Domingão de carnaval, já
em concentração para a maratona de amanhã (Vila,
Salgueiro, São Clemente, Portela, Imperatriz e Mangueira), a pós-praia na varanda
é a minha sessão da tarde.
Passa um casal no
calçadão.
Ele de sunga, ela de biquíni.
São pretos com idade entre 48 e 62 anos.
(Como
todos sabemos, preto não envelhece - ou melhor, demora muito mais. Isso somado
à minha dificuldade em chutar idades explica o intervalo de 14 anos na rigorosa
avaliação do DataHaja.)
Pois bem.
O cidadão
está inteiraço, cheio de pose, carregando um isopor e, de mãos dadas, conduzindo
a mulher.
Ela está gorda, cheia de dobras e vem num rebolado discreto porém
revelador de sua autoconfiança.
Acho isso um
espetacular diferencial do povo pessoense.
Eles não estão preocupados com a
aparência ditada pela mídia.
Eles estão confortáveis.
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