Na definição de Edney “Interney” Souza, “A internet é uma rede de pessoas mediada por computadores, ou uma rede de computadores operada por pessoas, depende da versão do usuário.”
Boa, essa. Mas, pra mim, a internet é instrumento de trabalho. E, como todo trabalho requer intervalo, diversão, etc, esse blog é o meu recreio. E, como em todo recreio, tem sempre um ou mais pentelhos querendo estragar o jogo, melar a conversa, atrapalhar a brincadeira, etc.
Para isso a internet é o paraíso dos anônimos. (Eu, mostrar pra todo mundo que sou um zebu mental? De jeito nenhum! Mas, como anônimo posso tudo. Inclusive me transformar no que quiser, colocando pra fora todas as minhas frustrações, preconceitos e idiossincrasias várias.)
Claro, tudo tem dois lados.
Seguem duas posições interessantes.
O Observatório da Imprensa publicou hoje:
Em defesa do anonimato na internet
Por Melissa Bell e Elizabeth Flock em 27/06/2011 na edição 648
... “O anonimato permitiu que os blogueiros do Oriente Médio contassem ao restante do mundo aquilo que está ocorrendo em seus países durante a primavera árabe. O anonimato confere a todos na rede uma liberdade de expressão, uma criatividade e uma amplitude de debate que poderia não existir se houvesse a necessidade de apresentar um nome real.”
E, no Meio Bit (http://meiobit.com/), Rodrigo Ghedin publicou em março:
Criador do 4chan defende o anonimato na Internet
O “problema” do anonimato não se restringe a blogs. Em redes sociais, ela anda lado a lado com outras questões espinhosas, como a privacidade. E falou em privacidade, não tem como não citar o Facebook. Há anos a maior rede social do mundo é notória por condenar, irrestritamente, o anonimato. Zuckerberg disse, certa vez, que manter várias identidades de si mesmo é “um exemplo de falta de integridade”.
Em posição diametralmente oposta se encontra o 4chan, um dos image boards mais bem sucedidos da Internet. Chris Poole, seu fundador, tem uma opinião diferente da de Mark. Disse ele, durante a SXSW 2011: “Nós colocamos o conteúdo acima do criador. (…) Anonimato é autenticidade. Ele permite que você compartilhe de uma forma totalmente sem filtros. Ele permite que você interaja de maneiras que você talvez não o fizesse se as pessoas soubessem que é você.”
Pense aí sobre isso, apressado leitor, o que quiser. Mas, eu, continuo publicando só o que eu quero, do jeito que eu quero, na hora que eu quero. O que é mais uma grande vantagem da internet...
"muitas identidades é falta de integridade"... Fernando Pessoa então, é um amoral.
ResponderExcluirInclusive, na época, ele, com seus múltiplos codinomes, era o terror dos editores de conteúdo dos grandes portais portugueses...
ResponderExcluirGrandes "postais" né, aqueles jornaizinhos que pregavam nos postes, na época. (horrível...)
ResponderExcluirHorrível mesmo!
ResponderExcluirMas o pior era a "atualização"...