quinta-feira, 1 de outubro de 2015

SERÃO ETERNOS OS CORONÉIS?


Tinha prometido a mim mesmo que não falaria mais de política.
Mas, como adepto fervoroso do direito de mudar de opinião,
vamos lá.

Para minha tristeza, o PT foi pro saco, a esquerda está nas cordas e a direita (risos) está voando de helicóptero nas contas suíças e sabe-se lá mais onde.

Para minha tristeza maior, o judiciário (risos) abriga figuras que deveriam estar sendo julgadas e não julgando.

Para minha tristeza incalculável, o jornalismo também foi pro saco.
A grande mídia se confirma como uma instituição voltada exclusivamente para seus intere$$ses; enquanto alimenta esse ridículo FlaXFlu entre governo e oposição (risos), continua firme a perpetuar seus ganhos estratosféricos.

A mídia dita alternativa tenta jogar o jogo, devolve as caneladas mas, no calor da pugna, volta e meia comete lamentáveis pecados jornalísticos.

Para minha decepção, vejo a maioria dos meus amigos participando
- como se estivessem numa "Ôla" - desse jogo em que ninguém vai sair ganhando.

Para meu espanto, constato diariamente - através de conversas com representantes das mais diferentes camadas sociais - que a maioria não está nem aí para a política.
Estão preocupados com coisas mais importantes. Desde o boteco a ser visitado na sexta-feira, o dólar para a viagem pra maiâmi e o preço do crédito do celular.

E aí dou de cara com duas frases definitivas do Ricardo Kotscho:
"Somos todos responsáveis por esta situação."
"Enquanto houver eleições, ainda há esperanças."

Tá mais do que certo o veínho.
É o único jeito de ficarmos livres dessa corja que habita a política brasileira.
Mas, para isso é preciso que tenhamos consciência, conhecimento e discernimento na hora de votar.

E aí... Que preguiça, né não?

É mais cômodo embarcar na canoa que mais nos agrada, na "Ôla" mais aparente do fêicibúqui, do que pesquisar, ler, conversar, conhecer e procurar e se informar sobre quem realmente merece nosso voto.

Assim sendo, para minha tristeza completa, eles seguirão eternos.

Ou não?

2 comentários:

  1. Tiago, entre suas tristezas e decepções, entre a verdade da primeira frase do Kotscho e a utópica esperança da segunda, tenho a lhe dizer que quem está na ``ola`` desse jogo talvez sinta que está assistindo a uma verdadeira ``pelada``, por obrigação, esperando em gol de Pelé ou Zico que não verá nunca. Assim sendo,para sua tristeza completa, vai acostumando com a ideia de que seus netos e bisnetos irão alcançar a idade dos velhotes da foto, olhando para ela com a mesma tristeza sua. Esperando sempre um golaço nessa ``pelada`` interminável.
    O voto não resolverá nunca a nossa situação.
    Acredito que somente um regime tipo Cingapura mesmo que implantado a doses homeopáticas.
    O anônimo LC.

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    1. Luiz Celso,
      Concordo que meus netos e bisnetos, pelo andar dessa carruagem que já vem rodando desde o século XVI, vão estar na mesma.
      Discordo da "Singapura Solution".
      Abração.

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