domingo, 2 de novembro de 2014

PARALELOS PRAIANOS


Passear na praia no fim de semana é uma coisa; caminhar na praia durante a semana, em horários obscenos, é outra. A diferença está na velocidade (1,5km/h passeando e incríveis 4,5km/h caminhando) e no que nos é dado a ver, ouvir e pensar.

Hoje, por exemplo.
Com a praia razoavelmente cheia, é impossível não notar um fato que deveria merecer estudos profundos dos "istas" de plantão:
as mulheres, em maioria absoluta, ficam deitadas na areia empinando suas respectivas bundas para o sol. Nessa posição, essa maioria produz uma visão agradável e, por vezes, inacreditável.

Mas, tem sempre um "mas". Essa mesma maioria - quando levanta - revela seu verdadeiro eu: as bundas despencam ou se alastram ou se apresentam acompanhadas de barrigas proporcionais ou, ainda, revelam um frontal que não condiz com a retaguarda.
Estas últimas são, como se dizia no século passado, as "raimundas".
As que, em pé, condizem plenamente com o que apresentam em decúbito ventral são raras. Muito raras.

O que me fez pensar que os políticos e bundas na praia têm tudo em comum. Quando precisam do seu voto se apresentam macios, redondos, brilhantes e chamativos. Uma vez passada a necessidade do momento, eles revelam o seu verdadeiro eu.

(Olhaí que falta de criatividade: o cidadão está numa praia maravilhosa, sol a pino, mar lindo, água em temperatura civilizada, brisa contínua, bundas em profusão e pensa em políticos!)

Um bom mergulho, com direito a pegar um "fióte" de jacaré, felizmente desviou meus pensamentos para coisas mais importantes como a proximidade de Flamengo X Chapecoense na Tv.

3 comentários:

  1. kkkkkkkkkkkkkk.... Que viagem!

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  2. As primeiras impressões estéticas podem ser enganosas, assim como as primeiras, segundas, terceiras, quartas, quintas e sextas dos políticos. Amiúde nos enganamos (ou nos enganam), também, com as sétimas, oitavas e nonas.
    Vitor Lemos

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