Sempre que você anda
na praia, situações vão se sucedendo. Uma das mais recorrentes é passar por
quatro ou mais carinhas jogando uma pelada de gol pequeno - marcado com côcos,
é claro.
Já passei por inúmeras
dessas e, todas as vezes, rola um C.I.E. (Conflito Interno de Emoções): ao
mesmo tempo que fico babando por uma bola perdida na minha direção, fico
preocupado pelo fato de a última vez em que chutei uma bola ter sido por volta
de 1984.
Ou seja, alta possibilidade
de vexame.
Até que hoje aconteceu
o inevitável. O cara chuta errado, a bola vem na minha direção, à direita está
o parceiro dele, a bola vem rasteira, toco de primeira com o lado de fora do pé
e a bola chega, cravada, nos pés do cidadão. Finjo normalidade, o carinha que
chutou "pra mim" faz um sinal positivo e sigo em frente como se isso
fosse uma coisa corriqueira.
Me sentindo um craque,
assim que alcancei uma distância digna fui comemorar no marzão. Com direito a
um "fióte" - já adolescente - de jacaré. Ganhei o dia.
Rápido comentário autocrítico:
é muita prosopopeia pra pouco conteúdo, né não?
Mas, espero que entendam:
depois de 34 anos contemplando montanhas com ondas que nunca quebram, o retorno ao marzão
provoca essas viagens.
Boa garoto....rsrsrsrs
ResponderExcluirAbs
Você me lembrou o Seinfield. A melhor série do mundo sobre o nada. E esta é a melhor crônica do mundo sobre o nada. E não tem nada melhor que o nada para aliviar a carga do dia-a-dia. Enfim, o nada é tudo de bom!
ResponderExcluirOu, como dizia o Tim Maia, "Tudo é tudo e nada é nada!"
ExcluirTalvez você tenha perdido a intimidade com uma bola de futebol, mas com uma outra, a do boliche, mantinha perfeita parceria, e mesmo assim a largou. Um desperdício!
ResponderExcluirVitor Lemos
Ô Vitor, até que eu tinha mesmo alguma intimidade com a mais pesada.
ExcluirMas, quem largou o boliche não fui eu. Foram meus joelhos...
Abs.
Nada como pegar um jacaré, e o marzão. Aproveite, Tiago!
ResponderExcluirAh, nessa área pode ter certeza que estou "dando tudo de si"!
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