nem saber.
os caras não querem nem saber.
O Flamengo bobo, não acreditando, errando passes de montão e dando raiva do Luxemburgo, é claro.
Vinte minutos, com o Murici deitando e rolando, a superstição manda trocar de canal. Saio do Sportv, vou pra ESPN e tomo um susto. O Flamengo está atacando contra o próprio gol? É que a câmera da ESPN está do lado oposto.
Pra piorar, lá estão os comentaristas pseudo-revoltadinhos de sempre e os eternos puxa-sacos do Tr(argh)jano. Pelo menos estamos em falta do Juca-Senil-Kfoury. Depois de cinco insuportáveis minutos de leitura de e-mails dos tais “fãs do esporte” que, à falta do que fazer, ficam suplicando “fala meu nome”, volto pro Sportv. Que, diga-se de passagem, é menos ruim mas também é duro de aguentar.
Segundo tempo, o time resolve trabalhar, Ronaldinho faz de cabeça, vibra igual garoto, Renato faz de falta e Negueba liquida a fatura.
O Flamengo não tem padrão de jogo, o profexô continua a bobagem de sempre, o Ronaldinho ainda falta muito pra justificar o marketing, mas a torcida empurra e, como diz o amigo Fernandão “Observador”, la nave va...
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
COCOPI
Então estamos combinados: nesta memorável noite, nós, fundadores do COCOPI, formalizamos a primeira versão do Código de Conduta Pública dos Intelectuais.
Nosso código tem por objetivo orientar, normatizar e regulamentar as posturas dos intelectuais perante diversos fatos inerentes ao nosso cotidiano profissional e social.
Antes das assinaturas, vamos a um panorama dos principais tópicos:
Como exemplo profissional, o uso indiscriminado do perfil psicológico em que o personagem “vive num quarto que é uma completa bagunça mas, em segundos encontra tudo o que quer” deve ser desprezado, no mínimo, até o próximo século. Se a trama for policial, até o próximo milênio. (Nem Hollywood, seus sonhadores, aguenta mais.)
A postura profissional recomendada é patrulhar e espalhar para todos os conhecidos (ainda que veladamente) a ocorrência da ignomínia.
Socialmente recomendamos a ironia linear: um leve arquear de sobrancelhas podendo ser seguido de “Meio batido, não é?” dito de maneira singela. (No ambiente certo proporciona resultados assombrosos.)
Ainda no aspecto profissional, consideramos os textos anônimos, que circulam na internet, passíveis de pena. Explica-se: pena dos que os divulgam achando que assim atingem, por parte dos pobres destinatários, um grande reconhecimento de intelectualidade e pena dos autores (?) que correm a utilizar os mesmos meios para dizer “Olha, gente, esse texto é meu, viu?”.
A postura profissional recomendada é, simplesmente, ignorar.
Socialmente recomendamos a ironia oblíqua: um acusatório arquear de sobrancelhas seguido de um “É meeesmo...? Tem certeza...?” com as reticências gotejando no tapete.
Prosseguindo, algumas situações sociais merecem nossa atenção:
A primeira é a reunião composta de “Pessoas com Nível Cultural Muito Abaixo do Nosso”. Esta situação se subdivide em “Pessoas com Nível Cultural Muito Abaixo e Financeiro Muito Acima do Nosso” e “Pessoas com Nível Cultural Muito Abaixo e Financeiro Mais Abaixo Ainda do Nosso”. (Argh!)
No caso de nível cultural muito abaixo e nível financeiro muito acima do nosso, é hora de, falando o português correto, soltar a franga, arrasar nas tintas, arrebatar o arrebol. Ou seja, essa é a oportunidade! Daí pode surgir uma grande jogada. Eles adoram parecer íntimos, aproveite. Aquele seu projeto bobo e inviável é perfeitamente patrocinável! É só devolver 20 ou 30% da verba do incentivo...
No caso de nível cultural e financeiro muito abaixo do nosso, o que você está fazendo aí? Esse papo de raízes já deu o que tinha que dar. (Calma, Motinha! Não adianta reclamar, a realidade é essa.)
A segunda situação contempla as reuniões compostas de “Pessoas com Nível Cultural Próximo ao Nosso”. Também se subdivide em duas: “Pessoas com Nível Cultural Próximo e Financeiro Muito Acima do Nosso” e “Pessoas com Nível Cultural Próximo e Financeiro Muito Abaixo do Nosso”.
