domingo, 12 de setembro de 2010

VISITAS

Em agências de propaganda recebemos, normalmente, várias visitas de representantes de veículos, fornecedores, etc. Ao final da conversa, os acompanhamos até à saída. As razões para essa atitude: gentileza inerente à nossa boa educação, demonstração de que gostamos da pessoa ou, simplesmente, para ter certeza da partida do pentelho.

Em casa o risco é menor, mas existe. Bons amigos às vezes trazem a reboque desagradáveis criaturas. Seja por pura sacanagem, por ingenuidade ou desaviso. Aí, poucas são as soluções. Vassoura atrás da porta, bocejos constantes, nada afasta o(s) chato(s).

Pensando no bem estar dos milhares e milhares de leitores deste blog, que certamente já passaram por essa situação, relato a seguir um truque que deu certo comigo. E, tomara, funcione com vocês: embebedar o pentelho.
-“Quer beber o que?”
-“Cerveja.”
-“Tá geladinha. Mas experimenta também essa cachacinha de um amigo meu que alambica na fazenda dele... É fantástica!”
-“Então põe um pouquinho...”

Pronto. Você está salvo. A cada gole dele você completa o copo e finge que está bebendo junto, é claro. Normalmente, em meia hora, o chato fica um pouco mais agradável ou apaga de vez. O único problema é a galera empolgar. Aí fica todo mundo pra lá de Marrakesh e acaba a noite. Mas, no frigir dos ovos, você escapou de uma tertúlia insuportável e, com sorte, pode até se divertir...

Um comentário:

  1. O problema é o tal pentelho encher a cara e sair desafogando as mágoas no seu ombro ou ficar surpreendentemente violento, ou achar que vc é amigo de infância e resolver contar todos os podres da vida, ou ainda: o cara vomitar no tapete da sala, ou ainda o cara achar vc legal, afinal abasteceu ele e voltar sempre. Ai...
    Muito arriscado Haja: com essa intenção inocente, as chances do tiro sair pela culátra é grande.
    Acho que isso funciona melhor qd se quer fazer maldades: para mulheres desconfiadas que querem arrancar confissões dos maridos, ou pessoas mal intencionadas ou invasivas.
    Bj,
    Amanda

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