quinta-feira, 23 de outubro de 2014

DOIS FATOS

1o.: Estava eu hoje de manhã numa loja operadora de celulares aguardando a inacreditavelmente demorada burocracia para comprar um simples chip (é dura a vida de quem está em novas plagas) quando uma senhora na minha faixa etária ou mais, que também passava pela mesma agonia, começa a falar com a atendente (cuja só fingia que prestava atenção, mas a loja estava cheia e todo mundo ficou de botuca):
-"Trabalhei desde os 16 anos de idade, casei, tive filhos, meu marido ficou inválido, batalhei, batalhei e só consegui comprar minha casa no governo do PT. Voto na Dilma. Se o Eduardo não tivesse morrido, votava nele. Mas, na Marina, de jeito nenhum. Ela não tem lado. O Aécio é candidato dos ricos. Fico com a Dilma."
A galera ao redor só faltou aplaudir. Incluindo a atendente.
Eu, gato escaldado, dei um sorrisinho e fiquei calado.
Como dizia o filósofo, das urnas e da cabeça de juiz pode sair qualquer coisa mas, pelo menos aqui no nordeste, acho que a coisa, como sempre, está feia pro Aécim.

2o.: O cidadão que porta esse cartaz na foto é, segundo consta, um dos filhos da família Mesquita - dona do Estadão. Foi tirada hoje num ato pró Aécio em São Paulo.
Sinto muito, mas é demais. Que ninguém tem vergonha de mais nada é público e notório mas, repito, é demais.

Em tempo: no Aécim eu não votaria de jeito nenhum. Minha inclinação estava pra anular. De qualquer maneira, como não estou no meu "domicílio eleitoral" vou engrossar o resultado das abstenções mas, depois desses ocorridos, caso lá estivesse, o Supremo Baiacu da Nação levaria meu voto.

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