... Desde muito cedo
desenvolvemos as idiossincrasias que serão exacerbadas no ocaso de nossas
vidas.
Para o bem e para o
mal.
E, claro, sem
termos a menor ideia do que estamos aprontando para nós mesmos.
O locutor que vos fala
cultiva adoráveis e odiosas manias cujas foram sendo aprimoradas com o correr
do tempo.
Por exemplo, minha
escrivaninha. Lembro, como se fosse hoje, das ameaças com as sete pragas do
Egito que eram dirigidas a quem quer que se aproximasse da dita cuja.
Bem entendido, a tal
da escrivaninha era uma "zona total" na visão das pessoas ditas
normais. Porque pra mim era um primor de organização. Se alguém mexesse em
qualquer coisa, seria execrada e, pior, eu teria que "formatar o
computador".
(Hoje
em dia, a minha "escrivaninha" cresceu em progressão geométrica. Mas,
isso 'não vem ao caso'.)
Passando para uma
esfera mais, digamos, genérica, tenho, desde que me entendo por gente, o
complicado hábito de prestar atenção nas pessoas que me cercam.
Hábito este que me
esforço para manter até hoje; estejam elas próximas ou não. Seja por telefone (manja 'telefone'?) ou pelo que for
desde que possamos ter um contato real, no mínimo ouvindo ou, melhor, olhando
um para o outro. (O corpo fala!)
Apesar de serem cada vez mais raras
as conversas - e convivências - "olho no olho" (agora é "olho no zapzap, insta, snap, fêici", etc),
continuo, sempre que possível, observando o jeitão, o que falam, como falam, a
maneira como as pessoas reagem quando estão numa boa ou não e, principalmente, como elas agem em relação ao próximo. Próximo este que tanto pode ser um amigo
quanto o porteiro do prédio.
Aí, vou catalogando e
colecionando decepções e alegrias.
As decepções, tento,
bravamente, bloquear da mente.
As alegrias, tento,
bravamente, mantê-las no top ten dos meus pensamentos.
E a chatura é que as
duas ficam, constantemente, brigando pelo podium.
Como sou um cara de
sorte, as alegrias ainda estão vencendo.
(No
"photochart", mas estão.)
Telefone fixo virando peça de museu. Falar ao telefone móvel atitude rara ! Esqueceu dos comentários anônimos ... falta mais nada para o isolamento total !
ResponderExcluirFalou e disse o Anônimo...!
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