E SE...

A gente tivesse um mecanismo mental que automaticamente nos ligasse, uns aos outros, às boas sensações?

Tentando explicar: hoje, do nada (como me acontece amiúde), lembrei de um fato deliciosamente engraçado ocorrido há, seguramente, mais de trinta anos. Uma bobagem, uma frase, um gesto que me foi prazeroso e que envolve outros seres humanos há muito distantes fisicamente, mas sempre agradavelmente presentes na minha mente deturpada.

Pois bem, se tivéssemos esse mecanismo de ligação, as pessoas lembradas sentiriam a mesma sensação boa que senti naquele brevíssimo momento de alegria. E, claro, identificariam a origem.
(Se não, não teria a menor graça.) E, importante, assimilariam e propagariam essa sensação - sei lá como - e seria muito doido, não?

Minha conclusão é que o Grande Sádico Criador pensou: -“Hummm... Melhor nããão... Eles vão trocar bons sentimentos demais, vão ficar felizes demais, vão viver demais e vão me encher o saco demais.”