Dispensando as piadinhas
velhas e recorrentes devo declarar que: casamento é muito bom.
O chato é o
treinamento.
O treinamento pode ser
definido tanto como o longo tempo que um casal pode levar até "encaixar o
jogo" quanto o, mais penoso, longo tempo gasto em tentativas variadas.
Só depois de ultrapassadas
essas chaturas é que começamos a desfrutar as reais delícias do casamento.
As alegrias da
cumplicidade cultivada, as reclamações que já se tornam parte do folclore
íntimo, as singelas delicadezas aprendidas com a convivência e exercitadas pelo
simples prazer de receber o retorno de carinhos previsíveis - porém
indispensáveis -
e a saudade.
Sentir saudade é muito
bom!
Faz com que a gente
consiga sedimentar o amor, a confiança, a certeza e muitas outras emoções (aparentemente menores) que variam de
casal para casal mas que, com absoluta certeza, são tão importantes quanto as
consideradas fundamentais.
A distância também dá
margem a comportamentos interessantes.
"Opa!
Tô sozinho, que liberdade!"
Posso espreguiçar
deitado sem chutar ninguém, posso ver futebol o dia inteiro, posso comer na
hora que quiser, posso tomar cerveja sem ninguém me patrulhar, posso fumar com a janela fechada, posso xingar a televisão e rir sozinho sem que seja preciso dar
explicações que dificilmente serão entendidas.
Posso também arrotar e peidar sem
ameaças de excomunhão.
E aí você faz tudo
isso e, surpreso, descobre que prefere não ficar sozinho e, mais surpreso
ainda, constata que casamento é muito bom.
:)
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