No caso de nível cultural próximo e financeiro muito acima, cautela. Além de perigosos, eles podem ser destrutivos. São predadores naturais. Irão nos sugar toda a seiva do saber e nos atirarão na sarjeta como um bagaço de laranja. (Em todos os sentidos, se você se meter a espertinho.)
No caso de nível cultural próximo e financeiro abaixo, arrojo. Seja pernicioso, jogue no ar as promessas mais mirabolantes e sugue deles tudo o que puder sem esquecer de, ao final da festa, atirá-los na sarjeta como bagaços de laranja que são.
A terceira e última situação trata da reunião composta de “Pessoas com Nível Cultural Acima do Nosso”.
- Silêncio, por favor! Eu sei... Eu sei... Claro que elas não existem! É só uma brincadeira! Motinha, quer parar de chutar a mesa?
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
ALHO POR CEBOLA?
Egito quer congelar bens dos membros do regime Mubarak
Há informações de que o ex-ditador e seus dois filhos possuem uma fortuna de até US$ 70 bilhões, maior do que a de Bill Gates, fundador da Microsoft.
Mohammed Tantawi, do controle de padarias ao da transição no Egito
Ele controla uma rede de padarias no Egito. E também cuida da produção e venda de azeite de oliva e de leite. Além de água mineral. O ramo da construção também é controlado por ele, não só erigindo edifícios mas também como produtor de cimento.
O transporte do país também depende, em parte, dele - já que atua ainda no ramo da gasolina. Sem contar que fatura alto com o turismo, pois administra uma grande rede hoteleira. A indústria de eletrodomésticos e produtos eletrônicos mais sofisticados também está em suas mãos; assim como a de veículos, que produz Cherokees e Wranglers, em parceria com a Jeep.
Como se não bastasse comandar todo esse aparato, o marechal Mohammed Tantawi também é, hoje, o homem mais poderoso da política no Egito, como chefe do Conselho Supremo Militar, encarregado da transição. Além de ministro da Defesa, ele é ministro da Produção Militar - o que significa que Tantawi, 75 anos, é na prática o executivo-chefe de todo o conglomerado industrial e comercial (citado acima) que pertence às Forças Armadas.
As empresas, comandadas por generais da reserva e subordinadas a Tantawi, são responsáveis por 15% do produto interno bruto (US$ 217 bilhões) do Egito.
(Do Globo e do blog do Noblat)
obs.: Estive no Cairo em 98. Voltei com a impressão de que pra viver lá você tem que ser rico e/ou militar. Se não, é pária.
Pelo visto, acertei...
(Do Globo e do blog do Noblat)
obs.: Estive no Cairo em 98. Voltei com a impressão de que pra viver lá você tem que ser rico e/ou militar. Se não, é pária.
Pelo visto, acertei...
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
SATISFACTION BLUES
Estou lendo o “Vida” do Keith “nove vidas” Richards.
Até agora ótimo e já derrubando algumas lendas como a da troca de sangue: ele conta que, chegando à Suiça para um show, o da alfândega perguntou o que ele ia fazer no país. Brincando, respondeu que ia trocar de sangue. Um jornalista estava próximo e se encarregou de espalhar a bobagem para o mundo.
Mas, o melhor é descobrir que os Rolling Stones queriam ser uma banda de blues, queriam ser pretos de Chicago, etc.
Então, segue esse vídeo de “Satisfaction Blues”.
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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
LA CARACOLA
Fundada em 1997, La Caracola é uma oficina chilena de criatividade direcionada para crianças. Tudo muito bonito e muito bem intencionado.
Entre outras realizações montaram, na praça do Palácio La Moneda, a espetacular exposição “Yo Soy” com 126 esculturas produzidas por crianças de 3 a 14 anos.
Todas em material reciclável, cobertas de papier maché e todas com cabeça, corpo, braços, pernas representando “Lo que habita em su corazon”. Cada uma delas tem a explicação dos sentimentos do autor.
Muito ducacete!
Se quiser saber mais, vai aqui: http://www.lacaracola.cl/
(O site é chatinho mas explica bem o que eles fazem).
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
MEDICINA ATUALIZADA
Acabou aquela velha história de “tome uma aspirina e me liga amanhã”. Agora é “faça essas centenas de exames e me procura depois”. Afinal, é preciso manter a indústria em movimento.
Então, se você, desavisado, deu uma topada no dedão e caiu na besteira de procurar um médico, certamente passou ou vai passar pela ladainha mais chata dos nossos tempos.
-Dei uma topada, meu dedão está inchado e dolorido.
