no
mínimo, engraçados.
Na
minha idade provecta devo reconhecer que meus sonhos, até agora, mesmo aos
trancos e barrancos, vêm se realizando com agradável constância.
Mas, todos sempre
se apresentam com alguns - vários - 'poréns'.
Tomara
que você, resolvido leitor, não sofra com essas bobagens mas o fato é que meus
sonhos, quando realizados, trazem sempre com eles um gostinho de "muito legal mas, não era bem assim" ou algo no gênero.
Isso
seria fruto das agruras da atenção excessiva em detalhes ou, simplesmente, de
singela babaquice mesmo? Escolhe aí.
Eu,
honestamente envergonhado, fico com a singela babaquice.
Comprovada hoje ao
contemplar uma lua estonteante despejando
luz dourada sobre um mar com ondas no estilo de
documentário do canal Off sobre ilhas paradisíacas.
Visual
de tirar o fôlego e o bobão que vos fala reclamando pelo fato de um cabo,
ligando um poste ao outro, estar conspurcando minha visão epifânica.
Engraçado
é constatar que, enquanto a razão manda, como diria Clovis Bornay, "me roçar nas ostras do Leme",
a emoção segue clamando por mais qualidade, criando mais detalhes de poucas importâncias e por
aí afora.
Por
exemplo: supondo que meu sonho de consumo fosse ter um Grand Cherokee; quando isso
acontecesse certamente, em tempo recorde, eu o consideraria um Renegade e
começaria a babar por um Lexus 350. Cujo, uma vez alcançado seria rebaixado a
um Grand Cherokee, eu começaria a babar por algum outro e assim por diante.
Me
antecipando a um provável comentário:
Haja saco pra mim mesmo!
Haja saco pra mim mesmo!
(Mas... Eu me 'góstio'!)
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