quinta-feira, 10 de outubro de 2013

PATRIOTADAS


Não sei se isso acontece só com brasileiros, mas acho engraçado como as pessoas em geral ficam extremamente patriotas quando se encontram no exterior.
Quando em solo tupiniquim, tudo é uma merda, querem comprar coisas importadas, lá fora é que é civilizado, etc. Bastou pousar em outro país para que o Brasil vire o melhor dos mundos, com sua gente alegre e hospitaleira, sua safadeza intrínseca que se transforma em "jeitinho brasileiro", bom é cachaça com torresmo, etc.

O último exemplo disso veio de Frankfurt onde, na abertura da participação brasileira na Feira de Livros 2013, o escritor Luiz Ruffato, entre muitas outras coisas, abordou a desigualdade e as injustiças sociais brasileiras, o sistema de ensino falho e a falta de acesso à leitura. "No país inteiro há somente uma livraria para cada 63 mil habitantes", afirmou. O autor destacou o "papel transformador da literatura", que disse o motivar a escrever. Por suas palavras, foi elogiado pelo ministro do Exterior alemão, Guido Westerwelle, que discursou em seguida.

As críticas de Ruffato à realidade brasileira arrancaram longos aplausos do público, mas também reações exaltadas, como a do cartunista Ziraldo: "Não tem que aplaudir! Que se mude do Brasil, então!", disse de pé.

Hmmm... Sei...

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