quinta-feira, 31 de março de 2016

A IMPLICÂNCIA DA VEZ


Cultivo, com carinho, diversas implicâncias.
Acho lúcido, válido e inserido no contexto (que falta faz o Pasquim!).

Uma das minhas prediletas são os verbos da moda.

Em primeiro lugar, imbatível até o momento, está o "Empoderar".
Seguido de perto pelo bobo e pedante "Edulcorar" e o circense "Focar".

Outro que me provoca ânsias de vômito é "Hidratar".
Os saudáveis já não bebem água ou essas picaretagens revitalizantes; eles se "hidratam"!
Como diria o Boechat, 'Ora, vá procurar uma rola hidratada!'.

Atualmente estou na dúvida se implico ou me divirto com o ridículo "Mitar". Eu mito, tu mitas, ele mita, nós mitamos, vós mitais, eles mitam.

"Pô cara, nessa você mitou!"

É demais!

Tem hora que acho graça, tem hora que me dá pena e tem hora que adoraria responder, aproveitando da velhice e fazendo cena:
'Qualé?? Seu cu que mitou!'

Mas, ainda bem, essa última hipótese está longe de acontecer porque, graças a Buda, ainda ninguém me falou isso ao vivo.
Mas, o que tenho lido - em todas as mídias - é uma grandeza.

Assim, dado o empoderamento que este blog me permite, me despeço porque vou edulcorar um cafezinho para me focar num torneio de poker que começa daqui a pouco. E, como esses torneios costumam durar muito tempo, vou também me hidratar com algumas cervejas.
Mitei?

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