sábado, 30 de maio de 2015

O FIFAGATE E OUTRAS DIVAGAÇÕES


É comum ouvir que os presidentes de empresas, corporações, entidades etc, são os responsáveis finais pelos resultados de suas administrações.
Quando os resultados são positivos, eles estão sempre disponíveis a receber os louros. Quando a cagada é geral, emitem comunicados afirmando que "Vamos apurar cuidadosamente".

Entretanto, me parece claro que quanto maior a estrutura, menor é a chance de uma única pessoa conseguir o controle completo.
Se assim fosse, nenhum presidente de nenhuma agremiação esportiva, grande empresa ou governo estaria fora da cadeia.

Você, equilibrado leitor, concorda com a afirmação acima?
Tomara que não.
Porque, pelo menos na teoria, todos são inocentes até prova em contrário. Ou não foi assim que aprendemos desde o primário?
(Manja "primário"?)

Mas, como estamos vivendo a era da culpa instantânea a partir de notícias nem sempre confiáveis somadas à preguiça de pensar, cada vez mais nos contentamos em formar velozes conceitos que nos sejam confortáveis.

Fui criado em rígidos princípios de justiça, honestidade, religião, etc. E, nesses pré-julgamentos, me pilho constantemente violando todos eles.

Por exemplo, esse caso da FIFA: não consigo deixar de pensar que são todos culpados, escrotos, ladrões. Que o Blatter, o Havelange, o Ricardo Teixeira, o Marin, o Del Nero, a Globo e muitos mais são todos capazes de falcatruas inimagináveis.
O mesmo acontece com inúmeros outros julgamentos que me são propostos, a cada quinze minutos, em relação à política atual.

Até onde estou certo? Até onde as notícias são confiáveis?

Tento me proteger de mim mesmo lendo artigos da direita e da esquerda com isenção. Está cada vez mais complicado. É difícil levar a sério os jabores, phas, reinaldos, cafezinhos, mervais et caterva.

Mais difícil ainda é ver, nos fêicibúquis da vida, os "compartilhamentos" perpetrados por gente pseudoinformada.

E o mais complicado: resistir à tentação de mandar tudo à merda, ignorar o mundo ao redor e ir pra praia.

Mas, juro, sigo tentando.

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