domingo, 19 de setembro de 2010

DIVAGAÇÕES SOBRE PULAR A TAL DA CERCA

Citado por Ruth de Aquino, em “Les hommes, l'amour, la fidélité” - livro de Maryse Vaillant - ainda não editado no Brasil, a autora enfileira inúmeros perfis de homens infiéis seja por imaturidade, cultura, libido exacerbada, etc, etc.

Então, lá vou eu...

Acho tudo isso uma grande babaquice adolescente. Felizmente alguns de nós, homens de classe média, criados para comer até papel de bala rasgado, conseguimos, em tempo hábil, perceber a grande verdade crua: não vale a pena enfiar nossos paus em qualquer buraco. Embora, para a maioria, essa constatação costume acontecer um pouco mais tarde do que deveria, ainda podemos aproveitar por bastante tempo essa gostosa realidade: é muito mais prazeroso aprimorar a deliciosa relação com nossa companheira do que ficar dando tiros em qualquer perdiz que levante vôo nos pântanos da noite.

Claro que se o amável leitor estiver na plenitude de seus vinte e poucos anos (mentais) já estará abandonando a leitura de frases tão idiotas. Mas, não arredo pé. Do alto das muitas merdas que já fiz nessa minha vidinha besta, tenho, graças a Deus, poucas certezas e essa é uma delas.

“O livro é provocador ao admitir a infidelidade breve e discreta como experiência salutar e até necessária ao sucesso de alguns casamentos. ‘Neste caso, a infidelidade não é uma prova de amor ou desamor, mas uma prova de liberdade.’ E para a mulher? ‘Para algumas mulheres, que conseguem separar sexo de sentimento, o mesmo ocorre. Mas a maioria delas tem outras prioridades, como o casal e a família’.”

De novo, minha opinião, uma afirmação de imensa babaquice. Pra começar, liberdade, como dizia o saudoso Bussunda, é passar a mão na bunda do guarda. Se o cidadão casa pensando em privação de liberdade sexual ele é uma anta secular daquele tipo “essas coisas eu não faço com a patroa”. E a patroa lá, doidinha querendo que ele faça!
Separar sexo de sentimento é outra coisa, a meu ver, profundamente imbecil. Sendo esse o caso, pra quem tem um mínimo de imaginação, punheta dá de dez a zero em qualquer outra opção.

Resumindo a ópera: e as mulheres? No final das contas, me parece lógico, o cidadão pra pular a tal da cerca, precisa de uma coadjuvante, né não? E aí? Elas só pulam por amor, enganadas pelos crápulas libidinosos ou são, todas, vagabas?
É muito cinismo pro meu gosto...

2 comentários:

  1. Resposta de uma mulher:
    Frase besta, porém verdadeira.
    "Os homens traem pq tem oportunidade. As mulheres pq tem um motivo."
    Ou seja, homens que traem são imaturos; mulheres que traem são frustradas, mal amadas ou insatisfeitas. Às vezes, as três coisas juntas ao mesmo tempo.
    Uma cena inesquecível do cinema é a do jantar de ação de graças em "O perfume de mulher."
    Beijos,
    Amanda.

    ResponderExcluir
  2. Hum, do alto dos meus 25 anos mentais, acho que homens e mulheres "traem" porque são homens e mulheres.
    O corpo nada mais é do que um pedaço de carne que usamos para obter prazer. Qualquer elucubração além desse fato é obra da religião, não da realidade.

    ResponderExcluir