domingo, 4 de outubro de 2015

CORAÇÃO TRANQUILO


Muito lá no século passado a mãe da minha filha mais velha, na época mal acompanhada pelo locutor que vos fala, propôs:
-Vamos ver esse Walter Franco? Vai ser no Teresa Raquel, do outro lado da rua.
-"Cabeça irmão"...?
-É. Mas deve ser legal.

Atravessamos a rua e entramos no teatro junto com mais 12 (doUze) desconfiados cúmplices.

Resumo: o cara era ótimo, a banda era ótima, as músicas eram doidera total só superada pela doidera estampada nas faces dos artistas. Que se apresentaram como se o teatro estivesse lotado.
(Não que eles estivessem preocupados com essas ocorrências de menor importância.)

Os aplausos no final do show soam até hoje nos meus ouvidos como uma ameaço de chuva que não cai.
Mas, o que nunca mais saiu dos meus ouvidos foi o que escutei.

Ponha-se, saudosista leitor contemporâneo, entre 25 e 30 anos de idade e assista ao primeiro vídeo. (Cujo, se bobear, pode até ter sido gravado no Teresa Raquel.)

Depois assista ao segundo. (Que foi gravado em abril de 2015 no CCSP.)

Tomara que você sinta o mesmo que eu:

1. Um tremendo orgulho de ter visto, há quase quarenta anos, esse garoto cantando essa música-mantra.

2. Um tremendo prazer de ver esse cidadão, hoje, despertando a mesma empolgação de antanho ("antanho" é ótimo, né não?) e com muito mais gente ao redor.

3. Uma recorrente questão: Como é que esses caras conseguem passar tantos anos cantando as mesmas músicas? (Vide Rolling Stones, David Gylmour e tantos outros.)

É que, pela cara deles, deve ser muuito bom.



4 comentários:

  1. Lembro-me da música. Muito boa! Na época, ouvi, mas não sabia quem era.
    Vitor Lemos

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    1. Dá uma olhada aqui: http://hajamuuitosaco.blogspot.com.br/2010/10/walter-franco.html
      É a capa do disco. Coisa rara nos vinis, o disco é todo bom!

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  2. Valeu muito, Tiago! Bonito mesmo de ver.
    Me lembro de uma outra música do Walter Franco (acho), que ouvi naquela época. Gostei, mas não fui atrás, porque ele era muito exótico...
    Vou tentar encontrar.

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    1. Provavelmente você vai encontrar nesse disco que citei aí no comentário anterior.

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