sábado, 19 de março de 2016

MEEEU DEUS!


Em qualquer língua, esta é, certamente, uma das expressões mais usadas e abusadas. E, convenhamos, é absurda. "Meeeu"? Ora bolas, o cara não é onipotente e onipresente? Então, como assim "meeeu"?

E você queria o que, ô pentelho?
Que a gente dissesse "Nooosso Deus!"?

Não se trata disso. Pode falar o que quiser. O que me impressiona é essa necessidade louca que a gente tem de ser exclusivo.

Pelo visto você não reza pelos que gosta, só reza pra você.
Egocêntrica a boneca!

Claro que não.
E, antes que eu me esqueça, egocêntrica é aquela senhora sua mãe. Saudade dela. É o seguinte: mesmo rezando pelos outros continuo a considerar que o cara está a meu serviço. Aí é que está o ponto.

Tem nada a ver. Você mesmo disse: ele é onipotente e onipresente. Então, tá aí pra todo mundo.

Mas será que vou ter que desenhar? É esse o ponto! Se ele tá aí pra todo mundo, a gente não devia se apossar com tanta desfaçatez.

"Desfaçatez"? Cara, tu tá velho mesmo.

Vai a merda.

Deixa de bobagem. Ninguém está se apossando de nada.
É só u'a metáfora. "U'a", viu? Também estou velho.

Reconheço que "U'a" é melhor que "desfaçatez".
Mas, continuo achando  que é uma apropriação indébita.

"Apropriação indébita"? Meeeu Deus!!! Garçon, a saidera.

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