É
como me sinto ao percorrer essa verdadeira maratona que é enfrentar a
burocracia tupiniquim.
Vá
você querer abrir uma microempresa fazendo tudo certo e terá que conviver com
situações no mínimo esdrúxulas.
Para
ficar em um só exemplo, abrir uma conta “pessoa jurídica” num banco é uma
experiência instigante.
Um calhamaço de papéis, declarações, cópias
autenticadas, firmas reconhecidas e o gerente fiscalizador incansável.
Depois
de tudo pronto, copiado, reconhecido e entregue, sou informado que o cartão da
conta chegará em aproximadamente 15 (quinze) dias e o cartão de crédito irá
depender da movimentação que a empresa apresentar ao banco.
Uma
questão inevitável vem à minha mente e trato de colocá-la para o gerente com
todo o cuidado – porque ele pode se zangar, complicar ainda mais a burocracia e,
consequentemente, explodir minha já diminuta paciência:
-Deixa
eu ver se estou entendendo direito. Você me pede quilos de documentos,
comprovações, etc, como se eu fosse, por definição, um bandido. Ou seja, quando
entro no banco já sou culpado até que eu prove o contrário. Entretanto são vocês
que vão lucrar absurdos movimentando o meu dinheiro, além de me cobrar taxas sequenciais
e muitas vezes inexplicáveis. Não seria eu quem teria que pedir todos esses
atestados a vocês?
O
gerente engole em seco, me olha de banda e diz com entonação de telemarketing:
-Sinto
muito, senhor. São as normas...
Vou
embora rápido porque ainda tenho que pagar as taxas de fiscalização,
localização, funcionamento, certificados, tef's, danfe's,
e sei lá mais o quê...
Um pesadelo.
ResponderExcluirPrecisamos de um super Helio Beltrão. Lembra do Ministro da Desburocratização do Figueiredo? Segundo texto que encontrei agora, enquanto buscava refrescar minha memória:
"Com a desburocratização, o governo acabou na época com a exigência de atestados de vida, residência, dependência econômica, antecedentes, idoneidade moral e pobreza. Os documentos foram substituídos por declarações ou certidões, que eram expedidas com mais agilidade. O combate à burocracia levou o ministro Hélio Beltrão a promover uma resolução antiga do Ministério do Planejamento e Coordenação Geral, até então esquecida, que eliminava o reconhecimento de firmas nos documentos exigidos pelas repartições federais. A simples divulgação do decreto fez com que o movimento nos cartórios, nesse tipo de serviço, fosse reduzido em 50%."
Depois várias dessas coisas voltaram...
Provavelmente tudo voltou por causa da redução do movimento dos cartórios.
ResponderExcluirSegundo informações colhidas, um simples cartório em Contagem-MG fatura mais de milhão ao mês.
Imagina o resto!
É foda no cu de Creuza!
ResponderExcluirPaiseco de merda...
abração
fernandão
"cu de Creuza" é ótimo!
ExcluirTbem adorei!
ExcluirCaso não criem estas centenas de dificuldades como é que o Sistema vai faturar ? Sistema são os diversos grupos que vivem muito bem à custa do povão otário que, rala, ganha pouco, paga muitos impostos e tem direito apenas de reclamar. Sem ser nem escutado, obviamente.
ResponderExcluirEu devia ter feito Ciências contábeis. Ia ganhar uma grana. E mais. Ser dona de cartório. Aí eu nem ia estar conversando com vcs. Ia estar na Soropa de férias.
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