-Sei, sei... Diz o esculápio sem sequer te olhar enquanto preenche a interminável lista de exames.
-Mas doutor, exame de fezes pra que? É o dedão do pé!
-Volta semana que vem e para de fumar, retruca a autoridade conhecedora do bem e do mal.
Semana seguinte, o dedão desinchou, você volta porque fez aquela batelada de exames.
-Tá aqui.
-Hmmm... Precisa parar de beber. Comprou o remédio para parar de fumar?
-Mas doutor, o dedão já até desinchou. Só a unha é que está ficando roxa.
-E exercícios. Precisa de exercícios. Caminhada, corrida, mas tem que ser supervisionado. Vamos fazer uma avaliação... Diz, te olhando pela primeira vez, o dono da vida, da morte e de uma polpuda conta bancária amealhada graças a esse monte de “consultas”, “exames” e “recomendações”.
Se nessa altura você ainda tiver paciência e, pior, resolver seguir os conselhos da figura, estará entrando num carro$$el de emoções.
Parou de fumar? Parou de beber? Entrou na academia que te recomendei? Está fazendo exercícios?
Hmmm... Não está bom não... Agora precisa tomar esses complementos (vai nessa farmácia, é de confiança).
Precisa também cuidar da dieta (essa endocrinologista é de confiança).
Tá magrinho, saudável e a vida perdeu completamente o sentido?
Vai nessa psicóloga cuidar da cabeça dançada (minha aluna, de confiança).
E por aí afora.
Lembrando uma frase antiga: “O cirurgião faz tudo, mas não sabe nada; o clínico sabe tudo, mas não faz nada; o psiquiatra não sabe nem faz nada; e o patologista sabe tudo, mas é tarde demais.”
Claro, existem exceções que só fazem confirmar a regra...
Então, se você, desavisado, deu uma topada no dedão e caiu na besteira de procurar um médico, certamente passou ou vai passar pela ladainha mais chata dos nossos tempos.
-Dei uma topada, meu dedão está inchado e dolorido.
-Sei, sei... Diz o esculápio sem sequer te olhar enquanto preenche a interminável lista de exames.
-Mas doutor, exame de fezes pra que? É o dedão do pé!
-Volta semana que vem e para de fumar, retruca a autoridade conhecedora do bem e do mal.
Semana seguinte, o dedão desinchou, você volta porque fez aquela batelada de exames.
-Tá aqui.
-Hmmm... Precisa parar de beber. Comprou o remédio para parar de fumar?
-Mas doutor, o dedão já até desinchou. Só a unha é que está ficando roxa.
-E exercícios. Precisa de exercícios. Caminhada, corrida, mas tem que ser supervisionado. Vamos fazer uma avaliação... Diz, te olhando pela primeira vez, o dono da vida, da morte e de uma polpuda conta bancária amealhada graças a esse monte de “consultas”, “exames” e “recomendações”.
Se nessa altura você ainda tiver paciência e, pior, resolver seguir os conselhos da figura, estará entrando num carro$$el de emoções.
Parou de fumar? Parou de beber? Entrou na academia que te recomendei? Está fazendo exercícios?
Hmmm... Não está bom não... Agora precisa tomar esses complementos (vai nessa farmácia, é de confiança).
Precisa também cuidar da dieta (essa endocrinologista é de confiança).
Tá magrinho, saudável e a vida perdeu completamente o sentido?
Vai nessa psicóloga cuidar da cabeça dançada (minha aluna, de confiança).
E por aí afora.
Lembrando uma frase antiga: “O cirurgião faz tudo, mas não sabe nada; o clínico sabe tudo, mas não faz nada; o psiquiatra não sabe nem faz nada; e o patologista sabe tudo, mas é tarde demais.”
Claro, existem exceções que só fazem confirmar a regra...
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
DESPERTAI!
Várias são as maneiras de acordar e/ou ser acordado.
Se você está numa boa, acorda rindo até de coices na panturrilha. Que normalmente acontecem quando a mulher amada está (imaginamos nós) tendo sonhos não bons.
Se você não está numa boa, até champagne com morangos trazidos ao leito, fica chato.
Isso também vale quando você é quem vai acordar a pobrezinha.
Se ela estiver numa boa, um tranco legal (em futebolês, violento esbarrão de ombro no decorrer da jogada) vira um carinho digno de ser recebido com um lânguido espreguiçar e um sorriso de olhos fechados.
