quinta-feira, 10 de maio de 2012

CABRA CEGA

Sempre achei essa brincadeira extremamente injusta: pouquíssimas chances para um e infinitas para todos os outros. Não via empolgação nem em ser a “cabra cega” e muito menos em escapar dela.
E ainda tinha um lance de girar o vendado antes dele sair, enlouquecido, procurando pegar os outros. Pô! Sem enxergar e, ainda por cima, tonto?
É muita sacanagem.

Quando a chatura acontecia em ambientes pequenos o infeliz ainda tinha chance de esbarrar em alguém. Aí, para tudo, tira a venda e passa para a próxima vítima. Um clássico da crueldade infantil.

Achava ridícula a brincadeira quando eu era criança, achei perigosa quando minhas filhas brincaram e vou detestar quando Tuniquinha passar por esse altamente dispensável estágio.

E ontem, assistindo "It Only Hurts When I Laugh", fui brindado com a frase definitiva: -“Vendas só deveriam ser permitidas em sequestros e fuzilamentos”.

3 comentários:

  1. Você me fez lembrar daquela brincadeira que rolou uma vez lá em casa: um pegador em dois quartos escuros, com cobertores cobrindo as janelas. Aí estavam todos igualados.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Fica mais justo, mesmo.
      Quanto à lembrança, acho que estou ficando "velho sem noção" pois não tenho a menor ideia de quando e como era a brincadeira...

      Excluir
  2. Foi em dois quartos que se comunicavam por uma porta. Na minha lembrança, ficaram totalmente escuros com os cobertores que colocamos nas janelas. Acho que era como um pegador. O lance era as pessoas se movimentarem silenciosamente e tentarem evitar o pegador.

    ResponderExcluir