quarta-feira, 7 de setembro de 2016

ALPRAZOLAM


Tranquilizante do grupo dos benzodiazepínicos.

Em português claro é o genérico que nós ansiosos, porém econômicos, usamos em vez do Frontal.

Só que, tanto pra um quanto pra outro, é preciso receita.
Azul. Gerada por alguns poucos ungidos guardiões da saúde.
Carimbada e documentada. Com firma reconhecida.

Resumo da ópera: meu estoque está no fim, os ungidos guardiões só tem agenda para o início de dezembro (vai ter doidão assim lá no Afeganistão, né não?) e o pânico começa a se instalar em meu id
(que é regido pelo princípio do prazer; cujo ele, o id, não está tendo nenhum).

Aí, sortinha, constato mais uma jamais imaginada razão de ter escolhido a orla mais linda do planeta para viver.
Basta chegar na varanda e olhar para aquela coisa imensurável, inexplicável, inenarrável, indescritível e quantos mais 'ins' vocês possam pensar.

Resultado: a angústia diminui na visão do infinito, os pensamentos negativos se diluem no vai e vem intenso do verde e azul, as inseguranças se transformam em espumas esparsas na areia e as dúvidas se tornam certezas calmas e proporcionais às ondas que quebram, mansas, na minha frente.

(Mas, que um alprazolamzinho facilita essas divagações, é inegável.)

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