domingo, 30 de novembro de 2014

OBRIGAÇÕES


Palavrinha excomungada mas, inevitável.
Nossa vida é repleta de obrigações, a maioria delas sociais e, pior, muitas delas são perfeitamente dispensáveis uma vez que são criadas por nós mesmos.

Ocorre que, se encaramos essas obrigações como uma forma de tentar viver em harmonia com o restante dessa coisa esquisita que chamam de humanidade, elas, as obrigações, podem se transformar em um agradável exercício de convivência.

Lindo isso, né?
Mas, tenta por em prática. É pra lá de complicadinho.

Por exemplo, pra mim é natural dar bom dia às pessoas quando entro num elevador. As reações a esse simples comportamento são tão reveladoras que se transformariam em fonte de renda se fossem as mesmas numa mesa de poker.
As pessoas se dividem entre as francamente compungidas olhando para o nada e as que simplesmente respondem ao cumprimento.

Por outro lado, aposto que, como vocês, tenho várias obrigações sociais - mais uma vez - que são perfeitamente dispensáveis.
A confirmação disso veio da minha adorável primogênita que, essa semana, me declarou: "Depois de um tempão de terapia cheguei à conclusão de que não tenho que me preocupar com que as pessoas pensam de mim. Eu sei quem eu sou e basta."

Isso pra mim não significou, em nenhuma hipótese, uma atitude "foda-se o mundo" mas sim uma atitude completamente pacífica e equilibrada.
O complicado é chegar ao "Sei quem eu sou"!

Você sabe como, antenado leitor?
Se sim, sinta-se à vontade para contribuir.
Se não, benvindo à turma.

2 comentários:

  1. A única coisa boa que chega (pode chegar) com o envelhecimento é o auto conhecimento. Comigo ocorreu. Me conheço direitinho. Sei que posso bem menos e que sou bem menos do que pude supor em outros tempos, e esta é a maior prova de que, finalmente, me conheço.
    Vitor Lemos

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Parabéns!
      De minha parte, ainda estou na fase da "desconfiança"...
      Abs.

      Excluir