domingo, 25 de setembro de 2016

ELEIÇÃO IMPOSSÍVEL


Ao assistir um documentário sobre o Paulinho da Viola, me veio a irresistível tentação de uma perguntinha digna de enquetes perpetradas por sites pseudo cults ou sem assunto ou ambos:

- Quais as 5 melhores músicas brasileiras de todos os tempos?

Ridículo, concordo.

Mas, domingão com vitória incrível do Flamengo de virada sobre o Cruzeiro (o cheirinho está cada vez mais forte), entre as Top 5,
junto com Construção do agora execrado Chico Buarque,
coloco Sinal Fechado do cidadão mais do que gente boa, Paulinho da Viola. (Cujo, cansei de ver jogando pelada aos sábados à tarde nas areias do Leme.)

É importante ressaltar que essa música foi composta no início da década de 70 ou final da década de 60, escolhe aí, e que é uma obra de rara beleza musical.

Ou seja, com, por baixo, 25 anos de antecedência, nosso prezado poeta já vaticinava a ausência de comunicação que nos assola.
Hoje disfarçada em fêicibúquis, zapzap's, intagram's, linkedin's e quantos outros que estiverem na moda.


4 comentários:

  1. Minha sugestão como uma das cinco maiores brasileiras de todos os tempos seria "Eu sei que vou te amar". Cantada por Nana Caymmi, então, ela alcança o primeiro lugar. Perdoe-me a inserção crítica sobre "Construção", mas música tão especial não merecia aquela orquestração estridente e fora de contexto do meio para o final. Matou a obra-prima!
    Vitor Lemos

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    1. Só vou discordar da Nana Caymmi.
      Quanto à orquestração estridente de Construção, também acho desnecessária. Mas, também acho que na época tinha tudo a ver.

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  2. Grande Tiago, creio que um auto-declarado anarquista não poderia mesmo ter um espírito romântico. Para mim, Nana é única e canta com a alma. Sua versão de "Não se esqueça" de mim é uma das coisas mais lindas e tocantes que já ouvi, especialmente a versão ao vivo, sem Erasmo, disponível no Youtube.
    Vitor Lemos

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    1. Vitor, a questão não é de 'espírito romântico'.
      É que tenho sérias restrições à Nana como pessoa (ela frequentava minha casa).
      Mas, essa história não é pra ser contada aqui...

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