Se ela não estiver numa boa, abraços e carinhos e beijinhos sem ter fim produzirão o mesmo efeito que o tranco legal deveria.
Então, o que - e como - fazer?
O Haja também é auto-ajuda! Seus pobrema se acabaram-se! Seguem algumas situações mais comuns.
Situação 1 - Você está numa boa, acha que ela também e vocês têm um belo dia pela frente:
Qualquer coisa vai dar certo. Mas, não se deixe levar pela preguiça. Aproveite para arrebentar “la bouche de balon”...
Situação 2 - Você não está numa boa, o dia vai ser uma chatura e você acha que ela também sabe disso:
Levante, vá fazer xixi, escove os dentes e faça barulhos de atividade.
A reação poderá variar entre o simples bom-dia e a tentativa de agressão (a sutil diferença entre mulher amada e mulher armada). Dane-se. Vida sem emoção não é vida que preste.
Situação 3 - Você está numa boa, tão boa que não interessa como ela está.
Situação 3.1. - Ela te acorda com beijinhos:
Retribua com alegria.
Situação 3.2. - Ela te acorda com um coice na panturrilha:
Abra seu melhor sorriso e pergunte em que páreo ela está inscrita. Se ela reclamar, reabra seu melhor sorriso, dê beijinhos e ignore o resto.
Situação 4 - Você não está numa boa, ela está pulando mais que a Noviça Rebelde, hoje é domingo e ela te acorda com ansiedade porque está quase na hora de ir para o almoço na mamãe:
Vomite nela. Só um pouquinho, “en passant”, de modo a não configurar agressão.
(Caso você pretenda se aprofundar no assunto solicite nosso guia “Acorde Bem e Viva Melhor Enquanto 2012 Não Chega”.)
Se você está numa boa, acorda rindo até de coices na panturrilha. Que normalmente acontecem quando a mulher amada está (imaginamos nós) tendo sonhos não bons.
Se você não está numa boa, até champagne com morangos trazidos ao leito, fica chato.
Isso também vale quando você é quem vai acordar a pobrezinha.
Se ela estiver numa boa, um tranco legal (em futebolês, violento esbarrão de ombro no decorrer da jogada) vira um carinho digno de ser recebido com um lânguido espreguiçar e um sorriso de olhos fechados.
Se ela não estiver numa boa, abraços e carinhos e beijinhos sem ter fim produzirão o mesmo efeito que o tranco legal deveria.
Então, o que - e como - fazer?
O Haja também é auto-ajuda! Seus pobrema se acabaram-se! Seguem algumas situações mais comuns.
Situação 1 - Você está numa boa, acha que ela também e vocês têm um belo dia pela frente:
Qualquer coisa vai dar certo. Mas, não se deixe levar pela preguiça. Aproveite para arrebentar “la bouche de balon”...
Situação 2 - Você não está numa boa, o dia vai ser uma chatura e você acha que ela também sabe disso:
Levante, vá fazer xixi, escove os dentes e faça barulhos de atividade.
A reação poderá variar entre o simples bom-dia e a tentativa de agressão (a sutil diferença entre mulher amada e mulher armada). Dane-se. Vida sem emoção não é vida que preste.
Situação 3 - Você está numa boa, tão boa que não interessa como ela está.
Situação 3.1. - Ela te acorda com beijinhos:
Retribua com alegria.
Situação 3.2. - Ela te acorda com um coice na panturrilha:
Abra seu melhor sorriso e pergunte em que páreo ela está inscrita. Se ela reclamar, reabra seu melhor sorriso, dê beijinhos e ignore o resto.
Situação 4 - Você não está numa boa, ela está pulando mais que a Noviça Rebelde, hoje é domingo e ela te acorda com ansiedade porque está quase na hora de ir para o almoço na mamãe:
Vomite nela. Só um pouquinho, “en passant”, de modo a não configurar agressão.
(Caso você pretenda se aprofundar no assunto solicite nosso guia “Acorde Bem e Viva Melhor Enquanto 2012 Não Chega”.)
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
VÔO DEMOCRÁTICO

E lá fomos nós pro Rio numa dessas carroças voadoras. Mais barato que ônibus, então é ótimo! Ótimo pra companhia aérea. Ruim pra quem tem que escolher pelo menor preço.
De cara, as poltronas são espaçosas e confortáveis; se você for o Nelson Ned ou parente próximo. O carpete do corredor parece ter sido aproveitado de alguma sucata da Panair. Olho pela janela e vejo a asa. A pintura toda descascada. Adoro avião, mas esse começa a me preocupar.
