Dentre
as incontáveis implicâncias que cultivo - carinhosamente - em relação ao
linguajar modernoso, o "meio
que" ocupa lugar de destaque.
Diferente
do famigerado "agregar valor"
que normalmente só aparece em repones (reuniões de porra nenhuma)
regadas a toneladas de lugares comuns, o "meio
que" (um sucedâneo do "tipo" - e tão irritante quanto) se incorporou ao vocabulário cotidiano de muita gente boa.
Me esforço no fingimento de naturalidade mas, pra mim, é no mínimo esquisito ver alguém,
principalmente da minha faixa etária, falando frases como "Eu estava meio que confuso", "Ela chegou meio que atrasada", "Aconteceu meio que de repente" e por aí afora.
E, pra piorar, sempre apresentando um indisfarçável arzinho estilo "Olha como sou meio que moderno!".
Acho
triste mas, ainda é menos ruim do que o - já decadente e causador de vergonha alheia
nível máximo - "Beijo no
coração".
"Agregar valor" me faz arrepiar. Como também "pró-ativo".
ResponderExcluirMas "meio que" - até que gosto...
E eu "meio que não gosto".
ExcluirProvavelmente porque faço associação imediata com o insuportável "tipo".