As aeromoças seriam até bonitinhas se não estivessem vestindo uma roupa que envergonharia a Wanderléa nos bons tempos da Jovem Guarda. E anunciam que logo vão dar início à venda de lanche. Venda de lanche? What porra is that? Entendo quando descubro um cardápio todo amarfanhado na bolsa da poltrona.
Sacolejos insistentes, o serviço de bordo está adiado até a passagem da zona de turbulência. Passada a turbulência, começa o procedimento de pouso. Núsfu os que estávamos com fome e sífu a companhia que deixou de faturar mais um trocado.
Engraçadinho e original, o comandante anuncia que o tempo no Rio de Janeiro está ótimo pra quem vende guarda-chuvas. Ficamos mais uns vinte minutos rodando até que venha a autorização de pouso. O engraçadinho e original joga a carroça na pista e chegamos bem. A comissária anuncia que (sic) “The desembarque will be pela front door”.
Surpresa boa é o Santos Dumont. Reformado, está bonito, moderno, bem sinalizado e cheirando a novo. Apesar da inacreditável Webjet (que o motorista do táxi chamou de uébijégui), chegar no Rio sempre vale a pena.
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
DOMINÓ ÁRABE
Paulo Emílio, nosso bravo correspondente na Tailândia, enviou essa charge publicada hoje (ontem? amanhã? o fuso horário é complicado...) no The Nation de Bangkok.
Como toda boa charge, não precisa de muita explicação.
Como toda boa charge, não precisa de muita explicação.
ROXO TENDEPÁ
Era só mais uma quinta-feira, mais um dia chato cheio de ações mecânicas, conversas mecânicas, sorrisos mecânicos. Mas, sabe-se lá por que, Madame estava num tremendo bom humor.
Entrou no salão para fazer as unhas. Salão novo, não conhecia as manicures nem a vizinhança. Sentou quietinha, a manicure começou a limpeza das garras, o papo de sempre: novela, big brother e outras bobagens globais. Quando chegou a hora de escolher o esmalte, olhou para os lados, um truque antigo que ela usava. É que nessa hora difícil - afinal são cerca de 1327 opções de cores, tonalidades e adjetivos improváveis como vermelho alarmante, geada perolado, amarelo balada - ela sempre dava uma checada na vizinhança e escolhia o que mais agradava nas unhas alheias. Mas, não viu nada que chamasse a atenção.
Então, num lampejo, olhou candidamente para a manicure e disse:
-Quero roxo tendepá. Tem?
A manicure não se alterou: -Só um minutinho, querida.
Foi pro fundo da sala e, com toda a naturalidade possível, perguntou para a dona do salão: -Cadê o roxo tendepá?
Waldirene, a dona do Wal’s Maison, estava no telefone e nem se abalou: -Tá aí. Procura.
Rebeca, a manicure, saiu pisando duro, pegou um roxinho no fundo do armário e foi pra luta.
Já sentou esfregando o esmalte e provocando aquele barulhinho irritante (tlec, tlec, tlec) do anel batendo no vidro.
Madame embatucou e, fazendo cara de paisagem: -Esse roxo não é tendepá.
-É sim! Aqui, ó: número 111.
-Não é não. Mas, tudo bem, se você não tem o roxo tendepá pode passar um vermelho qualquer.
Aí chegou a Waldirene: -Rebeca, minha filha, o roxo tendepá é aquele lançamento da Colorama! Tá lá na prateleira.
Lá foi a Rebeca, puta da vida (são sensíveis as manicures).
Enquanto isso, a Waldirene fazia o social: -Desculpe a Rebeca, ela é muito distraidinha. Pois então, querida, é a primeira vez que você vem aqui, não é?
-É sim. Bonito o seu salão...
-Estamos melhorando...
Volta a Rebeca: -Wal, não tem roxo tendepá, não.
-Ó minina, claro que tem. Ai, meu Deus... Deixa que eu pego.
Nessa altura Madame não corria perigo uma vez que as cutículas já tinham sido feitas. Se fosse antes ela sairia com várias escoriações; porque a Rebeca já estava bufando.
Volta a Wal com outro roxinho, quase enfia no nariz da Rebeca que (tlec, tlec, tlec) já ia abrindo quando Madame interrompe com a maior segurança: -Peraí querida, esse não é o roxo tendepá.
A Rebeca não conseguiu esconder o sorriso e olhou para a Wal.
-Querida, é claro que é! Lançamento da Colorama, olha!
Madame não arredou pé: -Pode deixar. Passa um vermelho...
A Wal desistiu e se afastou. A Rebeca achou um vermelho do agrado de Madame e completou o serviço. Madame agradeceu, pagou e saiu.
Deu um girinho rápido na galeria, voltou com a desculpa de ter esquecido alguma coisa e se deliciou com sua obra: Waldirene e Rebeca estavam a ponto de voar uma na outra.
-Que manicure é você que não conhece roxo tendepá?
-E que dona de salão é você que nunca ouviu falar de roxo tendepá? Ela sacou logo que não tinha!
-Minha filha, quando você nasceu eu já pintava unhas e gdfdfklrsss... Querida! De volta? Esqueceu alguma coisa?
-Esqueci, sim. Esqueci de explicar que tendepá é uma palavra de origem tupi e significa briga, confusão, discussão.
Madame estava de bem com a vida...
Entrou no salão para fazer as unhas. Salão novo, não conhecia as manicures nem a vizinhança. Sentou quietinha, a manicure começou a limpeza das garras, o papo de sempre: novela, big brother e outras bobagens globais. Quando chegou a hora de escolher o esmalte, olhou para os lados, um truque antigo que ela usava. É que nessa hora difícil - afinal são cerca de 1327 opções de cores, tonalidades e adjetivos improváveis como vermelho alarmante, geada perolado, amarelo balada - ela sempre dava uma checada na vizinhança e escolhia o que mais agradava nas unhas alheias. Mas, não viu nada que chamasse a atenção.
Então, num lampejo, olhou candidamente para a manicure e disse:
-Quero roxo tendepá. Tem?
A manicure não se alterou: -Só um minutinho, querida.
Foi pro fundo da sala e, com toda a naturalidade possível, perguntou para a dona do salão: -Cadê o roxo tendepá?
Waldirene, a dona do Wal’s Maison, estava no telefone e nem se abalou: -Tá aí. Procura.
Rebeca, a manicure, saiu pisando duro, pegou um roxinho no fundo do armário e foi pra luta.
Já sentou esfregando o esmalte e provocando aquele barulhinho irritante (tlec, tlec, tlec) do anel batendo no vidro.
Madame embatucou e, fazendo cara de paisagem: -Esse roxo não é tendepá.
-É sim! Aqui, ó: número 111.
-Não é não. Mas, tudo bem, se você não tem o roxo tendepá pode passar um vermelho qualquer.
Aí chegou a Waldirene: -Rebeca, minha filha, o roxo tendepá é aquele lançamento da Colorama! Tá lá na prateleira.
Lá foi a Rebeca, puta da vida (são sensíveis as manicures).
Enquanto isso, a Waldirene fazia o social: -Desculpe a Rebeca, ela é muito distraidinha. Pois então, querida, é a primeira vez que você vem aqui, não é?
-É sim. Bonito o seu salão...
-Estamos melhorando...
Volta a Rebeca: -Wal, não tem roxo tendepá, não.
-Ó minina, claro que tem. Ai, meu Deus... Deixa que eu pego.
Nessa altura Madame não corria perigo uma vez que as cutículas já tinham sido feitas. Se fosse antes ela sairia com várias escoriações; porque a Rebeca já estava bufando.
Volta a Wal com outro roxinho, quase enfia no nariz da Rebeca que (tlec, tlec, tlec) já ia abrindo quando Madame interrompe com a maior segurança: -Peraí querida, esse não é o roxo tendepá.
A Rebeca não conseguiu esconder o sorriso e olhou para a Wal.
-Querida, é claro que é! Lançamento da Colorama, olha!
Madame não arredou pé: -Pode deixar. Passa um vermelho...
A Wal desistiu e se afastou. A Rebeca achou um vermelho do agrado de Madame e completou o serviço. Madame agradeceu, pagou e saiu.
Deu um girinho rápido na galeria, voltou com a desculpa de ter esquecido alguma coisa e se deliciou com sua obra: Waldirene e Rebeca estavam a ponto de voar uma na outra.
-Que manicure é você que não conhece roxo tendepá?
-E que dona de salão é você que nunca ouviu falar de roxo tendepá? Ela sacou logo que não tinha!
-Minha filha, quando você nasceu eu já pintava unhas e gdfdfklrsss... Querida! De volta? Esqueceu alguma coisa?
-Esqueci, sim. Esqueci de explicar que tendepá é uma palavra de origem tupi e significa briga, confusão, discussão.
Madame estava de bem com a vida...
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